Indústria recua em dez dos 15 locais pesquisados em junho
11/08/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36
Com variação nula (0,0%) da indústria nacional de maio para junho de 2021, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas ocorreram no Paraná (-5,7%) e no Pará (-5,7%). Já os maiores avanços foram na Bahia (10,5%) e na Região Nordeste (6,4%).
Frente a junho de 2020, dez dos 15 locais pesquisados mostraram resultados positivos.
A média móvel trimestral recuou em oito dos quinze locais pesquisados e as quedas mais acentuadas foram: Paraná (-3,5%), Bahia (-3,1%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%) e Pernambuco (-1,2%).
O acumulado no ano (janeiro-junho) foi positivo em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (26,8%), Amazonas (26,6%) e Santa Catarina (26,1%.)
Já o acumulado dos últimos 12 meses teve 12 dos 15 locais pesquisados com taxas positivas.
Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Junho de 2021 |
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Locais | Variação (%) | |||
Junho 2021/ Maio 2021* |
Junho 2021/ Junho 2020 |
Acumulado Janeiro-Junho |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
|
Amazonas | 4,4 | 24,0 | 26,6 | 16,1 |
Pará | -5,7 | -8,0 | 1,7 | 1,1 |
Região Nordeste | 6,4 | 3,5 | 0,4 | 1,5 |
Ceará | 3,8 | 31,1 | 26,8 | 15,2 |
Pernambuco | -2,8 | -2,7 | 8,0 | 9,0 |
Bahia | 10,5 | -7,9 | -15,0 | -8,7 |
Minas Gerais | -0,6 | 23,1 | 19,1 | 11,1 |
Espírito Santo | -1,6 | 34,3 | 11,3 | 0,6 |
Rio de Janeiro | 2,8 | 15,3 | 4,1 | 0,9 |
São Paulo | -0,9 | 14,6 | 17,6 | 8,7 |
Paraná | -5,7 | 8,2 | 17,9 | 9,8 |
Santa Catarina | -0,3 | 23,2 | 26,1 | 15,0 |
Rio Grande do Sul | -0,9 | 13,4 | 20,9 | 12,0 |
Mato Grosso | -1,9 | -6,9 | -5,5 | -7,3 |
Goiás | -1,1 | -4,2 | -4,2 | -1,6 |
Brasil | 0,0 | 12,0 | 12,9 | 6,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *Série com Ajuste Sazonal |
Na série com ajuste sazonal, dez dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com as perdas mais acentuadas assinaladas por Paraná (-5,7%) e Pará (-5,7). O primeiro marcou o terceiro recuo consecutivo e acumulou nesse período redução de 10,2%; já o segundo intensificou a queda observada em maio último (-2,4%).
Pernambuco (-2,8%), Mato Grosso (-1,9%), Espírito Santo (-1,6%), Goiás (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,9%), São Paulo (-0,9%), Minas Gerais (-0,6%) e Santa Catarina (-0,3%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.
Por outro lado, Bahia (10,5%) e Região Nordeste (6,4%) apontaram as expansões mais elevadas, com o primeiro local registrando a segunda taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde julho de 2020 (11,7%); e o último interrompendo seis meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 21,1%. Amazonas (4,4%), Ceará (3,8%) e Rio de Janeiro (2,8%) assinalaram os demais resultados positivos em junho de 2021.
A média móvel trimestral teve variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em junho de 2021 frente ao nível do mês anterior. Em termos regionais, oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para Paraná (-3,5%), Bahia (-3,1%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%) e Pernambuco (-1,2%).
Por outro lado, Ceará (4,3%), Rio de Janeiro (3,3%), Amazonas (2,2%) e Minas Gerais (1,2%) mostraram os principais avanços em junho de 2021.
Na comparação com junho de 2020, o setor industrial nacional cresceu 12% em junho de 2021, com dez dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas. Espírito Santo (34,3%) e Ceará (31,1%) assinalaram as expansões mais intensas.
Amazonas (24,0%), Santa Catarina (23,2%), Minas Gerais (23,1%), Rio de Janeiro (15,3%), São Paulo (14,6%) e Rio Grande do Sul (13,4%) também registraram avanços mais intensos do que a média da indústria, enquanto Paraná (8,2%) e Região Nordeste (3,5%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Pará (-8,0%) e Bahia (-7,9%) apontaram os recuos mais elevados em junho de 2021. Mato Grosso (-6,9%), Goiás (-4,2%) e Pernambuco (-2,7%) também mostraram taxas negativas nesse mês.
Nesta comparação, vale citar que junho de 2021 teve o mesmo número de dias úteis do que junho de 2020 (21 dias). Cabe ressaltar ainda que, nesse mês, verifica-se resultados positivos elevados, influenciados, em grande parte, pela baixa base de comparação, já que no mesmo mês do ano anterior, o setor industrial foi pressionado pelo aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19.
No acumulado do ano de 2021 (janeiro-junho), frente a igual período do ano anterior, a expansão nacional (12,9%) alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (26,8%), Amazonas (26,6%) e Santa Catarina (26,1%).
Rio Grande do Sul (20,9%), Minas Gerais (19,1%), Paraná (17,9%) e São Paulo (17,6%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional, enquanto Espírito Santo (11,3%), Pernambuco (8,0%), Rio de Janeiro (4,1%), Pará (1,7%) e Região Nordeste (0,4%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção neste índice.
Por outro lado, Bahia (-15,0%) apontou o recuo mais elevado no índice acumulado dos seis primeiros meses do ano. Mato Grosso (-5,5%) e Goiás (-4,2%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-junho de 2021.
Na comparação trimestral, o segundo trimestre de 2021 apontou a expansão mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação contra igual período do ano anterior (22,6%). Houve ganho de ritmo verificado em 14 dos 15 locais pesquisados. Amazonas (de 0,3% para 70,2%), Ceará (de 5,7% para 62,4%), Espírito Santo (de -4,7% para 32,6%), Minas Gerais (de 8,9% para 29,3%), São Paulo (de 8,3% para 27,6%), Santa Catarina (de 17,5% para 36,4%), Rio de Janeiro (de -4,4% para 14,0%), Rio Grande do Sul (de 12,8% para 30,2%), Paraná (de 10,5% para 26,1%) e Região Nordeste (de -6,1% para 9,1%) assinalaram os ganhos mais acentuados entre os dois períodos.
O Pará (de 3,1% para 0,2%) mostrou a única perda. Vale destacar nesses resultados positivos elevados a influência da baixa base de comparação, uma vez que no segundo trimestre de 2020 o setor industrial mostrava perdas relevantes não só para o total nacional, mas também para a maior parte dos locais investigados.
O acumulado dos últimos 12 meses avançou 6,6% e 12 dos 15 locais pesquisados registraram taxas positivas e 12 apontaram maior dinamismo frente aos índices de maio. Espírito Santo (de -4,3% para 0,6%), Ceará (de 11,1% para 15,2%), Santa Catarina (de 12,0% para 15,0%), Amazonas (de 13,3% para 16,1%), Minas Gerais (de 8,6% para 11,1%), São Paulo (de 6,3% para 8,7%) e Rio Grande do Sul (de 9,7% para 12,0%) mostraram os principais ganhos entre maio e junho de 2021.
Mato Grosso (de -5,7% para -7,3%), Goiás (de -0,4% para -1,6%) e Pernambuco (de 9,4% para 9,0%) assinalaram as perdas entre os dois períodos.