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IPCA foi de 0,83% em fevereiro

12/03/2024 09h00 | Atualizado em 12/03/2024 15h57

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro foi de 0,83% e ficou 0,41 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,42%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, próxima aos 4,51% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,84%.

Período  TAXA
Fevereiro de 2024 0,83%
Janeiro de 2024 0,42%
Fevereiro de 2023 0,84%
Acumulado do ano 1,25%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,50%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em fevereiro. A maior variação (4,98%) e o maior impacto (0,29 p.p.) vieram de Educação. Outros destaques foram os grupos Alimentação e bebidas (0,95% e 0,20 p.p.) e Transportes (0,72% e 0,15 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,44% de Vestuário e o 1,56% de Comunicação.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro
Índice Geral 0,42 0,83 0,42 0,83
Alimentação e bebidas 1,38 0,95 0,29 0,20
Habitação 0,25 0,27 0,04 0,04
Artigos de residência 0,22 -0,07 0,01 0,00
Vestuário 0,14 -0,44 0,01 -0,02
Transportes -0,65 0,72 -0,14 0,15
Saúde e cuidados pessoais 0,83 0,65 0,11 0,09
Despesas pessoais 0,82 0,05 0,08 0,01
Educação 0,33 4,98 0,02 0,29
Comunicação -0,08 1,56 0,00 0,07
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Em Educação (4,98%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Curso técnico (6,14%), Ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%) também registraram altas.

No grupo Alimentação e bebidas (0,95%), a alimentação no domicílio subiu 1,12% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).

A alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,25%). O subitem refeição (0,67%) teve variação superior à observada no mês anterior (0,17%), enquanto o lanche (0,25%) desacelerou.

Em Transportes (0,72%), todos os combustíveis (2,93%) pesquisados tiveram alta: etanol (4,52%), gasolina (2,93%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%). O subitem táxi apresentou alta de 0,64% devido aos seguintes reajustes: a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (0,25%) e de 4,61% em Salvador (0,29%); e, a partir de 8 de fevereiro, de 8,31% em Belo Horizonte (5,90%). Por sua vez, houve queda nos preços da passagem aérea (-10,71% e -0,09 p.p.).

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (1,91%) foi influenciada pelo reajuste de 4,53% em Vitória (2,22%), a partir de 14 de janeiro; em Rio Branco (3,55%), após aplicação de gratuidade nos dias 17, 24 e 31 de dezembro; e em São Paulo (10,69%), após aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro; e, ainda em São Paulo, houve incorporação residual do reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (0,81%) e metrô (0,81%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 9,36% nessa área. No Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem (-3,65%), a partir de 2 de fevereiro.

No grupo Habitação (0,27%), a alta da taxa de água e esgoto (0,11%) foi influenciada pela apropriação residual dos seguintes reajustes: de 31,75% em São Luís (4,89%), a partir de 5 de janeiro; reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (0,36%), a partir de 1º de janeiro; e de 4,18% em Campo Grande (0,52%), a partir de 3 de janeiro. Em gás encanado (-1,40%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: no Rio de Janeiro (-1,20%), redução média de 0,45% a partir de 1° de janeiro e de 1,30% a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-2,61%), reduções de 6,82% a partir de 1º de janeiro e de 2,29% a partir de 1º de fevereiro.

Em Comunicação (1,56%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%).

No que concerne aos índices regionais, todas as áreas de abrangência da pesquisa tiveram alta de preços. A maior variação ocorreu em Aracaju (1,09%), influenciada pela alta da gasolina (10,45%). Já o menor resultado foi registrado em Rio Branco (0,26%), por conta da queda nos preços da passagem aérea (-19,37%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Aracaju 1,03 0,73 1,09 1,83 4,27
São Luís 1,62 1,06 1,06 2,13 3,21
Salvador 5,99 0,13 0,96 1,10 3,65
São Paulo 32,28 0,25 0,93 1,18 4,52
Rio de Janeiro 9,43 0,44 0,88 1,32 4,54
Fortaleza 3,23 0,68 0,84 1,53 4,80
Curitiba 8,09 0,39 0,84 1,23 4,38
Belo Horizonte 9,69 1,10 0,82 1,93 5,35
Campo Grande 1,57 0,48 0,81 1,30 4,92
Brasília 4,06 -0,36 0,75 0,39 5,06
Recife 3,92 0,63 0,74 1,37 3,53
Vitória 1,86 0,37 0,70 1,07 4,30
Belém 3,94 0,75 0,69 1,44 4,99
Porto Alegre 8,61 0,13 0,52 0,65 4,29
Goiânia 4,17 0,87 0,51 1,39 4,13
Rio Branco 0,51 0,63 0,26 0,89 4,39
Brasil 100,00 0,42 0,83 1,25 4,50
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2023 a 29 de janeiro de 2024 (base).O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,81% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,81% em fevereiro, 0,24 p.p. acima do resultado observado em janeiro (0,57%). No ano, o INPC acumula alta de 1,38% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%, acima dos 3,82% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, a taxa foi de 0,77%.

Os produtos alimentícios passaram de 1,51% de variação em janeiro para 0,95% em fevereiro. A variação dos não alimentícios foi maior: 0,77% em fevereiro frente à alta de 0,27% no mês anterior.

Nos índices regionais, todas as áreas registraram alta em fevereiro. A maior variação ocorreu em Aracaju (1,01%), influenciada pela alta da gasolina (10,45%). A menor variação ocorreu em Goiânia (0,51%), puxada pelas quedas da passagem aérea (-23,75%) e das carnes (-1,40%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Aracaju 1,29 0,84 1,01 1,85 3,85
São Luís 3,47 1,03 0,99 2,04 3,04
Salvador 7,92 0,17 0,93 1,10 3,08
São Paulo 24,60 0,31 0,89 1,20 3,28
Curitiba 7,37 0,44 0,83 1,28 4,13
Fortaleza 5,16 0,63 0,82 1,45 4,80
Recife 5,60 0,65 0,80 1,46 2,98
Belém 6,95 0,76 0,80 1,56 5,24
Campo Grande 1,73 0,56 0,79 1,35 4,43
Belo Horizonte 10,35 1,54 0,79 2,34 5,25
Vitória 1,91 0,57 0,75 1,33 3,28
Porto Alegre 7,15 0,30 0,73 1,03 3,73
Rio de Janeiro 9,38 0,43 0,73 1,16 3,75
Brasília 1,97 -0,08 0,68 0,59 3,83
Rio Branco 0,72 0,85 0,52 1,38 4,91
Goiânia 4,43 0,88 0,51 1,40 3,92
Brasil 100,00 0,57 0,81 1,38 3,86
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2023 a 29 de janeiro de 2024 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.