IPCA foi de 0,71% em março
11/04/2023 09h00 | Atualizado em 11/04/2023 10h36
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,71% e ficou 0,13 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (0,84%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a variação havia sido de 1,62%
Período | Taxa |
---|---|
Março 2023 | 0,71% |
Fevereiro 2023 | 0,84% |
Março 2022 | 1,62% |
Acumulado no ano | 2,09% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,65% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em março. A exceção foi Artigos de residência (-0,27%), que tinha subido 0,11% em fevereiro. O maior impacto (0,43 p.p.) e a maior variação (2,11%) no índice do mês vieram de Transportes. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%), que desaceleraram ante o mês anterior, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09 p.p, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Alimentação e bebidas e o 0,50% de Comunicação.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Fevereiro | Março | Fevereiro | Março | |
Índice Geral | 0,84 | 0,71 | 0,84 | 0,71 |
Alimentação e bebidas | 0,16 | 0,05 | 0,04 | 0,01 |
Habitação | 0,82 | 0,57 | 0,13 | 0,09 |
Artigos de residência | 0,11 | -0,27 | 0,01 | -0,01 |
Vestuário | -0,24 | 0,31 | -0,01 | 0,01 |
Transportes | 0,37 | 2,11 | 0,07 | 0,43 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,26 | 0,82 | 0,16 | 0,11 |
Despesas pessoais | 0,44 | 0,38 | 0,04 | 0,04 |
Educação | 6,28 | 0,10 | 0,35 | 0,01 |
Comunicação | 0,98 | 0,50 | 0,05 | 0,02 |
Nos Transportes (2,11%), o principal destaque foi a gasolina (8,33%), subitem com maior impacto individual no índice do mês (0,39 p.p.). O etanol (3,20%) também subiu, enquanto gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda. As passagens aéreas, que já haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% em março.
Ainda em Transportes, as tarifas de táxi (0,52%) sofreram reajuste de 11,54% em Belo Horizonte (5,43%), a partir do dia 13 de fevereiro. Também houve reajustes em ônibus intermunicipal (0,90%) na região metropolitana do Rio de Janeiro (8,62%), a partir de 18 de fevereiro, e nas tarifas de ônibus urbano (0,84%) em quatro áreas: Curitiba (9,09%), com reajuste de 9,09% a partir de 1º de março; Fortaleza (6,04%), com reajuste de 15,75% a partir de 19 de março; Campo Grande (5,68%), com reajuste de 5,68% a partir de 1º de março; e São Luís (5,26%), com reajuste de 7,69% a partir de 19 de fevereiro.
Cabe registrar ainda a alta de 6,35% no subitem trem, que reflete um reajuste na região metropolitana do Rio de Janeiro (13,85%), onde as tarifas para a população em geral foram reajustadas em 48% a partir de 9 de fevereiro. Já a alta de pedágio (0,24%) é consequência de reajustes em praças de pedágio em Porto Alegre (1,46%) e Curitiba (0,93%)
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,82%) foi influenciado principalmente pela alta de 1,20% do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Os itens de higiene pessoal (0,72%) registraram variação menos intensa ante o mês anterior (2,80%). Os artigos de maquiagem subiram 4,80%, enquanto os produtos para pele tiveram queda de 2,42% em março.
No grupo Habitação (0,57%), a maior contribuição (0,09 p.p.) veio da energia elétrica residencial (2,23%). As variações das áreas ficaram entre -0,65% em Belém, onde houve redução de PIS/COFINS e aumento da alíquota de ICMS, até 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas no cálculo do ICMS, a exemplo do que ocorreu em outras áreas, como Belo Horizonte (4,43%), Curitiba (3,88%) e Vitória (2,86%). No Rio de Janeiro (2,57%), foram aplicados reajustes de 7,49% e 6% pelas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.
A alta de 0,03% na taxa de água e esgoto decorre da apropriação residual do reajuste de 11,81% em Salvador (0,66%), a partir de 30 de janeiro. A queda em gás encanado (-0,11%) decorre da redução de 2,86% nas tarifas do Rio de Janeiro (-0,37%), a partir de 1º de fevereiro.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,05%) foi influenciado pela queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março. Houve queda mais intensa nos preços da batata-inglesa (-12,80%) e do óleo de soja (-4,01%), e foram registrados recuos nos preços da cebola (-7,23%), do tomate (-4,02%) e das carnes (-1,06%). No lado das altas, destacam-se a cenoura (28,58%) e o ovo de galinha (7,64%).
A alimentação fora do domicílio variou 0,60%, acima do registrado no mês anterior (0,50%). Enquanto o lanche acelerou de 0,57% para 1,09%, a refeição (0,41%) ficou com resultado próximo ao de fevereiro (0,38%).
O resultado de Artigos de residência (-0,27%), único grupo com variação negativa em março, foi puxado pelas quedas nos preços dos itens de tv, som e informática (-1,77%), principalmente do televisor (-2,15%) e do computador pessoal (-1,08%). Os eletrodomésticos e equipamentos (-0,23%) também registraram queda, após alta de 0,45% em fevereiro.
Todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi em Porto Alegre (1,25%), em função das altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Já a menor variação foi registrada em Fortaleza (0,35%), influenciada pelas quedas de 17,94% do tomate e de 2,91% do frango inteiro.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Fevereiro | Março | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,61 | 0,75 | 1,25 | 2,24 | 4,37 |
Brasília | 4,06 | 0,48 | 1,11 | 1,93 | 5,30 |
Curitiba | 8,09 | 1,09 | 1,03 | 2,08 | 3,12 |
Goiânia | 4,17 | 0,85 | 1,02 | 2,12 | 3,08 |
Belém | 3,94 | 0,86 | 0,84 | 2,12 | 4,53 |
Vitória | 1,86 | 0,92 | 0,84 | 2,70 | 4,77 |
São Luís | 1,62 | 0,65 | 0,73 | 1,38 | 3,45 |
Aracaju | 1,03 | 0,88 | 0,70 | 2,23 | 4,59 |
Campo Grande | 1,57 | 0,54 | 0,68 | 1,84 | 3,54 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,65 | 0,64 | 1,73 | 4,69 |
Recife | 3,92 | 0,99 | 0,62 | 1,65 | 4,48 |
São Paulo | 32,28 | 0,92 | 0,58 | 2,20 | 5,61 |
Rio Branco | 0,51 | 0,44 | 0,54 | 1,66 | 4,15 |
Salvador | 5,99 | 0,81 | 0,44 | 2,36 | 5,36 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,81 | 0,39 | 2,04 | 3,31 |
Fortaleza | 3,23 | 0,73 | 0,35 | 1,96 | 4,47 |
Brasil | 100,00 | 0,84 | 0,71 | 2,09 | 4,65 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de março de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC tem alta de 0,64% em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,64% em março, abaixo do registrado no mês anterior (0,77%). No ano, o INPC acumula alta de 1,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,36%, abaixo dos 5,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a taxa foi de 1,71%.
Os produtos alimentícios registraram queda de 0,07% em março, após alta de 0,04% em fevereiro. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,87%, desacelerando em relação ao resultado de 1,01% observado em fevereiro.
Todas as áreas tiveram variação positiva em março. O menor resultado foi registrado em Belo Horizonte (0,26%), onde pesaram as quedas nos preços da batata-inglesa (-18,88%) e das frutas (-11,60%). A maior variação, por sua vez, ocorreu em Porto Alegre (1,37%), puxada pelas altas de 10,63% da gasolina e de 9,69% da energia elétrica.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Fevereiro | Março | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 7,15 | 0,77 | 1,37 | 2,36 | 3,84 |
Brasília | 1,97 | 0,34 | 1,10 | 1,72 | 4,25 |
Curitiba | 7,37 | 1,02 | 1,06 | 2,11 | 2,42 |
Belém | 6,95 | 0,90 | 0,91 | 2,22 | 4,52 |
Rio Branco | 0,72 | 0,51 | 0,80 | 1,81 | 3,72 |
Goiânia | 4,43 | 0,73 | 0,75 | 1,78 | 3,38 |
Vitória | 1,91 | 0,87 | 0,73 | 2,47 | 3,95 |
São Luís | 3,47 | 0,66 | 0,72 | 1,35 | 4,08 |
Campo Grande | 1,73 | 0,48 | 0,72 | 1,86 | 3,23 |
Aracaju | 1,29 | 0,82 | 0,70 | 2,02 | 4,73 |
Recife | 5,60 | 0,96 | 0,56 | 1,45 | 4,58 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,52 | 0,56 | 1,44 | 4,19 |
São Paulo | 24,60 | 0,80 | 0,48 | 1,84 | 5,45 |
Fortaleza | 5,16 | 0,79 | 0,39 | 1,92 | 4,73 |
Salvador | 7,92 | 0,81 | 0,34 | 2,11 | 5,60 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,73 | 0,26 | 1,87 | 3,02 |
Brasil | 100,00 | 0,77 | 0,64 | 1,88 | 4,36 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de março de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.