Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15 foi de 0,58% em janeiro

26/01/2022 09h00 | Atualizado em 26/01/2022 09h09

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,58% em janeiro, 0,20 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,78%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%.

Período Taxa
Janeiro de 2022 0,58%
Dezembro de 2021 0,78%
Janeiro de 2021 0,78%
Acumulado nos últimos 12 meses 10,20%

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro. A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41%, após a alta de 2,31% em dezembro. O maior impacto no índice do mês (0,20 p.p.) foi de Alimentação e bebidas (0,97%), que acelerou frente ao mês anterior (0,35%). Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (0,93%) e Habitação (0,62%), que contribuíram com 0,12 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. Já as maiores variações foram de Vestuário (1,48%) e Artigos de Residência (1,40%).

Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de Educação e o 1,09% de Comunicação.

Grupo Variação Mensal (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 0,78 0,58 0,78 0,58
Alimentação e bebidas 0,35 0,97 0,07 0,20
Habitação 0,90 0,62 0,15 0,10
Artigos de residência 1,19 1,40 0,04 0,06
Vestuário 1,10 1,48 0,05 0,06
Transportes 2,31 -0,41 0,50 -0,09
Saúde e cuidados pessoais -0,73 0,93 -0,09 0,12
Despesas pessoais 0,51 0,63 0,05 0,06
Educação 0,00 0,25 0,00 0,01
Comunicação 0,15 1,09 0,01 0,06

O recuo nos Transportes (-0,41%) decorre, principalmente, da queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Os dois subitens contribuíram com -0,12 p.p. cada no IPCA-15 de janeiro. Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas. No lado das altas, os destaques foram os automóveis novos (1,90%) e emplacamento e licença (1,70%), que incorporou, pela primeira vez, a fração mensal referente ao IPVA de 2022.

Ainda em Transportes, houve altas no seguro voluntário de veículo (3,25%) e no aluguel de veículo (12,94%). A variação positiva do táxi (0,21%) decorre do reajuste de 9,75% nas tarifas no Rio de Janeiro (0,94%), válido desde 11 de janeiro.

No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio passou de 0,46% em dezembro para 1,03% em janeiro. Os maiores impactos vieram da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%). Por outro lado, houve queda nos preços da batata-inglesa (-9,20%), do arroz (-2,99%) e do leite longa vida (-1,70%), cujos preços já haviam recuado no mês anterior (-6,46%, -2,46% e -3,75%, respectivamente).

A alimentação fora do domicílio (0,81%) também acelerou em relação a dezembro (0,08%). O lanche passou de queda de 3,47% para alta de 1,25%, enquanto a refeição ficou com 0,63% de alta, resultado inferior ao verificado no mês anterior (1,62%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,93%), o destaque foram os itens de higiene pessoal, cujos preços subiram 3,79% após o recuo de 3,34% em dezembro. No lado das quedas, cabe destacar o plano de saúde (-0,69%). Em dezembro, foi incorporada a última fração mensal do reajuste anual que havia sido suspenso em 2020 e que foi aplicado a partir de janeiro de 2021. Com isso, restou apenas a fração do reajuste de -8,19% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado, aplicado a partir do IPCA-15 de julho.

Em Habitação (0,62%), o maior impacto (0,06 p.p.) veio do aluguel residencial, com alta de 1,55%. Além disso, destaca-se a variação do gás encanado (8,40%), consequência do reajuste de 17,64% em São Paulo (15,03%), vigente desde 10 de dezembro.

A energia elétrica, subitem de maior peso nesse grupo, teve variação de 0,03%, desacelerando frente a dezembro (0,96%). Os resultados das áreas foram desde -1,60% em Goiânia, até 2,14% em Porto Alegre, onde houve reajuste de 14,70% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir de 22 de novembro. Houve ainda reajustes na contribuição para iluminação pública em São Paulo (0,11%), Brasília (0,98%) e Curitiba (-0,65%), todos a partir de 1º de janeiro. A variação positiva da taxa de água e esgoto (0,28%) decorre do reajuste de 9,05% ocorrido em Salvador (4,45%), a partir de 29 de novembro.

A maior variação no índice do mês veio do grupo Vestuário (1,48%). A alta mais expressiva foi das roupas masculinas (2,35%), com impacto de 0,02 p.p. Os demais itens do grupo também tiveram alta, como roupas femininas (1,19%) e calçados e acessórios (1,20%).

Nos Artigos de residência (1,40%), os destaques foram os eletrodomésticos e equipamentos (2,26%), cujos preços subiram mais que no mês anterior (1,51%), e os itens de mobiliário (2,04%). Ambos contribuíram com 0,02 p.p. no IPCA-15 de janeiro.

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em janeiro. O menor resultado ocorreu em Brasília (0,19%), influenciado pelas quedas nos preços da gasolina (-4,89%) e das passagens aéreas (-14,37%). A maior variação foi a da região metropolitana de Salvador (1,08%), cujo resultado foi puxado pelos itens de higiene pessoal (4,57%) e pelas frutas (9,90%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Salvador 7,19 1,13 1,08 11,45
Belém 4,46 0,32 0,82 9,36
Recife 4,71 0,85 0,72 10,34
Belo Horizonte 10,04 0,54 0,72 9,64
Fortaleza 3,88 0,47 0,63 10,67
Rio de Janeiro 9,77 0,63 0,61 8,89
São Paulo 33,45 0,86 0,58 9,77
Goiânia 4,96 0,69 0,51 10,42
Curitiba 8,09 0,79 0,32 12,80
Porto Alegre 8,61 0,97 0,21 10,71
Brasília 4,84 0,78 0,19 9,76
Brasil 100,00 0,78 0,58 10,20

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de dezembro e 13 de janeiro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta e na abrangência geográfica.