Volume dos Serviços varia -0,2% em fevereiro
12/04/2022 09h00 | Atualizado em 12/04/2022 11h34
Em fevereiro de 2022, o volume de serviços no Brasil variou -0,2% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, acumulando, assim, uma perda de 2,0% nos dois primeiros meses deste ano. Com isso, o setor de serviços se encontra 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 7,0% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Fevereiro 22 / Janeiro 22* | -0,2 | -1,5 |
Fevereiro 22 / Fevereiro 21 | 7,4 | 13,1 |
Acumulado Janeiro-Fevereiro | 8,4 | 14,1 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 13,0 | 17,2 |
*série com ajuste sazonal |
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com fevereiro de 2021, o volume de serviços assinalou a 12ª taxa positiva consecutiva ao avançar 7,4% em fevereiro de 2022. No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 8,4% frente a igual período de 2021. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 12,2% em janeiro para 13,0% em fevereiro de 2022, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%).
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Fevereiro 2022 - Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
DEZ | JAN | FEV | DEZ | JAN | FEV | JAN-DEZ | JAN-JAN | JAN-FEV | Até DEZ | Até JAN | Até FEV | |
Volume de Serviços - Brasil | 2,3 | -1,8 | -0,2 | 10,9 | 9,4 | 7,4 | 10,9 | 9,4 | 8,4 | 10,9 | 12,2 | 13,0 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,2 | -1,0 | 0,1 | 21,6 | 19,5 | 17,4 | 18,2 | 19,5 | 18,5 | 18,2 | 25,1 | 31,4 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 1,3 | -1,4 | 0,7 | 21,7 | 19,9 | 18,1 | 20,1 | 19,9 | 19,1 | 20,1 | 27,4 | 34,1 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 2,7 | -0,6 | 0,4 | 21,2 | 17,3 | 13,8 | 8,2 | 17,3 | 15,6 | 8,2 | 13,6 | 17,9 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,1 | -3,6 | -1,2 | 10,2 | 5,0 | 2,4 | 9,5 | 5,0 | 3,7 | 9,5 | 9,8 | 9,7 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -0,5 | -3,9 | -2,2 | 10,4 | 4,5 | 2,0 | 9,4 | 4,5 | 3,2 | 9,4 | 9,3 | 9,1 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,7 | -1,4 | -2,8 | -2,3 | -5,0 | -7,4 | -0,2 | -5,0 | -6,2 | -0,2 | -0,6 | -1,0 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -3,9 | -0,3 | 0,0 | 25,8 | 19,3 | 16,2 | 24,8 | 19,3 | 17,8 | 24,8 | 25,2 | 25,0 |
2.2 Serviços audiovisuais | 2,0 | -4,7 | -1,3 | 8,8 | 10,0 | 6,2 | 10,1 | 10,0 | 8,1 | 10,1 | 13,3 | 15,3 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 3,9 | 0,2 | 1,4 | 8,5 | 7,5 | 7,3 | 7,4 | 7,5 | 7,4 | 7,4 | 8,7 | 9,5 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 2,5 | 1,8 | -2,2 | 11,2 | 10,4 | 4,6 | 12,4 | 10,4 | 7,5 | 12,4 | 13,0 | 12,8 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 2,9 | 0,4 | 2,4 | 7,2 | 6,4 | 8,3 | 5,4 | 6,4 | 7,3 | 5,4 | 7,0 | 8,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,8 | 0,9 | 2,0 | 15,7 | 15,1 | 13,9 | 15,2 | 15,1 | 14,5 | 15,2 | 16,8 | 18,0 |
4.1 Transporte terrestre | 2,1 | 2,2 | 2,4 | 17,1 | 15,3 | 15,3 | 14,7 | 15,3 | 15,3 | 14,7 | 16,7 | 18,2 |
4.2 Transporte aquaviário | 3,5 | -0,4 | -0,1 | 21,0 | 19,4 | 17,4 | 14,7 | 19,4 | 18,4 | 14,7 | 15,6 | 16,4 |
4.3 Transporte aéreo | 11,7 | 8,9 | -9,1 | 56,8 | 49,8 | 45,1 | 37,5 | 49,8 | 47,8 | 37,5 | 48,2 | 58,4 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -1,5 | 1,1 | 1,6 | 5,3 | 5,9 | 5,7 | 12,0 | 5,9 | 5,8 | 12,0 | 12,1 | 11,7 |
5. Outros serviços | 1,0 | -0,4 | -0,9 | -4,6 | 1,3 | -3,9 | 5,0 | 1,3 | -1,3 | 5,0 | 5,4 | 4,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores. |
O decréscimo de 0,2% do volume de serviços, de janeiro para fevereiro de 2022, foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades investigadas: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%), que acumularam, respectivamente, perdas de 4,7% e de 1,3% nos dois primeiros meses de 2022. Em sentido oposto, transportes (2,0%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os prestados às famílias (0,1%) assinalaram as expansões do mês, com os dois primeiros registrando o quarto resultado positivo consecutivo; e o último mostrando estabilidade após ter interrompido, em janeiro de 2022 (-1,0%), uma sequência de nove taxas positivas - período em que cresceu que 59,8%.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou variação positiva (0,1%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, três deles acompanharam o crescimento do índice global: os transportes (1,9%), os profissionais, administrativos e complementares (1,8%) e os serviços prestados às famílias (0,1%). Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (-1,6%) e os outros serviços (-0,1%) apontaram resultados negativos no trimestre terminado em fevereiro de 2022.
Na comparação com fevereiro de 2021, o volume do setor de serviços, ao avançar 7,4% em fevereiro de 2022, registrou a 12ª taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e contou ainda com crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; atividades de agenciamento marítimo; e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); dos prestados às famílias (17,4%) e de informação e comunicação (2,4%), que apresentaram incrementos de receita em: locação de automóveis; locação de mão de obra temporária; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; consultoria em gestão empresarial; atividades de cobranças e informações cadastrais; e gestão de ativos intangíveis não financeiros, no primeiro ramo; em hotéis; restaurantes; e serviços de bufê, no segundo; e em portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; consultoria em tecnologia da informação; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; desenvolvimento de programas de computador sob encomendas; e outras atividades de telecomunicações, no último.
Em contrapartida, a única taxa negativa do mês ficou com o setor de outros serviços (-3,9%), pressionado, especialmente, pela menor receita oriunda de recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; atividades de apoio à produção florestal; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados.
No índice acumulado do primeiro bimestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 8,4%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,5%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%); de informação e comunicação (3,7%); e de serviços prestados às famílias (18,5%). Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-1,3%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano.
Serviços caem em 13 das 27 unidades da federação em fevereiro
Regionalmente, 13 das 27 unidades da federação tiveram retração no volume de serviços em fevereiro de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o decréscimo (-0,2%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-0,5%), seguido por Distrito Federal (-3,4%) e Santa Catarina (-2,0%). Em contrapartida, Minas Gerais (2,0%), Rio de Janeiro (0,8%) e Mato Grosso (6,6%) registraram os principais avanços em termos regionais.
Na comparação com fevereiro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (7,4%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (8,4%), seguido por Minas Gerais (8,1%) e Rio Grande do Sul (14,4%). Em sentido oposto, Rondônia (-3,9%) e Distrito Federal (-0,1%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês, ao passo que Santa Catarina (0,0%) mostrou estabilidade frente ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado do primeiro bimestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (8,4%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (10,3%), seguido por Minas Gerais (7,2%) e Rio Grande do Sul (12,8%). Por outro lado, Distrito Federal (-0,9%) registrou a única influência negativa sobre índice nacional
Atividades turísticas caem 1,0% em fevereiro
Em fevereiro de 2022, o índice de atividades turísticas apontou retração de 1,0% frente ao mês imediatamente anterior, após também ter recuado em janeiro último (-0,4%). Vale destacar que o segmento de turismo ainda se encontra 10,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Regionalmente, oito dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-1,0%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-1,2%), seguido por Pernambuco (-4,9%) e Santa Catarina (-5,1%). Em sentido oposto, Minas Gerais (6,2%) assinalou o resultado positivo mais importante do mês.
Na comparação fevereiro de 2022 / fevereiro de 2021, o índice de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 28,7%, 11ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; locação de automóveis; hotéis; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (35,1%), seguido por Minas Gerais (63,1%), Bahia (31,6%), Rio de Janeiro (9,3%) e Rio Grande do Sul (33,0%).
No acumulado do primeiro bimestre de 2022, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 29,0% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; hotéis; locação de automóveis; restaurantes; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Regionalmente, todos os 12 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (37,1%), seguido por Minas Gerais (55,8%), Bahia (25,5%), Rio de Janeiro (11,6%), Rio Grande do Sul (37,0%) e Pernambuco (24,1%).
IBGE divulga novo indicador especial de transportes por tipo de uso
O IBGE está divulgando pela primeira vez o indicador especial de transportes por tipo de uso (cargas ou passageiros). As séries temporais têm início em janeiro de 2011 e trazem resultados apenas para o nível Brasil, sem regionalizações.
Na comparação com janeiro de 2022, na série com ajuste sazonal, o transporte de passageiros cresceu 1,1% emplacando a quarta taxa positiva seguida, com ganho acumulado de 20,6% entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. No entanto, ainda opera 28,9% abaixo de seu ponto mais alto, ocorrido em fevereiro de 2014.
Já o transporte de cargas, ao avançar 2,5% em fevereiro de 2022, chega à sua quinta taxa positiva seguida, com ganho acumulado de 10,2%. Essa sequência de taxas positivas fez com que o indicador alcançasse, nesse mês, o ponto mais alto de sua série. Esse recorde ocorre na esteira do boom do comércio eletrônico, do escoamento de produtos agrícolas e do deslocamento de insumos e de bens industriais pelos diversos modais de carga: rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo.
Na comparação com fevereiro de 2021, o transporte de passageiros cresceu 32,9% e o de cargas, 13,8%. Já no acumulado do ano, o transporte de passageiros registrou aumento de 34,0%, e o de cargas, 14,1%.