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IPCA sobe 1,25% em outubro

10/11/2021 09h00 | Atualizado em 10/12/2021 10h11

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 1,25%, 0,09 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (1,16%). Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%). No ano, o IPCA acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a variação mensal foi de 0,86%.

Período Taxa
Outubro de 2021 1,25%
Setembro de 2021 1,16%
Outubro de 2020 0,86%
Acumulado no ano 8,24%
Acumulado nos últimos 12 meses 10,67%

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. O maior impacto (0,55 p.p.) e a maior variação (2,62%) vieram dos Transportes, que aceleraram em relação a setembro (1,82%). A segunda maior contribuição (0,24 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,17%), enquanto a segunda maior variação veio do grupo Vestuário (1,80%). Destacam-se ainda os resultados de Habitação, com alta de 1,04% e 0,17 p.p. de impacto, e Artigos de residência, que variou 1,27%, contribuindo com 0,05 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,75% de Despesas pessoais.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral 1,16 1,25 1,16 1,25
Alimentação e Bebidas 1,02 1,17 0,21 0,24
Habitação 2,56 1,04 0,41 0,17
Artigos de Residência 0,90 1,27 0,04 0,05
Vestuário 0,31 1,80 0,01 0,08
Transportes 1,82 2,62 0,38 0,55
Saúde e Cuidados Pessoais 0,39 0,39 0,05 0,05
Despesas Pessoais 0,56 0,75 0,06 0,08
Educação -0,01 0,06 0,00 0,00
Comunicação 0,07 0,54 0,00 0,03
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A alta nos Transportes (2,62%) decorre, principalmente, dos preços dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,19 p.p.). Foi a sexta elevação consecutiva nos preços desse combustível, que acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72% nos últimos 12 meses. Além disso, os preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%) também subiram.

Ainda nos Transportes, os preços das passagens aéreas subiram 33,86% em outubro, frente a setembro. Houve alta em todas as regiões pesquisadas: desde 8,10% em Rio Branco até 47,52% em Recife. Outro destaque foi o Transporte por aplicativo (19,85%), cujos preços já haviam subido 9,18% em setembro. Os preços dos automóveis novos (1,77%) e usados (1,13%) também seguem em alta e acumulam, em 12 meses, variações de 12,77% e 14,71%, respectivamente. Por fim, cabe mencionar a redução de 12,50% no preço das passagens de ônibus urbano em Rio Branco (-0,75%), válida desde 27 de outubro.

No grupo Alimentação e bebidas (1,17%), a alta de 1,32% na alimentação no domicílio deve-se, especialmente, ao tomate (26,01%) e à batata-inglesa (16,01%), que contribuíram com impactos de 0,07 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente. Outras contribuições importantes no grupo vieram do café moído (4,57%), do frango em pedaços (4,34%), do queijo (3,06%) e do frango inteiro (2,80%). No lado das quedas, houve recuo nos preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,31%), que havia apresentado variação negativa no mês anterior (-0,35%). A refeição (0,74%), por sua vez, desacelerou frente ao resultado de setembro (0,94%).

Em Vestuário (1,80%), foram observadas altas em todos os itens pesquisados, com destaque para as roupas femininas (2,26%) e roupas infantis (2,01%). Além disso, as variações das roupas masculinas (1,70%) e dos calçados e acessórios (1,44%) foram superiores às do mês anterior (quando variaram 0,73% e 0,25%, respectivamente).

A alta do grupo Habitação (1,04%) foi influenciada mais uma vez pela energia elétrica (1,16%), embora a variação do item tenha sido menor que a de setembro (6,47%). Em outubro, foi mantida a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

Houve também reajustes tarifários em Goiânia (5,34%), com alta de 16,37%, a partir de 22 de outubro; em São Paulo (1,94%), com 16,44% em uma das concessionárias, vigente desde 23 de outubro; e em Brasília (-1,68%), com alta de 11,69%, em vigor desde 22 de outubro. Em Brasília, houve variação negativa apesar do reajuste por conta da diminuição na cobrança de PIS/COFINS, que também ocorreu em outras regiões. Em Campo Grande (-2,46%), o resultado é consequência da redução na alíquota de ICMS, aplicada desde 1º de outubro.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Vitória 1,86 1,24 1,53 9,58 12,22
Goiânia 4,17 0,81 1,53 8,17 11,03
Curitiba 8,09 1,54 1,45 10,97 13,48
São Luís 1,62 1,01 1,38 8,10 11,58
São Paulo 32,28 1,01 1,34 7,90 10,22
Brasília 4,06 0,79 1,25 7,72 9,30
Salvador 5,99 1,11 1,22 8,11 10,38
Belo Horizonte 9,69 1,34 1,22 7,77 10,46
Rio de Janeiro 9,43 1,22 1,16 6,88 9,36
Aracaju 1,03 1,19 1,14 8,14 9,58
Porto Alegre 8,61 1,53 1,14 9,02 11,92
Recife 3,92 1,10 1,09 8,17 10,29
Campo Grande 1,57 1,25 1,05 8,80 11,41
Rio Branco 0,51 1,56 0,99 9,23 11,94
Fortaleza 3,23 1,22 0,96 8,87 11,34
Belém 3,94 1,04 0,64 7,12 9,27
Brasil 100,00 1,16 1,25 8,24 10,67
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Ainda em Habitação, destaca-se o gás de botijão (3,67%), em sua 17ª alta consecutiva, acumulando elevação de 44,77% desde junho de 2020. Já a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,22%) é consequência do reajuste de 9% nas tarifas em Vitória (11,33%), onde também houve mudança na metodologia de cálculo do valor da fatura. O novo valor passou a ser cobrado a partir de 1º de outubro.

No grupo Artigos de residência (1,27%), as principais altas vieram dos itens mobiliário (1,89%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,54%). Além disso, os preços dos artigos de TV, som e informática (0,99%) subiram pelo 9º mês seguido e contribuíram com 0,01 p.p. para o resultado do mês.

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em outubro. Os maiores índices foram os da região metropolitana de Vitória e do município de Goiânia, ambos com 1,53%. Em Vitória, o resultado foi influenciado pelas altas da taxa de água e esgoto (11,33%) e da energia elétrica (3,35%). Já em Goiânia, além da energia elétrica (5,34%), pesou também a alta na gasolina (4,24%). A menor variação ocorreu na região metropolitana de Belém (0,64%), onde houve queda nos preços do açaí (-8,77%) e da energia elétrica (-1,23%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 28 de outubro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, em 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como sites de internet, telefone ou e-mail. A partir do início de julho de 2021, o IBGE iniciou a retomada gradual da coleta presencial de preços em alguns estabelecimentos, conforme descrito na Portaria nº 207/2021 da Presidência do IBGE.

INPC sobe 1,16% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de outubro subiu 1,16%, 0,04 p.p. abaixo do resultado de setembro (1,20%). Esse é o maior resultado para um mês de outubro desde 2002, quando o índice foi de 1,57%. No ano, o indicador acumula alta de 8,45% e, em 12 meses, de 11,08%, acima dos 10,78% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,89%.

Os produtos alimentícios subiram 1,10% em outubro, ficando acima da variação observada em setembro (0,94%). Já os não alimentícios tiveram alta de 1,18%, enquanto, em setembro, haviam registrado 1,28%.

Todas as áreas registraram variação positiva em outubro. O menor índice foi o da região metropolitana de Belém (0,51%), onde pesaram as quedas nos preços do açaí (-8,77%) e da energia elétrica (-1,22%). Já a maior variação foi a da região metropolitana de Vitória (1,64%), cujo resultado foi impactado, principalmente, pela taxa de água e esgoto (13,68%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Vitória 1,91 1,28 1,64 9,93 12,81
Goiânia 4,43 0,79 1,42 7,47 10,49
Curitiba 7,37 1,65 1,38 11,34 14,13
São Luís 3,47 0,98 1,32 7,74 11,12
São Paulo 24,60 1,10 1,32 8,69 11,32
Rio de Janeiro 9,38 1,35 1,23 7,31 10,19
Salvador 7,92 1,13 1,20 8,37 10,67
Belo Horizonte 10,35 1,39 1,14 7,84 10,73
Rio Branco 0,72 1,35 1,04 9,05 11,77
Campo Grande 1,73 1,31 1,03 8,93 11,75
Fortaleza 5,16 1,24 1,01 9,07 11,67
Brasília 1,97 0,90 1,01 8,19 10,05
Porto Alegre 7,15 1,48 0,98 9,38 12,40
Recife 5,60 1,00 0,97 8,14 10,39
Aracaju 1,29 1,03 0,95 7,78 9,21
Belém 6,95 0,95 0,51 6,70 8,39
Brasil 100,00 1,20 1,16 8,45 11,08
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços