Em novembro, IPCA-15 sobe 0,81%
24/11/2020 09h00 | Atualizado em 24/11/2020 09h00
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,81% em novembro, 0,13 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de outubro (0,94%). Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA-15 foi de 0,85%.
Período | TAXA |
---|---|
Novembro de 2020 | 0,81% |
Outubro de 2020 | 0,94% |
Novembro de 2019 | 0,14% |
Acumulado no ano | 3,13% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,22% |
No ano, o índice acumula alta de 3,13%. O acumulado dos últimos 12 meses é de 4,22%, acima dos 3,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,14%.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro, com destaque para Alimentação e bebidas (2,16%), que contribuiu com 0,44 p.p. no índice do mês. O segundo maior impacto (0,20 p.p.) veio dos Transportes (1,00%), que desaceleraram frente ao mês anterior (1,34%). Já os grupos Artigos de residência (1,40%) e Habitação (0,34%) apresentaram resultados próximos aos de outubro, quando variaram 1,41% e 0,40%, respectivamente. Os demais ficaram entre o 0,01% de Educação e o 0,96% de Vestuário.
Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 0,94 | 0,81 | 0,94 | 0,81 |
Alimentação e Bebidas | 2,24 | 2,16 | 0,45 | 0,44 |
Habitação | 0,40 | 0,34 | 0,06 | 0,05 |
Artigos de Residência | 1,41 | 1,40 | 0,05 | 0,05 |
Vestuário | 0,84 | 0,96 | 0,04 | 0,04 |
Transportes | 1,34 | 1,00 | 0,27 | 0,20 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,28 | 0,04 | 0,04 | 0,01 |
Despesas Pessoais | 0,14 | 0,14 | 0,02 | 0,02 |
Educação | -0,02 | 0,01 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,23 | 0,06 | 0,01 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
O grupo Alimentação e bebidas variou 2,16% em novembro e acumula alta de 12,12% no ano. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 2,69%, influenciados pela alta de alguns itens importantes na cesta das famílias, como as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa, que passou de -4,39% em outubro para 33,37% em novembro. O tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%) também subiram, embora este último tenha desacelerado em relação ao mês anterior (22,34%). No lado das quedas, o destaque foi o leite longa vida, cujos preços caíram 3,81%.
Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,54% em outubro para 0,87% em novembro, principalmente em função da alta do lanche (1,92%). A refeição, por sua vez, variou 0,49%, frente à alta de 0,93% no mês anterior.
Em Transportes (1,00%), o maior impacto (0,06 p.p.) veio da gasolina (1,17%), subitem de maior peso na composição do IPCA-15. Os preços de outros combustíveis, como o etanol (4,02%), o óleo diesel (0,53%) e o gás veicular (0,55%) também subiram. A segunda maior contribuição no grupo (0,03 p.p.) veio do automóvel novo, com alta de 1,07%. Cabe mencionar ainda a desaceleração observada nas passagens aéreas, que passaram de alta de 39,90% em outubro para 3,46% em novembro.
Ainda em Transportes, as principais quedas foram observadas nos preços das passagens dos ônibus interestaduais (-0,52%) e dos ônibus intermunicipais (-0,40%).
Em Artigos de residência (1,40%), as maiores contribuições vieram dos itens mobiliário (2,40%) e eletrodomésticos e equipamentos (2,23%), ambos com impacto de 0,02 p.p. Em particular, destaca-se a alta de 11,23% nos preços do ar-condicionado. Os itens de tv, som e informática, por sua vez, desaceleraram na comparação com o mês anterior, passando de 1,68% em outubro para 0,10% em novembro.
No grupo Habitação (0,34%), a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,33%) reflete os reajustes tarifários de 3,04% em Belo Horizonte (1,33%), vigente desde 1º de novembro, e de 5,88% em uma das concessionárias de Porto Alegre (1,69%), vigente desde 1º de outubro. Já o resultado do item energia elétrica (-0,04%) foi influenciado por dois reajustes e uma redução tarifária: Brasília (-0,01%), redução de 0,63%, a partir de 22 de outubro; Goiânia (0,79%), reajuste de 2,57%, a partir de 22 de outubro; e São Paulo (-0,39%), reajuste de 3,87% em uma das concessionárias pesquisadas, vigente desde 23 de outubro.
Em São Paulo, apesar do reajuste tarifário, houve redução na alíquota de PIS/COFINS em uma das concessionárias pesquisadas, o que fez com que o resultado da área tenha ficado negativo.
Vestuário acelerou de 0,84% em outubro para 0,96% em novembro. Enquanto as roupas femininas passaram de -0,10% para 0,97%, as roupas masculinas (1,49%), infantis (0,74%) e os calçados e acessórios (0,33%) apresentaram alta pelo segundo mês consecutivo. As joias e bijuterias (2,27%) também seguem em alta e acumulam no ano 13,19%.
Quanto aos índices regionais, todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva. O menor resultado foi verificado na Região Metropolitana de Recife (0,31%), especialmente por conta da queda nos preços da gasolina (-1,37%). Já a maior variação foi observada no município de Goiânia (1,26%), onde a alta de 3,25% nos preços da gasolina foi a principal responsável pelo resultado observado no mês.
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,96 | 1,04 | 1,26 | 3,07 | 4,68 |
Belo Horizonte | 10,04 | 1,05 | 1,01 | 3,52 | 4,61 |
Curitiba | 8,09 | 0,86 | 0,98 | 2,51 | 3,94 |
São Paulo | 33,45 | 0,96 | 0,93 | 3,41 | 4,32 |
Belém | 4,46 | 1,33 | 0,79 | 3,20 | 4,98 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,77 | 0,71 | 2,39 | 3,51 |
Brasília | 4,84 | 0,89 | 0,67 | 2,40 | 3,96 |
Fortaleza | 3,88 | 1,35 | 0,66 | 4,49 | 5,44 |
Salvador | 7,19 | 0,43 | 0,63 | 2,92 | 3,90 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,86 | 0,46 | 2,57 | 3,57 |
Recife | 4,71 | 1,12 | 0,31 | 4,03 | 4,65 |
Brasil | 100,00 | 0,94 | 0,81 | 3,13 | 4,22 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 12 de novembro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de setembro a 13 de outubro de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.