PNAD Contínua Trimestral: em 2023, taxa anual de desocupação cai em 26 UFs
16/02/2024 09h00 | Atualizado em 16/02/2024 16h30
A taxa anual de desocupação do país foi de 7,8% em 2023, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) frente à média do ano anterior. Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.). Por outro lado, o único estado onde a taxa de desocupação cresceu foi Roraima (1,7 p.p.).
No país, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) frente a 2022. Nesse período, 25 UFs registraram queda no número de desocupados. Enquanto Mato Grosso do Sul se manteve estável (0,0%), em Roraima, o número de pessoas em busca de trabalho cresceu 38,5% no ano. As maiores quedas nesse contingente foram registradas no Acre (-45,7%), no Espírito Santo (-34,1%) e no Maranhão (-29,7%).
A população ocupada do país chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 100,7 milhões de pessoas em 2023. Esse número representa um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Houve aumento desse indicador em 22 UFs, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
Em 2023, seis estados responderam por cerca de 60% da ocupação do país: São Paulo (24,3%), Minas Gerais (10,7%), Rio de Janeiro (8,1%), Bahia (6,0%), Paraná (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,8%).
O nível da ocupação do país (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%). As maiores proporções foram registradas em Santa Catarina (65,9%), Goiás (64,7%) e Mato Grosso (64,7%). Já as menores estavam no Acre (45,7%), no Rio Grande do Norte (46,6%) e no Maranhão (46,7%).
A estimativa anual da taxa composta de subutilização foi de 18,0%, queda de 2,9 p.p. ante 2022, quando a taxa era de 20,9%. As maiores taxas estavam no Piauí (40,3%), na Bahia (33,1%) e em Sergipe (32,5%). Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,5%) e Mato Grosso (9,0%) registraram as menores.
A taxa anual de informalidade passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023. Entre os estados com maior taxa estavam o Maranhão (56,5%), o Pará (56,5%) e Piauí (54,4%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%).
Taxas anuais de desocupação recuam em 26 unidades da federação em 2023
Com a queda de 1,8 p.p. na taxa anual de desocupação do país (7,8%), 26 unidades da federação também registraram retração nesse indicador. Os maiores recuos foram do Acre (-4,9 p.p.), do Maranhão (-3,5 p.p.) e do Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.), enquanto o único aumento foi registrado em Roraima (1,7 p.p.). Já as maiores taxas de desocupação estavam em Pernambuco (13,4%), na Bahia (13,2%) e no Amapá (11,3%). As menores, em Rondônia (3,2%) e Mato Grosso (3,3%), que atingiram o menor patamar da série histórica, e em Santa Catarina (3,4%).
2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
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Brasil | 7,4 | 7,3 | 7,0 | 8,9 | 11,7 | 12,6 | 12,2 | 11,8 | 13,8 | 14,0 | 9,6 | 7,8 |
Rondônia | 5,7 | 5,2 | 3,9 | 5,7 | 8,2 | 7,6 | 9,4 | 8,1 | 10,0 | 9,4 | 4,2 | 3,2 |
Acre | 9,1 | 8,5 | 8,2 | 8,9 | 10,5 | 14,2 | 13,4 | 14,7 | 15,7 | 16,2 | 12,4 | 7,5 |
Amazonas | 9,7 | 9,9 | 8,7 | 9,5 | 14,0 | 14,5 | 13,9 | 14,1 | 14,8 | 15,4 | 13,1 | 9,9 |
Roraima | 8,0 | 7,8 | 7,5 | 8,9 | 8,7 | 10,5 | 13,0 | 14,9 | 16,6 | 13,8 | 4,9 | 6,6 |
Pará | 7,4 | 7,1 | 7,8 | 9,4 | 11,4 | 11,4 | 11,6 | 10,6 | 10,5 | 13,0 | 9,7 | 7,7 |
Amapá | 13,3 | 12,5 | 12,6 | 10,9 | 16,0 | 17,4 | 20,7 | 16,3 | 16,8 | 14,4 | 13,7 | 11,3 |
Tocantins | 7,9 | 7,1 | 6,6 | 9,8 | 12,2 | 10,9 | 10,9 | 12,0 | 11,2 | 14,2 | 7,6 | 5,8 |
Maranhão | 7,9 | 8,1 | 7,6 | 8,8 | 11,9 | 13,5 | 14,6 | 14,1 | 15,5 | 17,5 | 11,4 | 7,9 |
Piauí | 6,0 | 7,4 | 6,0 | 8,2 | 9,9 | 12,2 | 12,8 | 12,2 | 14,6 | 13,0 | 10,0 | 9,8 |
Ceará | 7,8 | 7,7 | 7,1 | 8,8 | 11,9 | 12,4 | 11,6 | 11,1 | 13,3 | 14,0 | 9,4 | 8,5 |
Rio Grande do Norte | 10,8 | 10,8 | 11,2 | 11,6 | 13,5 | 14,6 | 12,9 | 13,1 | 16,3 | 15,6 | 11,9 | 10,7 |
Paraíba | 9,6 | 9,2 | 8,1 | 9,6 | 11,1 | 10,2 | 10,5 | 12,6 | 17,8 | 16,1 | 12,4 | 9,6 |
Pernambuco | 9,3 | 8,8 | 8,2 | 10,3 | 15,1 | 17,0 | 16,2 | 15,2 | 17,1 | 20,2 | 15,9 | 13,4 |
Alagoas | 11,4 | 10,3 | 9,8 | 11,5 | 14,5 | 17,4 | 16,6 | 14,5 | 19,4 | 18,7 | 12,0 | 9,2 |
Sergipe | 10,3 | 10,2 | 8,9 | 9,2 | 12,1 | 14,4 | 16,5 | 15,5 | 19,6 | 20,6 | 13,1 | 11,4 |
Bahia | 11,4 | 11,5 | 9,8 | 11,3 | 16,2 | 16,6 | 16,6 | 16,3 | 20,3 | 21,3 | 15,1 | 13,2 |
Minas Gerais | 6,7 | 7,0 | 6,7 | 8,8 | 11,3 | 12,1 | 10,8 | 10,3 | 12,7 | 12,1 | 7,7 | 5,8 |
Espírito Santo | 7,4 | 6,8 | 7,1 | 9,0 | 12,4 | 13,0 | 11,0 | 10,3 | 12,9 | 12,7 | 8,5 | 5,7 |
Rio de Janeiro | 7,6 | 6,9 | 6,9 | 8,7 | 12,3 | 14,9 | 14,8 | 14,7 | 17,7 | 18,1 | 13,3 | 10,1 |
São Paulo | 7,2 | 7,5 | 7,4 | 10,1 | 12,4 | 13,5 | 13,2 | 12,4 | 14,0 | 14,4 | 9,1 | 7,5 |
Paraná | 5,0 | 4,3 | 4,0 | 6,0 | 8,2 | 8,9 | 8,3 | 8,3 | 9,7 | 8,9 | 6,0 | 4,8 |
Santa Catarina | 3,4 | 3,4 | 3,0 | 4,4 | 6,5 | 7,4 | 6,3 | 6,3 | 6,4 | 5,1 | 3,8 | 3,4 |
Rio Grande do Sul | 5,4 | 5,0 | 5,5 | 6,3 | 8,1 | 8,5 | 8,3 | 7,8 | 9,4 | 8,8 | 6,4 | 5,4 |
Mato Grosso do Sul | 6,1 | 4,6 | 4,1 | 6,6 | 7,1 | 9,6 | 8,0 | 7,9 | 9,5 | 9,5 | 4,9 | 4,7 |
Mato Grosso | 5,1 | 4,4 | 4,2 | 6,2 | 9,6 | 8,8 | 7,8 | 8,2 | 9,5 | 9,4 | 4,0 | 3,3 |
Goiás | 5,0 | 5,6 | 6,1 | 7,5 | 10,7 | 11,0 | 9,2 | 10,7 | 13,1 | 11,8 | 7,7 | 5,8 |
Distrito Federal | 8,9 | 9,0 | 9,7 | 10,4 | 12,0 | 12,5 | 12,3 | 13,4 | 14,1 | 14,6 | 11,3 | 10,1 |
Fonte: IBGE - PNAD Contínua |
População desocupada cai em 25 unidades da federação
No ano, a população desocupada do país caiu 17,6% e chegou a 8,5 milhões de pessoas, o que representa 1,8 milhão de pessoas a menos em busca de trabalho. Das 27 UFs, 25 registraram queda no número de desocupados, com destaque para o Acre (-45,7%), o Espírito Santo (-34,1%) e o Maranhão (-29,7%). Nesse mesmo período, Mato Grosso do Sul ficou estável (0,0%). Já em Roraima, a população desocupada cresceu 38,5%. Os estados com maior contingente de desocupados eram São Paulo (2,0 milhões), Bahia (922 mil) e Rio de Janeiro (914 mil).
População ocupada cresce em 22 unidades da federação
A população ocupada do país cresceu 3,8% frente ao ano anterior e chegou a 100,7 milhões de pessoas. Isso representa o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O indicador aumentou em 22 UFs, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
No país, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentou 5,8%, ao totalizar 37,7 milhões de pessoas, atingindo também o ponto mais alto da série iniciada em 2012. Apenas quatro UFs recuaram nesse indicador: Rio Grande do Norte (-8,4%), Rondônia (-6,2%), Tocantins (-4,0%) e Acre (-1,3%). As demais apresentaram variações positivas. O maior contingente de empregados com carteira de trabalho estava em São Paulo (11,4 milhões), seguido por Minas Gerais (4,3 milhões) e Rio de Janeiro (3,1 milhões).
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado também cresceu no período, chegando a 13,4 milhões (5,9%). Das oito unidades de federação que registraram queda nesse contingente, as maiores variações estavam no Acre (-26,1%), Rondônia (-15,2%) e Mato Grosso (-7,4%). Entre as que tiveram aumento no número de empregados sem carteira, destacaram-se Mato Grosso do Sul (26,5%), Amazonas (25,9%) e Rio Grande do Norte (25,8%).
Já o número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões em 2023, alta de 0,9% no ano. Nesse indicador, 15 UFs registraram variação negativa, com destaque para o Pará (-8,2%) e o Tocantins (-6,6%).
Por fim, o número de trabalhadores domésticos cresceu 6,1% no ano passado, chegando a 6,1 milhões de pessoas. Houve aumento desse contingente em 19 UFs, com as maiores variações percentuais no Piauí (31,9%), no Acre (27,8%) e na Paraíba (21,3%). Já as maiores quedas foram registradas por Roraima (-22,2%), Amazonas (-18,9%) e Distrito Federal (-12,5%).
Maranhão registra a maior taxa de informalidade e Santa Catarina, a menor
Entre 2022 e 2023, a taxa anual de informalidade do país passou de 39,4% para 39,2%. Entre os estados com maior taxa estavam o Maranhão (56,5%), o Pará (56,5%) e Piauí (54,4%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%).
Taxa anual de informalidade (%), por unidades da federação - 2023
Brasil/unidade da federação | Valor em (%) |
---|---|
Santa Catarina | 26,4 |
Distrito Federal | 29,7 |
São Paulo | 31,5 |
Paraná | 31,9 |
Rio Grande do Sul | 31,9 |
Mato Grosso do Sul | 34,5 |
Mato Grosso | 34,5 |
Rio de Janeiro | 37,1 |
Minas Gerais | 37,4 |
Goiás | 38,2 |
Espírito Santo | 39,0 |
Brasil | 39,2 |
Amapá | 41,7 |
Rio Grande do Norte | 44,7 |
Tocantins | 44,9 |
Acre | 45,5 |
Roraima | 45,6 |
Alagoas | 45,7 |
Rondônia | 46,1 |
Paraíba | 49,8 |
Pernambuco | 50,1 |
Sergipe | 51,9 |
Ceará | 53,1 |
Bahia | 53,7 |
Amazonas | 54,0 |
Piauí | 54,4 |
Pará | 56,5 |
Maranhão | 56,5 |
Piauí tem a maior taxa de subutilização, Santa Catarina, a menor
Em 2023, a taxa composta de subutilização foi estimada em 18,0%, uma queda de 2,9 p.p. frente ao ano anterior, quando foi de 20,9%. Enquanto as maiores taxas estavam no Piauí (40,3%), na Bahia (33,1%) e em Sergipe (32,5%), as menores foram registradas por Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,5%) e Mato Grosso (9,0%).
Taxa anual de subutilização da força de trabalho (%), por unidades da federação - 2023
Brasil/unidade da federação | Valor em (%) |
---|---|
Santa Catarina | 6,0 |
Rondônia | 6,5 |
Mato Grosso | 9,0 |
Mato Grosso do Sul | 9,8 |
Paraná | 10,8 |
Goiás | 11,6 |
Espírito Santo | 11,9 |
Rio Grande do Sul | 12,0 |
Roraima | 12,8 |
Minas Gerais | 14,0 |
São Paulo | 14,7 |
Distrito Federal | 16,2 |
Rio de Janeiro | 17,1 |
Brasil | 18,0 |
Acre | 18,0 |
Tocantins | 18,4 |
Amazonas | 20,3 |
Amapá | 20,6 |
Pará | 24,1 |
Ceará | 24,7 |
Rio Grande do Norte | 26,1 |
Pernambuco | 27,2 |
Paraíba | 27,4 |
Alagoas | 28,1 |
Maranhão | 28,4 |
Sergipe | 32,5 |
Bahia | 33,1 |
Piauí | 40,3 |