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Em outubro, volume de serviços cresceu 1,7%

11/12/2020 09h00 | Atualizado em 11/12/2020 11h34

Em outubro de 2020, o volume de serviços no Brasil avançou 1,7% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Foi a quinta taxa positiva seguida, acumulando alta de 15,8% no período. Esse resultado sucedeu uma sequência de quatro taxas negativas, entre fevereiro e maio, com perda acumulada de 19,8%.

Período Variação (%)
Volume Receita
Nominal
Outubro 20 / Setembro 20* 1,7 2,4
Outubro 20 / Outubro 19 -7,4 -6,8
Acumulado Janeiro-Outubro -8,7 -8,0
Acumulado nos Últimos 12 Meses -6,8 -5,8
*série com ajuste sazonal

Na série sem ajuste sazonal, frente a outubro de 2019, o volume de serviços recuou 7,4%, sua oitava taxa negativa seguida nessa comparação. O acumulado no ano caiu 8,7% frente ao mesmo período de 2019.

A taxa dos últimos 12 meses recuou 6,8% em outubro de 2020, mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2020 e chegando ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador, iniciada em dezembro de 2012.

alta de 1,7% do volume de serviços, de setembro para outubro de 2020, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços de informação e comunicação que, ao avançarem 2,6% neste mês, acumularam um ganho de 10,0% no período junho-outubro, após terem recuado 8,8% entre janeiro e maio de 2020.

Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,5%), dos serviços prestados às famílias (4,6%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%)".

Os dois primeiros setores foram os mais afetados pela pandemia da COVID-19. Neste sentido, os transportes, ao assinalarem o sexto resultado positivo seguido, já acumulam ganho de 22,7% entre maio e outubro, mas ainda necessitam avançar 8,8% para atingir o nível de fevereiro último.

Os serviços prestados às famílias registraram a terceira taxa positiva seguida e já acumulam ganho de 80,4% nos últimos seis meses, mas ainda precisam crescer 47,6% para retornar ao patamar de fevereiro.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 5,9% no período de junho a outubro, após retração de 17,4% verificada entre fevereiro e maio.

O único resultado negativo do mês ficou com outros serviços (-3,5%), que devolveram parte do ganho de 19,2% acumulado nos últimos quatro meses.

média móvel trimestral cresceu 2,2% no trimestre encerrado em outubro, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho último.

Todas as cinco atividades mostraram resultados positivos em outubro, com destaque para serviços prestados às famílias (14,3%), seguido pelos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%), informação e comunicação (1,2%), outros serviços (0,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%).

Frente a outubro de 2019, o volume dos serviços caiu 7,4%, sua oitava taxa negativa seguida para esta comparação. Houve queda em três das cinco atividades e crescimento em pouco mais de um terço (35,5%) dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-13,5%), os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,2%) e os serviços prestados às famílias (-30,2%) exerceram as principais influências negativas sobre o volume de serviços.

O primeiro setor foi afetado em grande parte pela queda nas receitas das empresas de gestão de ativos intangíveis; limpeza geral; agências de viagens; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; aluguel de máquinas e equipamentos; soluções de pagamentos eletrônicos; administração de programas de fidelidade; e locação de automóveis.

Os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio sofreram pressão negativa do transporte aéreo e rodoviário coletivo (ambos de passageiros); correio nacional; rodoviário de cargas; metroferroviário; estacionamento de veículos e transporte escolar.

Já os serviços prestados às famílias assinalaram queda nas receitas de hotéis; restaurantes; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico.

A única contribuição positiva no mês veio de outros serviços (8,7%), pelo aumento de receita das empresas de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial; corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; corretoras de títulos e valores mobiliários; e administração de fundos por contrato ou comissão.

Os serviços de informação e comunicação mostraram estabilidade (0,0%) frente a outubro de 2019, com destaque positivo para as receita das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; enquanto os segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; edição integrada à impressão de livros; operadoras de TV por assinatura por satélite; e atividades de exibição cinematográfica permaneceram mostrando receitas inferiores às do mesmo mês de 2019.

Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades - Outubro 2020 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês
anterior (1)
Mensal (2) Acumulado
no ano (3)
Últimos
12 meses (4)
AGO SET OUT AGO SET OUT JAN-AGO JAN-SET JAN-OUT Até AGO Até SET Até OUT
Volume de Serviços - Brasil 2,9 2,1 1,7 -10,0 -7,0 -7,4 -9,0 -8,8 -8,7 -5,3 -6,0 -6,8
1. Serviços prestados às famílias 35,8 9,1 4,6 -43,9 -36,4 -30,2 -38,9 -38,6 -37,7 -25,5 -28,4 -31,1
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 40,7 9,4 6,4 -45,4 -38,4 -30,7 -40,4 -40,2 -39,2 -26,3 -29,4 -32,2
1.2 Outros serviços prestados às famílias 7,4 10,8 -3,4 -35,3 -25,1 -27,3 -30,6 -30,0 -29,7 -20,9 -23,1 -25,2
2. Serviços de informação e comunicação -0,9 2,0 2,6 -4,0 -0,8 0,0 -2,7 -2,5 -2,3 -0,6 -0,9 -1,3
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -1,2 1,5 2,0 -1,1 1,4 3,4 -0,3 -0,1 0,2 0,8 0,7 0,7
2.1.1 Telecomunicações 0,2 0,3 -0,2 -3,0 -2,8 -2,7 -3,8 -3,7 -3,6 -2,9 -3,1 -3,2
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -3,5 3,5 5,8 2,3 8,8 14,7 6,2 6,5 7,4 7,8 7,7 8,1
2.2 Serviços audiovisuais 3,2 6,8 -2,0 -24,3 -16,9 -21,4 -20,1 -19,7 -19,9 -10,3 -11,7 -15,2
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,4 -0,4 0,8 -14,1 -13,3 -13,5 -11,6 -11,8 -12,0 -6,6 -8,0 -9,4
3.1 Serviços técnico-profissionais 0,9 -1,5 1,2 -1,4 -7,1 -6,9 -6,2 -6,3 -6,3 -0,8 -1,9 -3,3
3.2 Serviços administrativos e complementares 0,8 1,4 0,3 -18,5 -15,5 -16,0 -13,4 -13,7 -13,9 -8,6 -10,1 -11,6
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 3,9 1,5 1,5 -8,4 -5,9 -8,2 -8,9 -8,6 -8,5 -6,2 -6,6 -7,3
4.1 Transporte terrestre 4,4 2,5 1,4 -12,6 -8,1 -10,7 -13,6 -13,0 -12,7 -9,9 -10,4 -11,3
4.2 Transporte aquaviário -1,7 3,2 0,9 2,6 10,9 9,0 11,2 11,2 10,9 8,1 9,2 9,8
4.3 Transporte aéreo 15,2 19,9 0,7 -39,5 -35,5 -37,4 -37,9 -37,6 -37,6 -24,3 -27,1 -30,4
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 2,2 -1,9 1,3 4,2 2,4 0,3 2,3 2,3 2,1 1,6 1,9 1,7
5. Outros serviços 0,9 5,6 -3,5 7,1 13,2 8,7 5,2 6,1 6,4 6,3 6,5 6,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal
(2) Base: igual mês do ano anterior
(3) Base: igual período do ano anterior
(4) Base: 12 meses anteriores

No acumulado do ano, frente a igual período de 2019, o setor de serviços recuou 8,7%, com queda em quatro das cinco atividades de divulgação e com expansão em apenas 25,3% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-37,7%) exerceram a influência negativa mais relevante, pressionados, especialmente, pela queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Esse setor ainda retoma lentamente suas atividades, em função dos efeitos da pandemia.

Outras pressões negativas vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,5%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-12,0%), explicados, principalmente, pela redução na receita das empresas de transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; rodoviário de cargas; correio nacional; e metroferroviário de passageiros, no primeiro ramo; e de gestão de ativos intangíveis; administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; limpeza geral; agências de viagens; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; aluguel de máquinas e equipamentos; e atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia, no último.

Com menor impacto no índice geral, os serviços de informação e comunicação (-2,3%) apresentaram perdas de receita especialmente nos segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; atividades de exibição cinematográfica; consultoria em tecnologia da informação; e operadoras de TV por satélite.

A única contribuição positiva no acumulado de janeiro a outubro de 2020, frente a igual período de 2019, veio de outros serviços (6,4%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de administração de fundos por contrato ou comissão; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial.

Serviços cresceram em 16 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em outubro, frente a setembro, acompanhando o avanço (1,7%) observado nacionalmente.

Entre os locais que apontaram resultados positivos nesse mês, São Paulo (1,3%) exerceu o impacto positivo mais importante. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio de Janeiro (2,5%), da Bahia (10,8%) e do Distrito Federal (3,2%). Em contrapartida, Mato Grosso (-8,0%) registrou a principal retração em termos regionais.

Frente a outubro de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-7,4%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-7,7%), seguido por Rio de Janeiro (-8,7%), Paraná (-10,6%) e Rio Grande do Sul (-11,7%). Por outro lado, Santa Catarina (2,5%) e Mato Grosso do Sul (7,6%) assinalaram os resultados positivos mais relevantes.

Já no acumulado de 2020, frente a igual período do ano anterior, a queda do volume de serviços no Brasil (-8,7%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram retração na receita real de serviços.

O principal impacto negativo em termos regionais veio de São Paulo (-8,2%), seguido por Rio de Janeiro (-7,4%), Rio Grande do Sul (-13,8%), Minas Gerais (-7,5%), Paraná (-10,2%) e Bahia (-17,2%). Já a única contribuição positiva no índice nacional veio de Rondônia (1,2%).

Índice de atividades turísticas cresce 7,1% em outubro

Em outubro de 2020, o índice de atividades turísticas cresceu 7,1% frente a setembro, sexta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 102,6%. O segmento de turismo ainda necessita avançar 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020 (mês que antecedeu aos efeitos da pandemia). As medidas contra a COVID-19 (como o estímulo ao isolamento social) atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades turísticas, principalmente ao transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.

Todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado acompanharam este movimento de expansão, com destaque para São Paulo (3,6%), seguido por Bahia (24,4%), Rio de Janeiro (6,1%), Minas Gerais (10,9%) e Rio Grande do Sul (19,7%).

Frente a outubro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 33,6%, oitava taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; serviços de bufê; rodoviário coletivo de passageiros; agências de viagens; e locação de automóveis.

Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação investigadas mostraram recuo nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-40,9%), seguido por Rio de Janeiro (-29,3%), Minas Gerais (-27,4%), Bahia (-31,9%), Pernambuco (-38,2%) e Rio Grande do Sul (-35,8%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas caiu 38,2% frente a igual período de 2019, pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; transporte aéreo; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; catering, bufê e outros serviços de comida preparada; e agências de viagens.

Todas as 12 unidades da federação investigadas registraram taxas negativas, com destaque para São Paulo (-40,8%), seguido por Rio de Janeiro (-31,8%), Minas Gerais (-36,3%), Bahia (-41,1%) e Rio Grande do Sul (-44,6%).