Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA varia 0,07% em março

09/04/2020 09h00 | Atualizado em 09/04/2020 14h58

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,07% em março,o menor resultado para um mês de março desde o início do Plano Real (1994), e ficou 0,18 ponto percentual (p.p.)abaixo da taxa de fevereiro (0,25%). Em março de 2019, a taxa havia sido de 0,75%. O índice acumula no ano alta de 0,53% e, nos últimos 12 meses, de 3,30%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram deflação em março.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 3 a 30 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (base). Em virtude da pandemia do COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas em sites de internet, por telefone ou e-mail.

Período TAXA
Março de 2020 0,07%
Fevereiro de 2020 0,25%
Março de 2019 0,75%
Acumulado no ano 0,53%
Acumulado nos 12 meses 3,30%


O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 1,13%, e o maior impacto, 0,22 ponto percentual (p.p.), no mês de março, mostrando aceleração em relação ao resultado de fevereiro (0,11%). Outros cinco grupos também registraram alta, com destaque para Educação (0,59%), que apresentou a segunda maior variação positiva, e Habitação (0,13%), que havia apresentado queda em fevereiro (-0,39%). No lado das quedas, embora a menor variação tenha sido a dos Artigos de residência (-1,08%), a maior contribuição negativa no índice do mês (-0,18 p.p.) veio dos Transportes (-0,90%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,23% em Despesas pessoais e as altas de 0,21% em Vestuário e Saúde e cuidados pessoais.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Fevereiro Março Fevereiro Março
Índice Geral 0,25 0,07 0,25 0,07
Alimentação e Bebidas 0,11 1,13 0,02 0,22
Habitação -0,39 0,13 -0,06 0,02
Artigos de Residência -0,08 -1,08 0,00 -0,04
Vestuário -0,73 0,21 -0,03 0,01
Transportes -0,23 -0,90 -0,05 -0,18
Saúde e Cuidados Pessoais 0,73 0,21 0,10 0,03
Despesas Pessoais 0,31 -0,23 0,03 -0,03
Educação 3,70 0,59 0,23 0,04
Comunicação 0,21 0,04 0,01 0,00

A aceleração do grupo Alimentação e bebidas (1,13%) foi influenciada principalmente pelo comportamento da alimentação no domicílio, que passou de 0,06% em fevereiro para 1,40% em março. Os destaques foram o ovo de galinha (4,67%), a batata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%). As carnes (-0,30%), por sua vez, apresentaram queda pelo terceiro mês consecutivo, embora o recuo nos preços tenha sido menos intenso na comparação com o mês anterior (-3,53%).

A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de fevereiro (0,22%) para março (0,51%), puxada pela alta do lanche (1,90%). A refeição, por outro lado, registrou deflação (-0,10%), após a alta de 0,35% no IPCA de fevereiro.

No grupo Educação (0,59%), o maior impacto (0,04 p.p.) veio mais uma vez dos cursos regulares (0,74%), refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo e incorporados no índice nos meses de fevereiro e março. Os cursos diversos, por sua vez, registraram queda (-0,27%), após a alta de 2,67% observada no mês anterior.

Após a queda de 0,39% em fevereiro, o grupo Habitação apresentou alta de 0,13% em março, influenciado pelas altas do gás de botijão (0,60%) e da energia elétrica (0,12%). No que diz respeito à energia elétrica, vale lembrar que, em março, houve a manutenção da bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

As áreas apresentaram variações que foram desde a queda de 6,67% em Goiânia, onde houve redução de PIS/COFINS e da contribuição de iluminação pública, até a alta de 4,21% no Rio de Janeiro, onde foram praticados reajustes nas tarifas de duas concessionárias a partir de 15 de março. Já no caso do gás de botijão, a Petrobrás anunciou uma redução de 5,00% no preço do gás de botijão de 13 kg nas refinarias, a partir de 19 de março.

Ainda em Habitação, o resultado do item gás encanado (-0,42%) é consequência das quedas verificadas em São Paulo (-0,79%), onde houve redução de 0,85% em 2 de março, e no Rio de Janeiro (-0,11%), onde as tarifas foram reduzidas em 1,20% no dia 1º de fevereiro. Em Curitiba (0,75%), houve reajuste de 5,26%, aplicado a partir de 3 de fevereiro. Por fim, cabe mencionar que a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,12%) decorre do reajuste médio de 6,23% em Porto Alegre (1,11%), em vigor desde 21 de março.

A maior contribuição negativa (-0,18 p.p.) no IPCA de março veio do grupo dos Transportes (-0,90%). Além da queda nos preços das passagens aéreas (-16,75%), todos os combustíveis (-1,88%) pesquisados apresentaram queda: etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%). No caso da gasolina, ao longo do mês de março, a Petrobrás anunciou uma série de reduções nos preços desse combustível nas refinarias, sendo a última de 5,00% no dia 28 de março. À exceção de Salvador (2,14%), Campo Grande (0,52%) e São Luís (0,07%), todas as áreas registraram recuo nos preços, que foram desde os -3,45% em Vitória até o -0,51% em Belém.

No lado das altas dos Transportes, destaca-se o item ônibus urbano (0,32%), que foi influenciado pelos reajustes de 5,00% em Salvador (3,50%), vigente desde 12 de março, e de 8,82% em São Luís (4,52%), aplicado a partir de 16 de fevereiro. Já a variação positiva do item trem (0,08%) é consequência do reajuste de 2,17% nas passagens do Rio de Janeiro (0,21%), vigentes desde 2 de fevereiro.

No que concerne aos índices regionais, quatro das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram deflação em março, conforme mostra a tabela a seguir. O menor índice ficou com o município de Goiânia (-0,74%), por conta das quedas nos preços da energia elétrica (-6,67%) e da gasolina (-3,25%). Já o maior resultado foi registrado no município de Campo Grande (0,56%), em função das altas no tomate (21,20%) e na gasolina (0,52%).

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Campo Grande 1,57 0,42 0,56 1,11 4,33
Rio de Janeiro 9,43 -0,02 0,46 0,50 2,71
Aracaju 1,03 0,66 0,41 1,47 3,52
São Luís 1,62 0,18 0,37 0,36 2,72
Recife 3,92 0,38 0,31 0,99 2,99
Fortaleza 3,23 0,80 0,21 1,29 4,39
Salvador 5,99 0,16 0,17 0,67 3,27
Curitiba 8,09 0,08 0,13 0,26 3,18
Vitória 1,86 0,33 0,12 0,75 2,78
São Paulo 32,28 0,23 0,09 0,66 3,62
Belo Horizonte 9,69 0,50 0,05 0,75 3,41
Rio Branco 0,51 0,49 0,01 0,29 2,26
Belém 3,94 0,21 -0,16 0,44 4,18
Brasília 4,06 0,35 -0,22 0,00 2,93
Porto Alegre 8,61 0,16 -0,32 0,01 2,64
Goiânia 4,17 0,18 -0,74 -0,47 3,04
Brasil 100,00 0,25 0,07 0,53 3,30

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC varia 0,18% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de março apresentou variação de 0,18%, enquanto, em fevereiro, havia registrado 0,17%. A variação acumulada no ano foi de 0,54% e, nos últimos doze meses, o índice apresentou alta de 3,31%, abaixo dos 3,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2019, a taxa foi de 0,77%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,12% em março enquanto, no mês anterior, registraram 0,13%. Já o agrupamento dos não alimentícios teve variação de -0,09%, enquanto, em fevereiro, havia registrado 0,18%.

No que diz respeito aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, o município de Campo Grande (0,62%) apresentou o maior índice, principalmente em função das altas do tomate (21,20%) e da gasolina (0,52%). Já o menor resultado ficou com o município de Goiânia (-0,67%), influenciado pela queda nos preços da energia elétrica (-6,74%) e da gasolina (-3,25%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%) Variação Acumulada (%)
Fevereiro Março Ano 12 meses
Campo Grande 1,73 0,35 0,62 1,12 4,25
Rio de Janeiro 9,38 -0,21 0,57 0,19 2,27
Recife 5,60 0,42 0,52 1,19 2,78
Aracaju 1,29 0,49 0,51 1,31 3,24
São Luís 3,47 0,32 0,39 0,43 2,76
Salvador 7,92 0,16 0,29 0,77 3,39
Curitiba 7,37 -0,06 0,24 0,17 3,26
Fortaleza 5,16 0,84 0,20 1,34 4,24
São Paulo 24,60 0,04 0,20 0,50 3,56
Vitória 1,91 0,36 0,19 0,80 2,53
Belo Horizonte 10,35 0,42 0,14 0,84 3,48
Rio Branco 0,72 0,64 0,04 0,53 2,53
Belém 6,95 0,16 -0,12 0,59 4,53
Brasília 1,97 0,25 -0,18 0,03 2,63
Porto Alegre 7,15 0,10 -0,23 0,11 2,80
Goiânia 4,43 0,05 -0,67 -0,57 3,15
Brasil 100,00 0,17 0,18 0,54 3,31

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 3 a 30 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.