Volume dos Serviços cai 1,2% em outubro
14/12/2021 09h00 | Atualizado em 12/01/2022 07h36
Em outubro de 2021, o volume de serviços no Brasil caiu 1,2% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, acumulando uma queda de 1,9% nos dois últimos meses. Essa perda não elimina o ganho do período abril-agosto de 2021 (6,2%), mas reduz o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia. Em outubro, o setor de serviços estava 2,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal |
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Outubro 21 / Setembro 21* | -1,2 | -0,2 |
Outubro 21 / Outubro 20 | 7,5 | 13,2 |
Acumulado Janeiro-Outubro | 11,0 | 13,8 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 8,2 | 10,5 |
*série com ajuste sazonal |
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com outubro de 2020, o volume de serviços avançou 7,5%, a oitava taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o volume de serviços avançou 11,0% frente a igual período de 2020. O acumulado nos últimos doze meses passou de 6,8% em setembro para 8,2% em outubro de 2021, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%) e alcançando a maior taxa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.
O recuo de 1,2% do volume de serviços de setembro para outubro foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%) e de outros serviços (-6,7%). As demais quedas vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%) e de transportes (-0,3%). Já a única taxa positiva do mês ficou com serviços prestados às famílias, que subiram 2,7% em outubro, seu sétimo avanço consecutivo, período em que acumularam alta de 57,3%.
O índice de média móvel trimestral caiu 0,5% no trimestre encerrado em outubro de 2021 frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em julho de 2020. Entre os setores, quatro das cinco atividades tiveram quedas neste mês: outros serviços (-3,5%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%); transportes (-0,5%); e informação e comunicação (-0,4%). Por outro lado, os serviços prestados às famílias (2,8%) permanecem com comportamento positivo desde junho de 2021.
Na comparação com outubro de 2020, o volume de serviços, ao avançar 7,5%, registrou a oitava taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e crescimento em 64,5% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (9,9%) e o de serviços de informação e comunicação (6,5%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume de serviços, impulsionados pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; e navegação de apoio marítimo e portuário, no primeiro setor; e de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; outras atividades de telecomunicações; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; desenvolvimento de softwares sob encomenda; e atividades de TV aberta, no último.
Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (26,4%) e de profissionais, administrativos e complementares (4,7%), que apresentaram incrementos de receita em hotéis; restaurantes; e serviços de bufê, no primeiro ramo; e em serviços de engenharia; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; limpeza geral; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; atividades jurídicas; locação de automóveis; e aluguel de máquinas e equipamentos, no último.
Em contrapartida, a única taxa negativa na comparação com outubro de 2020 veio do setor de outros serviços (-6,1%), pressionado, sobretudo, pela menor receita auferida pelas empresas de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; de atividades de pós-colheita; e de reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos.
No acumulado do ano, o setor de serviços cresceu 11,0%, com altas em todas as cinco atividades e em quase três quartos (73,5%) dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,2%) e informação e comunicação (9,2%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%); de serviços prestados às famílias (17,6%); e de outros serviços (7,0%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Outubro 2021 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
AGO | SET | OUT | AGO | SET | OUT | JAN-AGO | JAN-SET | JAN-OUT | Até AGO | Até SET | Até OUT | |
Volume de Serviços - Brasil | 0,5 | -0,7 | -1,2 | 16,6 | 11,5 | 7,5 | 11,4 | 11,5 | 11,0 | 5,1 | 6,8 | 8,2 |
1. Serviços prestados às famílias | 4,3 | 1,6 | 2,7 | 42,2 | 32,7 | 26,4 | 14,4 | 16,5 | 17,6 | -5,6 | 0,5 | 6,5 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 4,6 | 1,9 | 2,5 | 46,2 | 37,8 | 28,5 | 16,6 | 19,0 | 20,1 | -5,1 | 1,7 | 8,1 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -0,3 | 0,1 | 1,0 | 23,5 | 9,2 | 14,7 | 3,8 | 4,5 | 5,5 | -8,6 | -5,5 | -1,4 |
2. Serviços de informação e comunicação | 1,2 | -0,9 | -1,6 | 13,6 | 10,2 | 6,5 | 9,5 | 9,5 | 9,2 | 6,3 | 7,3 | 7,8 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 1,5 | -1,3 | -1,2 | 12,8 | 9,5 | 5,8 | 9,4 | 9,4 | 9,0 | 7,1 | 7,8 | 8,0 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,2 | -1,7 | -2,2 | 1,8 | -0,4 | -2,9 | 0,6 | 0,5 | 0,2 | -0,5 | -0,3 | -0,3 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 2,1 | -0,2 | -0,2 | 31,5 | 25,4 | 19,3 | 24,4 | 24,5 | 24,0 | 20,1 | 21,5 | 21,8 |
2.2 Serviços audiovisuais | 1,9 | 0,7 | -1,7 | 20,9 | 15,6 | 11,7 | 9,9 | 10,6 | 10,7 | 0,0 | 2,8 | 6,2 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -0,5 | -1,0 | -1,8 | 12,8 | 10,0 | 4,7 | 7,5 | 7,8 | 7,5 | 0,4 | 2,4 | 4,1 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -6,1 | 2,7 | -4,1 | 12,5 | 17,6 | 5,9 | 14,3 | 14,7 | 13,7 | 7,0 | 9,1 | 10,3 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 0,0 | -1,7 | -1,3 | 12,9 | 7,1 | 4,2 | 5,0 | 5,2 | 5,1 | -2,2 | -0,1 | 1,8 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 0,6 | -1,8 | -0,3 | 19,3 | 13,7 | 9,9 | 16,2 | 15,9 | 15,2 | 8,3 | 10,1 | 11,8 |
4.1 Transporte terrestre | -0,7 | -0,7 | 1,0 | 16,8 | 10,9 | 8,3 | 16,1 | 15,5 | 14,7 | 7,2 | 9,0 | 10,9 |
4.2 Transporte aquaviário | -2,6 | 0,0 | 1,4 | 17,6 | 13,6 | 14,6 | 13,6 | 13,6 | 13,7 | 12,0 | 12,3 | 12,7 |
4.3 Transporte aéreo | 6,4 | -9,0 | -5,3 | 86,6 | 39,6 | 26,7 | 35,9 | 36,4 | 35,3 | 2,5 | 10,2 | 17,7 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,4 | 0,4 | -1,4 | 12,7 | 13,3 | 8,3 | 13,6 | 13,6 | 13,0 | 10,2 | 11,2 | 11,8 |
5. Outros serviços | 2,4 | -6,4 | -6,7 | 11,6 | -1,6 | -6,1 | 10,0 | 8,6 | 7,0 | 9,9 | 8,6 | 7,3 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
Serviços caem em 23 das 27 unidades da federação em outubro
Regionalmente, a maior parte (23) das 27 unidades da federação teve retração no volume de serviços em outubro de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o recuo (-1,2%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,2%), seguido por São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%). Em contrapartida, o Ceará (1,4%) registrou a principal expansão em termos regionais.
Frente a outubro de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (7,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (8,2%), seguido por Rio de Janeiro (5,5%), Minas Gerais (7,4%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Paraná (7,8%). Em sentido oposto, Mato Grosso (-1,7%) e Piauí (-2,8%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil (11,0%) se deu de forma disseminada, com expansão em todas as 27 unidades da federação. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (11,3%), seguido por Minas Gerais (15,0%), Rio de Janeiro (8,0%), Rio Grande do Sul (12,2%) e Santa Catarina (15,3%).
Atividades turísticas crescem 1,0% em outubro
Em outubro de 2021, o índice de atividades turísticas cresceu 1,0% frente a setembro, sexta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 51,2%. Contudo, o segmento de turismo ainda se encontra 19,5% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado. Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão. A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (1,1%), seguido por Minas Gerais (1,8%). Em sentido oposto, Bahia (-7,2%) e Distrito Federal (-10,1%) tiveram os resultados negativos mais importantes do mês.
Na comparação outubro de 2021 / outubro de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 26,9%, sétima taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de hotéis; transporte aéreo; restaurantes; serviços de bufê; e rodoviário coletivo de passageiros. Em termos regionais, todas as doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (20,0%), seguido por Minas Gerais (40,0%), Rio de Janeiro (21,2%), Bahia (58,3%), Pernambuco (44,0%) e Rio Grande do Sul (36,3%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 20,7%, impulsionado pelos aumentos nas receitas de empresas dos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; locação de automóveis e rodoviário coletivo de passageiros. Regionalmente, todos os doze locais investigados também registraram taxas positivas, destacando-se os ganhos vindos de São Paulo (8,4%), seguido por Rio de Janeiro (16,6%), Bahia (50,0%), Minas Gerais (27,8%) e Pernambuco (45,4%).