Capacidade de armazenagem agrícola cresce 4,8% e chega a 201,4 milhões de toneladas no 1º semestre de 2023
09/11/2023 09h00 | Atualizado em 09/11/2023 09h01
No 1º semestre de 2023, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 201,4 milhões toneladas, 4,8% superior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos subiu 3,0% em relação ao último semestre de 2022.
O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.214) e o Mato Grosso tem a maior capacidade: 51,7 milhões de toneladas.
O estoque de produtos agrícolas totalizou 76,1 milhões de toneladas, um aumento de 16,2% frente aos 65,5 milhões de toneladas do primeiro semestre de 2022.
Neste primeiro de semestre de 2023, todas as grandes regiões do país tiveram aumentos no número de estabelecimentos: Norte (24,7%), Centro-Oeste (3,6%), Sudeste (1,7%), Sul (1,5%) e Nordeste (0,2%). Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja representaram o maior volume (46,9 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de milho (17,1 milhões), arroz (4,8 milhões), trigo (3,3 milhões) e café (0,8 milhão). Esses produtos constituem 95,9% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.
Capacidade dos silos atinge 105,2 milhões de toneladas, com alta de 6,0%
Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, tendo alcançado 105,2 milhões de toneladas, o que representou 52,2% da capacidade útil total. Em relação ao segundo semestre de 2022, os silos apresentaram um acréscimo de 6,0% na capacidade.
Número de estabelecimentos e capacidade útil, por Unidades da Federação Brasil - 1º semestre 2023
UF | Número de Estabelecimentos | Capacidade (t) | |||
---|---|---|---|---|---|
Total | Convencional (1) | Graneleiro | Silo | ||
BRASIL | 8.684 | 201.388.314 | 23.064.209 | 73.167.274 | 105.156.831 |
RO | 96 | 1.697.844 | 209.624 | 75.070 | 1.413.150 |
AC | 21 | 84.250 | 12.900 | 0 | 71.350 |
AM | 7 | 430.446 | 11.280 | 394.368 | 24.798 |
RR | 13 | 135.950 | 12.200 | 0 | 123.750 |
PA | 78 | 1.973.851 | 147.735 | 243.650 | 1.582.466 |
AP | 10 | 212.168 | 66.168 | 0 | 146.000 |
TO | 159 | 3.495.794 | 338.327 | 843.100 | 2.314.367 |
MA | 62 | 2.284.234 | 62.396 | 1.668.600 | 553.238 |
PI | 113 | 3.459.368 | 288.187 | 1.136.982 | 2.034.199 |
CE | 68 | 959.944 | 551.129 | 21.758 | 387.057 |
RN | 13 | 95.323 | 95.323 | 0 | 0 |
PB | 13 | 310.762 | 96.432 | 2.480 | 211.850 |
PE | 29 | 429.693 | 153.844 | 4.609 | 271.240 |
AL | 6 | 55.409 | 17.349 | 3.000 | 35.060 |
SE | 8 | 89.247 | 26.807 | 16.440 | 46.000 |
BA | 167 | 4.934.275 | 559.462 | 2.074.774 | 2.300.039 |
MG | 461 | 8.434.645 | 3.446.894 | 1.592.420 | 3.395.331 |
ES | 82 | 1.328.873 | 570.129 | 572.740 | 186.004 |
RJ | 12 | 125.905 | 15.007 | 11.653 | 99.245 |
SP | 646 | 12.282.070 | 3.038.377 | 2.775.059 | 6.468.634 |
PR | 1.370 | 33.508.011 | 4.447.040 | 10.154.777 | 18.906.194 |
SC | 336 | 6.218.824 | 506.410 | 1.050.406 | 4.662.008 |
RS | 2.214 | 35.579.128 | 2.770.826 | 7.878.708 | 24.929.594 |
MS | 605 | 13.948.888 | 623.186 | 4.396.209 | 8.929.493 |
MT | 1.487 | 51.729.809 | 3.329.460 | 29.916.267 | 18.484.082 |
GO | 588 | 17.093.985 | 1.352.419 | 8.301.204 | 7.440.362 |
DF | 20 | 489.620 | 315.300 | 33.000 | 141.320 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias, Pesquisa de Estoques, 1º semestre de 2023. |
Na sequência, os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 73,2 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 4,0% superior à capacidade verificada no período anterior. Esse tipo de armazenagem é responsável por 36,3% do total do país.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 23,1 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 1,9% em relação ao segundo semestre de 2022. Esses armazéns contribuem com 11,5% da capacidade total de armazenagem.
Os silos predominam no Sul, sendo responsáveis por 64,4% da capacidade armazenadora da região, seguido dos graneleiros com 25,3%. A capacidade instalada com silos, no Sul, representa 46,1% da capacidade total do país com esse tipo de armazenagem.
O tipo “graneleiros e granelizados” aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 51,2%, seguido dos silos com 42,0%. Este aspecto é compreensível pelo fato de a região contar com a maior participação na produção nacional de grãos, onde são encontradas grandes propriedades, que muitas vezes enfrentam dificuldades de escoamento da safra. A capacidade instalada com graneleiros, no Centro-Oeste, representa 58,3% da capacidade total do país com esse tipo de armazenagem.
Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam no Sul (33,5%), que é seguido de perto pelo Sudeste (30,7%). Essas regiões são, respectivamente, grandes produtoras de arroz e café, produtos que são armazenados em sacarias e que utilizam este tipo de armazém. Elas, juntas, correspondem a 64,2% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.
Número de estabelecimentos aumentou em todas as grandes regiões
A Pesquisa de Estoques encontrou 8.684 estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2023, com acréscimo de 3,0% frente ao segundo semestre de 2022. Neste primeiro semestre de 2023, as cinco regiões do país tiveram aumentos no número de estabelecimentos: Norte (24,7%), Centro-Oeste (3,6%), Sudeste (1,7%), Sul (1,5%) e Nordeste (0,2%).
O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.214), seguido do Mato Grosso (1.487) e Paraná (1.370). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do país, com 51,7 milhões de toneladas. Desse total, 57,8% são do tipo graneleiro e 35,7% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm 35,6 e 33,5 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante.
Estoques de soja, trigo e café crescem, enquanto os de milho e de arroz caem
O estoque de produtos agrícolas totalizou 76,1 milhões de toneladas, um aumento de 16,2% frente aos 65,5 milhões de toneladas do primeiro semestre de 2022.
No primeiro semestre de 2023, soja (33,0%), trigo (44,2%) e café (10,1%) apresentaram acréscimo nos estoques quando comparados com o mesmo semestre do ano anterior, enquanto o milho (-11,5%) e o arroz (-5,1%) apresentaram queda.
Esses produtos constituem 95,9% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa, sendo os 4,1% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.