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IPCA foi de 0,25% em janeiro

09/02/2021 09h00 | Atualizado em 09/02/2021 10h27

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,25%, 1,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (1,35%). Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%.

Período Taxa
Janeiro 2021 0,25%
Dezembro 2020 1,35%
Janeiro 2020 0,21%
Acumulado em 12 meses 4,56%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas. A segunda maior contribuição positiva (0,08 p.p.) veio dos Transportes (0,41%) e a segunda maior variação, dos Artigos de residência (0,86%). O grupo Habitação, por sua vez, caiu em relação ao mês anterior (-1,07%), com o maior impacto negativo (-0,17 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,07% em Vestuário e a alta de 0,39% em Despesas pessoais

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal            
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 1,35 0,25 1,35 0,25
Alimentação e bebidas 1,74 1,02 0,36 0,22
Habitação 2,88 -1,07 0,45 -0,17
Artigos de residência 1,76 0,86 0,07 0,03
Vestuário 0,59 -0,07 0,03 0,00
Transportes 1,36 0,41 0,27 0,08
Saúde e cuidados pessoais 0,40 0,32 0,05 0,04
Despesas pessoais 0,65 0,39 0,07 0,04
Educação 0,48 0,13 0,03 0,01
Comunicação 0,39 0,02 0,02 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

O grupo Alimentação e bebidas (1,02%) desacelerou na comparação com o resultado de dezembro (1,74%). Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro, resultado influenciado especialmente pela alta menos intensa das frutas (2,67%) e pela queda no preço das carnes (-0,08%). As variações desses dois itens em dezembro haviam sido de 6,73% e 3,58%, respectivamente. Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, subiram em janeiro, contribuindo com um impacto conjunto de 0,03 p.p. No lado das quedas, os destaques, além das carnes, foram o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%), que acumulou alta de 103,79% em 2020.

A alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, passando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro, particularmente por conta da alta do lanche (1,83%).

Nos Transportes (0,41%), a desaceleração frente ao mês anterior (1,36%) deve-se, em grande medida, às passagens aéreas (-19,93%), cujos preços haviam subido 28,05% em dezembro. Os combustíveis (2,13%), por sua vez, apresentaram variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para a gasolina (2,17%) e o óleo diesel (2,60%). Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram, contribuindo com 0,04 p.p. no resultado do mês.

Ainda em Transportes, a variação de 0,04% em ônibus urbano decorre da apropriação dos reajustes de 2,44% em Campo Grande (2,44%), vigente desde 30 de dezembro, e de 2,61% em Vitória (1,57%), em vigor desde 10 de janeiro. Nos ônibus intermunicipais (-0,47%), os reajustes foram em Vitória (3,30%), onde as passagens subiram entre 2,70% e 4,89%, a partir de 4 de janeiro, e em Fortaleza (2,40%), onde o reajuste de 3,99% entrou em vigor dia 11 de janeiro.

Em Artigos de residência (0,86%), o maior impacto (0,02 p.p.) veio dos itens de mobiliário (1,48%), que acumulam alta de 8,82% nos últimos cinco meses. Na sequência, vieram os eletrodomésticos e equipamentos (1,58%) e os artigos de cama, mesa e banho (1,27%).

A deflação observada no grupo Habitação (-1,07%) decorre especialmente da queda de 5,60% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 p.p.) Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (contra R$ 6,243 no caso da bandeira vermelha patamar 2). As variações do item nas áreas foram desde os -8,01% de Brasília até o -0,54% de Campo Grande, onde houve aumento da alíquota de PIS/COFINS.  No lado das altas, o maior impacto no grupo (0,04 p.p.) veio do gás de botijão (3,19%), cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo.

Ainda em Habitação, a variação positiva do gás encanado (0,22%) ocorreu por conta do reajuste de 0,79% nas tarifas em São Paulo (0,36%), vigente desde 15 de janeiro. Já na taxa de água e esgoto (0,19%), o resultado observado decorre dos reajustes em Campo Grande (4,90%), Recife (2,03%) e Vitória (0,28%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,32%), cabe mencionar o resultado do item plano de saúde (0,66%). Em janeiro, foi incorporada a primeira parcela da fração mensal do reajuste anual suspenso em 2020.

Em Despesas pessoais (0,39%), o destaque ficou com os subitens cartório (7,82%), pacote turístico (1,86%), cigarro (1,14%) e serviços bancários (0,79%), este último com impacto de 0,01 p.p. no índice do mês.

No que diz respeito aos índices regionais, apenas duas das 16 áreas pesquisadas apresentaram variação negativa. O menor resultado ficou com o município de Goiânia (-0,17%), influenciado pela queda de 7,53% na energia elétrica. Já o maior índice foi registrado no município de Campo Grande (0,53%), onde pesaram as altas da gasolina (2,42%) e da taxa de água e esgoto (4,90%).

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Campo Grande 1,57 1,51 0,53 7,28
Recife 3,92 1,60 0,50 5,87
Rio Branco 0,51 1,37 0,44 6,82
Vitória 1,86 1,41 0,44 5,30
Curitiba 8,09 1,38 0,44 4,35
Aracaju 1,03 0,91 0,39 4,14
Fortaleza 3,23 1,46 0,36 5,83
Belo Horizonte 9,69 1,53 0,33 5,13
São Luís 1,62 2,18 0,29 6,22
Salvador 5,99 0,92 0,26 4,23
Porto Alegre 8,61 1,85 0,25 4,30
São Paulo 32,28 1,09 0,24 4,30
Rio de Janeiro 9,43 1,62 0,18 4,22
Brasília 4,06 1,12 0,05 3,58
Belém 3,94 1,51 -0,03 4,18
Goiânia 4,17 1,22 -0,17 4,05
Brasil 100,00 1,35 0,25 4,56
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2020 a 28 de janeiro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2020 (base). Cabe lembrar que, devido ao quadro de emergência de saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março de 2020, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.

INPC varia 0,27% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de janeiro teve alta de 0,27% enquanto, em dezembro, havia registrado 1,46%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,53%, acima dos 5,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,19%.

Os produtos alimentícios subiram 1,01% em janeiro enquanto, no mês anterior, haviam registrado 1,86%. Já os não alimentícios apresentaram alta de 0,03%, após registrarem 1,33% em dezembro.

Quanto aos índices regionais, à exceção do município Goiânia (-0,25%), todas as áreas apresentaram variação positiva no mês. O maior resultado foi registrado na região metropolitana do Recife (0,61%), por conta das altas na gasolina (2,49%) e nas carnes (2,75%). Em Goiânia, o recuo se deu principalmente por conta da energia elétrica (-7,60%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Dezembro Janeiro 12 meses
Recife 5,60 1,65 0,61 6,95
Campo Grande 1,73 1,62 0,60 8,44
Rio Branco 0,72 1,38 0,44 7,56
Belo Horizonte 10,35 1,67 0,43 6,02
Vitória 1,91 1,43 0,40 6,71
Curitiba 7,37 1,52 0,39 5,17
Aracaju 1,29 0,89 0,38 4,45
Fortaleza 5,16 1,46 0,35 6,37
Salvador 7,92 0,96 0,30 4,97
Porto Alegre 7,15 1,93 0,29 5,25
São Paulo 24,60 1,20 0,25 5,54
São Luís 3,47 2,09 0,21 6,10
Belém 6,95 1,22 0,10 3,85
Rio de Janeiro 9,38 1,87 0,10 5,36
Brasília 1,97 1,21 0,09 4,36
Goiânia 4,43 1,39 -0,25 4,73
Brasil 100,00 1,46 0,27 5,53
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços   

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2020 a 28 de janeiro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2020 (base).