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Em abril, vendas no varejo crescem 1,8%

08/06/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36

Em abril de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional aumentou 1,8%, frente a março, na série com ajuste sazonal, após queda de 1,1% em março. A média móvel trimestral cresceu 0,4%, frente ao trimestre encerrado em março (-0,2%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve alta de 23,8% frente a abril de 2020, a segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano chegou a 4,5%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 3,6%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas cresceu 3,8% frente a março (-5,0%). Houve alta de 41,0% frente a abril de 2020. A média móvel do trimestre chegou a 0,7%, o acumulado no ano foi para 9,2% e o acumulado em 12 meses, para 3,5%.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Abril / Março* 1,8 1,4 3,8 3,8
Média móvel trimestral* 0,4 1,1 0,7 0,9
Abril 2021 / Abril 2020 23,8 36,1 41,0 54,1
Acumulado 2021 4,5 15,2 9,2 20,7
Acumulado 12 meses 3,6 10,6 3,5 10,8
*Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Sete das oito atividades avançaram, na série com ajuste sazonal

A alta de 1,8% no volume de vendas do varejo, em abril de 2021, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada de taxas positivas em sete das oito atividades, com destaque para Móveis e eletrodomésticos (24,8%), Tecidos, vestuário e calçados (13,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,8%), Combustíveis e lubrificantes (3,4%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%). A única taxa negativa veio de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%).

No comércio varejista ampliado, a alta no volume de vendas, em abril, na série com ajuste sazonal, foi influenciada pelos setores de Veículos, motos, partes e peças (20,3%) e Material de construção (10,4%), após recuos de 19,8% e 10,2%, respectivamente, em março.

Tabela 1 - BRASIL - VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA
AMPLIADO - GRUPOS DE ATIVIDADES - Abril 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 0,7 -1,1 1,8 -3,9 2,2 23,8 4,5 3,6
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,7 -5,4 3,4 -10,7 -1,5 19,9 -1,2 -7,4
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,8 3,3 -1,7 -4,6 -3,9 -1,7 -2,3 2,7
       2.1 - Super e hipermercados 0,7 3,3 -1,5 -3,4 -3,3 -1,6 -1,5 3,9
3 - Tecidos, vest. e calçados 3,6 -16,1 13,8 -18,8 -14,6 301,2 3,6 -15,0
4 - Móveis e eletrodomésticos 5,6 -21,3 24,8 0,7 11,7 71,3 13,1 16,4
       4.1 - Móveis - - - 2,6 17,5 89,9 18,7 20,1
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 1,2 8,9 63,8 10,9 14,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,4 -0,4 0,9 8,8 11,8 34,1 16,2 12,1
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 12,7 -4,7 3,8 -41,0 -19,4 95,9 -33,9 -36,3
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -0,7 -9,9 10,2 -10,2 -0,4 47,1 1,1 -9,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -2,2 -5,8 6,7 2,1 30,1 104,4 27,6 13,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 3,4 -5,0 3,8 -1,9 9,8 41,0 9,2 3,5
9 - Veículos e motos, partes e peças 8,6 -19,8 20,3 -3,7 27,0 132,1 17,7 -3,7
10- Material de construção 2,0 -10,2 10,4 18,1 33,4 44,4 25,6 21,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O comércio varejista é composto pelas atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O comércio varejista ampliado é composto pelas atividades numeradas de 1 a 10

Sete das oito atividades do varejo tiveram taxas positivas frente a abril de 2020

Na comparação com abril de 2020, o comércio varejista cresceu 23,8%, com taxas positivas em sete das oito atividades. As principais contribuições vieram de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (104,4%), recorde histórico para a atividade, contribuindo em 8,5 p.p. na taxa geral. O setor foi um dos que registraram as maiores perdas de março a maio de 2020, que marca o início da pandemia de Covid-19 no Brasil. O acumulado do ano foi de de 27,6%. O acumulado dos últimos 12 meses foi de 13,7%, com ganho de 8,3 p.p. em relação ao resultado de março (aumento de 5,4%).

Tabela 2 - BRASIL - RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA
AMPLIADO - GRUPOS DE ATIVIDADES - Abril 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 1,5 0,2 1,4 6,0 13,6 36,1 15,2 10,6
1 - Combustíveis e lubrificantes 6,5 3,4 1,3 -3,1 21,5 63,0 14,4 -4,6
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 1,8 3,1 -1,6 10,5 9,9 10,9 12,0 15,1
       2.1 - Super e hipermercados 2,0 3,0 -1,7 11,5 10,3 11,0 12,6 16,2
3 - Tecidos, vest. e calçados 3,8 -16,4 13,9 -18,2 -14,2 305,7 4,0 -15,7
4 - Móveis e eletrodomésticos 6,4 -20,5 25,1 9,8 24,9 94,8 24,7 21,4
       4.1 - Móveis - - - 4,3 20,4 100,8 21,3 16,0
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 14,3 26,8 92,5 26,9 24,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 0,0 -1,2 1,7 8,1 10,4 37,4 16,1 11,3
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 11,8 -3,4 4,0 -40,3 -19,5 95,5 -33,2 -35,0
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -0,9 -9,3 10,1 1,2 12,4 68,5 14,4 -0,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -3,0 -5,4 9,0 7,0 36,9 113,4 33,8 16,9
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 3,2 -4,0 3,8 8,6 22,0 54,1 20,7 10,8
9 - Veículos e motos, partes e peças 9,8 -18,9 23,3 5,2 40,1 154,4 29,3 1,6
10- Material de construção 3,5 -9,3 11,4 40,0 62,4 78,5 50,7 33,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados mostrou aumento de 301,2% em relação a abril de 2020, maior crescimento de toda a série histórica, contribuindo com 5,3 p.p. da taxa geral, após 13 meses de resultados negativos que refletiram os efeitos do isolamento social, fechamento de lojas físicas e mudanças no padrão de consumo causados pela pandemia de Covid-19. Com isso, o acumulado no ano passou de -18,8% até março para 3,6% em abril, primeira alta desde fevereiro de 2020. Nos últimos 12 meses, o acumulado permanece no campo negativo (-15,0%), maior resultado negativo desde maio de 2020 (-13,1%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com alta 71,3%, contribuiu com 5,1 p.p na taxa geral. A atividade registrou o décimo mês de variações positivas nos últimos 11 meses, sendo terceiro mês consecutivo. No acumulado no ano, ao passar de 1,5% até março para 13,1% até abril, o setor mostra aceleração no ritmo de vendas. No acumulado nos últimos 12 meses, a alta de 16,4% manteve trajetória ascendente desde fevereiro de 2021.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 34,1% nas vendas frente a abril de 2020, décima primeira variação positiva consecutiva, na comparação com abril de 2020. No acumulado no ano, ao passar de 11,2% até março para 16,2% até abril, ganho de ritmo pelo terceiro mês consecutivo. O acumulado dos últimos 12 meses (12,1%) mostra aceleração no crescimento, após três meses de ritmo igual (8,8% em janeiro, 8,9% em fevereiro e 8,9% em março).

A atividade de Combustíveis e lubrificantes, com aumento de 19,9% em relação a abril de 2020, tem o primeiro resultado positivo desde fevereiro de 2020. Os resultados ao longo de 2020 e 2021 para o setor têm sido influenciados pela elevação dos preços dos combustíveis e pela redução da circulação de pessoas devido à pandemia, com consequente diminuição de demanda por combustíveis. Com isso, o acumulado do ano até abril se mantém no campo negativo (-1,2%), assim como o acumulado nos últimos 12 meses (- 7,4%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou avanço de 47,1% em relação a abril de 2020, primeiro resultado positivo desde dezembro de 2019. O acumulado do ano (1,1%) é a primeira taxa positiva desde dezembro de 2019. O acumulado em 12 meses (-9,3%), no entanto, teve sua décima quinta taxa negativa seguida, com redução no ritmo de queda (-16,6% em fevereiro, -14,9% em março e -9,3% em abril).

O crescimento na atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (95,9%), frente a abril de 2020, é a primeira taxa positiva em 14 meses. O setor enfrente a contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas, movimento intensificado pela pandemia. O acumulado no ano, ao passar de -43,3% até março para -33,9% até abril, permanece no campo negativo desde janeiro de 2020 (3,6%). O acumulado nos últimos 12 meses (-36,3%) tem apresentado resultados negativos desde fevereiro de 2014 (0,7%).

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 1,7% frente a abril de 2020, registrou a terceira taxa negativa consecutiva, após as perdas de março (-3,9%) e fevereiro (-4,6%). O acumulado no ano (-2,3%) permanece no patamar do acumulado até março (-2,5%). O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,7%, com redução na intensidade de crescimento em relação a março (3,2%).

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças cresceu 132,1% em relação a abril de 2020, assinalando a segunda taxa positiva após dois meses de queda e o maior crescimento na série histórica, nessa comparação. Com isso, o setor acumulou no ano alta de 17,7% e mostra ganho de ritmo, comparado a março (0,1%). O acumulado nos últimos 12 meses (-3,7%) representa a décima segunda taxa negativa desde abril de 2020 (1,3%).

Com aumento de 44,4%, o segmento de Material de Construção teve a décima primeira taxa positiva consecutiva. Com isso, o acumulado no ano mostra aumento de ritmo (25,6%), comparado a março (20,4%). O indicador acumulado nos últimos 12 meses passou de 16,1% em março para 21,1% em abril, mantendo o ritmo de crescimento iniciado em julho de 2020.

Bimestre cresce 12,0% em relação a 2020

Frente ao mesmo bimestre de 2020, o comércio varejista cresceu 12,0%, revertendo a queda do primeiro bimestre do ano (-2,1%). Sete das oito atividades tiveram taxas positivas: Tecidos, vestuário e calçados (61,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (60,5%), Móveis e eletrodomésticos (36,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (21,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%) e Combustíveis e lubrificantes (8,2%). A única queda foi de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,8%).

O varejo ampliado cresceu 23,5% ante o segundo bimestre de 2020, com altas tanto no setor de Veículos, motos, partes e peças (64,7%) quanto em Material de construção (38,6%).

Quadrimestre fecha com alta de 4,5%

O primeiro quadrimestre de 2021 fecha com crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2020, terceira taxa positiva consecutiva. Houve aumento em cinco das oito atividades: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (27,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,2%), Móveis e eletrodomésticos (13,1%), Tecidos, vestuário e calçados (3,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,1%). Por outro lado, apresentaram resultados negativos: Livros, jornais, revistas e papelaria (-33,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,2%).

O varejo ampliado também apresenta recuperação, com crescimento de 9,2% em relação ao mesmo quadrimestre de 2020, a segunda taxa positiva consecutiva. Houve ganho em ambas as atividades: Material de construção (25,6%) e Veículos, motos, partes e peças (17,7%).

Vendas crescem em 21 unidades da Federação em relação a março

De março para abril de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa nacional de vendas do comércio varejista foi de 1,8%, com resultados positivos em 21 das 27 unidades da Federação, com destaque para Distrito Federal (19,6%), Rio Grande do Sul (14,9%) e Amapá (10,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, estão quatro UFs, com destaque para Mato Grosso (-1,4%) , Alagoas (-1,1%) e Sergipe (-0,8%).

Para a mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve avanço de 3,8%, com predomínio de resultados positivos em 25 das 27 UFs, com destaque para Ceará (18,7%), Bahia (17,7%) e Tocantins (17,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram Roraima (-1,5%) e Alagoas (-0,8%).

Frente a abril de 2020, o avanço de 23,8% nas vendas do comércio varejista foi acompanhado por todas as 27 UFs, com destaque, em termos de variação, para Amapá (86,0%), Rondônia (75,0%) e Amazonas (53,4%). Quanto à participação na composição da taxa geral, destacam-se São Paulo (22,8%), Rio de Janeiro (24,9%) e Minas Gerais (22,4%).

No comércio varejista ampliado, frente a abril de 2020, o avanço de 41,0% também atingiu todas as 27 UFs, com destaque, na amplitude, para Amapá (93,3%), Rondônia (75,7%) e Amazonas (74,6%). Quanto à participação na composição da taxa, destacaram-se São Paulo (38,6%), Rio de Janeiro (37,6%) e Minas Gerais (32,4%).