Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Em novembro, vendas no varejo crescem 0,6%

14/01/2022 09h00 | Atualizado em 14/01/2022 09h12

Em novembro de 2021, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%, na série com ajuste sazonal, após variar 0,2% em outubro. A média móvel trimestral, variou -0,1% no trimestre encerrado em novembro, depois do recuo de 1,6% no trimestre até outubro. Na série sem ajuste, o comércio varejista teve queda de 4,2% frente a novembro de 2020, quarta taxa negativa consecutiva. No acumulado no ano, o varejo aumentou 1,9%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,6% em outubro para 1,9% em novembro, sinaliza redução no ritmo das vendas.

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Novembro / Outubro* 0,6 1,3 0,5 0,8
Média móvel trimestral* -0,1 0,8 -0,4 0,5
Novembro 2021 / Novembro 2020 -4,2 8,8 -2,9 11,1
Acumulado 2021 1,9 14,5 5,3 18,9
Acumulado 12 meses 1,9 14,0 5,1 18,2
*Série COM ajuste sazonal

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas avançou 0,5% em relação a outubro, após três meses consecutivos em queda (-3,1% em agosto, -0,9% em setembro e -0,8% em outubro). Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em novembro (-0,4%) ficou estável, quando comparada à média móvel no trimestre fechado em outubro (-1,6%).

Cinco das oito atividades tiveram taxas negativas, na série com ajuste sazonal

Houve alta de 0,6% no volume de vendas do varejo, em novembro, na série com ajuste sazonal, mas cinco das oito atividades tiveram taxas negativas: móveis e eletrodomésticos (-2,3%), tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).

Por outro lado, houve crescimento em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).

VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES - Brasil - Novembro 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
SET OUT NOV SET OUT NOV NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -1,0 0,2 0,6 -5,2 -6,8 -4,2 1,9 1,9
1 - Combustíveis e lubrificantes -2,9 -0,3 -1,4 -4,2 -7,6 -7,1 0,9 0,2
2 - Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo -1,2 0,3 0,9 -3,1 -5,0 -0,5 -2,9 -2,3
2.1 - Super e hipermercados -1,1 0,4 0,8 -3,0 -4,8 -0,6 -2,6 -1,9
3 - Tecidos, vestuário e calçados -1,7 1,3 -1,9 0,3 -2,0 -4,4 16,9 11,9
4 - Móveis e eletrodomésticos -4,6 -2,1 -2,3 -22,6 -22,7 -21,5 -5,7 -4,8
4.1 - Móveis - - - -17,5 -14,8 -18,5 -0,3 0,7
4.2 - Eletrodomésticos - - - -24,0 -26,3 -22,8 -7,9 -7,1
5 - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria 0,0 -0,1 1,2 4,2 -0,2 2,5 10,0 10,4
6 - Livros, jornais, revistas e papelaria 0,3 -1,0 -1,4 -3,5 -7,9 -14,4 -18,1 -21,2
7 - Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação -3,0 5,7 -0,1 -14,6 -11,2 -5,6 -1,5 -2,7
8 - Outros artigos de uso pessoal e doméstico -1,9 1,8 2,2 -6,7 -7,2 -2,6 15,4 13,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -0,9 -0,8 0,5 -4,0 -7,0 -2,9 5,3 5,1
9 - Veículos e motos, partes e peças -1,8 -0,4 0,7 2,9 -4,0 1,7 16,6 15,1
10 - Material de construção -0,8 -0,8 0,8 -10,1 -14,1 -4,1 5,6 6,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10.

No comércio varejista ampliado, a alta de 0,5% no volume de vendas, em novembro, foi influenciada por veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%), depois dos resultados negativos do mês anterior, -0,4% e -0,8%, respectivamente.

Sete das oito atividades do varejo recuaram em relação a novembro de 2020

Na comparação com novembro de 2020, o comércio varejista teve queda de 4,2%, com taxas negativas em sete das oito atividades. Com maior impacto (-2,8 p.p), o segmento de móveis e eletrodomésticos teve queda de 21,5% no volume de vendas em relação a novembro de 2020. O setor registra seis meses consecutivos de resultados negativos na comparação interanual. No ano, a atividade acumula -5,7% de variação, terceiro mês consecutivo de resultados negativos. Nos últimos dozes meses, registrou segunda taxa negativa (-0,7% em outubro e -4,8% em novembro), após 24 meses no campo positivo.

RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES - BRASIL -  Novembro 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
SET OUT NOV SET OUT NOV NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,1 0,9 1,3 8,6 6,5 8,8 14,5 14,0
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,1 2,2 5,0 35,9 34,0 41,9 35,1 30,9
2 - Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 0,5 0,7 0,5 9,4 6,3 8,4 9,9 10,7
2.1 - Super e hipermercados 0,5 0,8 0,3 9,5 6,3 8,2 10,1 11,0
3 - Tecidos,  vestuário e calçados -1,3 2,3 -1,3 6,9 5,4 3,5 21,9 15,6
4 - Móveis e eletrodomésticos -3,3 -0,7 -1,2 -13,4 -13,7 -12,2 4,9 5,5
4.1 - Móveis - - - -7,0 -3,8 -8,3 8,4 8,4
4.2 - Eletrodomésticos - - - -14,8 -17,7 -13,5 3,8 4,6
5 - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria 0,3 0,7 1,8 8,1 4,5 8,1 13,0 13,1
6 - Livros, jornais, revistas e papelaria 0,7 -0,7 0,2 0,0 -4,4 -10,6 -16,5 -19,8
7 - Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação -4,0 6,0 -0,8 -12,2 -10,4 -5,4 5,4 4,9
8 - Outros artigos de uso pessoal e doméstico 0,7 1,9 2,7 3,1 2,8 8,3 24,0 21,6
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,4 0,3 0,8 10,9 7,2 11,1 18,9 18,2
9 - Veículos e motos, partes e peças -0,1 -0,3 2,2 18,4 10,9 17,8 30,9 28,8
10 - Material de construção -0,2 0,1 1,6 12,1 5,6 15,3 29,6 30,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries COM ajuste sazonal.

Combustíveis e lubrificantes recuaram 7,1%, sua terceira queda consecutiva (-4,2% em setembro e -7,6% em outubro), depois de cinco taxas positivas seguidas. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços vem influenciando negativamente o desempenho do setor. O acumulado nos últimos doze meses mostra estabilidade frente ao mês anterior (0,2% em ambos). No ano, o movimento foi de intensificação de perda de ritmo: 2,9% até setembro, 1,7% até outubro e 0,9% até novembro de 2021.

No segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., o recuo de 2,6%, no indicador interanual no volume de vendas em relação a novembro de 2020, mostrou-se menos intenso do que o resultado de outubro (-7,2%). O resultado do acumulado no ano, até novembro (aumento de 15,4%), é o menor desde o resultado de janeiro a abril de 2021, quando foi 27,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou aumento de 13,7%, com perda de 2,2 p.p. em relação ao resultado de outubro (15,9%).

Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, recuaram 4,4% ante novembro de 2020, segunda queda consecutiva, após oito variações positivas consecutivas. Quanto ao acumulado no ano, ao passar de 20,4% em outubro para 16,9% em novembro, o setor demonstra perda de ritmo. O acumulado nos últimos doze meses, por sua vez, permaneceu em alta pelo terceiro mês consecutivo: 11,8% em setembro, e 11,9% em outubro e novembro.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -0,5%, registrou a décima taxa negativa consecutiva na comparação com novembro de 2020. O resultado do acumulado no ano foi de -2,9%, acima do registrado em outubro (-3,1%). O acumulado nos últimos doze meses, ao registrar -2,3% em novembro, manteve o ritmo em relação a outubro (-2,4%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 5,6%, quinto recuo consecutivo e oitavo no ano de 2021. No acumulado do ano, o setor registra a segunda taxa negativa consecutiva (-1,0% em outubro e -1,5% em novembro) após cinco meses de alto. O acumulado nos últimos doze meses (queda de 2,7%) intensifica ritmo de queda nas vendas em relação a outubro (recuo de 3,3%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 4,4% frente a novembro de 2020, terceira queda consecutiva (-3,5% em setembro e -7,9% em outubro). O acumulado no ano passou de -18,5% em outubro para -18,1% em novembro, com 22 meses consecutivos de taxas negativas. O acumulado nos últimos doze meses manteve, em novembro, o mesmo valor de outubro: -21,2% e permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foi a única a ter crescimento nas vendas frente a novembro de 2020: 2,5%. Isso ocorreu após variar -0,2% em outubro, em relação ao mesmo mês de 2020. No acumulado no ano (10,0%), o setor teve perda de ritmo em relação a outubro (10,9%), o que também se observa no acumulado nos últimos doze meses, que passou de 11,2% até outubro para 10,4% até novembro.

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças teve alta de 1,7% em relação a novembro de 2020, após queda de 4,0% em outubro. No entanto, o indicador acumulado no ano (16,6%), continua mostrando perda de ritmo de crescimento, se comparado ao mês de outubro (18,4%). Nos últimos doze meses, a atividade acumula 15,1% de crescimento, mesmo patamar de outubro (15,1%).

VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL, POR ATIVIDADES - Brasil -  Novembro 2021
ATIVIDADES COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global -4,2 -4,2 -2,9 -2,9
1 - Combustíveis e lubrificantes -7,1 -0,6 -7,1 -0,4
2 - Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo -0,5 -0,2 -0,5 -0,1
3 - Tecidos,  vestuário e calçados -4,4 -0,3 -4,4 -0,2
4 - Móveis e eletrodomésticos -21,5 -2,8 -21,5 -1,9
5 - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria 2,5 0,2 2,5 0,2
6 - Livros, jornais, revistas e papelaria -14,4 0,0 -14,4 0,0
7 - Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação -5,6 -0,1 -5,6 0,0
8 - Outros artigos de uso pessoal e doméstico -2,6 -0,4 -2,6 -0,3
9 - Veículos e motos, partes e peças - - 1,7 0,4
10 - Material de construção - - -4,1 -0,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Já a queda de -4,1% em relação a novembro de 2020 representa a quinta consecutiva no segmento de Material de construção. Em 2021, o setor acumula 5,6%, menor crescimento registrado do ano. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 8,5% em outubro para 6,6% em novembro, manteve trajetória de queda iniciada em junho.

Vendas recuam em 14 unidades da federação frente a outubro de 2021

De outubro a novembro, na série com ajuste sazonal, as vendas do comércio varejista cresceram 0,6%, com resultados negativos em 14 das 27 unidades da federação. As quedas mais intensas foram na Paraíba (-3,1%), Piauí (-3,0%) e Bahia (-2,8%). Entre as 13 UFs e alta, as principais foram Roraima (3,7%), Rio de Janeiro (2,8%) e Distrito Federal (2,7%).

Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, houve alta de 0,5%. Em 14 das 27 UFs, as taxas foram negativas, e as mais intensas foram da Paraíba (-6,8%), Tocantins (-6,1%) e Alagoas (-5,1%). Em cinco UFs as vendas cresceram, com destaque para Rio de Janeiro (2,1%), Amazonas (1,9%) e Rondônia (1,7%). O Amapá ficou estável (0,0%).

Frente a novembro de 2020, o comércio varejista caiu 4,2%, com resultados negativos em 23 UFs, com destaque para Sergipe (-14,9%), Bahia (-13,8%) e Maranhão (-11,7%). Já as principais altas foram de Espírito Santo (3,3%), Roraima (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,4%).

No comércio varejista ampliado, na comparação com novembro de 2020, houve queda de 2,9%, com resultados negativos em 19 unidades da federação. Os destaques negativos foram Acre (-10,0%), Paraíba (-8,6%) e Maranhão (-8,5%). Das 8 UFs com resultados positivos, as principais foram Pernambuco (9,3%), Roraima (6,2%) e Mato Grosso do Sul (4,9%).