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Volume de serviços avança 0,9% em março

16/05/2023 09h00 | Atualizado em 16/05/2023 09h40

Em março de 2023, o volume de serviços no Brasil avançou 0,9% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor ficou 12,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,3% abaixo de dezembro de 2022, o auge da série histórica. Na série sem ajuste sazonal, frente a março de 2022, o volume de serviços avançou 6,3%, sua 25ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi de 5,8% e o acumulado em 12 meses passou de 7,8% em fevereiro de 2023 para 7,4% em março, menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%).

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Março 23 / Fevereiro 23* 0,9 0,8
Março 23 / Março 22 6,3 11,8
Acumulado Janeiro-Março 5,8 12,0
Acumulado nos Últimos 12 Meses 7,4 14,7
*série com ajuste sazonal  

A expansão de 0,9% do volume de serviços em março de 2023, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (3,6%) e o de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%). O primeiro acumulou ganho de 7,0% em fevereiro e março de 2023 enquanto o segundo recuperou parte da perda de 3,4% acumulada nos dois primeiros meses do ano.

Pesquisa Mensal de Serviços  -  Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação  -  Março 2023
Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
JAN FEV MAR JAN FEV MAR JAN-JAN JAN-FEV JAN-MAR Até JAN Até FEV Até MAR
Volume de Serviços - Brasil -2,9 0,7 0,9 5,9 5,2 6,3 5,9 5,6 5,8 8,0 7,8 7,4
1. Serviços prestados às famílias 0,1 -0,8 -1,7 11,4 10,7 3,7 11,4 11,1 8,5 23,1 22,4 18,4
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 0,8 -0,6 -3,2 11,0 12,0 3,8 11,0 11,5 8,9 23,4 22,8 18,6
   1.1.1 Alojamento  -  -  - 17,1 37,0 11,1 17,1 24,7 20,6  - - -
   1.1.2 Alimentação  -  -  - 11,2 9,1 6,3 11,2 10,2 8,8  - - -
1.2 Outros serviços prestados às famílias -0,7 -5,0 4,7 14,1 3,0 3,0 14,1 8,8 6,7 21,3 20,2 16,9
2. Serviços de informação e comunicação 0,9 1,4 0,2 5,6 8,6 6,5 5,6 7,1 6,9 3,4 3,9 4,1
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 2,7 0,5 0,3 6,4 9,5 6,5 6,4 7,9 7,4 3,6 4,2 4,5
2.1.1 Telecomunicações 7,8 0,3 -0,2 2,1 5,3 5,5 2,1 3,6 4,3 -6,1 -5,1 -4,0
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 3,7 2,9 -2,2 11,5 14,3 7,4 11,5 12,9 10,9 16,0 15,8 14,8
2.2 Serviços audiovisuais -2,6 1,8 4,1 -0,2 2,8 7,4 -0,2 1,2 3,4 1,5 1,2 1,1
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -2,1 -1,4 2,6 8,1 2,4 5,5 8,1 5,2 5,3 7,7 7,3 7,0
3.1 Serviços técnico-profissionais 0,3 -1,3 0,2 8,7 6,1 4,0 8,7 7,4 6,2 7,3 7,4 6,7
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,9 -0,6 1,1 8,9 1,9 6,3 8,9 5,3 5,7 8,0 7,5 7,3
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 3,9 -2,8 3,0 36,7 23,9 25,7 36,7 30,1 28,5 31,2 31,1 31,1
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -1,0 -2,8 3,9 2,1 -3,7 1,3 2,1 -0,8 -0,1 2,7 2,0 1,7
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -4,5 3,3 3,6 5,5 5,3 8,5 5,5 5,4 6,5 12,5 11,8 11,1
4.1 Transporte terrestre -2,1 2,1 3,3 14,1 10,7 13,9 14,1 12,4 12,9 18,3 17,9 17,6
   4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - 3,0 1,7 15,1 3,0 2,3 6,8  - - -
   4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - 28,6 17,2 12,2 28,6 22,9 18,9  - - -
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - 8,6 8,1 9,0 8,6 8,3 8,6  - - -
4.2 Transporte aquaviário 2,1 -0,6 0,0 11,6 9,6 14,7 11,6 10,6 12,0 11,3 10,7 11,6
4.3 Transporte aéreo -5,7 5,8 1,7 -8,7 4,2 -7,6 -8,7 -3,2 -4,8 22,6 19,6 11,9
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -9,7 4,4 5,9 -4,6 -3,8 1,9 -4,6 -4,2 -2,0 1,9 1,1 0,8
5. Outros serviços -8,8 0,4 -0,6 0,6 0,1 0,0 0,6 0,3 0,2 -2,1 -1,8 -1,4
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - 0,5 3,4 9,0 0,5 1,9 4,3  - - -
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -1,6 -5,9 -4,7 -1,6 -3,7 -4,1  - - -
    5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - 19,8 5,3 9,3 19,8 12,5 11,4  - - -
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - 24,2 13,8 15,5 24,2 19,0 17,7  - - -
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal;  (2) Base: igual mês do ano anterior;  (3) Base: igual período do ano anterior;  (4) Base: 12 meses anteriores.

O outro avanço do mês veio dos serviços de informação e comunicação (0,2%) que acumula alta de 2,5% nos três primeiros meses do ano após uma queda acumulada de 2,3% nos dois últimos meses de 2022.

Já as influências negativas do mês vieram de serviços prestados às famílias (-1,7%) e os outros serviços (-0,6%), com o primeiro alcançando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 2,5%; e o último eliminando o ganho (0,4%) observado em fevereiro.

A média móvel trimestral foi de –0,5% no trimestre encerrado em março de 2023 frente ao mês anterior, encerrando 16 meses de taxas positivas registradas desde novembro de 2021. Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, três das cinco atividades recuaram frente ao nível do trimestre terminado em fevereiro: serviços prestados às famílias (-0,8%); profissionais, administrativos e complementares (-0,3%) e outros serviços (-3,2%). Por outro lado, transportes (0,8%) e informação e comunicação (0,8%) tiveram taxas positivas. 

Ante março de 2022, o volume de serviços avançou 6,3%, sua 25ª taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados.

As principais contribuições positivas vieram do setor de transportes, de serviços auxiliares aos transportes e correio (8,5%) e de informação e comunicação (6,5%). Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (5,5%) e dos serviços prestados às famílias (3,7%). Já o setor de outros serviços (0,0%) mostrou estabilidade.

O acumulado do primeiro trimestre, frente a igual período do ano anterior, foi a 5,8%, com taxas positivas em todas as atividades e em 60,2% dos 166 tipos de serviços investigados.

Serviços crescem em 24 das 27 Unidades da Federação em março

Em março, o volume de serviços cresceu em 24 das 27 Unidades da Federação, em relação a fevereiro. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (1,8%) e Rio de Janeiro (2,8%), Minas Gerais (3,2%), Santa Catarina (5,9%) e Rio Grande do Sul (2,8%). Já as principais influências negativas vieram de Pernambuco (-2,3%), Mato Grosso (-1,9%) e Amapá (-1,7%).

Frente a março de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (6,3%) foi acompanhado por 26 das 27 UFs. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (3,4%), seguido por Rio de Janeiro (9,5%), Paraná (11,4%), Minas Gerais (7,3%), e Santa Catarina (14,0%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-0,6%) assinalou o único resultado negativo do mês.

No acumulado do primeiro tri, frente a igual período de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (5,8%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que todas as 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (8,0%), Minas Gerais (8,9%), Paraná (11,1%) e Rio Grande do Sul (8,1%). 

Índice de atividades turísticas fica em 0,1% em março

Em março de 2023, o índice de atividades turísticas apontou variação de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após registrar queda de 1,3% em fevereiro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 1,4% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, apenas quatro dos 12 locais pesquisados apresentaram variação positiva, sendo a influência mais relevante vindo de Minas Gerais (2,2%), seguido por São Paulo (0,4%), Paraná (2,6%) e Bahia (1,8%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-3,3%), Rio Grande do Sul (-5,5%) e Distrito Federal (-3,6%) assinalaram os principais recuos em termos regionais. 

Frente a março de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 6,6%, 24ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita nos ramos de locação de automóveis; restaurantes; agências de viagens; hotéis; serviços de bufê; rodoviário coletivo de passageiros; e atividades de artes cênicas e espetáculos.

Houve altas em nove das 12 UFs onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (4,7%), Minas Gerais (23,2%), Paraná (17,4%) e Bahia (12,1%). Já variações negativas foram em Pernambuco (-1,2%), Rio Grande do Sul (-0,2) e Espírito Santo (-0,1%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 11,1% frente a igual período de 2022, impulsionado pelos aumentos de receita nos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

Houve altas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (10,6%), Minas Gerais (24,3%), Rio de Janeiro (7,0%), Bahia (15,6%), Paraná (17,6%) e Santa Catarina (15,6%).

Em março, transportes de passageiros cai enquanto o de cargas cresce

Em março de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 3,3% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, após avanço de 2,4% em fevereiro último. Dessa forma, o segmento encontra-se 1,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 22,0% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas cresceu 4,7%, acumulando ganhos de 7,7% nos dois últimos meses após a perda de 2,7% em janeiro. Assim, o segmento alcança neste mês o ponto mais alto da série, anteriormente verificado em agosto de 2022. Além disso, transporte de cargas está 39,5% acima de fevereiro de 2020 (nível pré-pandemia).

Na comparação com março de 2022, o transporte de passageiros assinalou a 24ª taxa positiva seguida ao avançar 3,5% em março de 2023, enquanto o transporte de cargas, no mesmo confronto, cresceu 14,8%, registrando, assim, o 31º resultado positivo consecutivo.

No acumulado do primeiro tri de 2023, o transporte de passageiros cresceu 7,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 11,6% no mesmo intervalo investigado.