Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 é de 0,21% em outubro

26/10/2023 09h00 | Atualizado em 28/11/2023 09h25

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi de 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de setembro (0,35%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96% e, em 12 meses, de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.

Período Taxa
Outubro de 2023 0,21%
Setembro de 2023 0,35%
Outubro de 2022 0,16%
Acumulado do ano 3,96%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,05%

Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em outubro. A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes pelo segundo mês consecutivo. Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram com 0,04 p.p. cada.

No lado das quedas, os preços do grupo Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) recuaram pelo quinto mês consecutivo. Os demais grupos ficaram entre a queda de Comunicação (-0,29%) e a alta de Despesas Pessoais (0,31%).

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral 0,35 0,21 0,35 0,21
Alimentação e bebidas -0,77 -0,31 -0,16 -0,07
Habitação 0,30 0,26 0,05 0,04
Artigos de residência -0,47 0,05 -0,02 0,00
Vestuário 0,41 0,33 0,02 0,02
Transportes 2,02 0,78 0,41 0,16
Saúde e cuidados pessoais 0,17 0,28 0,02 0,04
Despesas pessoais 0,35 0,31 0,04 0,03
Educação 0,05 0,07 0,00 0,00
Comunicação -0,15 -0,29 -0,01 -0,01

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,31%) foi influenciada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou ante o mês anterior (-1,25%). Destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). No lado das altas, o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%) e o lanche (-0,11%) registrou queda de preços, após alta de 0,74% em setembro.

No grupo dos Transportes (0,78%), o subitem passagem aérea subiu 23,75% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.). Transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) também registraram alta.

Quanto aos combustíveis (-0,44%), houve queda na gasolina (-0,56%), no etanol (-0,27%) e no gás veicular (-0,27%), enquanto o óleo diesel (1,55%) subiu. A alta do táxi (0,31%) decorre do reajuste de 20,00% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.

No grupo Habitação (0,26%), destacam-se as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). A taxa de água e esgoto (0,27%) subiu por conta do reajuste de 6,75% em Salvador (4,42%), a partir de 25 de setembro. Por sua vez, a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07% em outubro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,28%), o subitem plano de saúde subiu 0,77% em outubro. Os itens de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (1,24%) e dos produtos para cabelo (0,45%).

Quanto aos índices regionais, oito áreas tiveram alta em outubro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,63%), por conta da alta da passagem aérea (30,33%) e da gasolina (1,86%). Já a menor variação ocorreu em Fortaleza (-0,28%), cujo resultado foi influenciado pela queda nos preços da gasolina (-9,32%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação Acumulada (%) 
Setembro Outubro Ano 12 meses
Goiânia 4,96 0,14 0,63 3,07 4,67
Salvador 7,19 -0,03 0,40 3,89 4,88
Brasília 4,84 0,87 0,30 4,23 5,88
Porto Alegre 8,61 0,13 0,27 4,27 5,50
Rio de Janeiro 9,77 0,18 0,26 2,81 3,67
Belo Horizonte 10,04 0,32 0,21 4,16 5,34
São Paulo 33,45 0,39 0,21 4,11 5,16
Curitiba 8,09 0,49 0,20 4,54 5,36
Recife 4,71 0,23 -0,06 3,84 5,12
Belém 4,46 1,00 -0,07 4,47 5,41
Fortaleza 3,88 0,50 -0,28 3,87 4,85
Brasil 100,00 0,35 0,21 3,96 5,05

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 14 de setembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.