Em fevereiro, vendas do varejo variam -0,1%
25/04/2023 09h00 | Atualizado em 25/04/2023 09h34
Em fevereiro de 2023, o volume de vendas no comércio varejista variou -0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro. Frente a fevereiro de 2022, o comércio varejista cresceu 1,0%, acumulando alta de 1,3% nos últimos doze meses e de 1,8% no ano.
Período | Varejo | Varejo Ampliado | ||
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Volume de vendas | Receita nominal | Volume de vendas | Receita nominal | |
Fevereiro / Janeiro* | -0,1 | 0,3 | 1,7 | 1,8 |
Média móvel trimestral* | 0,2 | 0,8 | 0,9 | 1,5 |
Fevereiro 2023 / Fevereiro 2022 | 1,0 | 7,5 | -0,2 | 6,6 |
Acumulado 2023 | 1,8 | 9,3 | 0,1 | 7,8 |
Acumulado 12 meses | 1,3 | 13,6 | -0,5 | 11,7 |
*Série COM ajuste sazonal |
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, subiu 1,7% frente ao mês imediatamente anterior. Com isso, a média móvel trimestral foi de 0,9% no trimestre encerrado em fevereiro de 2023. Na comparação com fevereiro de 2022, o varejo ampliado variou -0,2%, acumulando -0,5% nos últimos doze meses.
Em fevereiro, seis das oito atividades do comércio varejista tiveram taxas negativas: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-10,4%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%), Móveis e eletrodomésticos (-1,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Os dois grupamentos com crescimento foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%). Já as duas atividades adicionais do varejo ampliado tiveram trajetórias opostas: Veículos e motos, partes e peças (1,4%) e Material de construção (-2,0%).
VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, POR GRUPOS DE ATIVIDADES: Fevereiro 2023 | ||||||||
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) |
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR | ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
DEZ | JAN | FEV | DEZ | JAN | FEV | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | -2,8 | 3,8 | -0,1 | 0,4 | 2,6 | 1,0 | 1,8 | 1,3 |
1 - Combustíveis e lubrificantes | -2,0 | 1,4 | -0,3 | 23,8 | 26,7 | 19,7 | 23,2 | 20,9 |
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -0,8 | 1,3 | -0,7 | 2,5 | 2,2 | 1,0 | 1,6 | 1,5 |
2.1 - Super e hipermercados | -0,8 | 1,9 | -0,9 | 3,2 | 2,6 | 1,8 | 2,2 | 1,8 |
3 - Tecidos, vest. e calçados | -6,6 | 27,9 | -6,3 | -11,9 | 2,3 | -9,2 | -3,5 | -1,6 |
4 - Móveis e eletrodomésticos | -1,7 | 1,2 | -1,7 | 0,3 | 3,4 | -1,9 | 0,9 | -4,7 |
4.1 - Móveis | - | - | - | -9,9 | -6,8 | -14,6 | -10,6 | -11,7 |
4.2 - Eletrodomésticos | - | - | - | 5,4 | 7,2 | 4,9 | 6,1 | -1,7 |
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | -0,5 | -1,1 | 1,4 | 0,8 | -7,6 | -0,7 | -4,3 | 3,7 |
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria | -1,0 | -4,3 | 4,7 | 0,3 | 15,2 | -9,5 | 3,8 | 10,6 |
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | -0,6 | 7,9 | -10,4 | 0,1 | 14,8 | -4,5 | 4,9 | 3,7 |
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico | -3,0 | 1,6 | -2,0 | -8,4 | -6,5 | -12,9 | -9,4 | -9,4 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | 0,8 | 0,2 | 1,7 | -0,6 | 0,5 | -0,2 | 0,1 | -0,5 |
9 - Veículos e motos, partes e peças | 2,4 | 0,0 | 1,4 | -1,8 | 4,4 | -1,5 | 1,5 | -1,7 |
10- Material de construção | 1,9 | 2,8 | -2,0 | -7,1 | 1,1 | -5,9 | -2,3 | -7,9 |
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo | -9,5 | -5,6 | ||||||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 11 |
Comércio avança 1,0% frente a fevereiro, mas recua em seis das oito atividades
Ante fevereiro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, mesmo com queda em seis das oito atividades: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-4,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,9%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,7%).
Já os únicos setores em alta frente a fevereiro de 2022 foram Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e Combustíveis e lubrificantes (19,7%).
No comércio varejista ampliado, as três atividades adicionais registraram queda: Veículos e motos, partes e peças (-1,5%), Material de construção (-5,9%), e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,5%).
RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, POR GRUPOS DE ATIVIDADES: Fevereiro 2023 | ||||||||
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) |
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR | ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
DEZ | JAN | FEV | DEZ | JAN | FEV | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | -0,3 | 2,5 | 0,3 | 10,2 | 11,0 | 7,5 | 9,3 | 13,6 |
1 - Combustíveis e lubrificantes | -2,5 | 10,3 | -4,0 | -4,3 | 5,6 | -1,4 | 2,1 | 18,3 |
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -1,2 | 2,8 | 0,3 | 16,7 | 15,2 | 12,4 | 13,8 | 16,1 |
2.1 - Super e hipermercados | -0,4 | 1,5 | 0,2 | 17,5 | 15,5 | 13,3 | 14,4 | 16,2 |
3 - Tecidos, vest. e calçados | 4,0 | 0,7 | -0,5 | 4,5 | 18,9 | 4,5 | 11,6 | 14,6 |
4 - Móveis e eletrodomésticos | -1,7 | 1,3 | -1,8 | 5,9 | 7,7 | 0,5 | 4,2 | 4,6 |
4.1 - Móveis | - | - | - | 2,0 | 4,3 | -5,5 | -0,5 | 1,5 |
4.2 - Eletrodomésticos | - | - | - | 8,3 | 8,6 | 4,1 | 6,5 | 6,1 |
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | -0,1 | 0,0 | 1,5 | 15,2 | 5,0 | 12,3 | 8,4 | 17,4 |
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria | -0,2 | 2,0 | 0,6 | 8,0 | 25,8 | -0,7 | 13,5 | 18,6 |
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | -1,2 | 4,9 | -10,7 | -3,7 | 9,2 | -10,4 | -0,8 | 4,2 |
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico | -0,5 | 1,6 | -1,7 | 1,5 | 2,1 | -5,3 | -1,4 | 1,2 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | 1,8 | 1,0 | 1,8 | 8,7 | 8,9 | 6,6 | 7,8 | 11,7 |
9 - Veículos e motos, partes e peças | 2,6 | 0,7 | 1,0 | 6,1 | 11,6 | 3,6 | 7,6 | 10,6 |
10- Material de construção | 3,0 | 2,4 | -0,4 | 0,6 | 8,7 | 0,4 | 4,6 | 2,0 |
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo | 1,3 | 6,3 | ||||||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Séries com ajuste sazonal. |
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico recuou 12,9% frente a fevereiro de 2022, sua 10ª queda consecutiva e a mais intensa desde de setembro de 2022 (-17,4%). Com isso, o primeiro bimestre de 2023, ante o primeiro bimestre de 2022, fechou em queda de 9,4%, intensidade similar aos últimos bimestres: -9,2% no quinto bimestre e -9,5% no sexto bimestre de 2022. Nos últimos 12 meses o setor acumula perda de 9,4% até fevereiro, mais intensa que o resultado até janeiro (-8,5%).
As vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 9,5% frente a fevereiro de 2022, primeira queda desde abril de 2022, quando havia sido -0,9%. Em relação ao acumulado no ano até fevereiro, ao passar de 15,2% até janeiro para 3,8% no mês de referência, a atividade mostra diminuição de ritmo de crescimento. No caso do acumulado de doze meses, o indicador de fevereiro registrou 10,6%, abaixo do acumulado até janeiro de 2023: 13,9%.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados queda de 9,2% nas vendas frente a fevereiro de 2022, o que inverte o crescimento de 2,3% apresentado em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano o setor acumula -3,5% de perdas, resultado distinto do acumulado até janeiro, que havia sido positivo em 2,3%. No indicador de 12 meses a atividade passou de -0,5% até janeiro de 2023 para -1,6% até fevereiro, indicando diminuição no ritmo de vendas.
O volume de vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caiu 4,5% frente a fevereiro de 2022, primeiro mês negativo após dois meses (0,1% em dezembro de 2022 e 14,8% em janeiro de 2023). No primeiro bimestre de 2023 o setor acumula 4,9% em relação ao mesmo período de 2022 e nos últimos doze meses o valor, até fevereiro, foi de 3,7%, pouco acima do acumulado até janeiro (3,4%).
Já Móveis e eletrodomésticos apresentou queda de 1,9% nas vendas frente a fevereiro de 2022, sendo o primeiro mês a registrar resultado negativo após três meses consecutivos de alta (novembro o resultado foi de 2,6%, dezembro de 0,3% e janeiro de 3,4%). O setor inicia o ano com acúmulo positivo no primeiro bimestre (frente ao mesmo período de 2022), registrando 0,9%, resultado, porém, abaixo de janeiro (3,4%).
O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou queda de 0,7% nas vendas frente a fevereiro de 2022, contra -7,6% em janeiro de 2023 frente a janeiro de 2022. Nos dois primeiros meses do ano, o setor acumula -4,3%, menos intenso em perdas do que janeiro (-7,6%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de aumento de 4,5% até janeiro para aumento de 3,7% em fevereiro, o setor mostrou diminuição de intensidade de crescimento.
Em fevereiro de 2023, o agrupamento que abrange Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 1,0% nas vendas frente a fevereiro de 2022 sétimo mês consecutivo a registrar alta no indicador interanual. No bimestre o setor acumula 1,6% de variação, enquanto que nos últimos doze meses, o acúmulo é positivo pelo sexto mês consecutivo: 0,1% em setembro, 0,8% em outubro, 1,1% em novembro, 1,4% em dezembro de 2022 e 1,6% em janeiro de 2023.
O setor de Combustíveis e lubrificantes cresceu 19,7% frente a fevereiro de 2022, sua 13ª alta seguida. A atividade teve grande avanço no segundo semestre de 2022, após a mudança na política de preço de combustíveis, acumulando alta de 23,2% no ano e de 20,9% em doze meses.
No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram queda de 1,5% no volume de vendas frente a fevereiro de 2022, invertendo resultado positivo de janeiro (4,4%) e retomando trajetória negativa que persistia desde junho de 2022 (-7,1%). O primeiro bimestre de 2023 apresentou crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o indicador de doze meses fechou fevereiro com -1,7%, similar ao registrado até janeiro (-1,5%).
As vendas de Material de construção apresentaram queda de 5,9% frente a fevereiro de 2022, trajetória oposta à de janeiro, quando cresceu 1,1%. Vale ressaltar que, desde julho de 2021, a receita de revendas do setor vem sofrendo sucessivas quedas, à exceção dos meses de março de 2022 (1,2%) e janeiro de 2023, citado anteriormente. O primeiro bimestre de 2023, fecha também em queda (-2,3%), assim como o indicador acumulado dos últimos doze meses até fevereiro (-7,9%).
Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 9,5% na comparação de fevereiro de 2023 com fevereiro de 2022, resultado que intensifica a queda apresentada em janeiro (-0,9%). No ano, o acúmulo é de -5,6%.
Vendas têm resultados negativos em 14 das 27 UFs pesquisadas
Na passagem de janeiro para fevereiro de 2023, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou variação de -0,1% com resultados negativos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (-11,5%), Espírito Santo (-5,2%) e Piauí (-1,9%). Por outro lado, houve altas em 13 UFs, entre janeiro e fevereiro, com destaque para: Roraima (2,7%), Maranhão (2,0%) e Amapá (1,8%).
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o crescimento entre janeiro e fevereiro de 2023 foi de 1,7% com resultados positivos em 22 das 27 UFs, com destaque para: Pará (8,4%), Mato Grosso (6,8%) e Maranhão (6,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 5 das 27 UF, com destaque para Paraíba (-7,9%), Sergipe (-2,8%) e Espírito Santo (-1,4%).