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IPCA foi de 0,23% em agosto

12/09/2023 09h00 | Atualizado em 12/09/2023 11h42

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,23% em agosto, 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,36%. 

Período  TAXA
Agosto de 2023 0,23%
Julho de 2023 0,12%
Agosto de 2022 -0,36%
Acumulado do ano 3,23%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,61%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08 p.p.) e Transportes (0,34% e 0,07 p.p.). No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,09% de Comunicação e o 0,69% de Educação

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Julho Agosto Julho Agosto
Índice Geral 0,12 0,23 0,12 0,23
Alimentação e bebidas -0,46 -0,85 -0,10 -0,18
Habitação -1,01 1,11 -0,16 0,17
Artigos de residência 0,04 -0,04 0,00 0,00
Vestuário -0,24 0,54 -0,01 0,02
Transportes 1,50 0,34 0,31 0,07
Saúde e cuidados pessoais 0,26 0,58 0,03 0,08
Despesas pessoais 0,38 0,38 0,04 0,04
Educação 0,13 0,69 0,01 0,04
Comunicação 0,00 -0,09 0,00 -0,01

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,85%) deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%), do tomate (-7,91%), do leite longa vida (-3,35%), do frango em pedaços (-2,57%) e das carnes (-1,90%). No lado das altas, o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d’água (4,90%). 

A alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,21%), em virtude das altas do lanche (0,30%) e da refeição (0,18%). Em julho, as variações desses subitens haviam sido de 0,49% e 0,15%, respectivamente. 

No grupo Habitação (1,11%), a maior contribuição (0,18 p.p.) veio da energia elétrica residencial (4,59%), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior. Além disso, reajustes foram aplicados em quatro áreas: Vitória (9,64%), onde o reajuste de 3,20% teve vigência a partir de 7 de agosto; Belém (8,84%), com reajuste de 9,40% a partir de 15 de agosto; São Luís (7,03%), com reajuste de 10,43% com vigência a partir de 28 de agosto; e São Paulo (3,94%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas. 

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,19%) decorre de reajustes em três áreas: de 5,02% em Brasília (4,55%), a partir de 1º de agosto; de 1,37% em Vitória (1,24%), a partir de 1º de agosto; e de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,11%), a partir de 1º de julho. Já a queda em gás encanado (-0,68%) decorre de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: Curitiba (-1,81%), redução de 2,23% a partir de 4 de agosto e Rio de Janeiro (-1,35%), com redução média de 1,70% a partir de 1º de agosto. 

A aceleração de Saúde e cuidados pessoais (0,58%) deve-se ao resultado dos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,37% em julho para 0,81% em agosto. Houve alta nos preços dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%). 

No grupo dos Transportes (0,34%), destacam-se as altas do automóvel novo (1,71%) e da gasolina (1,24%). Em relação aos demais combustíveis (0,87%), o óleo diesel subiu 8,54%, enquanto o etanol (-4,26%) e o gás veicular (-0,72%) caíram. Após a alta de 4,97% em julho, as passagens aéreas (-11,69%) registraram queda em agosto. 

Ainda em Transportes, a alta do táxi (0,43%) é decorrente do reajuste de 20,19% nas tarifas a partir do dia 24 de julho em Fortaleza (16,29%). Cabe destacar também a queda em ônibus urbano (-1,06%), por conta da redução de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte (-9,09%), a partir de 8 de julho. Em ônibus intermunicipal (0,85%), houve reajustes de 12,90% em Salvador (5,22%), a partir de 10 de agosto; de 6,00% em Porto Alegre (1,17%), a partir de 1º de agosto; e de 7,24% em Recife (0,96%), a partir de 10 de julho. 

Os preços do grupo Educação subiram 0,69%. Nos cursos regulares (0,72%), apenas os cursos de pós-graduação (-0,78%) tiveram recuo nos preços. As maiores variações vieram dos cursos técnicos (2,14%), das creches (1,86%) e do ensino superior (1,12%). 

Duas áreas apresentaram queda de preços em agosto. A maior variação foi em Fortaleza (0,74%), em função das altas nos preços da gasolina (4,98%) e da energia elétrica residencial (2,76%). Já a menor variação foi registrada em Belo Horizonte (-0,08%), influenciada pelas quedas de 16,41% nas passagens aéreas e de 9,09% em ônibus urbano

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Fortaleza 3,23 0,17 0,74 3,62 4,50
Brasília 4,06 0,34 0,68 3,34 5,56
Belém 3,94 0,26 0,63 3,52 5,23
Rio Branco 0,51 0,31 0,44 2,86 4,71
São Luís 1,62 0,05 0,43 1,39 3,35
Recife 3,92 0,40 0,36 3,31 5,16
Aracaju 1,03 0,26 0,34 3,87 5,16
Vitória 1,86 0,04 0,31 3,46 5,03
Curitiba 8,09 0,28 0,29 3,53 4,59
Campo Grande 1,57 -0,12 0,27 3,07 3,98
Porto Alegre 8,61 0,53 0,24 3,60 4,93
São Paulo 32,28 -0,02 0,22 3,33 4,74
Salvador 5,99 0,25 0,17 3,44 4,41
Goiânia 4,17 0,16 0,12 2,35 4,11
Rio de Janeiro 9,43 0,03 -0,04 2,47 3,47
Belo Horizonte 9,69 -0,16 -0,08 3,22 4,71
Brasil 100,00 0,12 0,23 3,23 4,61

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 29 de agosto de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 28 de julho de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. 

INPC foi de 0,20% em agosto 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,20% em agosto, acima da variação do mês anterior (-0,09%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 4,06%, acima dos 3,53% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,31%. 

Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,91% em agosto, após queda de 0,59% em julho. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,56%, acima do resultado de 0,07% observado em julho. 

Duas áreas registraram queda em agosto. O menor resultado foi em Belo Horizonte (-0,24%), onde pesaram as quedas de 9,09% nos preços dos ônibus urbano e de 7,15% no frango em pedaços. Já a maior variação, ocorreu em Belém (0,74%), puxada pela alta de 8,82% na energia elétrica residencial. 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Belém 6,95 0,39 0,74 3,96 5,48
Fortaleza 5,16 0,06 0,59 3,66 4,72
Brasília 1,97 -0,06 0,55 2,38 4,53
Rio Branco 0,72 0,15 0,42 3,06 4,82
São Luís 3,47 -0,04 0,38 1,34 3,35
Aracaju 1,29 0,09 0,32 3,70 4,85
Vitória 1,91 -0,21 0,32 2,97 4,42
Curitiba 7,37 0,14 0,30 3,58 4,40
Porto Alegre 7,15 0,28 0,24 3,20 4,21
Salvador 7,92 0,02 0,18 2,94 3,90
São Paulo 24,60 -0,28 0,18 2,59 3,77
Recife 5,60 0,13 0,16 2,80 4,65
Campo Grande 1,73 -0,22 0,13 2,86 3,47
Goiânia 4,43 -0,06 0,08 1,93 3,82
Rio de Janeiro 9,38 -0,27 -0,07 1,83 2,57
Belo Horizonte 10,35 -0,48 -0,24 2,88 4,40
Brasil 100,00 -0,09 0,20 2,80 4,06

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 29 de agosto de 2023 (referência) com os preços vigentes no período entre 29 de junho e 28 de julho de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.