No 2º trimestre de 2021, abate de suínos é o maior desde 1997
10/09/2021 09h00 | Atualizado em 10/09/2021 11h20
Foram abatidos 13,04 milhões de cabeças de suínos no 2º trimestre de 2021, um recorde da série histórica iniciada em 1997. Houve alta de 7,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020 e de 2,9% ante o 1° trimestre de 2021.
No 2º trimestre de 2021 foram abatidos 7,08 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 4,4% inferior à do 2° trimestre de 2020 e 7,4% maior que a do 1º trimestre de 2021. Este foi o patamar mais baixo para um 2º tri desde 2011.
No 2º trimestre de 2021, foram abatidos 1,52 bilhão de cabeças de frangos, crescimento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2020 e queda de 3,0% na comparação com o 1° trimestre de 2021. Foi o melhor 2º trimestre na série histórica desde que a pesquisa foi iniciada em 1997.
A aquisição de leite cru no 2º trimestre de 2021 foi de 5,82 bilhões de litros, queda de 1,0% em relação ao 2° trimestre de 2020 e redução de 11,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
No 2º trimestre de 2021 a produção de ovos de galinha chegou a 985,70 milhões de dúzias, alta de 0,9% em relação ao 2º trimestre de 2020 e de 0,5% frente ao trimestre imediatamente anterior. Foi a maior produção para um 2º trimestre e a 4ª maior produção da série histórica da pesquisa, iniciada em 1987.
Abate de bovinos atinge o menor patamar para o 2º tri desde 2011
No 2º trimestre de 2021, foram abatidos 7,08 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, o que representa queda de 4,4% ante o 2° trimestre de 2020, porém uma alta de 7,4% frente ao trimestre imediatamente anterior. Foi o resultado mais baixo para um segundo trimestre desde 2011. O mês de menor atividade no trimestre foi abril, (2,24 milhões de cabeças) enquanto junho apresentou o melhor desempenho (2,44 milhões).
O resultado mantém a tendência de retenção de fêmeas observada desde o início de 2020: o total de fêmeas abatidas foi de 2,59 milhões, o menor para um 2º trimestre desde 2003. Ao mesmo tempo, os preços médios da arroba bovina e do bezerro mantiveram-se em patamares elevados e o volume de carne bovina in natura exportada foi o segundo maior obtido em um 2º trimestre, considerando a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/ME), com recorde para o mês de abril (125,50 mil toneladas).
O abate de 328,33 mil cabeças de bovinos a menos no 2º trimestre de 2021 frente ao mesmo período de 2020 foi ocasionado por reduções em 21 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em: Mato Grosso do Sul (-85,44 mil cabeças), Mato Grosso (-74,40 mil), Paraná (-67,66 mil), Rio Grande do Sul (-63,15 mil), São Paulo (-56,88 mil), Minas Gerais (-20,50 mil), Rondônia (-18,02 mil) e Bahia (-17,53 mil). Em contrapartida, as maiores variações positivas ocorreram em: Goiás (+81,40 mil), Pará (+77,26 mil), Tocantins (+4,51 mil) e Acre (+2,3 mil).
No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,7% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,3%) e Goiás (11,0%), que assumiu a posição anteriormente ocupada por São Paulo (10,2%) no trimestre equivalente de 2020.
Abate de suínos bate recorde na série histórica
No 2º trimestre de 2021, foram abatidas 13,04 milhões de cabeças de suínos, com alta de 7,6% ante ao mesmo período de 2020 e de 2,9% frente ao 1° trimestre de 2021. No índice mensal, foram registrados os melhores resultados para os meses de abril, maio e junho, propiciando um recorde de abate de suínos na série histórica, iniciada em 1997. O resultado recorde das exportações de carne suína in natura, com o pico em junho, ajudou nesse cenário.
O abate de 923,56 mil cabeças de suínos a mais em relação ao mesmo período de 2020, foi impulsionado por altas em 18 das 25 Unidades da Federação. Entre os estados com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Rio Grande do Sul (+273,47 mil), Santa Catarina (+222,13 mil), Paraná (+156,58 mil), Mato Grosso do Sul (+86,97 mil), Goiás (+73,00 mil), Minas Gerais (+69,47 mil), São Paulo (+19,96 mil) e Mato Grosso (1,19 mil).
No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,5% da participação nacional, seguido por Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
Abate de frangos atinge patamar recorde para 2º trimestre
No 2º trimestre de 2021, foram abatidas 1,52 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2020 e queda de 3,0% na comparação com o 1° trimestre de 2021. Esse resultado significou o melhor 2º trimestre na série histórica, iniciada em 1997. Entre os meses, destaque para maio, com 519,54 milhões de cabeças abatidas. O desempenho das exportações de carne de frango influenciou positivamente o resultado, já que alcançaram o melhor patamar desde o terceiro trimestre de 2018.
O abate de 110,47 milhões de cabeças de frangos a mais em relação a igual período de 2020, foi determinado pelo aumento no abate em 21 das 25 Unidades da Federação. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+31,60 milhões), Goiás (+25,68 milhões), Rio Grande do Sul (+20,56 milhões), São Paulo (+6,90 milhões), Santa Catarina (+5,78 milhões), Minas Gerais (+4,81 milhões), Mato Grosso do Sul (+3,89 milhões), Bahia (+3,31 milhões), Pernambuco (+1,84 milhão) e Pará (+1,71 milhão). Em contrapartida, a queda mais expressiva ocorreu em Mato Grosso (-1,74 milhão de cabeças).No ranking das UFs, Paraná ainda lidera amplamente o abate de frangos, com 33,7% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (13,2%) e Santa Catarina (13,2%).
Aquisição de leite cai nas duas comparações
No 2º trimestre de 2021, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária federal, estadual ou municipal foi de 5,82 bilhões de litros, uma queda de 1,0% em relação ao 2° trimestre de 2020, e redução de 11,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Cabe destacar que o setor tem comportamento cíclico, em que os 2° trimestres regularmente apresentam a menor produção anual, fato ocasionado pelo período de entressafra nas principais bacias leiteiras do país.
O resultado representa a 3ª maior captação de leite em um 2° trimestre, abaixo dos resultados de 2020 (5,87 bilhões de litros) e 2019 (5,86 bilhões). O mês de maior captação foi maio (1,95 bilhão de litros) enquanto junho teve a menor atividade (1,92 bilhão). Ao longo do trimestre, o segmento foi impactado pelo aumento dos custos de produção e pela demanda enfraquecida.
Ante o mesmo trimestre de 2020, a queda de 59,47 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As quedas mais significativas ocorreram em Minas Gerais (-51,97 milhões), São Paulo (-33,46 milhões), Rondônia (-33,32 milhões), Mato Grosso (-10,43 milhões) e Rio de Janeiro (-7,91 milhões). Já os acréscimos mais relevantes ocorreram no Paraná (+46,32 milhões), Rio Grande do Sul (+19,96 milhões) e Bahia (+12,27 milhões).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,7% da captação nacional, seguida por Paraná (13,9%) e Rio Grande do Sul (12,8%).
Aquisição de couro aumenta, mas nível ainda está próximo ao de 2003
No 2º trimestre de 2021, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro receberam 7,51 milhões de peças de couro, aumento de 2,6% em relação ao adquirido no 2° trimestre de 2020 e aumento de 6,2% na comparação com o 1° trimestre de 2021.
Apesar do crescimento, a aquisição ainda está próxima aos níveis observados nos resultados trimestrais obtidos em 2003, por conta da redução de bovinos disponíveis para o abate no período. Cabe destacar que os curtumes investigados pela pesquisa são aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
O comparativo entre os 2ºs trimestres de 2020 e 2021 indica uma variação positiva de 191,79 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos, proveniente de aumentos em nove das 19 Unidades da Federação participantes da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em Unidades da Federação com mais de 5,0% de participação na aquisição de couro, ocorreram no Paraná (+109,83 mil peças), Rio Grande do Sul (+97,98 mil), Pará (+52,13 mil) e Mato Grosso (+42,07 mil). Em contrapartida, as variações negativas mais significativas foram registradas em Rondônia (-154,98 mil), Goiás (-25,55 mil) e São Paulo (-17,41 mil).
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,3% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,5%) e Paraná (11,6%), que passou a figurar na posição anteriormente ocupada por São Paulo (10,7%).
Produção de ovos de galinha aumenta e bate o recorde para um 2º trimestre
A produção de ovos de galinha alcançou a marca de 985,70 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2021, aumento de 0,9% em relação ao apurado no 2º trimestre de 2020 e de 0,5% em relação à produção do trimestre imediatamente anterior. O resultado representa a maior produção já registrada em um 2º trimestre e a quarta maior produção da série histórica da pesquisa, iniciada em 1987. O mês de maior produção do trimestre foi maio (332,97 milhões de dúzias), enquanto junho foi o período de menor produção (321,79 milhões).
Em nível nacional, foi uma produção 8,41 milhões de dúzias de ovos a mais, quando se comparam os 2ºs trimestres de 2021 e 2020, resultante de aumentos em 14 das 26 UFs do universo da pesquisa. Quantitativamente, os maiores acréscimos ocorreram em Minas Gerais (+5,22 milhões), Ceará (+4,72 milhões), Mato Grosso do Sul (+4,24 milhões) e Bahia (+4,14 milhões). A maior queda entre 2ºs trimestres dos dois anos foi observada em São Paulo (-10,90 milhões), entretanto, se comparados ao trimestre imediatamente anterior, a sua produção, na realidade, se manteve estável.
Responsável por 27,5% da produção nacional no segundo trimestre de 2021, o Estado de São Paulo continua como maior produtor de ovos, seguido pelo Espírito Santo, com 9,1% da produção nacional, que na publicação anterior figurava como 3º maior produtor, Paraná (9,0%) e Minas Gerais (8,9%).