Indústria recua em oito de 15 locais pesquisados em janeiro frente a dezembro
06/04/2023 09h00 | Atualizado em 06/04/2023 09h41
Com a variação negativa de 0,3% na indústria nacional em janeiro, na série com ajuste sazonal, oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas negativas.
Os maiores recuos foram registrados no Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%). Rio de Janeiro (-1,0%), Santa Catarina (-1,0%), Pará (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Bahia (-0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Já Espírito Santo (18,6%) e Pernambuco (17,3%) apontaram expansões de dois dígitos e as mais elevadas nesse mês. Região Nordeste (6,1%), Goiás (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse indicador.
Em relação à média móvel trimestral, cinco dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas no trimestre terminado em janeiro, com destaque para Rio de Janeiro (-2,8%) e Pará (-1,8%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve a inclusão de três novos locais entre os investigados pela pesquisa: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Com o avanço de 0,3% do setor industrial do país nessa comparação, sete dos 18 locais apresentaram resultados positivos, com destaque para Amazonas (13,0%), Maranhão (11,5%) e Minas Gerais (9,8%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial recuou 0,2% e sete dos 15 locais pesquisados acompanharam o resultado negativo.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Janeiro de 2023 |
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Locais | Variação (%) | |||
Janeiro 2023/ Dezembro 2022* |
Janeiro 2023/ Janeiro 2022 |
Acumulado Janeiro-Janeiro | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | 2,4 | 13,0 | 13,0 | 5,1 |
Pará | -0,4 | -4,6 | -4,6 | -7,5 |
Região Nordeste | 6,1 | -5,3 | -5,3 | -0,5 |
Maranhão | - | 11,5 | 11,5 | - |
Ceará | 1,5 | 0,2 | 0,2 | -2,9 |
Rio Grande do Norte | - | -10,5 | -10,5 | - |
Pernambuco | 17,3 | -2,8 | -2,8 | -1,6 |
Bahia | -0,2 | -10,3 | -10,3 | 1,7 |
Minas Gerais | 0,6 | 9,8 | 9,8 | 0,1 |
Espírito Santo | 18,6 | -6,5 | -6,5 | -9,7 |
Rio de Janeiro | -1,0 | 3,2 | 3,2 | 4,5 |
São Paulo | -3,1 | -2,1 | -2,1 | 0,5 |
Paraná | -0,3 | -0,4 | -0,4 | -4,1 |
Santa Catarina | -1,0 | -4,9 | -4,9 | -4,1 |
Rio Grande do Sul | -3,4 | -7,7 | -7,7 | 0,4 |
Mato Grosso do Sul | - | 4,5 | 4,5 | - |
Mato Grosso | -2,0 | -14,6 | -14,6 | 13,7 |
Goiás | 2,5 | 3,5 | 3,5 | 0,4 |
Brasil | -0,3 | 0,3 | 0,3 | -0,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas* Série com Ajuste Sazonal |
No recuo de 0,3% da produção industrial em janeiro, na série com ajuste sazonal, oito dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%) assinalaram os recuos mais acentuados, com o primeiro eliminando o avanço de 1,9% verificado em dezembro de 2022; o segundo intensificando a queda de 0,8% registrada no mês anterior; e o último interrompendo dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 9,3%. Rio de Janeiro (-1,0%), Santa Catarina (-1,0%), Pará (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Bahia (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro de 2023.
Por outro lado, Espírito Santo (18,6%) e Pernambuco (17,3%) apontaram expansões de dois dígitos e as mais elevadas nesse mês, com o primeiro voltando a crescer após recuar 5,2% no mês anterior; e o segundo eliminando parte da perda de 26,2% acumulada nos últimos quatro meses de 2022. Região Nordeste (6,1%), Goiás (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.
O índice de média móvel trimestral para a indústria variou -0,1% no trimestre encerrado em janeiro frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em outubro de 2022. Cinco dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio de Janeiro (-2,8%) e Pará (-1,8%). Por outro lado, Paraná (7,3%), Espírito Santo (6,9%), Pernambuco (4,1%), Ceará (3,1%), Goiás (2,6%), Mato Grosso (2,3%), Região Nordeste (2,2%) e Bahia (1,7%) mostraram os principais avanços em janeiro de 2023.
Na comparação com janeiro de 2022, a indústria nacional avançou 0,3% em janeiro de 2023, com taxas positivas em sete dos 18 locais pesquisados. Vale citar que janeiro de 2023 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, Amazonas (13,0%), Maranhão (11,5%) e Minas Gerais (9,8%) assinalaram as expansões mais acentuadas.
A expansão no Amazonas foi impulsionada, principalmente, pelas atividades de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios), bebidas (preparações em xarope para fins industriais para elaboração de bebidas), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, receptor-decodificador de sinais de vídeo e rádios para veículos automotores) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva, naftas e querosenes de aviação). No Maranhão, o avanço foi relacionado aos setores de celulose, papel e produtos de papel (celulose), bebidas (cervejas, chope e refrigerantes) e produtos alimentícios (pães, bolos e sobremesas prontas para consumo).
Já em Minas Gerais, o crescimento foi impulsionado pelas seguintes atividades: indústrias extrativas (minérios de ferro), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e betume de petróleo) e produtos alimentícios (produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, carnes e miudezas de aves congeladas, café torrado e moído, leite condensado e carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas).
Mato Grosso do Sul (4,5%), Goiás (3,5%) e Rio de Janeiro (3,2%) também mostraram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional (0,3%), enquanto Ceará (0,2%) completou o conjunto de locais com avanço na produção no índice mensal de janeiro de 2023.
Por outro lado, Mato Grosso (-14,6%), Rio Grande do Norte (-10,5%) e Bahia (-10,3%) tiveram os recuos mais intensos nessa comparação. Rio Grande do Sul (-7,7%), Espírito Santo (-6,5%), Região Nordeste (-5,3%), Santa Catarina (-4,9%), Pará (-4,6%), Pernambuco (-2,8%), São Paulo (-2,1%) e Paraná (-0,4%) mostraram os demais resultados negativos nesse mês.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao variar -0,2% em janeiro de 2023, reduziu a intensidade de perda frente ao verificado nos meses de dezembro (-0,7%), novembro (-1,1%), outubro (-1,5%), setembro (-2,3%), agosto (-2,6%) e julho (-2,8%) de 2022. Em termos regionais, sete dos quinze locais pesquisados registraram taxas negativas em janeiro de 2023, mas nove apontaram maior dinamismo frente aos índices de dezembro de 2022. Ceará (de -4,9% para -2,9%), Pará (de -9,1% para -7,5%), Minas Gerais (de -1,3% para 0,1%) e Amazonas (de 3,8% para 5,1%) mostraram os principais ganhos entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, enquanto Mato Grosso (de 19,4% para 13,7%), Espírito Santo (de -8,4% para -9,7%) e Goiás (de 1,4% para 0,4%) assinalaram as maiores perdas entre os dois períodos.