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PNAD COVID19: 5,7% da população ocupada estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social na primeira semana de agosto

Editoria: Séries Especiais

28/08/2020 09h00 | Atualizado em 28/08/2020 09h37

Essa proporção caiu em relação à quarta semana de julho (7,1%) e também frente à primeira semana da pesquisa, de 3 a 9 de maio (19,8%). Não houve resultados na última semana de julho devido à parada técnica da pesquisa. 

A PNAD COVID19 estimou em 81,6 milhões a população ocupada do país na semana de 2 a 8 de agosto, com estabilidade em relação à quarta semana de julho (81,2 milhões de pessoas) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas).

A população ocupada e não afastada do trabalho, estimada em 74,7 milhões de pessoas, aumentou em relação à quarta semana de julho (72,3 milhões) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões). Entre essas pessoas, 8,6 milhões (ou 11,5% da população ocupada e não afastada) trabalhavam remotamente. Esse contingente ficou estável frente à quarta semana de julho (8,3 milhões ou 11,5%) e, em números absolutos, ficou estável em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões), porém com queda em termos percentuais frente àquela semana (13,4%).

O nível de ocupação foi de 47,9%, estável frente à quarta semana de julho (47,7%) e com queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

A proxy da taxa de informalidade foi de 34,2% e ficou estável em relação à quarta semana de julho (33,5%), mas recuou frente à semana de 3 a 9 de maio (35,7%).

Cerca de 4,7 milhões (ou 5,7% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente recuou em ambas as comparações: frente à quarta semana de julho (5,8 milhões ou 7,1% da população ocupada) e, também, à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).

Fonte: IBGE, PNAD COVID19

A população desocupada (12,6 milhões de pessoas) ficou estável frente à quarta semana de julho (12,9 milhões), mas superior à da semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,3% para o período de 2 a 8 de agosto, estável em relação à quarta semana de julho (13,7%) e com alta frente à primeira semana de maio (10,5%).

A taxa de participação na força de trabalho (55,3%) na semana de 2 a 8 de agosto ficou estável nas duas comparações: frente à da quarta semana de julho (55,3%) e à primeira semana de maio (55,2%).

A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 76,1 milhões de pessoas, mantendo-se estável em relação à quarta semana de julho (76,0 milhões) e, também, frente à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, disseram que gostariam de trabalhar cerca de 28,1 milhões de pessoas (ou 36,9% da população fora da força de trabalho). Esse contingente ficou estável em relação à quarta semana de julho (28,0 milhões ou 36,9%) e frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

Cerca de 18,3 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 24,1% das pessoas fora da força. Esse contingente permaneceu estável em relação à quarta semana de julho (18,5 milhões ou 24,4%) e frente à semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 25,1%).

3,2 milhões de pessoas com sintomas de síndrome gripal buscaram estabelecimento de saúde

Na semana de 2 a 8 de agosto, a PNAD COVID19 estimou que 13,0 milhões de pessoas (ou 6,2% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. Esse contingente ficou estável frente à quarta semana de julho (13,3 milhões ou 6,3% da população) e se reduziu em relação à semana de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Cerca de 3,2 milhões de pessoas (ou 24,3% daqueles que apresentaram algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado). Esse contingente ficou estável em relação à quarta semana de julho (3,3 milhões ou 24,3%) e estável em números absolutos embora com aumento em termos percentuais) frente à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Mais de 82% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.

Na semana de 2 e 8 de agosto, 223 mil pessoas (7,0%) que tiveram sintomas de síndrome gripal procuraram atendimento em ambulatório ou consultório privado ou ligado às forças armadas. Houve estabilidade frente à quarta semana de julho (238 mil ou 7,3%) e queda em relação à primeira semana de maio (320 mil ou 8,7%).

Cerca de 974 mil pessoas procuraram atendimento em hospital público, particular ou ligado às forças armadas na semana de 2 e 8 de agosto. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à quarta semana de julho (1,1 milhão) e frente à semana de 3 a 9 de maio (1,1 milhão).

Entre os que procuraram atendimento em hospital, 136 mil (14,0%) foram internados, mostrando estabilidade frente à quarta semana de julho (159 mil ou 14,5%) e à semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).