No 3º trimestre de 2021, abate de suínos é o maior desde 1997
08/12/2021 09h00 | Atualizado em 12/01/2022 07h36
Foram abatidos 13,72 milhões de cabeças de suínos no 3º trimestre de 2021, um recorde da série histórica iniciada em 1997. Houve alta de 7,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020 e de 4,5% ante o 2° trimestre de 2021.
No 3º trimestre de 2021 foram abatidos 6,94 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 10,7% inferior à do 3° trimestre de 2020 e 2% abaixo que a do 2º trimestre de 2021. Este foi o patamar mais baixo para um 3º tri desde 2004.
No 3º trimestre de 2021, foram abatidos 1,54 bilhão de cabeças de frangos, alta de 1,2% ante o 3º trimestre de 2020 e de 0,7% em relação ao 2° trimestre de 2021. Foi o melhor 3º trimestre na série histórica, iniciada em 1997, e o melhor resultado para o mês de setembro.
A aquisição de leite cru no 3º trimestre de 2021 foi de 6,19 bilhões de litros, queda de 4,9% em relação ao 3° trimestre de 2020, e aumento de 6,1% ante o trimestre imediatamente anterior.
No 3º trimestre de 2021 a produção de ovos de galinha chegou a 1,0 bilhão de dúzias, queda de 1,8% em relação ao 3º trimestre de 2020 e alta de 1,5% frente ao trimestre imediatamente anterior. Foi a segunda maior produção da série histórica desse indicador, iniciada em 1987.
Abate de bovinos atinge o menor patamar para o 3º tri desde 2004
No 3º trimestre de 2021, foram abatidos 6,94 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, queda de 10,7% ante o 3° trimestre de 2020, e de 2% frente ao 2º trimestre. Foi o resultado mais baixo para um segundo trimestre desde 2004. O mês de melhor desempenho no trimestre foi agosto, (2,52 milhões de cabeças) e setembro foi o de menor atividade (1,91 milhão de cabeças).
O resultado mantém a tendência de retenção de fêmeas observada desde o início de 2020: o total de fêmeas abatidas foi de 2,29 milhões. O volume de carne bovina in natura destinada ao exterior foi o mais elevado para um trimestre, considerando a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/ME), com recordes para os meses de agosto e setembro, 181,6 mil toneladas e 187,0 mil toneladas, respectivamente.
O abate de 829,71 mil cabeças de bovinos a menos no 3º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi ocasionado por reduções em 21 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em: Mato Grosso (-279,94 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-218,62 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-131,21 mil cabeças), Rondônia (-83,84 mil cabeças), Paraná (-78,61 mil cabeças), São Paulo (-49,01 mil cabeças) e Santa Catarina (-31,23 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores altas ocorreram em: Goiás (+38,15 mil cabeças), Tocantins (+37,15 mil cabeças) e Minas Gerais (+19,08 mil cabeças).
No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,4% da participação nacional, seguido por São Paulo (10,9%), e Goiás (10,8%). Mato Grosso do Sul, segundo colocado no 3º trimestre de 2020, caiu para a quarta posição, após a queda de 24,4% no número de cabeças abatidas em comparação com o contabilizado período desta Pesquisa.
Abate de suínos bate recorde na série histórica
No 3º trimestre de 2021, foram abatidas 13,72 milhões de cabeças de suínos, alta de 7,8% ante ao mesmo período de 2020 e de 4,5% frente ao 2° trimestre de 2021. No índice mensal, foram registrados os melhores resultados para os meses de julho, agosto e setembro, propiciando um recorde de abate de suínos na série histórica iniciada em 1997. O resultado trimestral das exportações de carne suína in natura apurado pela Secex, que computou recorde mensal das exportações em setembro, colaborou para o desempenho do abate.
O abate de 988,18 mil cabeças de suínos a mais no 3º trimestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 UFs. Entre os estados com participação acima de 1,0%, houve altas em: Rio Grande do Sul (+284,50 mil cabeças), Santa Catarina (+216,01 mil cabeças), Paraná (+195,99 mil cabeças), Minas Gerais (+167,42 mil cabeças), São Paulo (+59,98 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+44,56 mil cabeças) e Mato Grosso (+210 cabeças). A principal queda ocorreu em Goiás (-28,84 mil cabeças). No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,7% da participação nacional, seguido por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,7%).
Abate de frangos atinge patamar recorde para 3º trimestre
No 3º trimestre de 2021, foram abatidas 1,54 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2020 e de 0,7% na comparação com o 2° trimestre de 2021. Foi o melhor 3º trimestre na série histórica, iniciada em 1997 e o melhor resultado para mês de setembro. O desempenho das exportações de carne de frango in natura influenciou positivamente o resultado, já que alcançaram o melhor desempenho desde o 3° trimestre de 2018 quando atingiram o recorde de exportações que permanece até hoje. Ainda assim, o mercado interno foi o que mais absorveu o crescimento da produção.
O abate de 18,82 milhões de cabeças de frangos a mais no 3º trimestre de 2021, ante o 3º trimestre de 2020, foi determinado pelo aumento no abate em 16 das 25 UFs que participaram da Pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+17,91 milhões de cabeças), Goiás (+8,08 milhões de cabeças), Santa Catarina (+7,90 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+2,45 milhões de cabeças), Pernambuco (+1,18 milhão de cabeças), Bahia (+827,80 mil cabeças) e São Paulo (+749,89 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreu queda mais expressiva em: Mato Grosso (-10,33 milhão de cabeças), Rio Grande do Sul (-10,11 milhões de cabeças) e Minas Gerais (-2,12 milhões de cabeças).
No ranking das UFs, Paraná ainda lidera o abate de frangos, com 33,7% da participação nacional, seguido novamente por Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande Sul (13,1%).
Aquisição de leite cai na comparação anual, mas cresce no trimestre
No 3º trimestre de 2021, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária federal, estadual ou municipal foi de 6,19 bilhões de litros, queda de 4,9% em relação ao 3° trimestre de 2020, e alta de 6,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Cabe destacar que o setor tem comportamento cíclico, em que os 3° trimestres regularmente apresentam uma recuperação em relação ao trimestre anterior.
O resultado representa a menor captação para um 3º trimestre desde 2016. O mês de maior captação foi agosto, com 2,08 bilhão de litros, 5,2% abaixo do mesmo mês do ano anterior, e julho foi o mês de menor atividade com 2,04 bilhão de litros, 5,0% a menos na mesma comparação. A alta dos insumos, aliado à dificuldade de repassar os custos por conta da demanda enfraquecida afetou o setor no trimestre. Além disso, adversidades climáticas comprometeram a oferta do produto.
Ante o mesmo trimestre de 2020, o decréscimo de 322,43 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de UF, as quedas mais significativas ocorreram em Minas Gerais (-178,86 milhões de litros), Paraná (-51,97 milhões de litros), São Paulo (-48,10 milhões de litros), Goiás (-34,39 milhões de litros), e Rondônia (-21,47 milhões de litros).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,4% da captação nacional, seguida pelo Rio Grande do Sul (15,1%) e Paraná (14,6%).
Aquisição de couro cai nas duas comparações
No 3º trimestre de 2021, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro receberam 7,37 milhões de peças de couro, queda de 10,4% em relação ao adquirido no 3° trimestre de 2020 e de 2,2% frente ao 2° trimestre de 2021. Esse cenário foi influenciado pela redução do abate de bovinos, sobretudo em setembro, quando foram contabilizadas 2,06 milhões de peças adquiridas, 23,5% abaixo do mesmo mês do ano anterior.
O comparativo entre os 3os trimestres de 2020 e 2021 indica uma variação negativa de 854,38 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos, proveniente de reduções em 11 das 19 UFs que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da Pesquisa. As variações negativas mais expressivas, em UF com mais de 5,0% de participação na aquisição de couro, ocorreram em Rondônia (-193,33 mil peças), Mato Grosso (-189,29 mil peças), Mato Grosso do Sul (-173,62 mil peças), Rio Grande do Sul (-168,28 mil peças), Paraná (-130,44 mil peças) e São Paulo (-31,49 mil peças). Em contrapartida, houve aumento da aquisição no Pará (+29,44 mil peças).
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,7% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (12,5%) e São Paulo (11,9%).
Produção de ovos de galinha cai no ano, mas é a segunda maior para um 3º trimestre
A produção de ovos de galinha alcançou a marca de 1,0 bilhão de dúzias no 3º trimestre de 2021, queda de 1,8% em relação ao apurado no 3º trimestre de 2020 e alta de 1,5% em relação à produção do trimestre imediatamente anterior. O resultado representa a segunda maior produção tanto para um terceiro trimestre quanto para a série histórica da Pesquisa iniciada em 1987. Assim como em 2020, em 2021 o mês de maior produção do trimestre foi agosto com 337,05 milhões de dúzias, 5ª maior produção mensal registrada, 1,3% menor que a produção do mesmo mês do ano anterior, recorde da série histórica. Setembro foi o período de menor produção, com 329,63 milhões de dúzias, 2,3% abaixo do mês equivalente de 2020.
Em nível nacional, comparando o 3º trimestre com igual período de 2020, a diferença de produção de 18,00 milhões de dúzias de ovos se deve a quedas 16 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da Pesquisa. Quantitativamente, as maiores reduções ocorreram em São Paulo (-12,99 milhões de dúzias), Minas Gerais (-5,66 milhões de dúzias), Goiás (-4,24 milhões de dúzias e Espírito Santo (-3,53 milhões de dúzias). Já os acréscimos mais expressivos de produção foram observados em Ceará (+4,90 milhões de dúzias), Mato Grosso do Sul (+3,33 milhões de dúzias) e Bahia (+2,88 milhões de dúzias) – os três já haviam se destacado com aumentos entre os anos na publicação anterior, referente ao 2º trimestre.
Responsável por 28,2% da produção nacional no 3º trimestre de 2021, o estado de São Paulo continua como maior produtor de ovos. Mesmo com a queda de 4,4% entre 2020 e 2021, apresentou aumento de 4,2% se comparado com trimestre imediatamente anterior. Em seguida vieram Paraná, responsável por 9,2% da produção nacional, Espírito Santo, com 8,7% e Minas Gerais, com 8,5%.