Capacidade de armazenagem agrícola cresce 1,8% e chega a 192,2 milhões de toneladas no 2º semestre de 2022
13/06/2023 09h00 | Atualizado em 13/06/2023 09h00
No 2º semestre de 2022, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 192,2 milhões toneladas, 1,8% superior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos subiu 0,7% em relação ao primeiro semestre de 2022.
O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.178), e o Mato Grosso possui a maior capacidade: 47,5 milhões de toneladas.
O estoque de produtos agrícolas totalizou 39,4 milhões de toneladas, um aumento de 7,4% frente às 36,7 milhões de toneladas do segundo semestre de 2021.
Neste segundo semestre de 2022, as Regiões Norte, Centro-Oeste e Sul tiveram aumentos no número de estabelecimentos de 9,2%, 1,5% e 0,1%, respectivamente, enquanto Sudeste e Nordeste apresentaram quedas de 0,8% e 0,4%. Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de milho representaram o maior volume (18,1 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de soja (8,1 milhões), trigo (7,4 milhões), arroz (2,2 milhões) e café (0,9 milhão). Estes produtos constituem 94,0% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.
Capacidade dos silos chega a 99,2 milhões de toneladas, com alta de 3,2%
Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 99,2 milhões de toneladas no segundo semestre de 2022, ou 51,6% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2022, a capacidade dos silos cresceu 3,2%.
Número de estabelecimentos e capacidade útil, por Unidades da Federação
Brasil - 2º semestre 2022
UF | Número de Estabelecimentos | Capacidade (t) | |||
---|---|---|---|---|---|
Total | Convencional (1) | Graneleiro | Silo | ||
BRASIL | 8.435 | 192.181.994 | 22.635.957 | 70.330.155 | 99.215.882 |
RO | 73 | 1.243.837 | 171.187 | 74.470 | 998.180 |
AC | 20 | 80.950 | 12.900 | 0 | 68.050 |
AM | 8 | 347.706 | 18.540 | 304.368 | 24.798 |
RR | 13 | 135.286 | 12.200 | 0 | 123.086 |
PA | 77 | 1.916.011 | 147.735 | 191.810 | 1.576.466 |
AP | 10 | 212.168 | 66.168 | 0 | 146.000 |
TO | 107 | 2.907.547 | 308.400 | 607.500 | 1.991.647 |
MA | 61 | 2.216.067 | 70.649 | 1.668.600 | 476.818 |
PI | 112 | 3.096.319 | 300.418 | 1.050.582 | 1.745.319 |
CE | 70 | 961.880 | 552.665 | 21.758 | 387.457 |
RN | 13 | 98.747 | 98.747 | 0 | 0 |
PB | 13 | 310.762 | 96.432 | 2.480 | 211.850 |
PE | 30 | 431.133 | 155.284 | 4.609 | 271.240 |
AL | 5 | 53.302 | 17.402 | 3.000 | 32.900 |
SE | 8 | 89.247 | 26.807 | 16.440 | 46.000 |
BA | 166 | 4.724.964 | 541.307 | 2.078.194 | 2.105.463 |
MG | 443 | 7.965.367 | 3.236.285 | 1.526.520 | 3.202.562 |
ES | 82 | 1.309.893 | 557.149 | 554.740 | 198.004 |
RJ | 12 | 119.693 | 15.007 | 11.653 | 93.033 |
SP | 644 | 11.889.763 | 3.051.694 | 2.646.589 | 6.191.480 |
PR | 1.353 | 33.179.050 | 4.441.958 | 10.131.207 | 18.605.885 |
SC | 331 | 6.067.819 | 506.560 | 1.068.506 | 4.492.753 |
RS | 2.178 | 35.166.345 | 2.855.650 | 7.891.319 | 24.419.376 |
MS | 584 | 13.014.981 | 605.534 | 4.421.519 | 7.987.928 |
MT | 1.422 | 47.494.383 | 3.064.694 | 27.665.987 | 16.763.702 |
GO | 580 | 16.659.153 | 1.389.284 | 8.355.304 | 6.914.565 |
DF | 20 | 489.620 | 315.300 | 33.000 | 141.320 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa de Estoques, 2º semestre de 2022. Nota: (1) A capacidade dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis foi convertida na proporção de 0,6t/m³ |
Na sequência, assinalam-se os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 70,3 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 0,4% superior à capacidade verificada no período anterior. Essa categoria é responsável por 36,6% da armazenagem nacional.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 22,6 milhões de toneladas, o que representou aumento de 0,1% em relação ao primeiro semestre de 2022. Esses armazéns contribuem com 11,8% da capacidade total de armazenagem.
Os silos predominam na Região Sul, sendo responsáveis por 63,9% da capacidade armazenadora da Região e 47,9% da capacidade total de silos do país. O tipo “graneleiros e granelizados” aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 52,1% da capacidade da Região e 57,6% da capacidade total. Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam no Sul (34,5%) e no Sudeste (30,3%). Estas duas regiões juntas correspondem a 64,8% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.
Número de estabelecimentos aumentou nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste
Com 8.435 estabelecimentos ativos no segundo semestre de 2022, a Pesquisa de Estoques apresentou um acréscimo de 0,7% no número de estabelecimentos ativos, quando comparada com a pesquisa do primeiro semestre de 2022. Neste segundo semestre de 2022, houve aumentos no número de estabelecimentos nas Regiões Norte (9,2%), Centro-Oeste (1,5%) e Sul (0,1%) e quedas no Sudeste (-0,8%) e no Nordeste (-0,4%).
O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.178), seguido do Mato Grosso com 1.422 e Paraná, que possui 1.353 unidades. Mato Grosso possui a maior capacidade de armazenagem do País, com 47,5 milhões de toneladas. Deste total, 58,3% são do tipo graneleiros e 35,3% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná possuem 35,2 e 33,2 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante nesses estados
Estoques de milho, soja e trigo crescem, enquanto os de arroz e café caem
O estoque de produtos agrícolas totalizou 39,4 milhões de toneladas, um aumento de 7,4% frente às 36,7 milhões de toneladas do segundo semestre de 2021.
No segundo semestre de 2022, houve acréscimo nos estoques de milho (7,3%), soja (5,8%) e trigo (15,6%) e quedas no arroz (-6,8%) e no café (-21,5%).
Estes produtos constituem 94,0% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa, sendo os 6,0% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.