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Em fevereiro, vendas no varejo crescem 0,6%

13/04/2021 09h00 | Atualizado em 06/05/2021 11h11

Em fevereiro de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 0,6%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, após variação de -0,2% em janeiro. A média móvel trimestral recuou 2,0%, 0,1 p.p. acima do trimestre encerrado em janeiro (-2,1%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve queda de 3,8% frente a fevereiro de 2020, acumulando no ano um recuo de 2,1%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi de 0,4%, mantendo redução de ritmo pelo quarto mês seguido. Em janeiro, esse indicador era 1,0%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas avançou 4,1% frete a janeiro, na primeira variação positiva após duas quedas seguidas. Com isso, diminuiu o ritmo de queda da média móvel do trimestre (-0,5%) ante o trimestre encerrado em janeiro (-1,6%).

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Fevereiro / Janeiro* 0,6 1,5 4,1 4,4
Média móvel trimestral* -2,0 -1,1 -0,5 0,6
Fevereiro 2021 / Fevereiro 2020 -3,8 6,0 -1,9 8,6
Acumulado 2021 -2,1 7,4 -2,5 7,7
Acumulado 12 meses 0,4 6,1 -2,3 3,5
*Série COM ajuste sazonal
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Quatro das oito atividades tiveram taxas positivas, na série com ajuste sazonal

O avanço de 0,6% no volume de vendas do varejo, em fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, teve taxas positivas em quatro das oito atividades pesquisadas: Livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), Móveis e eletrodomésticos (9,3%), Tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).

Por outro lado, houve quedas nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%), Combustíveis e lubrificantes (-0,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,2%).

Tabela 1 - BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:  Fevereiro 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -6,1 -0,2 0,6 1,3 -0,4 -3,8 -2,1 0,4
1 - Combustíveis e lubrificantes -1,5 0,3 -0,4 -6,5 -7,8 -10,4 -9,1 -11,1
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,3 -2,1 0,8 3,5 1,3 -4,6 -1,7 4,5
       2.1 - Super e hipermercados -0,5 -1,3 0,4 4,6 2,5 -3,4 -0,4 5,8
3 - Tecidos, vest. e calçados -13,3 -8,3 7,8 -9,1 -21,2 -18,6 -19,9 -25,4
4 - Móveis e eletrodomésticos -2,4 -11,0 9,3 2,6 -5,2 0,7 -2,5 8,2
       4.1 - Móveis - - - 9,2 -1,9 2,6 0,2 10,5
       4.2 - Eletrodomésticos - - - -0,1 -6,8 1,2 -3,1 7,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,4 2,4 -0,2 14,2 12,8 8,9 10,9 8,9
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 0,0 -25,7 15,4 -37,4 -53,1 -41,0 -48,1 -42,3
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -5,9 2,3 -0,4 -11,8 -13,5 -10,8 -12,2 -16,6
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -13,1 7,6 -0,5 1,6 9,8 2,0 6,2 2,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -3,1 -2,2 4,1 2,8 -3,1 -1,9 -2,5 -2,3
9 - Veículos e motos, partes e peças -2,7 -4,3 8,8 2,3 -15,4 -3,8 -10,1 -15,9
10- Material de construção -1,6 0,1 2,0 19,1 11,1 17,9 14,3 13,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. 
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. 
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10 

No comércio varejista ampliado, o crescimento de 4,1% no volume de vendas, em fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi influenciado positivamente por Veículos, motos, partes e peças (8,8%) e Material de construção (2,0%). 

Cinco das oito atividades do varejo recuaram frente fevereiro de 2020 

 Na comparação com fevereiro de 2020, o comércio varejista teve queda de 3,8%, com taxas negativas em cinco das oito atividades. Com maior impacto (-2,2 p.p), o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 4,6% frente a fevereiro de 2020, invertendo o movimento dos dois meses anteriores. No primeiro bimestre de 2021, o segmento caiu 0,6% frente ao mesmo bimestre de 2020. O acumulado dos últimos 12 meses, ao registrar 4,5%, o setor voltou a desacelerar, após três meses de altas.

Tabela 2 - BRASIL - INDICADORES DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Fevereiro 2021
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -5,3 0,8 1,5 9,3 8,7 6,0 7,4 6,1
1 - Combustíveis e lubrificantes -0,1 2,4 5,6 -6,7 -7,2 -2,8 -5,1 -12,8
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,1 -1,6 1,8 18,5 17,1 10,5 13,8 15,6
       2.1 - Super e hipermercados 0,4 -1,8 1,7 19,5 18,1 11,5 14,8 16,9
3 - Tecidos, vest. e calçados -13,5 -7,3 8,2 -10,3 -21,5 -18,0 -19,9 -26,1
4 - Móveis e eletrodomésticos -12,9 -2,9 6,5 10,5 2,7 9,8 6,0 10,8
       4.1 - Móveis - - - 8,1 -1,6 4,2 1,1 5,7
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 11,5 4,6 14,3 9,0 13,2
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,5 2,5 0,1 13,2 12,0 8,2 10,2 8,3
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -3,5 -24,2 14,5 -37,1 -52,6 -40,2 -47,5 -40,7
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -4,3 1,8 -0,4 0,2 -2,4 0,3 -1,0 -10,3
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -12,2 5,9 -1,8 4,7 14,3 7,0 10,9 4,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -2,5 0,0 4,4 11,1 6,9 8,6 7,7 3,5
9 - Veículos e motos, partes e peças -1,7 -4,0 9,7 8,8 -7,9 5,1 -1,9 -12,5
10- Material de construção 0,5 3,2 5,7 36,9 28,9 39,8 34,1 21,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. 
(1) Séries com ajuste sazonal. 

Tecidos, vestuário e calçados teve queda de 18,6%, registrando 12 meses consecutivos de taxas negativas na comparação interanual. O setor foi o segundo em termos de influência, com impacto de -1,3 p.p. na taxa geral. O acumulado para os dois primeiros meses do ano ficou em -19,9%. Já o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -24,2% até janeiro para -25,4% em fevereiro, demonstra intensificação no ritmo de queda.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes apresentou decréscimo de 10,4% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2020, décimo segundo mês consecutivo de queda. Com isso, tanto o primeiro bimestre de 2021 quanto o acumulado nos últimos 12 meses permaneceram no campo negativo: -9,1% e -11,1%, respectivamente.

O volume de vendas da atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria recuo 41,0%, contabilizando 13 meses de quedas consecutivas. O segmento continua, portanto, a apresentar comportamento de retração registrado nos últimos anos, resultado de uma redução de lojas físicas, iniciada em 2017. Com isso, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, a perda do setor foi de 48,1%. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -38,5% até janeiro para -42,3% até fevereiro, permanece negativo desde março de 2014 (-0,2%).

 Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda pelo décimo quarto mês consecutivo, registrando recuo 10,8% em relação a fevereiro de 2020. O acumulado do ano para a atividade foi de -12,2%. O indicador acumulado nos últimos doze meses também apresentou desempenho negativo (-16,6%), no mesmo patamar que do mês anterior, para essa comparação: -16,7%.

Por outro lado, a atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 8,9% nas vendas, registrou a nona variação positiva consecutiva, o que o coloca como a maior influência positiva para o mês (0,9 p.p.). No primeiro bimestre do ano, o segmento acumulou variação de 10,9% ante o mesmo bimestre de 2020. Já o acumulado nos últimos 12 meses (8,9%) até fevereiro reflete estabilidade ante o resultado até janeiro (8,8%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., com expansão de 2,0% no volume de vendas ante fevereiro de 2020, mostrou perda de ritmo em relação a janeiro (9,8%). Com isso, o setor acumulou 6,2% no ano, frente a igual período de 2020. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,2% abaixo do registrado em janeiro (2,7%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos cresceu 0,7% no volume de vendas, após queda de 5,2% em janeiro. Assim, o setor registra um acúmulo no bimestre de -2,5%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 9,1% até janeiro para 8,2% em fevereiro, permanece em trajetória de redução de ganhos desde novembro de 2020 (12,3%).

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças caiu 3,8% em relação a fevereiro de 2020, assinalando a segunda taxa negativa seguida. Para o varejo ampliado, o setor representou a segunda maior influência no indicador interanual (-0,9 p.p. do total de -1,9%). Com isso, o setor acumulou no primeiro bimestre -10,1%, apresentando no indicador dos últimos 12 meses (-15,9%) perda de ritmo crescente desde março de 2020, mês em que se inicia o período de pandemia no Brasil.

Com crescimento de 17,9%, o segmento de Material de Construção completa uma sequência de nove meses de crescimentos consecutivos. No acumulado do ano, taxa foi de 14,3%. Com isso, o indicador dos últimos doze meses, ao passar de 11,5% em janeiro para 13,0% em fevereiro, acelerou, o que acontece desde junho de 2020.

Vendas crescem em 19 unidades da federação na comparação com janeiro

De janeiro para fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%, com predomínio de resultados positivos em 19 das 27 unidades da federação, com destaque para Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Por outro lado, influenciando negativamente, estão oito UFs, sendo as principais, em termos de magnitude Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%).

Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado avançou 4,1%, puxado por 22 UFs, sendo as mais intensas registradas no Amazonas (20,2%), em Rondônia (9,9%) e no Piauí (9,5%). Já pressionando negativamente, figuram cinco unidades da federação, com destaque para Acre (-5,3%), Tocantins (-2,1%) e Amapá (-1,6%).

Frente a fevereiro de 2020, as vendas do comércio varejista caíram 3,8%, com predomínio de resultados negativos, que atingiram 18 UFs, principalmente Rio de Janeiro (-8,5%), Rio Grande do Sul (-12,0%) e São Paulo (-1,8%). Pressionando positivamente, no entanto, estão nove UFs, destacando-se Piauí (14,1%), Pará (4,1%) e Pernambuco (2,0%).

No comércio varejista ampliado, ante fevereiro de 2020, houve quedas em 14 unidades da federação. Os destaques no campo negativo ficaram por conta de São Paulo (-2,9%), Rio de Janeiro (-7,3%) e Rio Grande do Sul (-9,0%). Das 13 UFs que registraram variações positivas, destacam-se Pernambuco (9,5%), Minas Gerais (2,7%) e Espírito Santo (8,2%).