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Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de 1,00% em maio

29/06/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36

Em maio de 2021, os preços da indústria subiram 1,00% frente a abril. O acumulado no ano atingiu 17,58% e o acumulado em 12 meses, 35,86%. Em maio, 16 das 24 atividades tiveram alta de preços, contra 18 do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Período Taxa (%)
Maio de 2021 1,00
Abril de 2021 2,19
Acumulado no ano 17,58
Acumulado em 12 meses 35,86
Maio de 2020 1,16

Em maio de 2021, os preços da indústria subiram 1,00% frente a abril, número inferior ao observado na comparação entre abril e março (2,19%). As quatro maiores variações foram nas atividades metalurgia (3,54%), produtos de metal (3,12%), farmacêutica (2,41%) e outros equipamentos de transporte, que variou negativamente (-2,63%).

As maiores influências foram: alimentos (0,35 p.p.), metalurgia (0,25 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,18 p.p.) e produtos de metal (0,09 p.p.).

O acumulado no ano atingiu 17,58%, contra 16,42% em abril/2021. Entre as atividades com as maiores variações estão: indústrias extrativas (47,88%), refino de petróleo e produtos de álcool (39,42%), metalurgia (31,85%) e outros produtos químicos (30,09%).

Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,32 p.p.), indústrias extrativas (2,63 p.p.), outros produtos químicos (2,41 p.p.) e alimentos (2,30 p.p.).

O acumulado em 12 meses foi de 35,86% contra 36,09% no mês anterior. As quatro maiores variações foram em: refino de petróleo e produtos de álcool (106,57%), indústrias extrativas (105,71%), metalurgia (49,89%) e outros produtos químicos (47,97%).

Os setores de maior influência foram: alimentos (7,57 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (7,00 p.p.), indústrias extrativas (4,83 p.p.) e outros produtos químicos (3,90 p.p.).

Tabela 1
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/21 ABR/21 MAI/21 MAR/21 ABR/21 MAI/21 MAR/21 ABR/21 MAI/21
Indústria Geral 4,63 2,19 1,00 13,92 16,42 17,58 33,32 36,09 35,86
B - Indústrias Extrativas 4,38 -0,70 -0,43 49,57 48,52 47,88 136,25 125,48 105,71
C - Indústrias de Transformação 4,64 2,42 1,11 11,85 14,55 15,81 28,95 32,13 32,52
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

A variação de preços de 1,00% em relação a abril repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -0,36% em bens de capital; 0,88% em bens intermediários; e 1,48% em bens de consumo, sendo que 1,13% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,54% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das categorias econômicas sobre o IPP foi: -0,02 p.p. de bens de capital, 0,51 p.p. de bens intermediários e 0,51 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,06 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo duráveis e 0,44 p.p. nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado no ano (17,58%), houve variação de 8,19% em bens de capital (com influência de 0,60 p.p.), 24,03% de bens intermediários (13,38 p.p.) e 9,72% de bens de consumo (3,60 p.p.). Este último resultado foi influenciado em 0,42 p.p. pelos bens de consumo duráveis e em 3,17 p.p. pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Tabela 4
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas  - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
MAR/21 ABR/21 MAI/21 MAR/21 ABR/21 MAI/21 MAR/21 ABR/21 MAI/21
Indústria Geral 4,63 2,19 1,00 13,92 16,42 17,58 33,32 36,09 35,86
Bens de Capital (BK) 3,00 1,13 -0,36 7,37 8,59 8,19 18,66 16,91 12,86
Bens Intermediários (BI) 5,67 2,67 0,88 19,75 22,95 24,03 44,72 46,82 46,63
Bens de consumo(BC) 3,22 1,59 1,48 6,43 8,12 9,72 20,23 24,54 25,18
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,45 1,40 1,13 4,22 5,68 6,88 14,58 14,89 14,30
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 3,77 1,63 1,54 6,88 8,61 10,29 21,40 26,62 27,54
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Na comparação maio 2021/maio 2020, os preços da indústria subiram 35,86%, com as seguintes variações: bens de capital, 12,86% (1,04 p.p.); bens intermediários, 46,63% (25,39 p.p.); e bens de consumo, 25,18% (9,44 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,95 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 8,49 p.p.

Indústrias extrativas: pelo segundo mês consecutivo, as variações de preços na comparação do mês contra o mês anterior foram negativas: -0,43%, em maio. Com isso, o acumulado no ano recuou de 48,52% para 47,88%. Já a comparação com igual mês de 2020 aponta que os preços de maio de 2021 estavam 105,71% maiores do que os de um ano anterior. Seja como for, pelo número-índice, as indústrias extrativas apresentaram a maior variação de preços acumulada entre dezembro de 2018 (base da série atual) e maio de 2021, 144,83%, quando consideradas todas as atividades incluídas na pesquisa.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter apresentado a maior variação acumulada no ano e a segunda no M/M-12. Além disso, foi a segunda maior influência no acumulado no ano (2,63 p.p., em 17,58%) e a terceira maior no acumulado em 12 meses (4,83 p.p., em 35,86%).

Alimentos: na comparação com abril, os preços de maio são 1,48% maiores, mantendo assim, ao longo de 2021, taxas positivas em todos os meses. No acumulado, a variação alcançou 8,96%, que é próxima a de maio de 2020, 8,84%, porém ambas estão em nível superior ao restante da série para o mesmo mês (a média dos meses de maio entre 2010 e 2019 foi de 0,63%). Por fim, os preços de maio de 2021 se apresentaram 30,54% maiores do que os de maio de 2020. Nesta comparação, as variações estão acima de 30% desde setembro de 2020, com média de 32,84%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de, além de ser o que mais contribuiu no cálculo do mês (com 23,81%), foi a principal influência na comparação mensal (0,35 p.p., em 1,00%) e na anual (7,57 p.p., em 35,86%), além de ser a quarta no acumulado no ano (2,30 p.p., em 17,58%).

Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor, depois de recuarem de março para abril (-0,55%), voltaram a apresentar variação positiva na passagem de abril para maio, ainda que numa intensidade (1,80%), menor do que a observada no primeiro trimestre do ano, média de 11,36%. A variação acumulada até maio é a maior da série, 39,42%, assim como a acumulada em 12 meses (106,57%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de, além de ser o segundo em termos de contribuição ao cálculo do índice geral do mês (10,00%), ter apresentado a segunda maior variação de preços no acumulado no ano e a primeira no acumulado em 12 meses. Além disso, em termos de influência, foi a terceira na comparação mensal (0,18 p.p., em 1,00%), a primeira no acumulado no ano (3,32 p.p., em 17,58%) e a segunda no M/M-12 (7,00 p.p., em 35,86%).

Outros produtos químicos: a indústria química, no mês de maio, apresentou uma variação média de preços negativa, em relação a abril, de -0,54%, interrompendo uma série de 10 aumentos consecutivos na atividade. Desta forma, o setor acumulou uma variação positiva de 30,09% no ano e de 47,97% nos últimos 12 meses.

Os resultados observados estão ligados principalmente aos preços internacionais e à variação de preços de diversas matérias-primas importadas ou não, como a nafta. Também não pode ser esquecida a valorização do real frente ao dólar no mês de maio, que foi de 4,9%.

O setor se destacou, na comparação com as 24 atividades da pesquisa, por ter a quarta maior variação de preços no acumulado do ano e em 12 meses. Em relação à influência foi a terceira maior no acumulado do ano e a quarta maior no acumulado em 12 meses, sendo que o setor aparece como a terceira maior contribuição no resultado entre as 24 atividades, com 8,86%.

Metalurgia: de abril para maio, houve uma variação de 3,54%, 11ª alta seguida na atividade. Com isso, o setor de metalurgia acumulou alta de 31,85% no ano e de 49,89%, nos últimos 12 meses. A variação mensal foi a menor do ano.

Desta forma, as variações acumuladas no ano e em 12 meses foram as maiores em toda a pesquisa, iniciada em janeiro de 2010. Entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e maio de 2021, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 74,18%, perdendo apenas para alta das indústrias extrativas, 144,83%, atividade na qual aparece o minério de ferro, principal matéria-prima do aço.

Os resultados dos últimos meses estão ligados aos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e de materiais não ferrosos (cobre, ouro e alumínio), que têm comportamentos de preços distintos. O primeiro é afetado pelos preços do minério de ferro e pela variação do dólar frente ao real, além da recomposição de estoques na cadeia consumidora. No segundo grupo – materiais não ferrosos – os resultados estão ligados às cotações das bolsas internacionais.

Produtos de metal: na passagem de abril para maio de 2021, o setor de fabricação de produtos de metal apresentou um aumento médio de preços de 3,12%, sendo a segunda maior variação observada no mês entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação analisados na pesquisa, além de apresentar a quarta maior influência no indicador M/M-1, com 0,09 p.p. em 1,00% da Indústria Geral.

Assim como já vem ocorrendo desde o início do ano, o aumento em maio se justifica, em grande parte, pelos maiores preços das matérias-primas utilizadas no setor, em especial o aço, produto que se encontra escasso no mercado nacional (o grupo de siderurgia, por exemplo, apresentou um aumento de 5,81% em maio e acumula 75,26% nos últimos 12 meses, e o setor de metalurgia teve a maior variação mensal observada nas indústrias, com 3,54%).

Com isso, o setor acumula alta de 20,85% em 2021, maior resultado da série histórica para os cinco primeiros meses do ano. No acumulado nos últimos 12 meses, houve novo recorde: 33,04%.