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IBGE prevê safra de 278 milhões de toneladas para 2022, com alta de 10,0% frente a 2021

09/12/2021 09h00 | Atualizado em 12/01/2022 07h36

O segundo prognóstico da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2022 prevê uma safra recorde de 278 milhões de toneladas, com alta de 10,0% (ou mais 25,2 milhões de toneladas) em relação a 2021.

Estimativa de Novembro para 2021 252,8 milhões de toneladas
Variação safra 2021 / safra 2020 -0,5% (-1,4 milhão de toneladas)
Variação safra 2021 / 10ª estimativa 2021 0,6% (1,6 milhão de toneladas)
Estimativa de Novembro para 2022 278 milhões de toneladas
Variação 2º prog. 2022/safra 2021 10,0% (25,2 milhões de toneladas)
Variação 2º prog. 2022/1º prog 2022 2,7% (7,3 milhões de toneladas)

Já a estimativa de novembro para a safra de 2021 alcançou 252,8 milhões de toneladas, 0,5% menor que a obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas). A área a ser colhida foi de 68,4 milhões de hectares, aumento de 3,0 milhões de hectares (4,6%) frente à área colhida em 2020. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da área a ser colhida.

Em relação a 2020, houve acréscimos de 5,7% na área do milho (aumentos de 1,5% no milho 1ª safra e de 7,3% no milho 2ª safra); de 0,3% na área do arroz, de 15,5% na área do trigo e de 4,9% na área da soja, e queda de 16,0% na área do algodão.

Quanto à produção, houve altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz em casca, de 26,0% para o trigo, e quedas de 17,6% para o algodão herbáceo (em caroço) e de 14,6% para o milho (-3,6% no milho 1ª safra e -18,5% no milho 2ª safra).

Em novembro de 2021, o IBGE realizou o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2022. A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2022 deve somar 278 milhões de toneladas, crescimento de 10% em relação a 2020, ou 25,2 milhões de toneladas.

Esse aumento deve-se, principalmente, às altas previstas na produção da soja (3,4% ou 4 512 381 toneladas), milho 1ª safra (13,9% ou 3 557 979 toneladas), milho 2ª safra (28,4% ou 17 752 446 toneladas), algodão herbáceo em caroço (4,3% ou 253 505 toneladas), sorgo (12,2% ou 291 089 toneladas), feijão 1ª safra (10,7% ou 124 510 toneladas) e feijão 2ª safra (4,0% ou 40 773 toneladas). Aguarda-se declínios da produção do arroz (-4,2% ou 490 170 toneladas), feijão 3ª safra (-0,9% ou 5 210 toneladas) e trigo (-8,5% ou 666 004 toneladas).

Com relação à área prevista, apresentam variações positivas a soja em grão (2,7%), o milho em grão 1ª safra (3,3%), o milho em grão 2ª safra (4,2%), o algodão herbáceo em caroço (3,1%), o feijão 1ª safra (0,4%) e o feijão 3ª safra (1,3%), e variações negativas para o arroz em casca (-0,4%), o sorgo (-0,4%) e o trigo (-2,0%).  

Essa 2ª estimativa para a safra a ser colhida em 2022 é passível de retificações no próximo levantamento (3º Prognóstico), assim como durante os acompanhamentos da safra que serão realizados durante todo o ano de 2022. 

Safra 2021 deve chegar a 252,8 milhões de toneladas, com queda de 0,5%

A estimativa de novembro para a safra de 2021 alcançou 252,8 milhões de toneladas, 0,5% menor que a de 2020 (254,1 milhões de toneladas), declínio de 1,4 milhão de toneladas.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 134,3 milhões de toneladas. Para o milho, a estimativa foi de 88,1 milhões de toneladas (25,6 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 62,5 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A estimativa para o arroz foi de 11,6 milhões de toneladas; a do trigo,7,8 milhões de toneladas e, a do algodão (em caroço), 5,8 milhões de toneladas.


Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola-nov/2020.

Em relação ao mês anterior, houve aumentos nas estimativas da produção da batata 2ª safra (4,0% ou 48 024 t), do milho 2ª safra (2,6% ou 1 588 272 t), da aveia (2,4% ou 23 987 t), do sorgo (1,3% ou 31 821 t), do feijão 3ª safra (0,3% ou 1 523 t), da soja (0,1% ou 167 861 t), da batata 1ª safra (0,1% ou 2 179 t) e do trigo (0,0% ou 655 t). 

Por outro lado, ocorreram declínios da cevada (-2,2% ou 9 760 t), do feijão 2ª safra (-1,3% ou 13 007 t), da batata 3ª safra (-1,0% ou 8 888 t), do milho 1ª safra (-0,8% ou 215 755 t) e do feijão 1ª safra (-0,6% ou 7 408 t).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,3%, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,9%), Paraná (13,1%), Goiás (10,0%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 79,8% do total nacional. Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,1%), Sul (30,4%), Sudeste (9,9%), Nordeste (9,1%) e Norte (4,5%).

As variações positivas nas estimativas da produção, ante o mês anterior, foram em Goiás (2 122 006 t), Rondônia (64 688 t), Bahia (35 000 t), Pará (13 907 t), Piauí (12 083 t), Maranhão (578 t), Espírito Santo (402 t) e Rio Grande do Norte (333 t). As quedas ocorreram no Mato Grosso do Sul (-314 437 t), Santa Catarina (-112 969 t), Mato Grosso (-92 511 t), Paraná (-51 500 t), Minas Gerais (-49 780 t), Paraíba (-17 833 t), Sergipe (-4 198 t), Ceará (-572 t) e Rio de Janeiro (-150 t).