Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

PNAD Contínua Trimestral: desocupação recua em duas UFs no 4° trimestre de 2023

16/02/2024 09h00 | Atualizado em 16/05/2024 15h48

A taxa de desocupação do país no 4° trimestre de 2023 foi de 7,4%, caindo 0,3 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2023 (7,7%) e 0,5 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (7,9%).

Ante o trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em duas unidades da federação, ficou estável em 23 e cresceu em duas.

As quedas foram registradas no Rio de Janeiro (de 10,9% para 10,0%) e Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%), enquanto houve aumento em Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e em Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%).

No 4º trimestre de 2023, as maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (14,2%), da Bahia (12,7%) e de Pernambuco (11,9%). As menores taxas foram de Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 6,0% para os homens e 9,2% para as mulheres no 4° trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,9%) e acima para os pretos (8,9%) e pardos (8,5%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,0%) superava as taxas dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 7,6%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).

No 4° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 17,3%. Piauí (37,2%) teve a maior taxa, seguido pela Bahia (32,8%) e por Sergipe (30,8%), todas acima de 30%.

As menores taxas foram em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (7,0%) e Mato Grosso do Sul (9,2%).

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no 4º tri de 2023 foi de 3,1%. Piauí (12,0%), Maranhão (11,7%) e Alagoas (9,9%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,4%) e Rondônia (0,7%), os menores.

Quanto ao tempo de procura por trabalho, 22,3% da população desocupada estavam procurando por trabalho há 2 anos ou mais. Esse percentual era de 22,2% no terceiro trimestre de 2023 e de 25,6% no 4º trimestre de 2022. Por outro lado, 19,9% da população desocupada buscavam trabalho há menos de um mês. Essa proporção era de 19,5% no 3º trimestre de 2023 e de 19,3% no 4º trimestre de 2022.

O percentual de empregados com carteira assinada era de 73,7% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%). Os menores, no Maranhão (48,9%), no Piauí (51,6%) e na Paraíba (54,9%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais foram em Rondônia (32,9%), Maranhão (31,3%) e Amazonas (30,5%) e os menores, em Mato Grosso do Sul (20,5%), no Tocantins (20,6%) e no Distrito Federal (21,2%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,8%), Pará (57,4%), e Amazonas (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%).

Taxas de desocupação recuaram em duas UFs frente ao trimestre anterior

Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação caiu apenas no Rio de Janeiro (de 10,9% para 10,0%) e Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%), cresceu em Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e em Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%) e ficou estável nas demais. As maiores taxas foram registradas no Amapá (14,2%), na Bahia (12,7%) e em Pernambuco (11,9%). Já as menores foram de Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por UF,
frente ao trimestre móvel anterior (%) - 4° trimestre de 2023

UF 3T 2023 4T 2023 situação
Rondônia 2,3 3,8
Mato Grosso 2,4 3,9
Amapá 12,6 14,2
Bahia 13,3 12,7
Pernambuco 13,2 11,9
Sergipe 9,8 11,2
Piauí 9,9 10,6
Distrito Federal 8,8 9,6
Paraíba 9,3 9,6
Alagoas 9,0 8,9
Amazonas 9,6 8,8
Ceará 9,2 8,7
Pará 8,0 7,8
Maranhão 6,7 7,1
Roraima 7,6 7,0
São Paulo 7,1 6,9
Acre 6,2 6,7
Tocantins 5,4 5,8
Minas Gerais 6,0 5,7
Goiás 5,9 5,6
Espírito Santo 5,5 5,2
Rio Grande do Sul 5,4 5,2
Paraná 4,6 4,7
Mato Grosso do Sul 4,0 4,0
Santa Catarina 3,6 3,2
Brasil 7,7 7,4
Rio de Janeiro 10,9 10,0
Rio Grande do Norte 10,1 8,3

PI tem a maior taxa de subutilização (37,2%) e SC a menor (6,0%)

No 4° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 17,3%. As maiores taxas foram no Piauí (37,2%), na Bahia (32,8%) e em Sergipe (30,8%). As menores taxas foram em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (7,0%) e Mato Grosso do Sul (9,2%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 4° trimestre de 2023

UF Valor
 Santa Catarina  6,0
 Rondônia  7,0
 Mato Grosso do Sul  9,2
 Mato Grosso  9,8
 Paraná  10,0
 Espírito Santo  11,4
 Rio Grande do Sul  11,4
 Goiás  11,6
 Minas Gerais  13,7
 São Paulo  13,8
 Distrito Federal  16,1
 Roraima  16,5
 Tocantins  16,5
 Rio de Janeiro  16,5
 Acre  17,1
Brasil 17,3
 Amazonas  17,6
 Rio Grande do Norte  22,7
 Pará  23,4
 Amapá  23,4
 Ceará  23,5
 Pernambuco  26,5
 Paraíba  27,0
 Maranhão  27,1
 Alagoas  28,0
 Sergipe  30,8
 Bahia  32,8
 Piauí  37,2

RO tem a maior proporção de conta própria (32,9%) e MS a menor (20,5%)

O percentual da população ocupada trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (32,9%), Maranhão (31,3%) e Amazonas (30,5%) e os menores, de Mato Grosso do Sul (20,5%), do Tocantins (20,6%) e do Distrito Federal (21,2%).

Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) - 4° trimestre 2023

UF Valor
Mato Grosso do Sul 20,5
Tocantins 20,6
Distrito Federal 21,2
Alagoas 23,0
Paraná 23,2
Goiás 23,2
Mato Grosso 23,5
São Paulo 23,7
Minas Gerais 23,8
Rio Grande do Norte 23,9
Espírito Santo 24,1
Sergipe 24,4
Santa Catarina 24,6
Brasil 25,4
Rio Grande do Sul 25,5
Paraíba 26,8
Roraima 27,1
Rio de Janeiro 27,4
Ceará 27,5
Bahia 27,5
Piauí 27,6
Acre 27,9
Amapá 29,1
Pernambuco 29,7
Pará 30,1
Amazonas 30,5
Maranhão 31,3
Rondônia 32,9

MA tem menor percentual de trabalhadores com carteira (48,9%) e SC o maior (88,2%)

No 4º tri de 2023, 73,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre as unidades da federação, os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%). Os menores, no Maranhão (48,9%), Piauí (51,6%) e Paraíba (54,9%).

Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado,
por UFs (%) - 4º trimestre 2023

UF Valor
Maranhão 48,9
Piauí 51,6
Paraíba 54,9
Pará 55,7
Tocantins 55,8
Bahia 55,8
Sergipe 56,5
Ceará 56,7
Alagoas 59,3
Amazonas 62,9
Roraima 63,5
Pernambuco 64,4
Rio Grande do Norte 65,4
Goiás 72,2
Acre 73,7
Brasil 73,7
Amapá 74,4
Espírito Santo 74,5
Minas Gerais 75,2
Mato Grosso do Sul 76,0
Rio de Janeiro 76,5
Mato Grosso 77,7
Rondônia 77,9
Distrito Federal 78,0
São Paulo 80,9
Paraná 81,7
Rio Grande do Sul 81,9
Santa Catarina 88,2

Frente ao trimestre anterior, rendimento médio cresce apenas no Norte

No 4º trimestre de 2023, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 3.032. Esse resultado apresentou estabilidade frente ao trimestre de julho a setembro de 2023 (R$ 3.007) e crescimento de 3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.940).

Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2023, apenas a região Norte (R$ 2.419) apresentou crescimento e as demais registraram estabilidade estatística. Em relação ao 4º trimestre de 2022, o rendimento médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto as outras regiões ficaram estáveis.

A massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 301,6 bilhões de reais. Quando comparada ao trimestre móvel de julho a setembro de 2023, houve crescimento de 2,1%, ou seja, mais R$ 6,1 bilhões. Frente ao mesmo trimestre de 2022, houve aumento de 5,0%, ou um acréscimo de R$ 14,4 bilhões na massa de rendimento.

MA tem a maior taxa de informalidade (57,8%) e SC, a menor (27,6%)

A taxa de informalidade no 4° trimestre de 2023 ficou em 39,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,8%), Pará (57,4%) e Amazonas (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar. 

Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) - 4º trimestre de 2023

UF Valor
Maranhão 57,8
Pará 57,4
Amazonas 54,6
Piauí 53,4
Ceará 53,0
Bahia 52,1
Sergipe 51,9
Paraíba 50,8
Pernambuco 50,7
Alagoas 46,2
Roraima 46,0
Rondônia 44,5
Acre 44,4
Tocantins 43,9
Rio Grande do Norte 42,2
Amapá 40,1
Brasil 39,1
Rio de Janeiro 38,0
Espírito Santo 37,6
Minas Gerais 37,5
Goiás 37,2
Mato Grosso 36,5
Mato Grosso do Sul 33,1
Rio Grande do Sul 32,1
Paraná 31,5
São Paulo 31,2
Distrito Federal 30,4
Santa Catarina 27,6

Cerca de 22,3% dos desocupados procuravam trabalho há dois anos ou mais

No 4º trimestre de 2023, a PNAD Contínua captou que cerca de 22,3% da população desocupada estavam buscando trabalho há 2 anos ou mais. No quarto trimestre de 2022, esse percentual era de 25,6%.

Por outro lado, 19,9% da população desocupada buscavam trabalho há menos de um mês. No quarto trimestre do ano anterior, essa proporção era de 19,3%.

Tempo de procura de trabalho Distribuição percentual  (%) - 4º Trimestre
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Menos de 1 mês 12,7 13,5 11,9 10,6 10,5 12,4 14,9 16,0 10,6 13,2 19,3 19,9
De 1 mês a menos de 1 ano 54,1 52,0 54,6 52,7 51,0 47,0 44,3 45,0 53,0 39,4 43,6 46,5
De 1 ano a menos de 2 anos 14,6 16,2 16,0 18,7 18,7 18,2 15,4 14,1 13,9 17,1 11,6 11,3
2 anos ou mais 18,6 18,3 17,4 18,0 19,7 22,4 25,4 24,8 22,4 30,3 25,6 22,3
Tempo de procura de trabalho 4º Trimestre
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Menos de 1 mês  855  830  783  980 1 311 1 541 1 855 1 905 1 533 1 580 1 651 1 606
De 1 mês a menos de 1 ano 3 642 3 196 3 579 4 858 6 364 5 856 5 497 5 358 7 644 4 737 3 734 3 760
De 1 ano a menos de 2 anos  983  996 1 049 1 722 2 339 2 271 1 909 1 684 2 007 2 057  995  911
2 anos ou mais 1 250 1 128 1 143 1 662 2 462 2 784 3 153 2 956 3 228 3 637 2 191 1 806
Tempo de procura de trabalho Variação percentual
2013/
2012
2014/
2013
2015/
2014
2016/
2015
2017/
2016
2018/
2017
2019/
2018
2020/
2019
2021/
2020
2022/
2021
2023/
2022
2023/
2012
Menos de 1 mês -2,9 -5,7 25,2 33,8 17,5 20,4 2,7 -19,5 3,1 4,5 -2,7 87,8
De 1 mês a menos de 1 ano -12,2 12,0 35,7 31,0 -8,0 -6,1 -2,5 42,7 -38,0 -21,2 0,7 3,2
De 1 ano a menos de 2 anos 1,3 5,3 64,2 35,8 -2,9 -15,9 -11,8 19,2 2,5 -51,6 -8,4 -7,3
2 anos ou mais -9,8 1,3 45,4 48,1 13,1 13,3 -6,2 9,2 12,7 -39,8 -17,6 44,5