Produção industrial cresce em 14 dos 15 locais pesquisados em junho
11/08/2020 09h00 | Atualizado em 13/08/2020 09h50
Em junho de 2020, 14 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com maio, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Amazonas (65,7%) e no Ceará (39,2%). Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional (8,9%). Apenas Mato Grosso (-0,4) apresentou recuo. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Junho de 2020 |
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Locais | Variação (%) | |||
Junho 2020/ Maio 2020* |
Junho 2020/ Junho 2019 |
Acumulado Janeiro-Junho |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
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Amazonas | 65,7 | -10,4 | -19,6 | -5,4 |
Pará | 2,8 | -8,0 | -0,8 | 0,4 |
Região Nordeste | 8,0 | -13,0 | -9,5 | -6,1 |
Ceará | 39,2 | -22,1 | -22,0 | -9,7 |
Pernambuco | 3,5 | 2,8 | -3,6 | -3,9 |
Bahia | 0,6 | -14,4 | -7,3 | -5,6 |
Minas Gerais | 5,8 | -6,0 | -11,0 | -8,8 |
Espírito Santo | 0,4 | -32,4 | -20,8 | -19,6 |
Rio de Janeiro | 0,7 | -0,4 | 2,3 | 4,4 |
São Paulo | 10,2 | -11,8 | -14,2 | -6,6 |
Paraná | 5,2 | -6,8 | -8,6 | -2,3 |
Santa Catarina | 9,1 | -12,6 | -15,0 | -7,5 |
Rio Grande do Sul | 12,6 | -12,2 | -15,8 | -8,9 |
Mato Grosso | -0,4 | 1,6 | -3,3 | -3,2 |
Goiás | 0,7 | 5,4 | 0,9 | 2,2 |
Brasil | 8,9 | -9,0 | -10,9 | -5,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria * Série com Ajuste Sazonal |
No crescimento de 8,9% da atividade industrial na passagem de maio para junho de 2020, na série com ajuste sazonal, observa-se perfil disseminado de resultados positivos alcançando 14 dos 15 locais pesquisados. O comportamento reflete a ampliação do movimento de retorno à produção (mesmo que de forma parcial) de unidades produtivas que interromperam seus processos produtivos, por conta dos efeitos causados pela pandemia da COVID-19.
Amazonas (65,7%) e Ceará (39,2%) assinalaram os maiores avanços, com ambos marcando a segunda taxa positiva consecutiva e acumulando ganhos de 95,1% e 42,5% nesse período, respectivamente. Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional (8,9%), enquanto Região Nordeste (8,0%), Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco (3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro (0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Mato Grosso (-0,4%) apontou o único resultado negativo em junho de 2020, eliminando, dessa forma, pequena parte do crescimento de 3,6% observado em maio último.
O índice de média móvel trimestral, ainda na série com ajuste sazonal, mostrou queda de 1,8% no trimestre encerrado em junho de 2020 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019.
Dez dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas no mês, com destaque para os recuos mais acentuados de Espírito Santo (-9,9%), Bahia (-7,6%), Região Nordeste (-5,2%), Rio de Janeiro (-3,8%), São Paulo (-3,5%), Ceará (-3,0%) e Paraná (-1,9%). Por outro lado, Pará (2,0%), Goiás (1,9%) e Rio Grande do Sul (1,1%) mostraram os principais avanços.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 9,0% em junho de 2020, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Apesar do efeito-calendário positivo, já que junho de 2020 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (19), permanece o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social e que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país.
Espírito Santo (-32,4%) e Ceará (-22,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Bahia (-14,4%), Região Nordeste (-13,0%), Santa Catarina (-12,6%), Rio Grande do Sul (-12,2%), São Paulo (-11,8%) e Amazonas (-10,4%) também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-9,0%), enquanto Pará (-8,0%), Paraná (-6,8%), Minas Gerais (-6,0%) e Rio de Janeiro (-0,4%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal de junho de 2020.
Por outro lado, Goiás (5,4%) apontou o avanço mais intenso nesse mês. Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,6%) mostraram as demais taxas positivas nesse mês.
Em bases trimestrais, o setor industrial recuou 19,4% no segundo trimestre de 2020, sua queda mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação, permanecendo com o comportamento negativo desde o último trimestre de 2018 (-1,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.
Houve aumento na intensidade de perda na produção industrial, do primeiro (-1,6%) para o segundo trimestre de 2020 (-19,4%) em treze dos quinze locais pesquisados, com destaque para Ceará (de -1,4% para -42,4%), Amazonas (de -0,9% para -38,9%), Região Nordeste (de 4,4% para -23,3%), Bahia (de 6,9% para -20,5%), São Paulo (de -2,5% para -24,0%), Paraná (de 2,5% para -18,5%), Rio Grande do Sul (de -5,1% para -25,4%), Pernambuco (de 5,8% para -13,4%), Santa Catarina (de -5,2% para -24,3%), Espírito Santo (de -12,3% para -29,8%) e Rio de Janeiro (de 10,0% para -5,3%). Por outro lado, Goiás (de -1,2% para 2,3%) apontou o principal ganho entre os dois períodos.
No acumulado do ano, frente a 2019, houve redução em 13 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (-22,0%), Espírito Santo (-20,8%) e Amazonas (-19,6%). Rio Grande do Sul (-15,8%), Santa Catarina (-15,0%), São Paulo (-14,2%) e Minas Gerais (-11,0%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-10,9%), enquanto o Nordeste (-9,5%), Paraná (-8,6%), Bahia (-7,3%), Pernambuco (-3,6%), Mato Grosso (-3,3%) e Pará (-0,8%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice acumulado no ano.
Em contrapartida, Rio de Janeiro Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%) apontaram os avanços no índice acumulado de janeiro-junho de 2020.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar redução de 5,6% em junho de 2020, marcou o recuo mais elevado desde dezembro de 2016 (-6,4%) e permaneceu com o aumento na intensidade de perda frente aos resultados dos meses anteriores. Em 12 dos 15 locais houve taxas negativas em junho de 2020, e dez intensificaram suas quedas frente a maio. Ceará de -8,0% para -9,7%), Espírito Santo (de -18,0% para -19,6%), Amazonas (de -4,1% para -5,4%), Rio Grande do Sul (de -7,7% para -8,9%), Pará (de 1,4% para 0,4%), Santa Catarina (de -6,6% para -7,5%) e São Paulo (de -6,0% para -6,6%) mostraram as principais perdas entre maio e junho de 2020, enquanto Mato Grosso (de -4,5% para -3,2%), Goiás (de 1,4% para 2,2%) e Pernambuco (de -4,5% para -3,9%) registraram os principais ganhos o período.