Em março, vendas no varejo têm queda de 0,6%
07/05/2021 09h00 | Atualizado em 11/05/2021 14h54
Em março de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional caiu 0,6%, frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal, após alta de 0,5% em fevereiro. A média móvel trimestral recuou 0,1%, 1,9 p.p. acima do trimestre encerrado em fevereiro (-2,0%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve alta de 2,4% frente a março de 2020, acumulando no ano um recuo de 0,6%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 0,7%, mantendo crescimento desde outubro de 2017 (0,3%).
Período | Varejo | Varejo Ampliado | ||
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Volume de vendas (%) | Receita nominal (%) | Volume de vendas (%) | Receita nominal (%) | |
Março / Fevereiro* | -0,6 | 0,1 | -5,3 | -4,2 |
Média móvel trimestral* | -0,1 | 0,8 | -1,5 | -0,5 |
Março 2021 / Março 2020 | 2,4 | 13,8 | 10,1 | 22,2 |
Acumulado 2021 | -0,6 | 9,5 | 1,4 | 12,3 |
Acumulado 12 meses | 0,7 | 6,9 | -1,1 | 5,5 |
*Série COM ajuste sazonal |
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas caiu 5,3% frente a fevereiro. Com isso, intensificou o ritmo de queda da média móvel do trimestre (-1,5%) ante o trimestre encerrado em fevereiro (-0,7%).
Sete das oito atividades recuaram, na série com ajuste sazonal
O recuo de 0,6% no volume de vendas do varejo, em março de 2021, na série com ajuste sazonal, teve taxas negativas em sete das oito atividades pesquisadas, com destaque para Tecidos, vestuário e calçados (-41,5%), Móveis e eletrodomésticos (-22,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-19,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), Combustíveis e lubrificantes (-5,3%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%).
A única taxa positiva veio de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%).
No comércio varejista ampliado, a queda de 5,3% no volume de vendas, em março, na série com ajuste sazonal, foi influenciada pelos setores de Veículos, motos, partes e peças (-20,0%) e Material de construção (-5,6%).
BRASIL - VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Março 2021 |
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) |
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR |
ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação ( %) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
JAN | FEV | MAR | JAN | FEV | MAR | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | -0,2 | 0,5 | -0,6 | -0,4 | -3,9 | 2,4 | -0,6 | 0,7 |
1 - Combustíveis e lubrificantes | 0,1 | -0,8 | -5,3 | -7,8 | -10,7 | -1,5 | -6,8 | -10,5 |
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -1,8 | 0,7 | 3,3 | 1,3 | -4,6 | -3,9 | -2,5 | 3,2 |
2.1 - Super e hipermercados | -1,3 | 0,7 | 3,2 | 2,5 | -3,4 | -3,4 | -1,5 | 4,5 |
3 - Tecidos, vest. e calçados | -8,3 | 7,5 | -41,5 | -21,2 | -18,8 | -12,0 | -18,2 | -23,8 |
4 - Móveis e eletrodomésticos | -11,4 | 9,9 | -22,0 | -5,2 | 0,7 | 11,9 | 1,6 | 10,0 |
4.1 - Móveis | - | - | - | -1,9 | 2,6 | 18,2 | 5,3 | 12,5 |
4.2 - Eletrodomésticos | - | - | - | -6,8 | 1,2 | 9,0 | 0,3 | 9,1 |
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | 2,3 | -0,4 | -0,1 | 12,8 | 8,8 | 12,1 | 11,3 | 8,9 |
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria | -24,0 | 24,6 | -19,1 | -53,1 | -41,0 | -19,7 | -43,3 | -41,8 |
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | 1,7 | -0,8 | -4,5 | -13,5 | -10,2 | 1,0 | -7,9 | -14,8 |
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico | 7,6 | -2,5 | -5,9 | 9,8 | 2,1 | 30,0 | 12,8 | 5,4 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | -2,3 | 3,2 | -5,3 | -3,1 | -1,9 | 10,1 | 1,4 | -1,1 |
9 - Veículos e motos, partes e peças | -4,3 | 8,9 | -20,0 | -15,4 | -3,7 | 27,6 | 0,3 | -12,8 |
10- Material de construção | -1,0 | 2,4 | -5,6 | 11,1 | 18,1 | 33,4 | 20,4 | 16,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10 |
Quatro das oito atividades do varejo tiveram taxas positivas frente a março de 2020
Na comparação com março de 2020, o comércio varejista teve crescimento de 2,4%, com taxas positivas em quatro das oito atividades. A principal contribuição veio de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (30,0%), que mostra ganho de ritmo frente a fevereiro (2,1%), com impacto de 3 p.p. na taxa geral. Com isso, o setor acumula ganho de 12,8% no ano. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 5,4%, acima do registrado em fevereiro (2,2%).
BRASIL - RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, POR GRUPOS DE ATIVIDADES: Março 2021 |
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) |
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR |
ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
JAN | FEV | MAR | JAN | FEV | MAR | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | 0,8 | 1,4 | 0,1 | 8,7 | 6,0 | 13,8 | 9,5 | 6,9 |
1 - Combustíveis e lubrificantes | 2,2 | 6,4 | 3,8 | -7,2 | -3,1 | 21,5 | 3,1 | -10,7 |
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | -1,3 | 1,7 | 3,0 | 17,1 | 10,5 | 9,9 | 12,4 | 15,1 |
2.1 - Super e hipermercados | -1,9 | 1,9 | 2,8 | 18,1 | 11,5 | 10,2 | 13,1 | 16,3 |
3 - Tecidos, vest. e calçados | -5,2 | 0,8 | -9,4 | -21,5 | -18,2 | -11,7 | -18,0 | -24,5 |
4 - Móveis e eletrodomésticos | -2,9 | 6,6 | -20,7 | 2,7 | 9,8 | 25,2 | 11,3 | 13,7 |
4.1 - Móveis | - | - | - | -1,6 | 4,3 | 21,1 | 6,7 | 8,1 |
4.2 - Eletrodomésticos | - | - | - | 4,6 | 14,3 | 26,9 | 14,0 | 16,4 |
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | 2,4 | -0,1 | -1,0 | 12,0 | 8,1 | 10,6 | 10,3 | 7,9 |
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria | -29,1 | 11,8 | -3,4 | -52,6 | -40,3 | -19,7 | -42,8 | -40,4 |
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | 2,2 | -0,9 | -4,1 | -2,4 | 1,2 | 14,1 | 3,9 | -7,3 |
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico | 6,9 | -3,5 | -4,7 | 14,3 | 7,0 | 36,8 | 18,1 | 8,2 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | -0,5 | 3,3 | -4,2 | 6,9 | 8,6 | 22,2 | 12,3 | 5,5 |
9 - Veículos e motos, partes e peças | -1,7 | 8,6 | -15,4 | -7,9 | 5,2 | 40,6 | 9,9 | -8,5 |
10- Material de construção | 1,9 | 5,5 | -4,2 | 28,9 | 40,0 | 62,4 | 43,0 | 26,7 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,1%) registrou a décima variação positiva consecutiva e somou 1,3 p.p. da taxa geral. No primeiro trimestre do ano, o segmento acumulou variação de 11,3%. O acumulado nos últimos doze meses (8,9%) reflete estabilidade, uma vez que o resultado até fevereiro também foi de 8,9%.
Móveis e eletrodomésticos (11,9,0%) acumula 1,6% no trimestre, após crescimento de 0,7% em fevereiro. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 8,2% (fevereiro) para 10,0% (março), inverte a trajetória de redução de ganhos registrada de novembro de 2020 até fevereiro de 2021.
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,0%) teve a primeira alta após 14 meses consecutivos de queda. O acumulado do ano foi de -7,9%. O acumulado nos últimos 12 meses (-14,8%) ficou acima do patamar de fevereiro (-16,6%).
Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes apresentou perda de 1,5% em relação a março de 2020, o décimo terceiro mês consecutivo de queda, resultado de um período de altas nos preços de combustíveis. Com isso, tanto o primeiro trimestre de 2021 (-6,8%) quanto o acumulado nos últimos doze meses (-10,5%) permaneceram no campo negativo.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (-19,7%) contabilizou 14 meses de quedas consecutivas. O segmento continua em retração, resultado de uma redução de lojas físicas desde 2017. Com isso, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a perda do setor foi de 43,3%. O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -42,3% para -41,8%, permanece negativo desde março de 2014 (-0,2%).
O setor de Tecidos, vestuário e calçados (-12,0%) registrou treze meses consecutivos de taxas negativas na comparação interanual. O setor se destacou como o segundo em termos de influência, no campo negativo, contribuindo com -0,5 p.p. na taxa geral. O acumulado do ano ficou em -18,2%. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -25,4% até fevereiro para -23,8% em março, demonstra diminuição no ritmo de queda.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,9%), frente a março de 2020, registrou o segundo mês consecutivo no campo negativo nessa comparação e exerceu o maior impacto negativo na taxa global (-2,2 p.p. do total de 2,4%). No primeiro trimestre de 2021, o segmento teve queda de 2,5% frente a igual trimestre de 2020. No acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar 3,2%, o setor volta a desacelerar o crescimento pelo segundo mês consecutivo.
No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças cresceu 27,6% em relação a março de 2020, assinalando a primeira taxa positiva após dois meses de taxas negativas. Para o varejo ampliado, o setor representou a segunda maior influência no indicador interanual (5,4 p.p. do total de 10,1%). Com isso, o setor acumulou no primeiro trimestre 0,3%, apresentando no indicador dos últimos 12 meses (-12,8%) perda de ritmo desde março de 2020, mês em que se inicia o período de pandemia no Brasil.
Com crescimento de 33,4%, o segmento de Material de Construção completa uma sequência de dez meses de crescimentos consecutivos. No acumulado do ano, a taxa foi de 20,4%. Com isso, o indicador dos últimos 12 meses, ao passar de 13,1% em fevereiro para 16,1% em março, acelerou, o que acontece desde junho de 2020.
Vendas têm queda em 22 unidades da federação na comparação com fevereiro
De fevereiro para março de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou queda de 0,6%, com predomínio de resultados negativos em 22 das 27 unidades da federação, com destaque para Ceará (-19,4%), Distrito Federal (18,1%) e Amapá (-10,1%). Por outro lado, influenciando positivamente, estão cinco UFs, com destaque para Amazonas (14,9%), Acre (11,2%) e Roraima (4,2%).
Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve queda de 5,3%, com predomínio de resultados negativos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Bahia (-15,2%), Piauí (-13,2%) e Distrito Federal (-12,8%). Por outro lado, pressionando positivamente, estão cinco das 27 UFs, com destaque para Amazonas (15,7%), Roraima (5,3%) e Acre (1,3%).
Frente a março de 2020, as vendas do comércio varejista variaram 2,4%, com predomínio de resultados positivos, que atingiram 19 UFs, principalmente Rio de Janeiro (7,1%), Minas Gerais (5,5%) e Santa Catarina (7,6%). Pressionando negativamente, no entanto, estão oito UFs, destacando-se Distrito Federal (-15,3%), Ceará (-7,6%) e Rio Grande do Sul (-1,5%).
No comércio varejista ampliado, ante março de 2020, o avanço de 10,1% foi acompanhado por 26 das 27 UFs, com destaque, em termos de contribuição, para Santa Catarina (25,8%), São Paulo (2,9%) e Minas Gerais (9,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, aparece apenas Tocantins (-1,4%).