IPCA-15 foi de 0,04% em junho
27/06/2023 09h00 | Atualizado em 27/06/2023 09h00
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,04% em junho, 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,51%).
Período | Taxa |
---|---|
Junho de 2023 | 0,04% |
Maio de 2023 | 0,51% |
Junho de 2022 | 0,69% |
Acumulado no ano | 3,16% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 3,40% |
O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,12%, abaixo dos 3,04% registrados no mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,69%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de junho. O grupo Habitação registrou a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14 p.p.) no índice do mês. Os três grupos que registraram queda foram Transportes (-0,55%), Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%). Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Educação e o 0,79% de Vestuário.
Grupo | Variação Mensal (%) |
Impacto (p.p.) |
Variação Acumulada (%) |
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Abril | Maio | Junho | Junho | Trimestre | 12 meses | |
Índice Geral | 0,57 | 0,51 | 0,04 | 0,04 | 1,12 | 3,40 |
Alimentação e bebidas | 0,04 | 0,94 | -0,51 | -0,11 | 0,47 | 4,94 |
Habitação | 0,48 | 0,43 | 0,96 | 0,14 | 1,88 | 4,02 |
Artigos de residência | 0,07 | -0,28 | -0,01 | 0,00 | -0,22 | 1,14 |
Vestuário | 0,39 | 0,35 | 0,79 | 0,04 | 1,54 | 10,32 |
Transportes | 1,44 | -0,04 | -0,55 | -0,11 | 0,84 | -5,42 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,04 | 1,49 | 0,19 | 0,02 | 2,74 | 10,59 |
Despesas pessoais | 0,28 | 0,40 | 0,52 | 0,05 | 1,20 | 6,50 |
Educação | 0,11 | 0,07 | 0,04 | 0,00 | 0,22 | 8,25 |
Comunicação | 0,06 | 0,02 | 0,11 | 0,01 | 0,19 | 0,69 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
No grupo Habitação (0,96%), destaca-se a alta da taxa de água e esgoto (3,64% e 0,06 p.p.), devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: de 8,20% em Curitiba (7,92%), a partir de 17 de maio; de 9,56% em São Paulo (7,63%), a partir de 10 de maio; de 11,20% em Recife (4,61%), a partir de 28 de abril; e de 8,33% em Belém (5,00%), a partir de 28 de maio.
A alta da energia elétrica residencial (1,45% e 0,06 p.p.) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas: em Belo Horizonte (9,15%), onde houve reajuste de 14,69% a partir de 28 de maio; em Recife (8,21%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir de 22 de abril; e em Salvador (1,84%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril.
A queda em gás encanado (-0,33%) vem a partir de reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-1,64%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,31%), ambas com vigência a partir de 1º de maio.
Em Despesas pessoais (0,52%), destaca-se a alta de 6,19% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas, a partir de 30 de abril. Cinema, teatro e concertos (1,29%) e pacote turístico (1,07%) também registraram alta em junho.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,19%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. Desse modo, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.
Nos Transportes (-0,55%), a variação negativa foi puxada pela queda nos preços dos combustíveis (-3,75%). A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17 p.p.) no IPCA-15 de junho. Os demais combustíveis também registraram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 p.p. no índice do mês.
Ainda em Transportes, destaca-se a alta de 10,70% nos preços das passagens aéreas, que haviam registrado queda de 17,26% em maio. A alta de 0,99% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (7,53%), a partir de 23 de abril.
O grupo Alimentação e bebidas (-0,51%) registrou deflação no mês de junho, após alta de 0,94% no mês anterior. A alimentação no domicílio caiu de 1,02% em maio para -0,81% em junho, influenciada pelas quedas do óleo de soja (-8,95%), das frutas (-4,39%), do leite longa vida (-1,44%) e das carnes (-1,13%). No lado das altas, os destaques foram o ovo de galinha (2,04%) e o pão francês (0,72%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,73% em maio para 0,29% em junho. Tanto o lanche (0,34%) como a refeição (0,28%) registraram resultado inferior ao do mês anterior (1,08% e 0,46%, respectivamente).
Quanto aos índices regionais, quatro áreas tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Recife (0,45%), por conta das altas da energia elétrica residencial (8,21%) e da taxa de água e esgoto (4,61%). Já a menor variação foi observada em Goiânia (-0,66%), influenciada pela queda de 4,42% na gasolina.
Região | Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) |
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Abril | Maio | Junho | Trimestre | 12 meses | ||
Recife | 4,71 | 0,29 | 0,19 | 0,45 | 0,93 | 2,93 |
São Paulo | 33,45 | 0,52 | 0,45 | 0,23 | 1,20 | 4,37 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,27 | 0,90 | 0,10 | 1,27 | 2,75 |
Curitiba | 8,09 | 0,85 | 0,46 | 0,07 | 1,38 | 2,30 |
Salvador | 7,19 | 0,30 | 0,73 | -0,02 | 1,01 | 3,51 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,73 | 0,28 | -0,04 | 0,97 | 3,04 |
Fortaleza | 3,88 | 0,48 | 0,61 | -0,05 | 1,04 | 2,64 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,79 | 0,46 | -0,10 | 1,15 | 3,25 |
Belém | 4,46 | 0,80 | 0,22 | -0,18 | 0,84 | 3,45 |
Brasília | 4,84 | 0,80 | 0,45 | -0,28 | 0,97 | 3,34 |
Goiânia | 4,96 | 0,68 | 0,83 | -0,66 | 0,85 | 1,93 |
Brasil | 100,00 | 0,57 | 0,51 | 0,04 | 1,12 | 3,40 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de maio a 14 de junho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 15 de maio de 2023 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.