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Volume dos Serviços recua 0,6% em outubro

13/12/2023 09h00 | Atualizado em 13/12/2023 12h13

Em outubro de 2023, o volume de serviços no Brasil recuou 0,6% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo do indicador, período em que acumulou perda de 2,3%. O setor de serviços está 10,2% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 3,2% abaixo de dezembro de 2022 (auge da série histórica).

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Outubro 23 / Setembro 23* -0,6 -0,1
Outubro 23 / Outubro 22 -0,4 3,9
Acumulado Janeiro-Outubro 3,1 6,9
Acumulado nos Últimos 12 Meses 3,6 7,8
*série com ajuste sazonal  

Na série sem ajuste sazonal, frente a outubro de 2022, o volume de serviços recuou 0,4%. O acumulado do ano mostrou expansão de 3,1% frente a igual período de 2022. O acumulado em doze meses mostrou perda de dinamismo ao passar de 4,4% em setembro para 3,6% em outubro de 2023 e registrou o resultado menos intenso desde julho de 2021 (2,9%).

Pesquisa Mensal de Serviços  -  Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação  -  Outubro 2023 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês
anterior (1)
Mensal (2) Acumulado
no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
AGO SET OUT AGO SET OUT JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT Até AGO Até SET Até OUT
Volume de Serviços - Brasil -1,4 -0,3 -0,6 0,6 -1,1 -0,4 4,1 3,5 3,1 5,3 4,4 3,6
1. Serviços prestados às famílias -3,7 2,5 -2,1 -1,0 2,8 0,1 5,0 4,7 4,2 7,1 5,9 5,0
1.1 Serviços de alojamento e alimentação -4,0 0,7 -0,5 -1,4 0,6 0,8 5,2 4,6 4,2 7,0 5,6 4,8
   1.1.1 Alojamento  -  -  - 1,1 6,5 5,5 8,5 8,3 8,0  -  -  -
   1.1.2 Alimentação  -  -  - -0,2 -0,9 -1,6 4,7 4,1 3,4  -  -  -
1.2 Outros serviços prestados às famílias -1,7 19,8 -18,1 0,9 15,4 -4,3 4,1 5,4 4,4 8,0 7,7 5,9
2. Serviços de informação e comunicação -0,9 -0,6 0,3 2,4 -0,6 -0,5 4,9 4,2 3,7 4,6 4,1 3,3
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -1,1 -1,0 1,2 1,8 -1,2 -0,6 5,2 4,4 3,9 5,0 4,3 3,4
2.1.1 Telecomunicações -0,7 0,3 1,7 2,1 0,0 5,1 2,6 2,3 2,6 -0,2 0,2 1,0
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -1,7 -0,7 1,4 1,5 -2,5 -5,9 7,9 6,7 5,2 10,7 8,8 6,0
2.2 Serviços audiovisuais 4,9 -0,6 -3,8 7,5 5,4 1,3 2,9 3,2 3,0 2,0 2,5 3,0
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 0,8 -1,1 1,0 4,2 0,8 3,9 4,5 4,0 4,0 5,5 4,9 4,6
3.1 Serviços técnico-profissionais 2,0 -3,3 2,8 6,5 -3,2 6,2 6,0 4,8 5,0 6,8 5,7 5,5
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,5 0,4 -0,5 2,8 2,5 2,3 4,1 3,9 3,8 5,2 4,8 4,4
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 1,9 1,7 3,4 17,9 16,8 20,3 20,9 20,4 20,4 24,1 22,9 22,0
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -1,0 -0,1 -1,8 -1,3 -1,6 -2,9 -0,4 -0,5 -0,8 0,3 0,1 -0,4
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -2,1 -0,2 -2,0 -1,2 -2,1 -1,2 4,1 3,4 2,9 6,6 5,2 4,1
4.1 Transporte terrestre -1,1 -0,2 -1,8 3,2 2,2 2,8 8,6 7,8 7,3 11,5 9,9 8,6
   4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - 10,9 4,9 7,0 12,5 11,6 11,1  -  -  -
   4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - -8,9 -10,7 -7,2 2,2 0,7 -0,1  -  -  -
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - 0,8 9,6 1,4 2,5 3,3 3,1  -  -  -
4.2 Transporte aquaviário -1,4 3,3 -4,6 -2,0 4,9 -1,2 8,0 7,7 6,7 8,8 8,2 7,3
4.3 Transporte aéreo -0,5 -2,4 0,8 8,5 2,0 12,9 1,5 1,5 2,5 3,9 2,4 2,7
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -5,0 2,3 -1,2 -13,3 -13,7 -12,4 -4,5 -5,6 -6,3 -1,7 -3,2 -4,6
5. Outros serviços -1,6 -0,4 0,0 -6,1 -4,7 -4,2 -0,3 -0,8 -1,2 1,1 0,9 0,0
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - 1,0 0,4 1,4 3,3 3,0 2,8  -  -  -
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -2,9 -5,2 -3,7 -4,6 -4,7 -4,6  -  -  -
    5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - 14,1 5,7 14,1 14,5 13,5 13,5  -  -  -
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - 4,3 4,1 -2,7 8,1 7,7 6,6  -  -  -
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior;  (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores.

A retração do volume de serviços (-0,6%), de setembro para outubro de 2023, foi acompanhada por duas das cinco atividades investigadas: transportes (-2,0%) e serviços prestados às famílias (-2,1%), com o primeiro setor acumulando uma perda de 4,3% entre agosto e outubro; e o último eliminando quase todo o ganho de setembro (2,5%).

Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e os de informação e comunicação (0,3%) assinalaram as únicas expansões do mês, com a primeira atividade recuperando quase toda retração observada em setembro (-1,1%); e a última apontando um ligeiro acréscimo depois de três resultados negativos seguidos, quando teve perda acumulada de 1,6%. Por fim, os outros serviços (0,0%) registraram estabilidade neste mês, após recuarem 2,0% no período agosto-setembro.

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral foi de -0,8% no trimestre encerrado em outubro frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, houve disseminação de taxas negativas, já que quatro das cinco atividades recuaram frente ao nível do trimestre terminado em setembro: transportes (-1,4%); serviços prestados às famílias (-1,1%); outros serviços (-0,7%); e informação e comunicação (-0,4%), ao passo que os profissionais, administrativos e complementares (0,3%) apontaram o único resultado positivo.

Frente a outubro de 2022, o volume do setor de serviços, ao recuar 0,4% em outubro de 2023, registra o segundo revés seguido. A queda deste mês foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, outros serviços (-4,2%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,2%) exerceram os principais impactos negativos, pressionados, principalmente, pela queda da receita em atividades auxiliares dos serviços financeiros; corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; administração de fundos por contrato ou comissão; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no primeiro ramo; e gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; atividades de agenciamento marítimo; e operação de aeroportos, no último.

O outro recuo veio de informação e comunicação (-0,5%), explicado, em grande parte, pela menor receita vinda de suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; operadoras de TV por assinatura por satélite; e TV aberta.

Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares (3,9%) e os prestados às famílias (0,1%) exerceram as únicas contribuições positivas sobre o volume total de serviços, impulsionados pelo aumento de receita das empresas que atuam com locação de automóveis; consultoria em gestão empresarial; serviços de engenharia; agências de viagens; administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade; e locação de meios de transporte (exceto automóveis), no primeiro setor; e com serviços de bufê e hotéis, no último.

O índice acumulado no ano do setor de serviços, frente a igual período de 2022, foi de 3,1%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados. A contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,9%), impulsionado pelo aumento das receitas das empresas de transporte rodoviário de cargas; aéreo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; transporte por navegação interior de carga; rodoviário coletivo de passageiros; dutoviário; e armazenamento.

Os demais avanços vieram de informação e comunicação (3,7%); de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,0%) e de serviços prestados às famílias (4,2%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas de telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, no primeiro ramo; de locação de automóveis; serviços de engenharia; cobranças e informações cadastrais; agências de viagens; e atividades de intermediação de negócios em geral, no segundo; e de hotéis; serviços de bufê; restaurantes; e atividades de condicionamento físico, no último.

A única influência negativa no acumulado no ano veio de outros serviços (-1,2%), devido à menor receita vinda de serviços financeiros auxiliares; corretoras de títulos e valores mobiliários; e administração de bolsas e mercados de balcão.

Serviços recuam em 12 das 27 unidades da Federação em outubro

Houve retrações em 12 das 27 unidades da Federação em outubro de 2023, frente a setembro. Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (-2,9%), seguido por Mato Grosso (-7,0%) e Paraná (-2,1%). Em contrapartida, São Paulo (0,4%), seguido por Minas Gerais (1,2%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Distrito Federal (2,5%) exerceram as principais contribuições positivas do mês.

Frente a outubro de 2022, houve retrações no volume de serviços em apenas 5 das 27 unidades da federação. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-6,1%). Já os principais avanços foram de Minas Gerais (7,3%) e Paraná (9,6%), seguidos por Rio de Janeiro (2,4%), Rio Grande do Sul (5,5%) e Bahia (5,9%).

No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,1%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 25 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. Os principais impactos positivos foram em Minas Gerais (8,3%), Paraná (11,7%) e Rio de Janeiro (4,9%), seguidos por Mato Grosso (16,9%), Santa Catarina (8,7%) e Rio Grande do Sul (5,9%). As únicas influências negativas vieram de São Paulo (-1,3%) e Amapá (-3,6%).

Atividades turísticas recuam 1,1% em outubro

Em outubro de 2023, o índice de atividades turísticas apontou retração de 1,1% frente ao mês imediatamente anterior, após ter mostrado expansão de 1,5% em setembro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 5,0% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,4% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, sete dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-1,1%). A influência negativa mais relevante ficou com Rio de Janeiro (-9,0%), seguido por Santa Catarina (-5,1%) e Bahia (-2,6%). Em sentido oposto, São Paulo (1,9%), seguido por Pernambuco (4,2%) e Distrito Federal (3,5%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

Na comparação outubro de 2023 / outubro de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 6,5%, trigésima primeira taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis; transporte aéreo; serviços de bufê; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e hotéis.

Nove das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (6,8%), seguido por Rio de Janeiro (11,6%) e Minas Gerais (14,1%). Em contrapartida, Ceará (-11,3%), Espírito Santo (-6,1%) e Goiás (-0,7%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

No acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas subiu 7,9% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de locação de automóveis; transporte aéreo; hotéis; serviços de bufê; agências de viagens; rodoviário coletivo de passageiros; e restaurantes.

Regionalmente, onze dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,9%), seguido por Rio de Janeiro (11,7%), Minas Gerais (17,1%), Bahia (13,7%) e Paraná (12,7%). Em sentido oposto, Ceará (-0,3%) apontou o único resultado negativo.

Transporte de passageiros avança e o de cargas apresenta retração em outubro

Em outubro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, recuperando, assim, parte da queda de 1,1% verificada em setembro. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,5% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou retração de 2,3% em outubro de 2023, terceiro revés seguido, período em que acumulou uma perda de 4,7%. Dessa forma, o segmento se situa 4,7% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 36,9% acima de fevereiro de 2020.

No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou expansão de 1,4% em outubro de 2023, após ter recuado 3,9% em setembro; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 4,9%, assinalando, assim, o trigésimo oitavo resultado positivo consecutivo.

No acumulado no ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 1,7% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 9,0% no mesmo intervalo investigado.