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No 1º trimestre de 2020, abate de bovinos cai e o de suínos e frangos cresce

10/06/2020 09h00 | Atualizado em 16/07/2020 17h22

No 1º trimestre de 2020 foram abatidas 7,25 milhões de cabeças de bovinos, 8,5% inferior ao do 1º trimestre de 2019 e 10,2% a menos do que no trimestre imediatamente anterior. Este resultado foi o menor, desde 2012. Já o abate de frangos, com 1,51 bilhão de cabeças, foi novo recorde na série histórica e cresceu em ambas as comparações: 5,0% e 2,8%, respectivamente. O abate de suínos, com 11,88 milhões de cabeças, foi recorde histórico para um primeiro trimestre, com aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2019 e de queda de 0,2% na comparação com o 4° trimestre de 2019.

A aquisição de leite cru foi de 6,30 bilhões de litros, com alta de 1,8% em relação ao 1° trimestre de 2019, e queda de 5,5% contra o trimestre imediatamente anterior.

A produção de ovos de galinha foi de 965,11 milhões de dúzias, recorde na série histórica para um primeiro trimestre, ficando 3,9% acima do resultado do 1º trimestre de 2019 e 2,5% abaixo do 4º trimestre de 2019.

Tabela 11 - Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru
e Produção de Ovos de Galinha - Brasil - 1º Trimestre de 2020
Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha 2019 2019 2020 Variação (%)
1º Trimestre 4º Trimestre 1º Trimestre 3 / 1 3 / 2
1 2 3
Número de animais abatidos (mil cabeças)
BOVINOS 7 927 8 081 7 255 -8,5 -10,2
Bois 3 894 4 769 3 845 -1,3 -19,4
Vacas 2 700 2 086 2 217 -17,9 6,3
Novilhos 343 447 321 -6,3 -28,1
Novilhas 991 779 871 -12,1 11,8
SUÍNOS 11 299 11 912 11 883 5,2 -0,2
FRANGOS 1 438 400 1 470 300 1 510 836 5,0 2,8
Peso das carcaças (toneladas)
BOVINOS 1 950 324 2 093 377 1 837 648 -5,8 -12,2
Bois 1 110 117 1 388 300 1 116 970 0,6 -19,5
Vacas 560 264 435 705 466 358 -16,8 7,0
Novilhos 83 673 111 754 79 424 -5,1 -28,9
Novilhas 196 271 157 617 174 897 -10,9 11,0
SUÍNOS 990 440 1 060 277 1 066 185 7,6 0,6
FRANGOS 3 341 338 3 389 362 3 476 001 4,0 2,6
Leite (mil litros)
Adquirido 6 195 154 6 671 163 6 303 702 1,8 -5,5
Industrializado 6 187 660 6 663 429 6 300 048 1,8 -5,5
Couro (mil unidades)
Adquirido (cru) 8 473 7 803 7 517 -11,3 -3,7
Curtido 8 360 7 800 7 301 -12,7 -6,4
Ovos (mil dúzias)
Produção 928 997 990 054 965 106 3,9 -2,5
FONTE: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais,
Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.
Nota: Os dados relativos ao ano de 2020 são preliminares.

Abate de bovinos no 1º trimestre tem o menor resultado desde 2012

No 1º trimestre de 2020, foram abatidas 7,25 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 8,5% inferior à obtida no 1° trimestre de 2019 e 10,2% abaixo da registrada no trimestre imediatamente anterior. Foi o resultado trimestral mais baixo desde 2012.

O abate de 672,49 mil cabeças de bovinos a menos no 1º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre as com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em Goiás (-157,68 mil cabeças), Mato Grosso (-120,70 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-90,56 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-65,49 mil cabeças), Tocantins (-56,09 mil cabeças), Pará (-48,65 mil cabeças), São Paulo (-47,15 mil cabeças), Bahia (-45,36 mil cabeças), Rondônia (-22,18 mil cabeças) e Maranhão (-9,82 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores variações positivas ocorreram em: Santa Catarina (+15,26 mil cabeças) e Acre (+8,35 mil cabeças).

No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 17,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,1%).

Abate de suínos é recorde para um 1° trimestre: 11,88 milhões de cabeças

No 1º trimestre de 2020, foram abatidas 11,88 milhões de cabeças de suínos, representando aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2019 e de queda de 0,2% na comparação com o 4° trimestre de 2019. Esse resultado é recorde para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997.

O abate de 583,89 mil cabeças de suínos a mais no 1º trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 17 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+352,09 mil cabeças), Mato Grosso (+91,95 mil cabeças), Minas Gerais (+79,66 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+41,34 mil cabeças), Paraná (+31,55 mil cabeças), Goiás (+30,01 mil cabeças) e São Paulo (+21,27 mil cabeças). Em contrapartida, a principal queda ocorreu em: Rio Grande do Sul (-68,13 mil cabeças).

No ranking das UFs, Santa Catarina continuou liderando o abate de suínos, com 28,3% da participação nacional, seguido por Paraná (19,7%) e Rio Grande do Sul (17,4%).

Abate de frangos é recorde: 1,51 bilhão de cabeças

O abate de frangos no 1º trimestre de 2020 totalizou 1,51 bilhão de cabeças, novo recorde na série histórica iniciada em 1987. Esse resultado ficou 5,0% acima do mesmo período de 2019 e 2,8% acima do trimestre imediatamente anterior.

O abate de 72,44 milhões de cabeças de frangos a mais no 1º trimestre de 2020, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por aumento no abate em 17 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+38,31 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+10,02 milhões de cabeças), São Paulo (+8,67 milhões de cabeças), Santa Catarina (+8,38 milhões de cabeças), Minas Gerais (+7,43 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+5,40 milhões de cabeças) e Bahia (+3,12 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Goiás (-4,15 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-2,47 milhões de cabeças).

No ranking das UFs, Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 33,5% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (14,0%) e Santa Catarina (13,9%).

Aquisição de leite cru é recorde para um 1° trimestre: 6,30 bilhões de litros

No 1º trimestre de 2020, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,30 bilhões de litros, recorde para um primeiro trimestre na série histórica iniciada em 1997, com aumento de 1,8% em relação ao 1° trimestre de 2019 e redução de 5,5% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Observa-se um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 1° trimestres apresentam queda de produção em relação ao último período de cada ano. O mês de maior captação dentro do primeiro trimestre de 2020 foi janeiro, com 2,23 bilhões de litros de leite.

No comparativo do 1° trimestre de 2020 com o mesmo período em 2019, o acréscimo de 108,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional se deve a aumentos registrados em 17 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os aumentos mais significativos ocorreram em Santa Catarina (+61,12 milhões de litros), Minas Gerais (+58,85 milhões de litros), Paraná (+26,08 milhões de litros), São Paulo (+21,45 milhões de litros) e Bahia (+16,27 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (-51,41 milhões de litros), Goiás (-28,80 milhões de litros) e Rio de Janeiro (-10,48 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 26,0% da captação nacional, seguida por Paraná (13,1%) e Rio Grande do Sul (11,8%).

Aquisição de couro fica 11,3% abaixo do 1° trimestre de 2019

No 1° trimestre de 2020, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 7,52 milhões de peças de couro. Esse total representa reduções de 11,3% em relação ao adquirido no 1° trimestre de 2019 e de 3,7% frente ao 4° trimestre de 2019. Na comparação mensal, janeiro apresentou a maior queda em relação ao mesmo período do ano anterior, com 18,5% de peças adquiridas a menos.

O comparativo entre os 1os trimestres de 2019 e 2020 indica uma variação negativa de 955,93 mil de peças no total adquirido pelos estabelecimentos, proveniente da redução em 13 das 19 Unidades da Federação que possuem curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações negativas mais expressivas ocorreram em Paraná (-187,94 mil peças), Mato Grosso (-166,65 mil peças), São Paulo (-122,78 mil peças), Pará (-113,78 mil peças), Mato Grosso do Sul (-100,25 mil peças) e Rio Grande do Sul (-98,85 mil peças). O único estado com participação acima de 5,0% na aquisição de couro nacional a registrar aumento foi Rondônia (+74,24 mil peças).

Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (14,1%) e São Paulo (11,1%).

Produção de ovos de galinha é recorde para um 1° trimestre

No 1° trimestre de 2020, a produção de ovos de galinha foi de 965,11 milhões de dúzias, recorde para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997. Esse resultado foi 3,9% maior que o registrado no 1º trimestre de 2019 e 2,5% menor que o apurado no trimestre imediatamente anterior.

A produção de 36,11 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo dos 1os trimestres 2020/2019, foi impulsionada por aumentos em 19 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais intensos ocorreram em São Paulo (+18,72 milhões de dúzias), Santa Catarina (+5,04 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+4,92 milhões de dúzias). Em contrapartida, as retrações mais consideráveis ocorreram em Goiás (-4,33 milhões de dúzias) e Rio Grande do Sul (-4,19 milhões de dúzias).

Durante o primeiro trimestre de 2020, o Estado de São Paulo se manteve como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, com 29,6% da produção nacional, seguido por Minas Gerais e Espírito Santo, ambos respondendo pela mesma proporção de 9,3%, e pelo Paraná com 9,1% da produção.