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IPCA foi de 0,26% em setembro

11/10/2023 09h00 | Atualizado em 11/10/2023 09h20

Em setembro de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,26%, 0,03 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de agosto (0,23%). No ano, o IPCA acumula alta de 3,50% e, nos últimos 12 meses, de 5,19%, acima dos 4,61% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2022, a variação havia sido de -0,29%.

Período  TAXA
Setembro de 2023 0,26%
Agosto de 2023 0,23%
Setembro de 2022 -0,29%
Acumulado do ano 3,50%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,19%

Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em setembro. O maior impacto positivo (0,29 p.p) e a maior variação (1,40%) vieram de Transportes, seguido por Habitação (0,47% e 0,07 p.p.). 

No lado das quedas, destaca-se o grupo Alimentação e bebidas, cujos preços caíram pelo quarto mês consecutivo (-0,71% e -0,15 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,45% de Despesas pessoais

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,71%) deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%). Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,41%), da cebola (-8,08%), do ovo de galinha (-4,96%), do leite longa vida (-4,06%) e das carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço. 

A alimentação fora do domicílio (0,12%) desacelerou ante o mês anterior (0,22%). As altas da refeição (0,13%) e do lanche (0,09%) foram menos intensas do que as observadas em agosto (de 0,18% e 0,30%, respectivamente). 

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Agosto Setembro Agosto Setembro
Índice Geral 0,23 0,26 0,23 0,26
Alimentação e bebidas -0,85 -0,71 -0,18 -0,15
Habitação 1,11 0,47 0,17 0,07
Artigos de residência -0,04 -0,58 0,00 -0,02
Vestuário 0,54 0,38 0,02 0,02
Transportes 0,34 1,40 0,07 0,29
Saúde e cuidados pessoais 0,58 0,04 0,08 0,01
Despesas pessoais 0,38 0,45 0,04 0,05
Educação 0,69 0,05 0,04 0,00
Comunicação -0,09 -0,11 -0,01 -0,01

No grupo dos Transportes (1,40%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da gasolina (2,80%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice do mês. O item combustíveis teve alta de 2,70%, acompanhado pelo óleo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o preço do etanol caiu 0,62%. 

Ainda em Transportes, as passagens aéreas subiram 13,47% em setembro, após recuo de 11,69% em agosto. A alta em ônibus intermunicipal (0,42%) decorre de reajuste de 12,90% aplicado em Salvador (2,62%), a partir de 10 de agosto. 

No grupo Habitação (0,47%), a maior contribuição (0,04 p.p.) veio da energia elétrica residencial (0,99%), em decorrência de reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: São Luís (10,74%), com reajuste de 10,43% com vigência a partir de 28 de agosto; Belém (3,00%), com reajuste de 9,40% a partir de 15 de agosto e Vitória (0,65%), onde o reajuste de 3,20% teve vigência a partir de 7 de agosto. 

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,02%) foi influenciada pelos reajustes de 5,02% em Brasília (0,45%), a partir de 1º de agosto e de 1,37% em Vitória (0,13%), a partir de 1º de agosto. Já a queda em gás encanado (-0,10%) decorre de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: em Curitiba (-0,42%), redução de 2,23% a partir de 4 de agosto, e no Rio de Janeiro (-0,14%), com redução média de 1,70% a partir de 1º de agosto. 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,04%), a alta no item plano de saúde (0,71%) decorre dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA de setembro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto e setembro. 

Nos índices regionais, a única queda e a menor variação ocorreram em Goiânia (-0,11%), por influência da energia elétrica residencial (-2,97%). Já a maior variação foi em São Luís (0,50%), em função das altas da energia elétrica residencial (10,74%) e do arroz (4,09%). 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Agosto Setembro Ano 12 meses
São Luís 1,62 0,43 0,50 1,90 4,02
Rio Branco 0,51 0,44 0,46 3,34 5,29
Campo Grande 1,57 0,27 0,46 3,54 4,69
Belém 3,94 0,63 0,44 3,98 5,71
Vitória 1,86 0,31 0,42 3,90 5,30
São Paulo 32,28 0,22 0,38 3,73 5,48
Brasília 4,06 0,68 0,29 3,63 6,13
Belo Horizonte 9,69 -0,08 0,25 3,47 5,34
Curitiba 8,09 0,29 0,22 3,76 5,00
Rio de Janeiro 9,43 -0,04 0,18 2,65 3,77
Porto Alegre 8,61 0,24 0,18 3,79 5,60
Fortaleza 3,23 0,74 0,13 3,76 5,32
Aracaju 1,03 0,34 0,08 3,95 5,37
Recife 3,92 0,36 0,05 3,36 5,67
Salvador 5,99 0,17 0,05 3,49 4,79
Goiânia 4,17 0,12 -0,11 2,24 4,32
Brasil 100,00 0,23 0,26 3,50 5,19

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de julho e 29 de agosto de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. 

INPC foi de 0,11% em setembro 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,11% em setembro, abaixo da variação registrada no mês anterior (0,20%). No ano, o INPC acumula alta de 2,91% e, nos últimos 12 meses, de 4,51%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2022, a taxa foi de -0,32%. 

Os produtos alimentícios (-0,74%) recuaram novamente em setembro, após caírem 0,91% em agosto. Já os preços dos produtos não alimentícios (0,38%) subiram menos do que em agosto (0,56%). 

Quanto aos índices regionais, cinco áreas registraram queda em setembro. O menor resultado foi em Goiânia (-0,28%), influenciado pela queda de 2,97% na energia elétrica residencial. Já a maior variação foi em Rio Branco (0,53%), em função da alta da gasolina (3,60%). 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Agosto Setembro Ano 12 meses
Rio Branco 0,72 0,42 0,53 3,60 5,44
Belém 6,95 0,74 0,46 4,45 5,85
São Luís 3,47 0,38 0,43 1,78 3,86
Campo Grande 1,73 0,13 0,31 3,18 4,19
Brasília 1,97 0,55 0,22 2,61 5,12
Vitória 1,91 0,32 0,15 3,13 4,36
Belo Horizonte 10,35 -0,24 0,14 3,02 5,00
São Paulo 24,60 0,18 0,13 2,72 4,31
Curitiba 7,37 0,30 0,13 3,71 4,80
Fortaleza 5,16 0,59 0,08 3,74 5,43
Rio de Janeiro 9,38 -0,07 0,06 1,90 2,90
Salvador 7,92 0,18 -0,02 2,92 4,23
Porto Alegre 7,15 0,24 -0,02 3,18 4,89
Recife 5,60 0,16 -0,08 2,72 4,89
Aracaju 1,29 0,32 -0,11 3,59 4,85
Goiânia 4,43 0,08 -0,28 1,65 3,82
Brasil 100,00 0,20 0,11 2,91 4,51

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de julho e 29 de agosto de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.