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IPCA foi de 0,53% em janeiro

09/02/2023 09h00 | Atualizado em 09/02/2023 09h02

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,53% e ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,62%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,77%, abaixo dos 5,79% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, a variação havia sido de 0,54%.

Período Taxa
Janeiro 2023 0,53%
Dezembro 2022 0,62%
Janeiro 2022 0,54%
Acumulado no ano 0,53%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,77%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário (-0,27%) teve variação negativa em janeiro. O maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 p.p. Na sequência, veio o grupo Transportes, com impacto de 0,11 p.p. e alta de 0,55%.

Já a maior variação veio de Comunicação (2,09%), que acelerou em relação ao resultado de dezembro (0,50%). O resultado de Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, ficou em 0,16%, abaixo do registrado no mês anterior (1,60%). As demais áreas ficaram entre o 0,33% de Habitação e o 0,76% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 0,62 0,53 0,62 0,53
Alimentação e bebidas 0,66 0,59 0,14 0,13
Habitação 0,20 0,33 0,03 0,05
Artigos de residência 0,64 0,70 0,03 0,03
Vestuário 1,52 -0,27 0,07 -0,01
Transportes 0,21 0,55 0,04 0,11
Saúde e cuidados pessoais 1,60 0,16 0,21 0,02
Despesas pessoais 0,62 0,76 0,06 0,08
Educação 0,19 0,36 0,01 0,02
Comunicação 0,50 2,09 0,03 0,10

No grupo Alimentação e bebidas (0,59%), a variação da alimentação no domicílio (0,60%) ficou abaixo da registrada em dezembro (0,71%). Se, por um lado, houve aumento nos preços da batata-inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%), por outro houve queda em componentes importantes, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%). 

Na alimentação fora do domicílio (0,57%), a maior contribuição (0,02 p.p.) veio do lanche (1,04%). A refeição, por sua vez, teve alta de 0,38%, acima do mês anterior (0,19%). Os preços de refrigerantes e água mineral (0,81%) e a cerveja (0,43%) também subiram.

Nos Transportes (0,55%), os combustíveis tiveram alta de 0,68%, puxados pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda em janeiro. Outros destaques foram os subitens emplacamento e licença (1,60%), que incorporou pela primeira vez a fração mensal referente ao IPVA de 2023, e automóvel novo (0,83%). No lado das quedas, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após subirem 10,67% em dezembro.

Ainda em Transportes, cabe mencionar a alta de 0,91% dos ônibus urbanos, consequência dos reajustes de 6,17% no Rio de Janeiro (4,20%), válido desde 7 de janeiro, e de 7,04% em Vitória (4,61%), vigente desde 8 de janeiro. Também houve reajustes de táxi (3,03%) no Rio de Janeiro (7,74%), onde as tarifas subiram 8,88%, a partir de 1º de janeiro, e em Salvador (15,67%), com aumento de 16,74%, em vigor desde 30 de dezembro. Vale destacar ainda os reajustes em praças de pedágio (4,29%) de São Paulo (5,08%), Vitória (4,12%) e Curitiba (2,14%).

O resultado de Comunicação (2,09%) foi puxado pela alta dos subitens tv por assinatura (11,78%) e combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), que contribuíram conjuntamente com 0,09 p.p. no IPCA de janeiro. Este último foi responsável pelo maior impacto individual no índice do mês (0,05 p.p.). Também houve alta nos preços dos aparelhos telefônicos (0,44%) e nos serviços de acesso à internet (2,09%).

A desaceleração de Saúde e cuidados pessoais (de 1,60% em dezembro para 0,16% em janeiro) deve-se ao recuo de 1,26% dos itens de higiene pessoal. Os preços dos perfumes e dos artigos de maquiagem caíram 5,86% e 1,51%, respectivamente. Já a maior contribuição no grupo (0,04 p.p.) veio do plano de saúde (1,21%), que segue incorporando a fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

No grupo Habitação (0,33%), o destaque ficou com a taxa de água e esgoto (1,44%), por conta dos reajustes ocorridos em três áreas: Belo Horizonte (12,73%): reajuste de 14,62%, a partir de 1º de janeiro; Brasília (8,29%): reajuste de 9,51%, vigente desde 1º de janeiro; e Campo Grande (5,56%): reajuste de 6,89%, em vigor desde 3 de janeiro.

Vale ressaltar, ainda, o aumento do gás encanado (4,10%), consequência das altas de 7,92% no Rio de Janeiro, onde as tarifas foram reajustadas em 9,00% no dia 1º de janeiro, e de 3,00% em São Paulo, onde houve aumento de 10,90% a partir de 10 de dezembro e, posteriormente, redução de 0,71% a partir de 1º de janeiro. Já os preços do gás de botijão caíram 1,19%.

Ainda em Habitação, a variação da energia elétrica (0,19%) ficou próxima à do mês anterior (0,20%). Os resultados das áreas foram desde -4,76% em Brasília, onde houve redução de PIS/COFINS, até 8,07% em Salvador, onde o ICMS retornou ao patamar de 27% a partir de 1º de janeiro. Em Rio Branco, a alta de 5,59% na conta de luz está relacionada ao reajuste anual de 14,48% nas tarifas aplicado desde 13 de dezembro.

O grupo Vestuário (-0,27%) voltou a recuar depois de 23 meses seguidos de altas. A última queda havia sido de -0,07%, em janeiro de 2021. Contribuíram para o resultado do mês principalmente as roupas femininas (-1,37%) e, em menor escala, as roupas masculinas
(-0,11%) e infantis (-0,21%). Os preços dos calçados e acessórios (0,73%), por outro lado, seguiram em alta, embora esta tenha sido menos intensa que a do mês anterior (1,09%). 

Quatorze das dezesseis áreas tiveram alta em janeiro. A menor variação foi em Curitiba (-0,05%), por conta da queda de 3,92% nos preços da gasolina. O maior resultado foi em Salvador (1,09%), onde pesaram as altas na energia elétrica (8,07%) e na gasolina (6,34%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Salvador 5,99 0,39 1,09 6,53
Vitória 1,86 0,65 0,92 5,39
Fortaleza 3,23 0,61 0,86 5,90
Belo Horizonte 9,69 0,71 0,82 4,66
São Paulo 32,28 0,62 0,68 6,67
Rio Branco 0,51 1,32 0,67 5,50
Aracaju 1,03 0,66 0,63 5,74
Campo Grande 1,57 0,38 0,60 5,15
Rio de Janeiro 9,43 0,33 0,43 6,47
Belém 3,94 1,05 0,41 5,30
Brasília 4,06 0,50 0,33 6,08
Goiânia 4,17 0,55 0,24 4,24
Porto Alegre 8,61 0,56 0,23 4,40
Recife 3,92 0,88 0,03 5,40
São Luís 1,62 1,00 -0,01 5,52
Curitiba 8,09 0,75 -0,05 4,72
Brasil 100,00 0,62 0,53 5,77

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (referência) com os preços vigentes de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,46% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,46% em janeiro, abaixo do registrado no mês anterior (0,69%). O INPC acumula alta de 5,71% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, a taxa foi de 0,67%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,74% em dezembro para 0,52% em janeiro. Os produtos não alimentícios (0,44%) seguiram movimento similar, desacelerando em relação ao mês anterior (0,67%).  

Apenas duas áreas tiveram variação negativa em janeiro. O menor resultado foi em Recife
(-0,08%), puxado pelas quedas nos preços da gasolina (-3,69%) e dos perfumes (-5,33%). Já a maior variação foi registrada em Salvador (0,95%), influenciada pelas altas de 7,99% na energia elétrica e de 6,34% na gasolina.

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Salvador 7,92 0,58 0,95 7,06
Belo Horizonte 10,35 0,84 0,87 4,67
Vitória 1,91 0,65 0,85 4,77
Fortaleza 5,16 0,73 0,73 6,09
Campo Grande 1,73 0,30 0,64 5,05
São Paulo 24,60 0,69 0,54 6,86
Rio Branco 0,72 1,40 0,49 4,91
Aracaju 1,29 0,67 0,49 6,04
Belém 6,95 0,95 0,40 5,05
Rio de Janeiro 9,38 0,21 0,37 6,24
Goiânia 4,43 0,75 0,29 5,06
Brasília 1,97 0,57 0,27 5,26
Porto Alegre 7,15 0,59 0,20 3,81
Curitiba 7,37 0,76 0,02 4,03
São Luís 3,47 1,04 -0,04 6,18
Recife 5,60 0,91 -0,08 5,82
Brasil 100,00 0,69 0,46 5,71

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.