Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Volume de serviços cresce 0,7% em junho

11/08/2022 09h00 | Atualizado em 11/08/2022 09h59

Em junho de 2022, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,7% frente a maio, na série com ajuste sazonal, acumulando, assim, um ganho de 2,2% nos quatro últimos meses deste ano. Com isso, o setor de serviços se encontra 7,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 3,2% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série).

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Junho 22 / Maio 22* 0,7 1,5
Junho 22 / Junho 21 6,3 17,1
Acumulado Janeiro-Junho 8,8 16,5
Acumulado nos Últimos 12 Meses 10,5 16,8
*série com ajuste sazonal

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com junho de 2021, o volume de serviços assinalou a 16ª taxa positiva consecutiva ao avançar 6,3% em junho de 2022. No indicador acumulado do primeiro semestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 8,8% frente a igual período de 2021. Por outro lado, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 11,7% em maio para 10,5% em junho de 2022, manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2022 (12,8%).

Pesquisa Mensal de Serviços - Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Junho 2022 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês
anterior (1)
Mensal (2) Acumulado
no ano (3)
Últimos
12 meses (4)
ABR MAI JUN ABR MAI JUN JAN-ABR JAN-MAI JAN-JUN Até ABR Até MAI Até JUN
Volume de Serviços - Brasil -0,2 0,4 0,7 9,4 9,1 6,3 9,5 9,4 8,8 12,8 11,7 10,5
1. Serviços prestados às famílias 2,8 2,2 0,6 62,0 39,7 28,2 37,5 38,0 36,2 39,1 37,3 34,7
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 4,6 1,1 -0,8 67,8 42,5 28,9 39,5 40,1 38,1 42,0 39,9 36,8
1.2 Outros serviços prestados às famílias -3,6 -0,3 3,0 34,7 25,0 24,5 27,1 26,7 26,3 24,4 23,8 23,1
2. Serviços de informação e comunicação 0,8 0,9 -0,2 1,6 4,0 0,9 3,2 3,4 3,0 8,5 7,7 6,7
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 0,3 1,6 -0,8 1,3 4,1 1,6 2,8 3,0 2,8 7,8 7,2 6,4
2.1.1 Telecomunicações 0,4 0,8 0,4 -8,4 -7,4 -6,1 -7,2 -7,3 -7,1 -2,5 -3,2 -3,8
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 2,5 2,5 -4,0 14,8 20,2 11,3 17,4 18,0 16,7 23,5 22,6 21,2
2.2 Serviços audiovisuais -3,1 1,4 0,8 4,0 3,3 -4,8 7,4 6,5 4,3 14,9 12,8 9,0
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -0,5 1,1 0,7 7,8 9,7 8,0 8,1 8,4 8,3 9,9 9,4 8,7
3.1 Serviços técnico-profissionais -2,4 1,3 2,2 4,8 6,7 8,3 8,2 7,9 8,0 12,4 10,9 9,9
3.2 Serviços administrativos e complementares 1,2 1,1 0,1 9,1 10,9 7,9 8,0 8,6 8,5 8,9 8,8 8,2
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -2,6 0,5 0,6 15,6 11,9 9,8 15,6 14,8 13,9 17,6 16,1 14,7
4.1 Transporte terrestre 0,3 2,3 2,4 17,9 19,6 20,8 16,5 17,1 17,8 17,5 16,6 16,1
4.2 Transporte aquaviário 5,1 3,8 1,4 3,1 12,4 14,6 10,7 11,0 11,6 14,8 14,6 14,6
4.3 Transporte aéreo -7,2 -12,4 -9,9 159,4 30,4 -3,2 84,1 70,7 53,5 77,2 67,2 54,0
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -6,0 0,0 -2,4 -0,5 -3,0 -4,4 4,4 2,8 1,5 9,3 7,2 5,6
5. Outros serviços -3,4 3,7 0,8 -9,2 -3,9 -4,7 -4,2 -4,1 -4,2 1,9 0,0 -1,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal;
(2) Base: igual mês do ano anterior;
(3) Base: igual período do ano anterior;
(4) Base: 12 meses anteriores.

O avanço de 0,7% do volume de serviços, de maio para junho de 2022, foi acompanhado por quatro das cinco atividades, com destaque para transportes (0,6%) e profissionais, administrativos e complementares (0,7%), que registraram o segundo resultado positivo consecutivo. As demais altas vieram de outros serviços (0,8%) e de serviços prestados às famílias (0,6%). A única taxa negativa ficou com informação e comunicação (-0,2%), que devolve, assim, pequena parte do ganho de 3,3% acumulado entre março e maio deste ano.

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral foi de 0,3% no trimestre encerrado em junho de 2022 frente ao trimestre encerrado em maio, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, quatro das cinco atividades acompanharam o crescimento: serviços prestados às famílias (1,9%); informação e comunicação (0,5%); profissionais, administrativos e complementares (0,5%); e outros serviços (0,3%). Por outro lado, transportes (-0,5%) assinalaram o único resultado negativo do mês.

Na comparação com junho de 2021, o volume do setor de serviços subiu 6,3% em junho de 2022, sua 16ª taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (9,8%) exerceu a principal contribuição positiva, impulsionado pelo aumento de receita em transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; e ferroviário de cargas.

Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (28,2%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,0%); e de informação e comunicação (0,9%), que apresentaram incrementos de receita em: restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico, no primeiro ramo; em locação de automóveis; serviços de engenharia; soluções de pagamentos eletrônicos; gestão de ativos intangíveis; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; aluguel de máquinas e equipamentos; e atividades de cobranças e informações cadastrais, no segundo; e em portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; outras atividades de telecomunicações; consultoria em tecnologia da informação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, no último.

A única taxa negativa do mês ficou com o setor de outros serviços (-4,7%), pressionado, especialmente, pela menor receita oriunda de recuperação de materiais plásticos; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; corretoras de títulos e valores mobiliários; e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.

No índice acumulado do primeiro semestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 8,8%, com quatro das cinco atividades apontando taxas positivas e crescimento em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%).

Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (36,2%); de profissionais, administrativos e complementares (8,3%); e de informação e comunicação (3,0%). Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-4,2%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano.

Serviços crescem em dez das 27 unidades da federação em fevereiro

Regionalmente, dez das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em junho de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (0,7%) observado no Brasil. Entre os locais em alta, os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (2,4%), seguido por Paraná (2,5%), Rio Grande do Sul (2,1%) e São Paulo (0,2%). Em contrapartida, Minas Gerais (-3,0%) exerceu a principal influência negativa (-3,0%), seguido por Amazonas (-5,1%), Ceará (-3,8%) e Pernambuco (-2,4%).

Na comparação com junho de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (6,3%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (7,9%), seguido por Rio Grande do Sul (15,3%), Minas Gerais (7,9%) e Paraná (5,3%). Em sentido oposto, o Distrito Federal (-6,9%) assinalou o resultado negativo mais importante do mês, seguido por Rondônia (-6,2%) e Acre (-11,7%).

No acumulado do primeiro semestre de 2022, frente a igual período de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (8,8%) se deu em 25 das 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (10,4%), seguido por Minas Gerais (11,3%), Rio Grande do Sul (15,4%), Bahia (10,6%) e Paraná (5,5%).

Por outro lado, Distrito Federal (-0,5%) e Rondônia (-1,9%) registraram as únicas influências negativas sobre o índice nacional.

Atividades turísticas caem 1,8% em junho

Em junho de 2022, o índice de atividades turísticas caiu 1,8% frente a maio, após ter avançado por três meses consecutivos, período em que acumulou um ganho de 10,7%. O segmento de turismo ainda se encontra 2,8% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Regionalmente, sete dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda.
A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,2%), seguido por Rio de Janeiro (-1,2%), Distrito Federal (-3,3%), Espírito Santo (-6,6%) e Pernambuco (-2,5%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (4,7%) assinalou o principal avanço em termos regionais.

Na comparação junho de 2022 / junho de 2021, o índice de atividades turísticas no Brasil cresceu 25,9%, 15ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; locação de automóveis; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; e transporte aéreo. Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (30,2%), seguido por Minas Gerais (43,5%), Rio Grande do Sul (42,1%), Paraná (31,4%) e Bahia (25,7%).

No acumulado de janeiro a junho de 2022, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 45,2% frente a igual período do ano passado, impulsionado pelos aumentos de receita nos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Regionalmente, todos os 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (50,4%), seguido por Minas Gerais (73,7%), Rio de Janeiro (24,1%), Rio Grande do Sul (62,7%) e Bahia (43,7%).

Transporte de passageiros cai 0,8% e o de cargas cresce 2,5% entre maio e junho

Em junho de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil caiu 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, segundo resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 3,1%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 3,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 24,8% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas cresceu 2,5% em junho de 2022, acumulando um ganho de 16,7% desde outubro de 2021. Dessa forma, o segmento alcança novo recorde, ao atingir, neste mês, o ponto mais alto de sua série. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 29,4% acima de fevereiro de 2020.

No confronto com junho de 2021, série sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros assinalou a 15ª taxa positiva seguida ao avançar 20,8% em junho de 2022. O transporte de cargas cresceu 15,8%, registrando, assim, o 22º resultado positivo consecutivo.

No acumulado dos primeiros seis meses de 2022, o transporte de passageiros mostrou expansão de 44,5% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 13,0%.