Volume de serviços recua 1,6% em abril
15/06/2023 09h00 | Atualizado em 15/06/2023 10h05
Em abril de 2023, o volume de serviços no Brasil recuou 1,6% frente a março, na série com ajuste sazonal, após ter acumulado um ganho de 2,1% entre fevereiro e março últimos. Com isso, o setor ficou 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,9% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).
Na série sem ajuste sazonal, frente a abril de 2022, o volume de serviços avançou 2,7%, 26ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi de 4,8% e o acumulado nos últimos 12 meses passou 7,3% em março para 6,8% em abril, menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Abril 23 / Março 23* | -1,6 | -0,4 |
Abril 23 / Abril 22 | 2,7 | 8,0 |
Acumulado Janeiro-Abril | 4,8 | 10,8 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 6,8 | 13,9 |
*série com ajuste sazonal |
A retração de 1,6% do volume de serviços em abril de 2023, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (-4,4%), que devolveu parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março. Os demais recuos vieram dos serviços de informação e comunicação (-1,0%); dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%).
Em sentido oposto, a única expansão do mês ficou com os serviços prestados às famílias (1,2%), que recuperaram parte da perda acumulada (-2,2%) entre fevereiro e março.
Pesquisa Mensal de Serviços - Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Abril 2023 - Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
FEV | MAR | ABR | FEV | MAR | ABR | JAN-FEV | JAN-MAR | JAN-ABR | Até FEV | Até MAR | Até ABR | |
Volume de Serviços - Brasil | 0,8 | 1,4 | -1,6 | 4,8 | 6,5 | 2,7 | 5,0 | 5,5 | 4,8 | 7,7 | 7,3 | 6,8 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,9 | -1,1 | 1,2 | 10,4 | 3,3 | 2,9 | 10,6 | 8,1 | 6,8 | 22,4 | 18,3 | 14,5 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -0,7 | -2,9 | 3,7 | 11,8 | 3,4 | 1,7 | 11,0 | 8,4 | 6,7 | 22,7 | 18,5 | 14,4 |
1.1.1 Alojamento | - | - | - | 36,4 | 9,2 | 0,8 | 24,6 | 19,9 | 15,3 | - | - | - |
1.1.2 Alimentação | - | - | - | 8,9 | 6,2 | 1,3 | 9,6 | 8,4 | 6,5 | - | - | - |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -5,1 | 5,6 | 3,5 | 2,7 | 2,9 | 10,0 | 8,6 | 6,5 | 7,4 | 20,2 | 16,8 | 15,0 |
2. Serviços de informação e comunicação | 1,4 | 1,4 | -1,0 | 6,9 | 6,6 | 4,0 | 5,4 | 5,8 | 5,4 | 3,6 | 3,8 | 4,0 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,5 | 1,5 | -1,2 | 7,5 | 6,5 | 4,4 | 6,0 | 6,2 | 5,7 | 3,9 | 4,2 | 4,4 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,3 | 0,8 | 0,3 | 1,9 | 3,0 | 3,4 | 0,5 | 1,3 | 1,8 | -5,6 | -4,7 | -3,8 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 3,0 | -0,3 | -1,2 | 14,2 | 10,4 | 5,3 | 12,7 | 11,9 | 10,2 | 15,8 | 15,1 | 14,3 |
2.2 Serviços audiovisuais | 1,9 | 4,1 | -4,2 | 2,8 | 7,5 | 1,7 | 1,0 | 3,3 | 2,9 | 1,2 | 1,1 | 0,9 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -1,1 | 3,5 | -0,6 | 2,0 | 6,0 | 4,0 | 4,5 | 5,0 | 4,8 | 7,2 | 6,9 | 6,6 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -0,6 | 1,4 | 3,6 | 6,1 | 4,6 | 11,0 | 7,0 | 6,1 | 7,4 | 7,4 | 6,7 | 7,2 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,3 | 2,2 | -2,5 | 1,3 | 6,8 | 0,9 | 4,3 | 5,2 | 4,1 | 7,3 | 7,2 | 6,5 |
3.2.1 Aluguéis não imobiliários | -3,2 | 2,7 | -2,0 | 23,8 | 25,5 | 14,7 | 30,0 | 28,4 | 24,7 | 31,1 | 31,0 | 29,1 |
3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais | -2,2 | 5,4 | -2,6 | -4,4 | 2,0 | -2,8 | -2,0 | -0,6 | -1,2 | 1,8 | 1,6 | 1,1 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 3,2 | 4,1 | -4,4 | 5,3 | 8,6 | 2,0 | 5,4 | 6,5 | 5,4 | 11,8 | 11,1 | 10,0 |
4.1 Transporte terrestre | 1,7 | 4,1 | -3,5 | 10,7 | 13,8 | 6,8 | 12,4 | 12,9 | 11,3 | 17,9 | 17,6 | 16,6 |
4.1.1 Rodoviário de cargas | - | - | - | 1,7 | 14,9 | 9,7 | 2,3 | 6,8 | 7,5 | - | - | - |
4.1.2 Rodoviário de passageiros | - | - | - | 17,2 | 12,3 | 2,7 | 22,9 | 19,0 | 14,6 | - | - | - |
4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre | - | - | - | 8,1 | 9,0 | 2,4 | 8,3 | 8,6 | 7,0 | - | - | - |
4.2 Transporte aquaviário | -0,7 | 1,1 | -2,0 | 9,6 | 17,1 | 8,5 | 10,6 | 12,8 | 11,7 | 10,7 | 11,8 | 12,2 |
4.3 Transporte aéreo | 4,7 | 2,7 | -2,5 | 4,2 | -7,5 | -16,7 | -3,2 | -4,7 | -7,8 | 19,6 | 11,9 | 3,8 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 5,4 | 6,7 | -6,7 | -3,8 | 2,0 | -2,2 | -4,3 | -2,0 | -2,1 | 1,1 | 0,8 | 0,6 |
5. Outros serviços | 0,7 | -0,7 | -1,1 | 0,6 | 0,5 | -0,9 | 0,5 | 0,5 | 0,2 | -1,8 | -1,4 | -0,7 |
5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação | - | - | - | 3,6 | 9,1 | 2,2 | 2,1 | 4,5 | 3,9 | - | - | - |
5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros | - | - | - | -5,9 | -4,7 | -8,3 | -3,7 | -4,1 | -5,1 | - | - | - |
5.3 Atividades imobiliárias | - | - | - | 12,4 | 15,9 | 12,8 | 16,1 | 16,0 | 15,2 | - | - | - |
5.4 Outros serviços não especificados anteriormente | - | - | - | 11,8 | 13,9 | 5,3 | 16,9 | 15,8 | 13,1 | - | - | - |
Fonte: IBGE, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores. |
A média móvel trimestral foi de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2023 frente ao mês anterior, alcançando, assim, o primeiro resultado positivo de 2023.
Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, três das cinco atividades, houve disseminação de taxas positivas, com avanços em três das cinco atividades: transportes (0,9%); informação e comunicação (0,6%); e profissionais, administrativos e complementares (0,6%), ao passo que, outros serviços (-0,4%) e os serviços prestados às famílias (-0,3%) assinalaram taxas negativas.
Ante abril de 2022, o volume de serviços avançou 2,7%, sua 26ª taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 57,2% dos 166 tipos de serviços investigados.
As principais contribuições positivas vieram de informação e comunicação (4,0%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,0%). Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,0%) e dos serviços prestados às famílias (2,9%). Em sentido oposto, o único resultado negativo ficou com o setor de outros serviços (-0,9%).
O acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, foi a 4,8%, com taxas positivas em todas as atividades e em 59,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
Serviços recuam em 26 das 27 Unidades da Federação em abril
Em abril, o volume de serviços recuou em 26 das 27 Unidades da Federação, em relação a março. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-5,5%), seguidos por Santa Catarina (-3,5%), Goiás (-5,6%) e Mato Grosso (-4,2%). Em contrapartida, Ceará (1,0%) exerceu a única contribuição positiva do mês.
Frente a abril de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com Minas Gerais (6,9%), seguido por Paraná (8,7%), Santa Catarina (10,7%), São Paulo (0,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%). Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,3%), Alagoas (-1,8%) e Amapá (-4,2%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2023, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo veio de São Paulo (2,4%), seguido por Rio de Janeiro (5,8%), Minas Gerais (8,4%), Paraná (10,5%) e Santa Catarina (10,4%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-0,2%) registrou a única influência negativa sobre índice nacional.
Índice de atividades turísticas fica em -0,1% em abril
Em abril de 2023, o índice de atividades turísticas teve variação negativa de 0,1% frente ao mês anterior, terceiro resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 1,6%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Regionalmente, apenas cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração. A influência negativa mais relevante ficou com Distrito Federal (-6,2%), seguido por Paraná (-2,8%), Bahia (-1,3%) e Pernambuco (-1,7%). Por outro lado, São Paulo (1,0%) e Rio de Janeiro (2,6%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.
Frente a abril de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 1,4%, 25ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis; atividades teatrais, musicais e de espetáculos em geral; agências de viagens; serviços de bufê; e transporte rodoviário coletivo de passageiros.
Houve altas em cinco das 12 UFs onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (3,6%), seguido por Minas Gerais (10,1%), Paraná (3,6%) e Rio Grande do Sul (1,1%). Em contrapartida, Distrito Federal (-10,0%) exerceu o impacto negativo mais relevante, seguido por Pernambuco (-7,4%), Goiás (-4,4%) e Rio de Janeiro (-0,5%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 8,4 % frente a igual período de 2022, impulsionado pelos aumentos de receita dos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Houve altas em 11 dos 12 locais investigados, com destaque São Paulo (8,3%), Minas Gerais (20,4%), Rio de Janeiro (5,0%), Bahia (11,7%), Paraná (13,7%) e Santa Catarina (11,6%). Em contrapartida, Distrito Federal (-1,0%) apontou o único resultado negativo.
Em abril, transportes de passageiros e de cargas recuam
Em abril de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 1,4% frente a março, na série com ajuste sazonal, segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 4,7%. Dessa forma, o segmento encontra-se 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas recuou 3,4%, eliminando, assim, pequena parte do ganho de 8,0% verificado entre fevereiro e março. O segmento está 3,4% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em março de 2023. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,9% acima de fevereiro de 2020.
Na comparação com abril de 2022, o transporte de passageiros, ao recuar 5,2%, interrompeu uma sequência de 24 taxas positivas seguidas, ao passo que o transporte de cargas cresceu 7,8%, assinalando o 32º resultado positivo consecutivo.
No indicador acumulado do primeiro quadrimestre, o transporte de passageiros cresceu 3,9% e o de cargas avançou 10,7%.