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Volume dos Serviços varia 0,4% em novembro

16/01/2024 09h00 | Atualizado em 16/01/2024 09h00

Em novembro de 2023, o volume de serviços no Brasil variou 0,4% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado positivo interrompe uma sequência de três taxas negativas (agosto, setembro e outubro), período em que acumulou uma perda de 2,2%. Dessa forma, o setor se encontra 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,6% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica). 

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Novembro 23 / Outubro 23* 0,4 0,6
Novembro 23 / Novembro 22 -0,3 4,9
Acumulado Janeiro-Novembro 2,7 6,7
Acumulado nos Últimos 12 Meses 3,0 7,2
 *série com ajuste sazonal

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com novembro de 2022, o volume de serviços assinalou a terceira taxa negativa consecutiva (-0,3%). O acumulado do ano passado foi de 2,7% frente a igual período de 2022. O acumulado dos últimos doze meses perdeu dinamismo, ao passar de 3,6% em outubro para 3,0% em novembro de 2023, em seu resultado menos intenso desde julho de 2021 (2,9%).  

Pesquisa Mensal de Serviços  -  Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação  -  Novembro 2023 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
SET OUT NOV SET OUT NOV JAN-SET JAN-OUT JAN-NOV Até SET Até OUT Até NOV
Volume de Serviços - Brasil -0,2 -0,5 0,4 -1,1 -0,3 -0,3 3,4 3,0 2,7 4,4 3,6 3,0
1. Serviços prestados às famílias 2,6 -1,8 2,2 2,8 0,5 5,4 4,8 4,3 4,4 6,0 5,0 4,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 0,7 -0,1 1,5 0,6 1,4 6,3 4,7 4,3 4,5 5,7 4,9 4,9
   1.1.1 Alojamento - - - 6,5 5,4 4,8 8,3 8,0 7,7 - - -
   1.1.2 Alimentação - - - -0,8 -1,0 6,9 4,1 3,5 3,9 - - -
1.2 Outros serviços prestados às famílias 19,7 -18,2 4,0 15,3 -4,4 0,2 5,4 4,4 3,9 7,7 5,9 4,6
2. Serviços de informação e comunicação -0,6 0,2 -0,1 -0,5 -0,5 -0,4 4,2 3,7 3,3 4,1 3,3 3,0
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -1,0 1,2 0,6 -1,2 -0,6 1,0 4,4 3,9 3,6 4,3 3,4 3,2
2.1.1 Telecomunicações 0,1 1,8 -3,2 0,0 5,1 1,6 2,3 2,6 2,5 0,2 1,0 1,7
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -0,7 1,4 1,3 -2,4 -6,0 0,7 6,7 5,2 4,8 8,9 6,0 4,8
2.2 Serviços audiovisuais -0,8 -4,1 -4,5 5,4 1,3 -10,9 3,2 3,0 1,4 2,5 3,0 1,4
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -1,0 1,1 1,0 0,9 4,1 4,4 4,1 4,1 4,1 5,0 4,7 4,5
3.1 Serviços técnico-profissionais -3,1 2,8 1,1 -3,0 6,5 7,0 5,0 5,2 5,4 5,8 5,7 5,6
3.2 Serviços administrativos e complementares 0,5 -0,3 0,4 2,5 2,5 2,0 3,9 3,8 3,6 4,8 4,4 4,0
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 1,5 3,2 -1,8 16,8 20,3 15,6 20,4 20,4 19,9 22,9 22,0 21,1
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais 0,0 -1,6 1,0 -1,6 -2,7 -2,0 -0,5 -0,7 -0,8 0,1 -0,4 -0,7
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,2 -2,0 -1,0 -2,1 -1,1 -3,7 3,2 2,8 2,2 5,1 4,0 2,8
4.1 Transporte terrestre -0,1 -1,6 0,7 2,2 2,9 2,8 7,9 7,3 6,9 9,9 8,6 7,6
   4.1.1 Rodoviário de cargas - - - 4,9 7,1 5,9 11,6 11,1 10,6 - - -
   4.1.2 Rodoviário de passageiros - - - -10,7 -7,2 -6,7 0,7 -0,1 -0,7 - - -
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre - - - 9,6 1,4 5,3 3,3 3,1 3,3 - - -
4.2 Transporte aquaviário 3,3 -4,6 0,7 4,9 -1,2 -3,5 7,7 6,7 5,7 8,2 7,3 5,8
4.3 Transporte aéreo -2,9 0,4 -16,1 2,0 12,9 -14,7 1,5 2,5 1,0 2,4 2,7 1,3
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 2,3 -1,1 -0,2 -13,7 -12,3 -13,1 -6,2 -6,8 -7,4 -3,6 -5,0 -6,4
5. Outros serviços 0,9 0,4 3,6 -4,7 -4,2 3,3 -0,8 -1,2 -0,8 0,9 0,0 0,3
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação - - - 0,4 1,8 4,8 3,0 2,9 3,1 - - -
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros - - - -5,2 -3,7 -0,1 -4,7 -4,6 -4,2 - - -
    5.3 Atividades imobiliárias - - - 5,7 14,0 15,5 13,5 13,5 13,7 - - -
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente - - - 4,1 -2,5 -3,2 7,6 6,6 5,6 - - -
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior;  (3) Base: igual período do ano anterior;  (4) Base: 12 meses anteriores.

O acréscimo do volume de serviços (0,4%), em novembro de 2023, foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação: outros serviços (3,6%); profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%); com o primeiro acumulando ganho de 4,9% entre setembro e novembro; o segundo avançando 2,1% no período outubro-novembro e o último recuperando as perdas de outubro (-1,8%). 

Em sentido oposto, as únicas retrações do mês foram dos transportes (-1,0%) e dos serviços de informação e comunicação (-0,1%), com a primeira atividade emplacando o quarto revés consecutivo, com perda acumulada de 5,3%; e a última em ligeiro decréscimo (-0,1%), após assinalar ligeira variação positiva em outubro (0,2%). 

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral foi de -0,1% no trimestre encerrado em novembro de 2023 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, duas das cinco atividades recuaram frente ao nível do trimestre terminado em outubro: transportes (-1,1%) e informação e comunicação (-0,2%). Já outros serviços (1,6%), serviços prestados às famílias (1,0%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) avançaram em novembro. 

Na comparação com novembro de 2022, o volume do setor de serviços variou -0,3% em novembro de 2023, registrando, assim, o terceiro revés seguido. A variação negativa desse mês foi acompanhada por apenas duas das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 48,2% dos 166 tipos de serviços investigados. 

Entre os setores, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,7%) exerceram o principal impacto negativo, pressionado, principalmente, pela queda da receita em gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; transporte aéreo; atividades de agenciamento marítimo; operação de aeroportos; e armazenamento. 

O outro recuo veio de informação e comunicação (-0,4%), explicado, em grande parte, pela menor receita vinda de telecomunicações; atividades de TV aberta; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; consultoria em tecnologia da informação; e operadoras de TV por assinatura por satélite.  

Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares (4,4%); os prestados às famílias (5,4%); e os outros serviços (3,3%) exerceram as contribuições positivas sobre o volume total de serviços, impulsionados, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas que atuam com atividades jurídicas; atividades de intermediação de negócios em geral; locação de automóveis; consultoria em gestão empresarial; gestão de ativos intangíveis; administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade; e cobranças e informações cadastrais, no primeiro setor; serviços de bufê, restaurantes; espetáculos teatrais e musicais; e hotéis, no segundo; e atividades imobiliárias; atividades auxiliares dos serviços financeiros; seguros, previdência complementar e de saúde; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial, no último. 

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 2,7%, com taxas positivas em quatro das cinco atividades de divulgação e crescimento em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. 

Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,1%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de locação de automóveis; serviços de engenharia; cobranças e informações cadastrais; atividades de intermediação de negócios em geral; e agências de viagens. 

Os demais avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,2%); de informação e comunicação (3,3%) e de serviços prestados às famílias (4,4%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de cargas; navegação de apoio marítimo e portuário; transporte por navegação interior de carga; aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; e dutoviário, no primeiro ramo; de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; e consultoria em tecnologia da informação, no segundo; e de serviços de bufê; hotéis; restaurantes; e atividades de condicionamento físico, no último. 

Em contrapartida, os outros serviços (-0,8%) exerceram a única influência negativa no acumulado no ano, pressionados, especialmente, pela menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares; corretoras de títulos e valores mobiliários; e administração de bolsas e mercados de balcão. 

Serviços avançam em 12 das 27 unidades da Federação em novembro 

Em 12 das 27 unidades da federação houve expansão no volume de serviços em novembro de 2023, frente ao mês imediatamente anterior, acompanhando o acréscimo no resultado do Brasil (0,4%). Entre os locais com taxas positivas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (1,1%), seguido por Paraná (2,4%), Mato Grosso (3,1%) e Mato Grosso do Sul (4,8%). Já as principais influências negativas no mês vieram de Rio Grande do Sul (-2,0%), Distrito Federal (-2,6%), Maranhão (-7,6%) e Amazonas (-4,8%). 

Na comparação com igual mês de 2022, a retração do volume de serviços no Brasil (-0,3%) foi acompanhada por apenas oito das 27 unidades da federação. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-4,6%). Em sentido oposto, Minas Gerais (8,0%) e Paraná (9,2%), seguidos por Mato Grosso (18,1%), Bahia (6,0%) e Santa Catarina (4,4%) assinalaram os principais avanços do mês. 

No acumulado do ano, frente a igual período de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 25 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. 

Os principais impactos positivos em termos regionais ocorreram em Minas Gerais (8,3%), Paraná (11,4%) e Rio de Janeiro (4,4%), seguidos por Mato Grosso (17,0%), Santa Catarina (8,3%) e Rio Grande do Sul (5,1%). Por outro lado, São Paulo (-1,7%) e Amapá (-3,5%) registraram as únicas influências negativas sobre índice nacional. 

Atividades turísticas caem 2,4% em novembro 

Em novembro de 2023, o índice de atividades turísticas apontou retração de 2,4% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado negativo consecutivo, período em que registrou uma perda acumulada de 3,4%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014. 

Regionalmente, dez dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-2,4%). As influências negativas mais relevantes ficaram com São Paulo (-1,0%) e Bahia (-7,0%), seguidos por Minas Gerais (-2,6%), Paraná (-5,3%) e Ceará (-9,4%). Em sentido oposto, Santa Catarina (0,7%) e Espírito Santo (0,9%) assinalaram os únicos avanços em termos regionais. 

Na comparação novembro de 2023 / novembro de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 2,8%, 32ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de serviços de bufê; restaurantes; locação de automóveis; espetáculos teatrais e musicais; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e hotéis. 

Em sete das 12 unidades da federação pesquisadas houve avanços nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,0%), Rio de Janeiro (10,1%) e Minas Gerais (10,4%). Já os principais impactos negativos foram no Ceará (-18,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%).  

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o agregado especial de atividades turísticas se expandiu 7,5% frente a igual período do ano anterior, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de locação de automóveis; serviços de bufê; hotéis; agências de viagens; transporte aéreo; restaurantes; e rodoviário coletivo de passageiros.  

Onze dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,8%), Rio de Janeiro (11,6%), Minas Gerais (16,5%), Bahia (12,6%) e Paraná (11,4%). Já o único resultado negativo foi do Ceará (-2,1%). 

Transporte de cargas avança e o de passageiros cai em novembro 

Em novembro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceira taxa negativa seguida, período em que apontou perda acumulada de 6,5%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 7,3% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 28,5% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).  

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou expansão de 0,6% em novembro de 2023, após assinalar queda acumulada de 4,5% entre agosto e outubro. Dessa forma, o segmento se situa 3,9% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,9% acima de fevereiro de 2020. 

No confronto com novembro de 2022, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou retração de 8,0% em novembro de 2023, após ter avançado 1,4% em outubro; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 4,2%, assinalando, assim, o 39º resultado positivo consecutivo. 

No indicador acumulado de janeiro a novembro de 2023, o transporte de passageiros mostrou expansão de 0,9% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 8,6% no mesmo intervalo investigado.