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IPCA foi de -0,08% em junho

11/07/2023 09h00 | Atualizado em 11/07/2023 09h30

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,08% em junho, 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,23%). Essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

Período Taxa
Junho de 2023 -0,08%
Maio de 2023 0,23%
Junho de 2022 0,67%
Acumulado do ano 2,87%
Acumulado nos últimos 12 meses  3,16%

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas em Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 p.p. e -0,08 p.p, respectivamente, para o resultado do mês. Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho. No lado das altas, o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) no índice do mês vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral 0,23 -0,08 0,23 -0,08
Alimentação e bebidas 0,16 -0,66 0,04 -0,14
Habitação 0,67 0,69 0,10 0,10
Artigos de residência -0,23 -0,42 -0,01 -0,02
Vestuário 0,47 0,35 0,02 0,02
Transportes -0,57 -0,41 -0,12 -0,08
Saúde e cuidados pessoais 0,93 0,11 0,12 0,01
Despesas pessoais 0,64 0,36 0,07 0,04
Educação 0,05 0,06 0,00 0,00
Comunicação 0,21 -0,14 0,01 -0,01

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,66%) deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%), que haviam registrado estabilidade em maio. Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%). Em maio, as variações desses subitens haviam sido de 0,71% e 0,47%, respectivamente.

Em Transportes (-0,41% e -0,08 p.p.), o resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%). Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,85%), por conta das quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio.

No grupo Habitação (0,69%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,43%), devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte (13,66%), com reajuste de 14,69%, a partir de 28 de maio; Recife (3,73%), com reajuste de 8,33%, a partir de 14 de maio; Curitiba (1,64%), com reajuste de 10,66% a partir de 24 de junho e Porto Alegre (-0,26%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto (1,69%) também registrou alta, por conta de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belém (7,76%), com reajuste de 8,33%, a partir de 28 de maio; Curitiba (4,60%), com reajuste de 8,20%, a partir de 17 de maio; São Paulo (3,19%), com reajuste de 9,56%, a partir de 10 de maio, e Aracaju (0,30%), com reajuste de 4,92%, a partir de 1º de maio.

Ainda em Habitação, a queda nos preços de gás encanado (-0,04%) decorre da apropriação residual das reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-0,20%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,04%), ambas a partir de 1º de maio. O preço do gás de botijão (-3,82%) também recuou.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,11%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

Cinco áreas apresentaram alta em junho. A maior variação foi em Belo Horizonte (0,31%), em função da energia elétrica residencial (13,66%), e menor, em Goiânia (-0,97%), influenciada pelas quedas na gasolina (-5,40%) e na energia elétrica residencial (-4,83%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Belo Horizonte 9,69 0,48 0,31 3,46 2,54
Recife 3,92 0,41 0,28 2,52 2,47
Aracaju 1,03 0,35 0,26 3,25 2,76
Vitória 1,86 0,01 0,06 3,10 3,76
Curitiba 8,09 0,25 0,03 2,95 2,07
São Paulo 32,28 0,24 -0,01 3,12 4,44
Porto Alegre 8,61 0,08 -0,02 2,81 2,58
Belém 3,94 0,01 -0,09 2,60 3,13
Campo Grande 1,57 0,30 -0,14 2,91 2,43
Rio de Janeiro 9,43 0,08 -0,20 2,48 3,03
Salvador 5,99 0,35 -0,23 3,00 2,70
Fortaleza 3,23 0,56 -0,40 2,69 2,13
Brasília 4,06 0,19 -0,40 2,29 3,24
Rio Branco 0,51 0,29 -0,50 2,10 2,62
São Luís 1,62 -0,38 -0,62 0,91 1,11
Goiânia 4,17 0,15 -0,97 2,06 1,30
Brasil 100,00 0,23 -0,08 2,87 3,16

 Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC foi de -0,10% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de -0,10% em junho, abaixo do mês anterior (0,36%). No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos 12 meses, de 3,00%, abaixo dos 3,74% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%.

Os produtos alimentícios caíram 0,66% em junho, após alta de 0,16% em maio. Nos produtos não alimentícios, houve alta de 0,08%, desacelerando em relação a maio (0,43%).

Doze áreas registraram queda em junho. O menor resultado foi em Goiânia (-0,86%), onde pesaram as quedas nos preços da gasolina (-5,40%) e da energia elétrica residencial
(-4,79%). A maior variação, por sua vez, foi em Recife (0,38%), puxada pelas altas na gasolina (4,09%) e na energia elétrica residencial (3,73%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Recife 5,60 0,59 0,38 2,50 2,86
Belo Horizonte 10,35 0,79 0,34 3,62 2,79
Aracaju 1,29 0,66 0,28 3,28 3,07
Curitiba 7,37 0,40 0,09 3,13 1,74
Vitória 1,91 0,24 -0,03 2,85 3,37
Porto Alegre 7,15 0,12 -0,08 2,67 2,13
São Paulo 24,60 0,39 -0,09 2,69 4,32
Belém 6,95 0,13 -0,10 2,79 3,28
Rio de Janeiro 9,38 0,08 -0,20 2,18 2,81
Campo Grande 1,73 0,38 -0,25 2,96 2,22
Fortaleza 5,16 0,60 -0,25 2,99 2,70
Rio Branco 0,72 0,41 -0,31 2,48 2,49
Salvador 7,92 0,56 -0,33 2,72 2,72
Brasília 1,97 0,11 -0,41 1,88 2,55
São Luís 3,47 -0,33 -0,55 1,00 1,70
Goiânia 4,43 0,16 -0,86 1,91 1,85
Brasil 100,00 0,36 -0,10 2,69 3,00

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de abril a 29 de maio de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.