IPCA foi de 0,54% em janeiro
09/02/2022 09h00 | Atualizado em 09/02/2022 09h00
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,54%, 0,19 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,73% de dezembro. Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,27%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal foi de 0,25%.
Período | Taxa |
---|---|
Janeiro de 2022 | 0,54% |
Dezembro de 2021 | 0,73% |
Janeiro de 2021 | 0,25% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 10,38% |
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. A maior variação veio de Artigos de residência (1,82%), que acelerou em relação a dezembro (1,37%). Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (1,11%), maior impacto no índice do mês (0,23 p.p.), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%). Já a variação de Habitação (0,16%) foi inferior à do mês anterior (0,74%). O único grupo em queda foi Transportes (-0,11%), que havia subido 0,58% em dezembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de Educação e o 0,78% de Despesas pessoais.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | Dezembro | Janeiro | |
Índice Geral | 0,73 | 0,54 | 0,73 | 0,54 |
Alimentação e Bebidas | 0,84 | 1,11 | 0,17 | 0,23 |
Habitação | 0,74 | 0,16 | 0,12 | 0,03 |
Artigos de Residência | 1,37 | 1,82 | 0,05 | 0,07 |
Vestuário | 2,06 | 1,07 | 0,09 | 0,05 |
Transportes | 0,58 | -0,11 | 0,13 | -0,02 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,75 | 0,36 | 0,09 | 0,04 |
Despesas Pessoais | 0,56 | 0,78 | 0,06 | 0,08 |
Educação | 0,05 | 0,25 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | 0,34 | 1,05 | 0,02 | 0,05 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O resultado de Artigos de residência (1,82%) foi influenciado, principalmente, pela aceleração dos eletrodomésticos e equipamentos (2,86%), mobiliário (2,41%) e TV, som e informática (1,38%), cujas variações em dezembro haviam sido de 1,77%, 2,07% e 0,70%, respectivamente. Esses itens contribuíram conjuntamente com 0,06 p.p no IPCA de janeiro.
Em Alimentação e bebidas (1,11%), a alimentação no domicílio passou de alta de 0,79% em dezembro para 1,44% em janeiro. Os principais destaques foram as frutas (3,40%) e as carnes (1,32%), embora tenham registrado altas menos intensas em relação ao mês anterior (8,60% e 1,38%, respectivamente). Além disso, os preços do café moído (4,75%) subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses. Outros destaques foram a cenoura (27,64%), a cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate (6,21%). No lado das quedas, houve recuos nos preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).
A alimentação fora do domicílio (0,25%), por outro lado, desacelerou em relação ao mês anterior (0,98%). A refeição passou de 1,08% em dezembro para 0,44% em janeiro, enquanto o lanche passou de 1,08% em dezembro para -0,41% em janeiro.
No grupo Vestuário (1,07%), destacam-se as altas das roupas masculinas (1,64%), calçados e acessórios (0,97%) e roupas femininas (0,78%), que exerceram conjuntamente um impacto de 0,04 p.p. no IPCA de janeiro. Os demais itens do grupo também tiveram alta, com destaque para roupas infantis (0,87%) e joias e bijuterias (1,18%).
Já Habitação (0,16%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,74%), principalmente por conta da energia elétrica (-1,07% e -0,05 p.p.), cuja variação em dezembro havia sido de 0,50%. Desde setembro, permanece em vigor a bandeira vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
As variações das áreas foram desde -6,81% em Porto Alegre, onde houve redução de PIS/COFINS e de ICMS, até 3,34% em Rio Branco, onde houve reajuste de 10,66% com vigência a partir de 13 de dezembro. Além disso, houve reajustes de tarifa de iluminação pública, a partir de 1º de janeiro, em Brasília (2,13%), São Paulo (0,50%) e Curitiba (-1,40%).
Ainda em Habitação, destaca-se a queda de 0,73% do gás de botijão, após 19 meses de alta. A alta do gás encanado (3,13%) deve-se ao reajuste de 17,64% em São Paulo (5,46%), vigente desde 10 de dezembro. A taxa de água e esgoto (0,15%) também subiu em janeiro, devido ao reajuste de 6,70% em Campo Grande (6,06%), a partir de 1º de janeiro.
A queda no grupo dos Transportes (-0,11%) é consequência principalmente do recuo nos preços das passagens aéreas (-18,35%) e dos combustíveis (-1,23%). Além da gasolina (-1,14%), também houve queda nos preços do etanol (-2,84%) e do gás veicular (-0,86%). O óleo diesel (2,38%) foi o único a subir em janeiro. Entre os demais subitens do grupo, os destaques foram os transportes por aplicativo (-17,96%) e o aluguel de veículo (-3,79%).
Também em Transportes, os preços das motocicletas (2,45%), dos automóveis novos (2,19%) e dos automóveis usados (1,53%) seguem em alta. A variação positiva do táxi (1,23%) decorre do reajuste de 9,75% nas tarifas no Rio de Janeiro (5,66%), válido desde 11 de janeiro. Em ônibus urbano (0,22%), houve reajustes em Fortaleza (3,99%) com alta média de 8,55% a partir de 15 de janeiro; Vitória (3,05%) com reajuste de 4,84% a partir de 9 de janeiro; e Campo Grande (1,91%) com reajuste de 4,75% a partir de 17 de janeiro.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | 12 meses | ||
Aracaju | 1,03 | 0,92 | 0,90 | 10,70 |
Rio Branco | 0,51 | 1,18 | 0,87 | 11,90 |
Salvador | 5,99 | 1,04 | 0,86 | 11,44 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,75 | 0,80 | 10,09 |
Goiânia | 4,17 | 0,58 | 0,74 | 11,32 |
Fortaleza | 3,23 | 0,55 | 0,73 | 11,03 |
Belém | 3,94 | 0,95 | 0,65 | 8,84 |
São Paulo | 32,28 | 0,70 | 0,63 | 10,02 |
Campo Grande | 1,57 | 0,47 | 0,62 | 11,02 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,70 | 0,60 | 9,04 |
Vitória | 1,86 | 0,73 | 0,57 | 11,65 |
São Luís | 1,62 | 0,94 | 0,54 | 10,18 |
Brasília | 4,06 | 0,46 | 0,49 | 9,83 |
Curitiba | 8,09 | 0,51 | 0,47 | 12,77 |
Recife | 3,92 | 1,05 | 0,41 | 10,31 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,83 | -0,53 | 10,13 |
Brasil | 100,00 | 0,73 | 0,54 | 10,38 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
À exceção de Porto Alegre (-0,53%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro. A maior variação ocorreu no município de Aracaju (0,90%), por conta do tomate (34,90%) e das frutas (6,41%). Na região metropolitana de Porto Alegre (-0,53%), houve queda nos preços da energia elétrica (-6,81%) e da gasolina (-6,20%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de dezembro de 2021 e 28 de janeiro de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 30 de novembro e 28 de dezembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC foi de 0,67% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,67% em janeiro, abaixo do resultado do mês anterior (0,73%). Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,51%). O INPC acumula alta de 10,60% nos últimos 12 meses, acima dos 10,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,27%.
Os produtos alimentícios aceleraram de 0,76% em dezembro para 1,08% em janeiro. Já os não alimentícios desaceleraram, indo de 0,72% em dezembro para 0,54% em janeiro.
Com exceção de Porto Alegre (-0,52%), todas as áreas pesquisadas tiveram variação positiva em janeiro. A maior variação foi no município de Aracaju (0,96%), influenciada pelas altas nos preços do tomate (34,90%) e das frutas (7,22%). A variação negativa observada na região metropolitana de Porto Alegre (-0,52%) foi consequência principalmente das quedas da energia elétrica (-6,62%) e da gasolina (-6,20%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | 12 meses | ||
Aracaju | 1,29 | 0,92 | 0,96 | 10,32 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,77 | 0,93 | 10,10 |
Salvador | 7,92 | 1,18 | 0,91 | 11,77 |
São Paulo | 24,60 | 0,60 | 0,88 | 10,89 |
Belém | 6,95 | 0,87 | 0,87 | 8,58 |
Goiânia | 4,43 | 0,67 | 0,82 | 10,66 |
Rio Branco | 0,72 | 1,05 | 0,78 | 11,45 |
Campo Grande | 1,73 | 0,45 | 0,72 | 10,97 |
Fortaleza | 5,16 | 0,59 | 0,69 | 11,18 |
Brasília | 1,97 | 0,49 | 0,66 | 10,45 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,67 | 0,57 | 9,29 |
Vitória | 1,91 | 0,50 | 0,56 | 11,61 |
São Luís | 3,47 | 0,99 | 0,48 | 9,67 |
Recife | 5,60 | 1,05 | 0,48 | 10,03 |
Curitiba | 7,37 | 0,29 | 0,47 | 12,93 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,88 | -0,52 | 10,48 |
Brasil | 100,00 | 0,73 | 0,67 | 10,60 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de dezembro de 2021 e 28 de janeiro de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 30 de novembro e 28 de dezembro de 2021 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.