Em julho, indústria recua em sete dos 15 locais pesquisados
09/09/2021 09h00 | Atualizado em 09/09/2021 11h11
Com a queda de 1,3% da indústria nacional de junho para julho de 2021, na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas negativas, com destaque para o Amazonas (-14,4%). São Paulo (-2,9%), Minas Gerais (-2,6%), Pará (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.
Já a Bahia (6,7%) apontou a maior alta nesse mês. Espírito Santo (3,7%), Região Nordeste (3,4%), Paraná (3,3%), Pernambuco (2,5%), Ceará (1,5%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos.
Frente a julho de 2020, sete dos 15 locais pesquisados mostraram resultados positivos. Já na média móvel trimestral, houve recuo em seis dos 15 locais pesquisados.
O acumulado no ano foi positivo em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (23,1%), Ceará (20,9%) e Amazonas (20,8%). Já o acumulado dos últimos 12 meses teve 12 dos 15 locais pesquisados com taxas positivas.
Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Julho de 2021 | ||||
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Locais | Variação (%) | |||
Julho 2021/ Junho 2021* | Julho 2021/ Julho 2020 | Acumulado Janeiro-Julho | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -14,4 | -8,1 | 20,8 | 14,9 |
Pará | -2,0 | -10,9 | -0,5 | 0,7 |
Região Nordeste | 3,4 | -9,6 | -1,4 | 0,6 |
Ceará | 1,5 | -3,2 | 20,9 | 14,6 |
Pernambuco | 2,5 | -8,6 | 5,9 | 7,1 |
Bahia | 6,7 | -12,2 | -14,9 | -9,3 |
Minas Gerais | -2,6 | 8,6 | 17,2 | 11,8 |
Espírito Santo | 3,7 | 9,4 | 11,0 | 2,6 |
Rio de Janeiro | -1,4 | 2,8 | 3,9 | 1,0 |
São Paulo | -2,9 | 1,3 | 14,7 | 9,2 |
Paraná | 3,3 | 8,2 | 16,2 | 11,5 |
Santa Catarina | -1,5 | 7,8 | 23,1 | 16,3 |
Rio Grande do Sul | -1,7 | 2,4 | 17,8 | 12,9 |
Mato Grosso | 1,1 | -3,1 | -5,0 | -6,9 |
Goiás | 0,8 | -3,0 | -3,8 | -2,4 |
Brasil | -1,3 | 1,2 | 11,0 | 7,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *Série com Ajuste Sazonal |
Na série com ajuste sazonal, sete dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para a perda de dois dígitos no Amazonas (-14,4%), que eliminou parte do crescimento de 18,6% acumulado no período março-junho de 2021. São Paulo (-2,9%), Minas Gerais (-2,6%), Pará (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.
Por outro lado, a Bahia (6,7%) teve a maior alta em julho, após avançar 13,0% em junho último, quando interrompeu seis meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 34,8%. Espírito Santo (3,7%), Região Nordeste (3,4%), Paraná (3,3%), Pernambuco (2,5%), Ceará (1,5%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos em julho de 2021.
A média móvel trimestral teve variação negativa (0,1%) no trimestre encerrado em julho de 2021 frente ao nível do mês anterior. Seis dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Pará (-3,4%), Amazonas (-2,5%), Paraná (-1,8%) e Santa Catarina (-1,0%).
Por outro lado, Bahia (6,1%), Ceará (3,6%), Região Nordeste (2,6%), Espírito Santo (1,3%), Goiás (1,1%) e Rio de Janeiro (1,0%) registraram os principais avanços em julho de 2021.
Na comparação com julho de 2020, o setor industrial nacional cresceu 1,2% em julho de 2021, com sete dos quinze locais pesquisados apontando taxas positivas. Nesse mês, Espírito Santo (9,4%), Minas Gerais (8,6%), Paraná (8,2%) e Santa Catarina (7,8%) assinalaram as expansões mais intensas. Rio de Janeiro (2,8%), Rio Grande do Sul (2,4%) e São Paulo (1,3%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Bahia (-12,2%), Pará (-10,9%) e Região Nordeste (-9,6%) apontaram os recuos mais intensos em julho de 2021. Pernambuco (-8,6%), Amazonas (-8,1%), Ceará (-3,2%), Mato Grosso (-3,1%) e Goiás (-3,0%) também mostraram taxas negativas no mês.
Nesta comparação, vale citar que julho de 2021 (22 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23). Cabe ressaltar ainda que, nesse mês, verifica-se resultados positivos elevados, influenciados, em grande parte, pela baixa base de comparação, já que no mesmo mês do ano anterior, o setor industrial foi pressionado pelo aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.
No acumulado do ano de 2021 (janeiro-julho), frente a igual período do ano anterior, a expansão verificada na produção nacional (11,0%) alcançou dez dos quinze locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (23,1%), Ceará (20,9%) e Amazonas (20,8%). Rio Grande do Sul (17,8%), Minas Gerais (17,2%), Paraná (16,2%) e São Paulo (14,7%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (11,0%), enquanto Espírito Santo (11,0%), Pernambuco (5,9%) e Rio de Janeiro (3,9%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Bahia (-14,9%) apontou o recuo mais intenso no índice acumulado do ano. Mato Grosso (-5,0%), Goiás (-3,8%), Região Nordeste (-1,4%) e Pará (-0,5%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-julho de 2021.
O acumulado dos últimos 12 meses, ao avançar 7,0% em julho de 2021, intensificou o crescimento observado em junho último (6,6%) e permaneceu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020 (-5,7%). Em termos regionais, 12 dos 15 locais pesquisados registraram taxas positivas em julho de 2021 e oito apontaram maior dinamismo frente aos índices de junho último.
Espírito Santo (de 0,6% para 2,6%), Paraná (de 9,8% para 11,5%), Santa Catarina (de 15,0% para 16,3%), Rio Grande do Sul (de 11,9% para 12,9%), Minas Gerais (de 11,0% para 11,8%) e São Paulo (de 8,7% para 9,2%) mostraram os principais ganhos entre junho e julho de 2021, enquanto Pernambuco (de 9,3% para 7,1%), Amazonas (de 16,4% para 14,9%), Goiás (de -1,5% para -2,4%), Região Nordeste (de 1,4% para 0,6%) e Ceará (de 15,2% para 14,6%) assinalaram as perdas mais elevadas entre os dois períodos.