PNAD Contínua Trimestral: desocupação cresce em 10 das 27 UFs no 3° trimestre de 2020
27/11/2020 09h00 | Atualizado em 27/11/2020 09h39
Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação cresceu em 10 unidades da federação. As demais 17 UFs mantiveram estabilidade. As maiores altas foram na Paraíba (4,0 p. p.), Amapá e Pernambuco (3,8 p. p. cada). Já as maiores taxas de desocupação foram observadas na Bahia (20,7%), em Sergipe (20,3%), Alagoas (20,0%) e Rio de Janeiro (19,1%) e as menores em Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%), Paraná (10,2%) e Rio Grande do Sul (10,3%).
A taxa de desocupação do país no 3° trimestre de 2020 foi de 14,6%, a mais alta da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,3 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre de abril a junho de 2020 (13,3%) e 2,8 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2019 (11,8%).
A taxa de desocupação foi de 12,8% para homens e 16,8% para mulheres. A taxa dos que se declararam brancos (11,8%) foi menor do que a média nacional, enquanto as dos pretos (19,1%) e dos pardos (16,5%) ficaram acima. Os grupos etários de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de idade (31,4%) continuaram com as maiores taxas.
No 3° trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 30,3%. Alagoas (49,3%) apresentou a maior taxa, seguido por Maranhão (47,1%), Sergipe (46,3%), Bahia e Piauí (ambos com 45,9%), todas acima de 45%. Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (12,7%) e Mato Grosso (18,7%), únicas unidades da federação abaixo de 20%.
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 3º trimestre de 2020 foi de 5,7%. Alagoas (21,6%) e Maranhão (20,8%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina e Distrito Federal (ambos com 1,3%), os menores.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 76,5% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (90,5%), Paraná (85,1%), Rio Grande do Sul (84,3%) e São Paulo (82,3%) e os menores no Maranhão (51,3%), Pará (53,9%) e Piauí (54,1%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,4%. Os maiores percentuais foram do Amapá (35,8%), Maranhão (34,1%), Amazonas (33,3%) e Rondônia (33,2%) e os menores, do Distrito Federal (20,8%), São Paulo (22,4%), Mato Grosso do Sul (23,7%) e Minas Gerais (24,3%), as únicas UFs com percentual abaixo de 25%.
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,4% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,9%), Maranhão (58,8%) e Amazonas (56,4%) e as menores, com Santa Catarina (26,9%), Distrito Federal (28,6%) e São Paulo (29,1%).
BA, SE e AL tinham as maiores taxas de desocupação no 3° trimestre de 2020
Além da Paraíba, que apresentou alta de 4,0 pontos percentuais na taxa de desocupação em relação ao trimestre anterior, mais nove unidades da federação registraram aumento, com destaque para Amapá e Pernambuco, ambos com 3,8 p. p. Nenhuma unidade da federação teve queda nessa comparação e as 17 UFs restantes mantiveram estabilidade.
Já em relação ao mesmo trimestre de 2019, 23 unidades da federação apresentaram aumento na taxa de desocupação, com destaque para Paraíba e Sergipe, ambos com alta de 5,6 p. p., Alagoas e Rio de Janeiro, ambos com alta de 4,6 p. p. Nenhuma unidade da federação teve queda e quatro UFs mantiveram estabilidade: Amapá. Piauí, Tocantins e Pará.
Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por UF,
frente ao trimestre móvel anterior (%) - 3° trimestre de 2020
UF | 2T 2020 | 3T 2020 | situação |
---|---|---|---|
Paraíba | 12,8 | 16,8 | |
Pernambuco | 15,0 | 18,8 | |
Amapá | 11,4 | 15,2 | |
Acre | 14,2 | 17,1 | |
Rio de Janeiro | 16,4 | 19,1 | |
Alagoas | 17,8 | 20,0 | |
Ceará | 12,1 | 14,1 | |
Pará | 9,1 | 10,9 | |
Espírito Santo | 12,3 | 13,9 | |
São Paulo | 13,6 | 15,1 | |
Brasil | 13,3 | 14,6 | |
Rio Grande do Norte | 15,0 | 17,3 | |
Roraima | 16,3 | 18,5 | |
Rio Grande do Sul | 9,4 | 10,3 | |
Maranhão | 16,0 | 16,9 | |
Bahia | 19,9 | 20,7 | |
Rondônia | 10,6 | 11,4 | |
Paraná | 9,6 | 10,2 | |
Sergipe | 19,8 | 20,3 | |
Minas Gerais | 12,9 | 13,3 | |
Goiás | 12,8 | 13,2 | |
Amazonas | 16,5 | 16,6 | |
Piauí | 12,7 | 12,8 | |
Mato Grosso do Sul | 11,4 | 11,5 | |
Distrito Federal | 15,6 | 15,6 | |
Mato Grosso | 10,2 | 9,9 | |
Santa Catarina | 6,9 | 6,6 | |
Tocantins | 12,6 | 12,2 |
Mulheres, jovens e pessoas pretas têm as maiores taxas de desocupação
As análises apontaram diferenças na taxa de desocupação entre homens e mulheres. No 3° trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 12,8% para os homens e 16,8% para as mulheres.
A taxa dos que se declararam brancos (11,8%) ficou abaixo da média nacional (14,6%), mas a dos pretos (19,1%) e a dos pardos (16,5%) ficaram acima.
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto, 24,3%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 17,1%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (7,0%).
As taxas de desocupação dos jovens de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de idade (31,4%) apresentaram patamar elevado em relação à taxa média total (14,6%).
AL tem a maior taxa de subutilização (49,3%) e SC a menor (12,7%)
No 3° trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 30,3%, com aumento de 1,2 p. p. em relação ao trimestre móvel anterior (29,1%). Alagoas (49,3%) apresentou a maior taxa, seguido por Maranhão (47,1%), Sergipe (46,3%), Bahia e Piauí (ambos com 45,9%), todas acima de 45%. Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (12,7%) e Mato Grosso (18,7%), únicas unidades da federação abaixo de 20%.
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 3° trimestre de 2020
UF | Valor |
---|---|
Santa Catarina | 12,7 |
Mato Grosso | 18,7 |
Paraná | 20,9 |
Rio Grande do Sul | 21,3 |
Rondônia | 21,8 |
Mato Grosso do Sul | 22,2 |
Goiás | 24,0 |
Distrito Federal | 24,8 |
Espírito Santo | 24,9 |
São Paulo | 26,8 |
Minas Gerais | 28,3 |
Tocantins | 29,1 |
Rio de Janeiro | 29,9 |
Brasil | 30,3 |
Pará | 30,8 |
Amazonas | 33,2 |
Amapá | 33,6 |
Acre | 37,7 |
Roraima | 38,3 |
Pernambuco | 38,6 |
Ceará | 38,7 |
Rio Grande do Norte | 41,3 |
Paraíba | 43,1 |
Piauí | 45,9 |
Bahia | 45,9 |
Sergipe | 46,3 |
Maranhão | 47,1 |
Alagoas | 49,3 |
AP tem a maior proporção de conta própria (35,8%) e DF a menor (20,8%)
O percentual de pessoas trabalhando por conta própria no país no 3° trimestre de 2020 foi de 26,4%. Entre as Grandes Regiões, os maiores percentuais ficaram com Norte (32,1%) e Nordeste (30,0%). As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (35,8%), Maranhão (34,1%), Amazonas (33,3%) e Rondônia (33,2%) e os menores estavam no Distrito Federal (20,8%), São Paulo (22,4%), Mato Grosso do Sul (23,7%) e Minas Gerais (24,3%), as únicas UFs com percentual abaixo de 25%.
Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) - 3° trimestre 2020
UF | Valor |
---|---|
Distrito Federal | 20,8 |
São Paulo | 22,4 |
Mato Grosso do Sul | 23,7 |
Minas Gerais | 24,3 |
Santa Catarina | 25,0 |
Alagoas | 26,1 |
Paraná | 26,2 |
Brasil | 26,4 |
Goiás | 26,5 |
Rio Grande do Sul | 26,6 |
Tocantins | 26,9 |
Rio de Janeiro | 26,9 |
Espírito Santo | 27,1 |
Rio Grande do Norte | 27,9 |
Mato Grosso | 28,4 |
Sergipe | 28,7 |
Roraima | 29,1 |
Acre | 29,2 |
Bahia | 29,3 |
Pernambuco | 29,6 |
Ceará | 30,4 |
Piauí | 30,8 |
Paraíba | 31,2 |
Pará | 32,4 |
Rondônia | 33,2 |
Amazonas | 33,3 |
Maranhão | 34,1 |
Amapá | 35,8 |
Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (51,3%) e o maior, de SC (90,5%)
No 3º trimestre de 2020, 76,5% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Nordeste (62,0%) e Norte (61,0%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (90,5%), Paraná (85,1%), Rio Grande do Sul (84,3%) e São Paulo (82,3%) e os menores no Maranhão (51,3%), Pará (53,9%) e Piauí (54,1%).
Percentual de empregados COM carteira entre
os empregados do setor privado, por UFs (%) 3º trimestre 2020
UF | Valor |
---|---|
Maranhão | 51,3 |
Pará | 53,9 |
Piauí | 54,1 |
Tocantins | 58,4 |
Ceará | 59,2 |
Bahia | 61,3 |
Paraíba | 62,5 |
Sergipe | 62,8 |
Acre | 63,6 |
Roraima | 66,7 |
Pernambuco | 68,0 |
Amazonas | 68,3 |
Alagoas | 69,1 |
Rio Grande do Norte | 71,8 |
Goiás | 74,6 |
Amapá | 74,7 |
Rondônia | 74,9 |
Brasil | 76,5 |
Minas Gerais | 76,5 |
Mato Grosso do Sul | 77,1 |
Espírito Santo | 77,8 |
Mato Grosso | 79,4 |
Distrito Federal | 80,8 |
Rio de Janeiro | 81,8 |
São Paulo | 82,3 |
Rio Grande do Sul | 84,3 |
Paraná | 85,1 |
Santa Catarina | 90,5 |
Frente ao trimestre anterior, rendimento médio cresce apenas no RS e em SP
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas ocupadas com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.554. Este resultado ficou estável em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.519) e aumentou em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.359). Na comparação com o 2° trimestre de 2020, tiveram aumento apenas Rio Grande do Sul (5,8%) e São Paulo (5,5%). Houve quedas no Pará (-8,0%) e em Rondônia (-7,4%). As demais UFs permaneceram estáveis. As unidades da federação com os maiores rendimentos foram Distrito Federal (R$ 4.268), São Paulo (R$ 3.366) e Rio de Janeiro (R$ 3.251) e as menores, Maranhão (R$ 1.408), Piauí (R$ 1.513) e Alagoas (R$ 1.543).
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas ocupadas com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 205,3 milhões de reais, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 205,1 milhões de reais) e queda em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 216,0 milhões de reais).
PA tem a maior taxa de informalidade (60,9%) e SC, a menor (26,9%)
A taxa de informalidade no 3° trimestre de 2020 ficou em 38,4% da população ocupada. Entre as unidades da federação, as maiores taxas ficaram com Pará (60,9%), Maranhão (58,8%) e Amazonas (56,4%) e as menores com Santa Catarina (26,9%), Distrito Federal (28,6%) e São Paulo (29,1%).
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) - 3º trimestre de 2020
UF | Valor |
---|---|
Pará | 60,9 |
Maranhão | 58,8 |
Amazonas | 56,4 |
Piauí | 55,9 |
Ceará | 52,2 |
Bahia | 51,3 |
Sergipe | 51,1 |
Pernambuco | 48,0 |
Rondônia | 47,5 |
Paraíba | 47,0 |
Roraima | 46,1 |
Acre | 46,0 |
Tocantins | 45,7 |
Amapá | 45,0 |
Alagoas | 44,8 |
Rio Grande do Norte | 41,7 |
Mato Grosso | 39,5 |
Espírito Santo | 39,0 |
Brasil | 38,4 |
Goiás | 38,2 |
Minas Gerais | 37,8 |
Mato Grosso do Sul | 36,6 |
Rio de Janeiro | 34,2 |
Rio Grande do Sul | 30,9 |
Paraná | 30,3 |
São Paulo | 29,1 |
Distrito Federal | 28,6 |
Santa Catarina | 26,9 |