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IPCA foi de 0,61% em abril

12/05/2023 09h00 | Atualizado em 12/05/2023 09h29

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,61%, ficando 0,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,71% registrada em março. No ano, o IPCA acumula alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,65% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022 a variação havia sido de 1,06%.

Período  TAXA
Abril de 2023 0,61%
Março de 2023 0,71%
Abril de 2022 1,06%
Acumulado do ano 2,72%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,18%

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril, sendo o maior impacto (0,19 p.p.) e a maior variação (1,49%) em Saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (0,71%) e Transportes (0,56%), contribuindo com 0,15 p.p. e 0,12 p.p, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,08% de Comunicação e o 0,79% de Vestuário.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
Índice Geral 0,71 0,61 0,71 0,61
Alimentação e bebidas 0,05 0,71 0,01 0,15
Habitação 0,57 0,48 0,09 0,07
Artigos de residência -0,27 0,17 -0,01 0,01
Vestuário 0,31 0,79 0,01 0,04
Transportes 2,11 0,56 0,43 0,12
Saúde e cuidados pessoais 0,82 1,49 0,11 0,19
Despesas pessoais 0,38 0,18 0,04 0,02
Educação 0,10 0,09 0,01 0,01
Comunicação 0,50 0,08 0,02 0,00

Em Saúde e cuidados pessoais (1,49%), a maior contribuição (0,12 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (3,55%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. O item plano de saúde (1,20%) incorporou as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023. Além disso, os itens de higiene pessoal tiveram desaceleração de 0,76% em março para 0,56% no IPCA de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,09%).

A aceleração observada no grupo Alimentação e bebidas (de 0,05% para 0,71%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de -0,14% em março para 0,73% em abril. Houve alta nos preços do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). No lado das quedas, os destaques foram a cebola (-7,01%) e o óleo de soja (-4,44%).

A alimentação fora do domicílio variou 0,66%, acima do registrado no mês anterior (0,60%). Enquanto o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, a refeição (0,51%) ficou com resultado acima do registrado em março (0,41%).

Nos Transportes (2,11% em março para 0,56% em abril), a desaceleração foi influenciada pela queda dos combustíveis (-0,44%), que haviam subido 7,01% em março. Óleo diesel
(-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) recuaram em abril, enquanto o etanol subiu 0,92%. Já as passagens aéreas subiram 11,97% em abril, após caírem 5,32% em março.

Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (1,24%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (3,54%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 1,11% em ônibus urbano deve-se aos reajustes de 15,75% em Fortaleza (9,16%), a partir de 19 de março, e de 33,33% em Belo Horizonte (6,67%), a partir de 23 de abril. Em ônibus intermunicipal (-0,25%), houve reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (5,58%), a partir de 1º de abril.

No grupo Habitação (0,48%), a maior contribuição (0,02 p.p.) veio da energia elétrica residencial (0,48%), devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: em Campo Grande (6,11%), reajuste de 9,80%, a partir de 8 de abril; no Rio de Janeiro (5,23%), com reajustes de 7,49% e 6,00% nas duas concessionárias pesquisadas, a partir de 15 de março; em Salvador (1,19%), com reajuste de 8,28%, a partir de 22 de abril; e em Fortaleza (-1,39%), com reajuste de 4,85%, a partir de 22 de abril.

A alta de 0,33% na taxa de água e esgoto decorre dos reajustes de 7,02% em Goiânia (6,55%), a partir de 1º de abril, e de 11,20% em Recife (0,38%), a partir de 28 de abril. A variação de gás encanado (0,22%) decorre da apropriação residual do reajuste tarifário e da mudança na forma de cobrança em Curitiba (1,49%), a partir de 1º de fevereiro, e que não havia sido incorporada no IPCA de março.

No que concerne aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em abril. A maior variação foi em Campo Grande (0,89%), em função da energia elétrica residencial (6,11%). Já a menor variação foi registrada em Recife (0,16%), influenciada pelas quedas de 3,41% da gasolina e de 2,51% de conserto de automóvel.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Campo Grande 1,57 0,68 0,89 2,75 3,21
Rio de Janeiro 9,43 0,64 0,85 2,60 4,14
Goiânia 4,17 1,02 0,77 2,91 3,04
São Paulo 32,28 0,58 0,67 2,88 5,20
Rio Branco 0,51 0,54 0,64 2,31 3,88
Belo Horizonte 9,69 0,39 0,60 2,65 2,85
Curitiba 8,09 1,03 0,57 2,66 2,83
Fortaleza 3,23 0,35 0,56 2,53 4,03
Belém 3,94 0,84 0,56 2,69 3,86
Brasília 4,06 1,11 0,56 2,50 4,62
São Luís 1,62 0,73 0,53 1,92 2,94
Salvador 5,99 0,44 0,50 2,87 5,18
Porto Alegre 8,61 1,25 0,49 2,75 3,71
Aracaju 1,03 0,70 0,39 2,63 3,59
Vitória 1,86 0,84 0,31 3,03 4,23
Recife 3,92 0,62 0,16 1,81 3,48
Brasil 100,00 0,71 0,61 2,72 4,18

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de março a 29 de março de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,53% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,53% em abril, abaixo do registrado no mês anterior (0,64%). No ano, o INPC acumula alta de 2,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,83%, abaixo dos 4,36% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,04%.

Os produtos alimentícios registraram alta de 0,61% em abril, após queda de 0,07% em março. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,50%, desacelerando em relação ao resultado de 0,87% observado em março.

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram variação positiva em abril. O menor resultado foi em Recife (0,07%), onde pesaram as quedas nos preços da gasolina (-3,41%) e do conserto de automóvel (-2,51%). A maior variação, por sua vez, ocorreu em Campo Grande (0,95%), puxada pela alta de 5,98% da energia elétrica.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Campo Grande 1,73 0,72 0,95 2,83 2,81
Rio de Janeiro 9,38 0,56 0,85 2,30 3,57
Goiânia 4,43 0,75 0,83 2,63 3,57
Fortaleza 5,16 0,39 0,69 2,63 4,38
Belo Horizonte 10,35 0,26 0,59 2,47 2,56
Rio Branco 0,72 0,80 0,55 2,38 3,15
São Paulo 24,60 0,48 0,54 2,39 4,99
Belém 6,95 0,91 0,54 2,77 3,94
São Luís 3,47 0,72 0,54 1,90 3,48
Curitiba 7,37 1,06 0,51 2,62 2,00
Brasília 1,97 1,10 0,46 2,19 3,43
Salvador 7,92 0,34 0,37 2,50 5,11
Aracaju 1,29 0,70 0,29 2,32 3,66
Porto Alegre 7,15 1,37 0,26 2,63 3,00
Vitória 1,91 0,73 0,16 2,63 3,37
Recife 5,60 0,56 0,07 1,52 3,47
Brasil 100,00 0,64 0,53 2,42 3,83

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de março a 29 de março de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.