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Volume de serviços varia 0,3% em dezembro, e fecha 2023 com alta de 2,3%

09/02/2024 09h00 | Atualizado em 09/02/2024 09h06

Em dezembro de 2023, o volume de serviços no Brasil apresentou variação de 0,3% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. É segundo resultado positivo consecutivo, acumulando um ganho de 1,2% nos dois últimos meses do ano.

Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços
Brasil - Dezembro de 2023
Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Dezembro 23 / Novembro 23* 0,3 0,0
Dezembro 23 / Dezembro 22 -2,0 2,8
Acumulado Janeiro-Dezembro 2,3 6,4
Acumulado nos Últimos 12 Meses 2,3 6,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
*série com ajuste sazonal    

No confronto com dezembro de 2022, sem ajuste sazonal, o volume de serviços teve

retração de 2,0%, queda mais intensa desde janeiro de 2021, quando recuou 5,0%.

Com o resultado, o acumulado do ano, frente a igual período de 2022, encerrou com expansão de 2,3%, terceiro ano seguido de crescimento, algo que não acontecia desde o período 2012-2014.

No indicador acumulado nos últimos 12 meses, o setor mostrou perda de dinamismo ao passar de 3,1% em novembro para 2,3% em dezembro de 2023.

Em dezembro de 2023, o setor de serviços estava 11,7% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,7% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).

Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Dezembro 2023 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês
anterior (1)
Mensal (2) Acumulado
no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
OUT NOV DEZ OUT NOV DEZ JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ Até OUT Até NOV Até DEZ
Volume de Serviços - Brasil -0,5 0,9 0,3 -0,3 0,4 -2,0 3,0 2,8 2,3 3,6 3,1 2,3
1. Serviços prestados às famílias -1,7 3,1 3,5 0,6 5,6 7,6 4,3 4,4 4,7 5,0 4,9 4,7
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 0,1 3,0 5,1 1,4 6,4 9,2 4,3 4,5 5,0 4,9 4,9 5,0
   1.1.1 Alojamento  -  -  - 5,4 5,3 7,7 7,9 7,7 7,7  -  - 7,7
   1.1.2 Alimentação  -  -  - -1,0 6,9 7,3 3,5 3,9 4,2  -  - 4,2
1.2 Outros serviços prestados às famílias -18,3 4,7 -2,1 -4,1 1,3 -2,2 4,4 4,1 3,5 5,9 4,8 3,5
2. Serviços de informação e comunicação 0,7 0,9 0,2 -0,5 1,6 2,4 3,7 3,5 3,4 3,3 3,2 3,4
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 1,4 1,9 -0,6 -0,7 3,4 4,6 3,9 3,8 3,9 3,4 3,4 3,9
2.1.1 Telecomunicações 1,7 0,2 -0,2 5,1 6,4 6,8 2,6 2,9 3,3 1,0 2,1 3,3
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 1,2 1,2 -1,9 -6,1 0,7 3,2 5,2 4,7 4,6 6,0 4,8 4,6
2.2 Serviços audiovisuais -4,4 -5,2 -5,8 1,3 -10,9 -12,7 3,0 1,3 -0,2 3,0 1,4 -0,2
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,0 1,6 -1,7 4,1 5,5 -1,6 4,1 4,3 3,7 4,7 4,6 3,7
3.1 Serviços técnico-profissionais 2,8 0,7 -5,1 6,5 6,9 -4,2 5,2 5,4 4,3 5,7 5,6 4,3
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,4 1,5 -1,4 2,5 4,0 -1,9 3,8 3,8 3,3 4,4 4,1 3,3
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 3,1 -1,9 -0,1 20,3 15,7 9,1 20,4 19,9 18,8 22,0 21,1 18,8
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -1,7 2,9 -3,3 -2,7 0,5 -5,3 -0,7 -0,6 -1,0 -0,4 -0,5 -1,0
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -2,0 -1,2 1,3 -1,0 -3,8 -5,5 2,8 2,2 1,5 4,0 2,8 1,5
4.1 Transporte terrestre -1,8 -0,4 -0,6 2,9 2,5 -3,1 7,3 6,9 6,0 8,6 7,5 6,0
   4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - 7,1 5,3 4,3 11,1 10,6 10,1  -  - 10,1
   4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - -7,1 -6,6 -15,3 -0,1 -0,7 -2,2  -  - -2,2
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - 1,4 5,3 -9,2 3,1 3,3 2,2  -  - 2,2
4.2 Transporte aquaviário -4,3 1,5 3,8 -1,1 -2,8 4,8 6,7 5,8 5,7 7,3 5,9 5,7
4.3 Transporte aéreo 0,0 -15,7 -5,2 12,9 -14,7 -24,1 2,5 1,0 -1,1 2,7 1,3 -1,1
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,7 0,0 7,4 -12,0 -12,7 -7,1 -6,8 -7,3 -7,3 -4,9 -6,3 -7,3
5. Outros serviços 0,8 4,4 -1,2 -4,1 3,2 -10,9 -1,2 -0,8 -1,8 0,0 0,3 -1,8
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - 2,2 4,9 -0,9 2,9 3,1 2,7  -  - 2,7
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -3,7 -0,1 -15,0 -4,6 -4,2 -5,3  -  - -5,3
    5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - 14,1 14,9 19,9 13,5 13,7 14,3  -  - 14,3
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - -2,5 -3,3 -6,2 6,6 5,6 4,5  -  - 4,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas          
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior  (4) Base: 12 meses anteriores       

A variação positiva de 0,3% do volume de serviços de novembro para dezembro de 2023 foi acompanhada por três das cinco atividades, com destaque para os avanços vindos dos setores de transportes (1,3%), interrompendo uma sequência de quatro resultados negativos seguidos, com perda acumulada de 5,4%; e dos serviços prestados às famílias (3,5%), acumulando um ganho de 6,8% entre novembro e dezembro. O outro resultado positivo ficou com os serviços de informação e comunicação (0,2%), que emplacaram o terceiro avanço seguido, com ganho acumulado de 1,8%.

Em sentido oposto, os profissionais, administrativos e complementares (-1,7%) e os outros serviços (-1,2%) assinalaram as retrações do mês, com ambos eliminando, em dezembro, parte dos ganhos observados no período outubro-novembro: de 2,7% e 5,2%, respectivamente.

A média móvel trimestral mostrou acréscimo de 0,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2023 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, houve disseminação de taxas positivas, já que quatro das cinco atividades também avançaram frente ao nível do trimestre terminado em novembro: serviços prestados às famílias (1,7%); outros serviços (1,3%); informação e comunicação (0,6%); e os profissionais, administrativos e complementares (0,3%). Neste índice, somente os transportes (-0,6%) recuaram em dezembro de 2023. 

Na comparação com dezembro de 2022, o volume de serviços apontou retração de 2,0% em dezembro de 2023, após ter avançado 0,4% no mês anterior. A queda deste mês foi acompanhada pela maior parte (três) das cinco atividades de divulgação, mas ficou concentrada em um menor número de tipos de serviços investigados, já que apenas 46,4% dos 166 apontaram retração frente a dezembro de 2022.

Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,5%) exerceu o principal impacto negativo. Os outros recuos vieram de outros serviços (-10,9%) e dos profissionais, administrativos e complementares (-1,6%).

Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (7,6%); e os de informação e comunicação (2,4%) exerceram as contribuições positivas sobre o volume total de serviços.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 2,3%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com os serviços de informação e comunicação (3,4%) e de profissionais, administrativos e complementares (3,7%). Os demais avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,5%); e de serviços prestados às famílias (4,7%).

Em contrapartida, os outros serviços (-1,8%) exerceram a única influência negativa no acumulado no ano.

Serviços crescem em 18 das 27 unidades da federação em dezembro

Regionalmente, frente a novembro, houve altas em 18 das 27 unidades da federação (UFs). O impacto positivo mais importante veio de São Paulo (0,6%), seguido por Distrito Federal (2,8%), Santa Catarina (1,8%) e Paraná (0,8%).

Em contrapartida, Rio de Janeiro (-2,6%), seguido por Minas Gerais (-1,4%), Mato Grosso (-2,6%) e Mato Grosso do Sul (-4,1%) exerceram as principais influências negativas do mês. 

Frente a dezembro de 2022, a retração do volume de serviços no Brasil (-2,0%) foi acompanhada por apenas 11 das 27 UFs. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-4,1%), seguido por Rio de Janeiro (-7,6%) e Rio Grande do Sul (-1,9%).

Em sentido oposto, Paraná (8,8%), seguido por Santa Catarina (4,5%) e Mato Grosso (8,9%) assinalaram os principais avanços do mês.

No acumulado do ano, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,3%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 25 das 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços. Os principais impactos positivos em termos regionais ocorreram em Minas Gerais (7,7%), Paraná (11,2%) e Rio de Janeiro (3,3%), seguidos por Mato Grosso (16,4%), Santa Catarina (8,0%) e Rio Grande do Sul (4,4%).

Por outro lado, São Paulo (-1,8%) e Amapá (-2,2%) registraram as únicas influências negativas sobre índice nacional.

Atividades turísticas crescem 1,4% em dezembro e 6,9% em 2023

Em dezembro de 2023, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 1,4% frente ao mês imediatamente anterior, após mostrar dois resultados negativos consecutivos, período em que registrou uma perda acumulada de 3,3%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 3,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, oito dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (1,4%). As contribuições positivas mais relevantes ficaram com Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (1,1%), seguidos por Rio Grande do Sul (8,1%), Ceará (10,5%) e Santa Catarina (4,8%).

Em sentido oposto, Distrito Federal (-3,9%) e Espírito Santo (-7,4%) assinalaram os principais recuos em termos regionais.

Na comparação entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 1,4%, marcando a 33ª taxa positiva seguida. Em termos regionais, sete das 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (3,8%), seguido por Rio de Janeiro (9,7%) e Rio Grande do Sul (8,1%).

Em contrapartida, Distrito Federal (-18,8%), Ceará (-14,1%) e Espírito Santo (-13,9%) exerceram os principais impactos negativos do mês – Gráfico 9. 

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas teve expansão de 6,9% frente a igual período do ano anterior. Regionalmente, dez dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,5%), seguido por Rio de Janeiro (11,5%), Minas Gerais (15,0%), Bahia (11,4%) e Paraná (10,0%).

Em sentido oposto, Ceará (-3,2%) e Distrito Federal (-1,1%) apontaram os únicos resultados negativos.

Transportes de passageiros cai 1,0% em dezembro e fecha ano com retração de 0,7%

Em dezembro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 1,0% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quarta taxa negativa seguida, período em que apontou perda acumulada de 7,8%. Em dezembro, o segmento estava 8,8% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 29,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, houve retração de 15,9% em dezembro de 2023, após também ter recuado 8,0% em novembro.

No indicador acumulado de janeiro a dezembro de 2023, o transporte de passageiros mostrou retração de 0,7% frente a igual período de 2022.

Transportes de cargas recua 0,9% em dezembro e tem alta de 7,8% em 2023

Em dezembro de 2023, o volume do transporte de cargas apontou retração de 0,9% em dezembro de 2023, após assinalar variação positiva de 0,3% em novembro. Dessa forma, o segmento se situava, em dezembro, 5,3% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 35,7% acima de fevereiro de 2020.

No confronto com igual mês do ano anterior, houve variação de 0,2%, assinalando, assim, o 40º resultado positivo consecutivo.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, o transporte de cargas registrou avanço de 7,8%, frente a igual período de 2022.