PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 7,9% e taxa de subutilização é de 17,8% no trimestre encerrado em julho
31/08/2023 09h00 | Atualizado em 31/08/2023 10h06
A taxa de desocupação (7,9%) do trimestre de maio a julho de 2023 recuou 0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2023 (8,5%) e caiu 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2022 (9,1%). Essa foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre móvel terminado em dezembro de 2022.
Indicador/Período | Mai-Jun-Jul 2023 | Fev-Mar-Abr 2023 | Mai-Jun-Jul 2022 |
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Taxa de desocupação | 7,9% | 8,5% | 9,1% |
Taxa de subutilização | 17,8% | 18,4% | 20,9% |
Rendimento real habitual | R$ 2.935 | R$ 2.916 | R$ 2.792 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | 0,6% (estável) | 5,1% |
A população desocupada (8,5 milhões) recuou 6,3% (menos 573 mil pessoas) no trimestre e caiu 13,8% (menos 1,36 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre móvel terminado em junho de 2015.
A população ocupada (99,3 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,7% (mais 669 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,8%, crescendo 0,6 p.p. frente ao trimestre de fevereiro a abril (56,2%) e ficando estável no ano.
A taxa composta de subutilização (17,8%) recuou 0,7 p.p. frente ao trimestre anterior (18,4%) e caiu 3,1 p.p. ante o trimestre encerrado em julho de 2022 (20,9%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) caiu 3,1% no trimestre e recuou 16,4% no ano. Foi o menor contingente dessa população desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 20,5% no ano.
A população fora da força de trabalho (66,9 milhões) caiu 0,5% ante o trimestre anterior (menos 349 mil pessoas) e cresceu 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.
A população desalentada (3,7 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 13,4% (menos 568 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) ficou estável no trimestre e caiu 0,5 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,0 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 3,4% (mais 1,2 milhão de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões) cresceu 4,0% em relação ao trimestre anterior (mais 503 mil pessoas) e ficou estável no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,5% no ano (menos 637 mil pessoas).
O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) cresceu 3,3% ante o trimestre anterior e ficou estável frente ao trimestre encerrado em julho de 2022.
O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.
O número de empregados no setor público (12,3 milhões de pessoas) cresceu 2,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.
A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 39,8% no mesmo trimestre de 2022
O rendimento real habitual (R$ 2.935) ficou estável no trimestre e cresceu 5,1% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 286,9 bilhões) foi recorde da série histórica, cresceu 2,0% frente ao trimestre anterior e 6,2% na comparação anual.
No trimestre móvel de maio a julho de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,9 milhões de pessoas, crescendo 0,7% (mais 730 mil pessoas) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2022 e caindo 0,6% ante o mesmo trimestre do ano anterior (menos 691 mil pessoas).
Frente ao trimestre móvel anterior, segundo os grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento nos grupamentos: Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,5%, ou mais 296 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,4%, ou mais 593 mil pessoas) e Serviços domésticos (3,1%, ou mais 178 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Na comparação com o trimestre de março a maio de 2022 houve alta em: Transporte, armazenagem e correio (4,0%, ou mais 207 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,2%, ou mais 608 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%, ou mais 706 mil pessoas). Houve redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,1%, ou menos 450 mil pessoas) e Construção (4,1%, ou menos 309 mil pessoas).
Quanto ao rendimento médio real habitual (R$2.935), frente ao trimestre móvel anterior, todos os grupamentos apresentaram estabilidade. A comparação com o trimestre de maio a julho de 2022 mostrou aumentos nas categorias: Indústria (3,8%, ou mais R$ 101); Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,5%, ou mais R$ 127); Alojamento e alimentação (8,3%, ou mais R$ 149); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou mais R$ 171) e Serviços domésticos (5,4%, ou mais R$ 59). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, todas mostraram estabilidade no rendimento. Na comparação anual, todas as posições tiveram aumento: Empregado com carteira de trabalho assinada (3,5%, ou mais R$ 92); Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,0%, ou mais R$ 94); Trabalhador doméstico (5,4%, ou mais R$ 59); Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,0%, ou mais R$ 212); Empregador (12,5%, ou mais R$ 835) e Conta-própria (6,7%, ou mais R$ 148).