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IPCA foi de 0,95% em novembro

10/12/2021 09h00 | Atualizado em 12/01/2022 07h36

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,95%, 0,30 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,25% de outubro. Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015 (1,01%). No ano, o IPCA acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A variação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.

Período Taxa
Novembro de 2021 0,95%
Outubro de 2021 1,25%
Novembro de 2020 0,89%
Acumulado no ano  9,26%
Acumulado nos últimos 12 meses 10,74%

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 p.p.) vieram dos Transportes. A contribuição desse grupo, individualmente, correspondeu a cerca de 76% do índice do mês (0,72 p.p. do total de 0,95 p.p.). O segundo maior impacto (0,17 p.p.) foi da Habitação (1,03%), cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior (1,04%). Na sequência, veio Despesas pessoais (0,57%), que contribuiu com 0,06 p.p. No lado das quedas, os destaques foram Saúde e cuidados pessoais (-0,57%) e Alimentação e bebidas (-0,04%), com impactos de -0,07 p.p. e -0,01 p.p., respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Educação e o 1,03% de Artigos de residência.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 1,25 0,95 1,25 0,95
Alimentação e Bebidas 1,17 -0,04 0,24 -0,01
Habitação 1,04 1,03 0,17 0,17
Artigos de Residência 1,27 1,03 0,05 0,04
Vestuário 1,80 0,95 0,08 0,04
Transportes 2,62 3,35 0,55 0,72
Saúde e Cuidados Pessoais 0,39 -0,57 0,05 -0,07
Despesas Pessoais 0,75 0,57 0,08 0,06
Educação 0,06 0,02 0,00 0,00
Comunicação 0,54 0,09 0,03 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Os Transportes (3,35%) foram influenciados, principalmente, pela alta nos preços da gasolina (7,38%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,46 p.p.). Com o resultado de novembro, a variação acumulada do combustível nos últimos 12 meses foi de 50,78%. Além disso, houve altas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).

Ainda em Transportes, destacam-se as altas em automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%), com variações maiores que as de outubro (1,77% e 1,13%, respectivamente). Os preços das motocicletas (1,29%), por sua vez, subiram menos que no mês anterior (1,86%).

Entre as variações negativas, o destaque ficou com as passagens aéreas, que recuaram 6,12%, após as altas de 28,19% em setembro e 33,86% em outubro. No ônibus urbano (-0,05%), a queda é decorrente da redução de 12,50% nos preços das passagens em Rio Branco (-11,84%), válida desde 27 de outubro.

Em Habitação (1,03%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio mais uma vez da energia elétrica (1,24%).  Desde setembro, permanece em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. As variações entre as áreas foram desde -1,92% em Belém, onde houve redução de PIS/Cofins, até 10,96% em Goiânia, onde houve reajuste de 16,37% nas tarifas, a partir de 22 de outubro. Também houve reajustes em Brasília (8,28%), de 11,69%, em vigor desde 22 de outubro; em São Paulo (0,98%), reajuste de 16,44% em uma das concessionárias, a partir de 23 de outubro; e em Porto Alegre (-1,07%), alta de 14,70% em uma das concessionárias, a partir de 22 de novembro. A queda em Porto Alegre decorreu da redução na alíquota de PIS/Cofins.

Também no grupo Habitação, o resultado de água e esgoto (0,52%) é consequência dos reajustes de 9,86% no Rio de Janeiro (6,78%), em vigor desde 8 de novembro; de 9,00% em Vitória (0,73%), onde também mudou a metodologia de cálculo do valor da fatura, a partir de 1º de outubro; e de 9,05% em Salvador (0,28%), vigente desde 29 de novembro.

No caso do gás encanado (2,00%), a alta decorre exclusivamente do reajuste de 6,90% nas tarifas no Rio de Janeiro (6,30%), desde 1º de novembro. Destaca-se ainda a alta do gás de botijão (2,12%), que contribuiu com 0,03 p.p. no índice do mês e acumula 38,88% de variação nos últimos 12 meses.

Em Despesas pessoais (0,57%), os destaques foram hospedagem (2,57%) e pacote turístico (2,28%), que já haviam subido no mês anterior (2,25% e 3,70%, respectivamente). Além disso, houve altas em manicure (1,72%) e brinquedo (2,77%).

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (-0,57%) é consequência, em grande medida, da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%). Destacam-se, em particular, os perfumes (-10,66%), os artigos de maquiagem (-3,94%) e os produtos para pele (-3,72%). Além disso, a variação dos planos de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais. No lado das altas, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 1,13%, contribuindo com 0,04 p.p. no índice de novembro.

A variação negativa do grupo Alimentação e bebidas (-0,04%) deve-se à alimentação fora do domicílio (-0,25%), cujo resultado foi influenciado pelo subitem lanche (-3,37%). A refeição (1,10%), por sua vez, acelerou em relação ao mês anterior (0,74%).

Na alimentação no domicílio (0,04%), destacam-se as quedas mais intensas nos preços do leite longa vida (-4,83%), do arroz (-3,58%) e das carnes (-1,38%). Por outro lado, houve altas expressivas nos preços da cebola (16,34%), que havia caído em outubro (-1,31%), e do café moído (6,87%). Outros subitens, como o açúcar refinado (3,23%), o frango em pedaços (2,24%) e o queijo (1,39%) seguem em alta.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Campo Grande 1,57 1,05 1,47 10,40 12,07
Salvador 5,99 1,22 1,42 9,64 10,65
Goiânia 4,17 1,53 1,39 9,67 11,01
Curitiba 8,09 1,45 1,07 12,16 13,71
Fortaleza 3,23 0,96 1,06 10,03 11,63
Brasília 4,06 1,25 1,04 8,84 10,06
Recife 3,92 1,09 1,02 9,27 11,02
Vitória 1,86 1,53 1,01 10,69 12,26
Porto Alegre 8,61 1,14 0,96 10,07 12,10
Aracaju 1,03 1,14 0,92 9,13 10,12
Belo Horizonte 9,69 1,22 0,92 8,77 10,43
Rio de Janeiro 9,43 1,16 0,88 7,82 9,57
São Paulo 32,28 1,34 0,86 8,83 10,02
Rio Branco 0,51 0,99 0,82 10,13 11,64
São Luís 1,62 1,38 0,73 8,89 11,26
Belém 3,94 0,64 -0,03 7,08 8,70
Brasil 100,00 1,25 0,95 9,26 10,74
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

À exceção da região metropolitana de Belém (-0,03%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em novembro. A variação negativa em Belém decorre principalmente dos itens higiene pessoal (-6,51%) e energia elétrica (-1,92%). A maior alta ficou com o município de Campo Grande (1,47%), onde pesaram a gasolina (8,89%) e os automóveis novos (4,46%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de outubro a 29 de novembro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 29 de setembro a 28 de outubro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC sobe 0,84% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,84% em novembro, 0,32 p.p. abaixo do resultado de outubro (1,16%). No ano, o indicador acumula alta de 9,36% e, em 12 meses, de 10,96%, abaixo dos 11,08% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa foi de 0,95%.

Após a alta de 1,10% registrada em outubro, os produtos alimentícios tiveram variação negativa (-0,03%) em novembro. Já os não alimentícios seguiram em alta (1,11%), embora o resultado tenha ficado abaixo do observado no mês anterior (1,18%).

Todas as áreas registraram variações positivas em novembro. O menor índice foi o da região metropolitana de Belém (0,11%), por conta dos recuos em higiene pessoal (-5,89%) e energia elétrica (-1,91%). Já a maior variação foi na região metropolitana de Salvador (1,31%), impactada principalmente pela alta de 10,80% nos preços da gasolina.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Salvador 7,92 1,20 1,31 9,79 10,84
Campo Grande 1,73 1,03 1,30 10,35 12,14
Goiânia 4,43 1,42 1,20 8,76 10,27
Curitiba 7,37 1,38 1,05 12,51 14,22
Brasília 1,97 1,01 1,01 9,29 10,61
Fortaleza 5,16 1,01 0,99 10,15 11,75
Porto Alegre 7,15 0,98 0,95 10,42 12,55
Vitória 1,91 1,64 0,87 10,89 12,47
Aracaju 1,29 0,95 0,85 8,70 9,66
Recife 5,60 0,97 0,82 9,03 10,83
Belo Horizonte 10,35 1,14 0,81 8,72 10,53
Rio Branco 0,72 1,04 0,79 9,91 11,43
São Paulo 24,60 1,32 0,77 9,53 10,85
Rio de Janeiro 9,38 1,23 0,69 8,05 10,07
São Luís 3,47 1,32 0,52 8,31 10,57
Belém 6,95 0,51 0,11 6,82 8,12
Brasil 100,00 1,16 0,84 9,36 10,96
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de outubro e 29 de novembro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 29 de setembro e 28 de outubro de 2021 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.