Setor de serviços cresce 0,6% em janeiro
25/03/2020 09h00 | Atualizado em 25/03/2020 09h00
Em janeiro de 2020, o setor de serviços no Brasil mostrou expansão de 0,6% frente a dezembro de 2019, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação a janeiro de 2019, o volume de serviços avançou 1,8% em janeiro de 2020, alcançando sua quinta taxa positiva consecutiva. No acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 1,0% em janeiro de 2020, repetiu-se o resultado de dezembro último e manteve-se a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2019 (0,7%).
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços Brasil - Janeiro de 2020 |
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Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Janeiro 20 / Dezembro 19* | 0,6 | -0,3 |
Janeiro 20 / Janeiro 19 | 1,8 | 4,3 |
Acumulado Janeiro-Janeiro | 1,8 | 4,3 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 1,0 | 4,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal |
A expansão de 0,6% do volume de serviços, na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou 2,8%, recuperando a perda (-2,8%) acumulada nos dois últimos meses de 2019.
Os demais avanços vieram dos setores de outros serviços (1,2%), que acumulou ganho de 7,6% entre setembro de 2019 e janeiro de 2020; de serviços prestados às famílias (0,7%), que recuperou parte da perda de 2,1% verificada entre novembro e dezembro; e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%), que não conseguiu reverter a queda de dezembro de 2019 (-1,8%).
Em sentido oposto, o único o resultado negativo veio de serviços de informação e comunicação: -0,9%, eliminando, assim, o acréscimo de 0,3% verificado no mês anterior.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o volume de serviços apontou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em janeiro de 2020 frente ao nível do mês anterior, repetindo o resultado do mês de dezembro de 2019 (0,0%). O ramo de outros serviços (2,2%) assinalou a única alta no período, mantendo os ganhos de ritmo frente a novembro (1,0%) e dezembro (1,8%).
Por outro lado, três atividades recuaram no trimestre encerrado em janeiro de 2020. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,5%) emplacaram a segunda taxa negativa seguida. Já os de informação e comunicação (-0,4%), interromperam o comportamento positivo verificado desde maio de 2019.
Ainda na comparação por trimestre móvel, o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,0%) assinalou estabilidade após apontar decréscimo em dezembro de 2019 (-0,4%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 1,8% em janeiro de 2020, com expansão em todas as cinco atividades e em 50,6% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre as atividades, os ramos de outros serviços (10,0%) e de serviços de informação e comunicação (2,0%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes em janeiro de 2020, impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de serviços financeiros auxiliares, no primeiro ramo; e de serviços de TI, de TV aberta e de edição e impressão de livros didáticos, no último setor.
Os demais avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,9%) e de serviços prestados às famílias (0,3%).
Pesquisa Mensal de Serviços Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação Janeiro 2020 - Variação (%) |
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) |
Mensal (2) | Acumulado no ano (3) |
Últimos 12 meses (4) |
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NOV | DEZ | JAN | NOV | DEZ | JAN | JAN-NOV | JAN-DEZ | JAN-JAN | Até NOV | Até DEZ | Até JAN | |
Volume de Serviços - Brasil | -0,1 | -0,5 | 0,6 | 1,9 | 1,5 | 1,8 | 0,9 | 1,0 | 1,8 | 0,9 | 1,0 | 1,0 |
1. Serviços prestados às famílias | -1,9 | -0,2 | 0,7 | 0,8 | -1,6 | 0,3 | 3,2 | 2,8 | 0,3 | 3,2 | 2,8 | 2,4 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -2,1 | 0,4 | 0,2 | 1,2 | -0,9 | 0,5 | 3,4 | 3,0 | 0,5 | 3,5 | 3,0 | 2,6 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -0,7 | -5,4 | 5,2 | -1,4 | -6,0 | -1,3 | 2,3 | 1,5 | -1,3 | 1,8 | 1,5 | 1,3 |
2. Serviços de informação e comunicação | -0,5 | 0,3 | -0,9 | 3,9 | 3,1 | 2,0 | 3,3 | 3,2 | 2,0 | 3,2 | 3,2 | 3,1 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,2 | 0,5 | -1,2 | 3,2 | 3,2 | 1,5 | 3,7 | 3,7 | 1,5 | 3,7 | 3,7 | 3,4 |
2.1.1 Telecomunicações | 0,1 | -1,0 | -0,2 | -1,2 | -2,0 | -4,0 | -0,8 | -0,9 | -4,0 | -0,9 | -0,9 | -1,3 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 0,4 | 4,2 | -2,2 | 12,1 | 11,4 | 12,9 | 13,2 | 13,0 | 12,9 | 13,6 | 13,0 | 13,0 |
2.2 Serviços audiovisuais | -2,1 | -0,6 | -0,6 | 8,3 | 2,6 | 5,2 | 0,3 | 0,5 | 5,2 | -0,3 | 0,5 | 1,4 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,0 | -1,8 | 0,1 | 3,1 | 1,6 | 0,9 | 0,5 | 0,6 | 0,9 | 0,1 | 0,6 | 0,7 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -0,4 | -3,2 | 0,1 | 14,2 | 6,9 | 3,7 | 2,4 | 2,9 | 3,7 | 1,2 | 2,9 | 3,3 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -0,5 | -1,0 | 0,3 | -0,7 | -0,4 | 0,0 | -0,2 | -0,2 | 0,0 | -0,3 | -0,2 | -0,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,7 | -2,1 | 2,8 | -1,8 | -1,7 | 0,9 | -2,6 | -2,5 | 0,9 | -2,4 | -2,5 | -2,5 |
4.1 Transporte terrestre | -2,2 | -4,6 | 4,0 | -2,4 | -6,8 | -3,2 | -2,4 | -2,8 | -3,2 | -2,1 | -2,8 | -3,1 |
4.2 Transporte aquaviário | 1,5 | -1,5 | 5,2 | 5,1 | 3,2 | 9,9 | 2,6 | 2,7 | 9,9 | 2,4 | 2,7 | 3,3 |
4.3 Transporte aéreo | -3,1 | 9,1 | 0,2 | -2,1 | 12,6 | 8,7 | -6,8 | -5,3 | 8,7 | -6,2 | -5,3 | -5,0 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -1,2 | 0,3 | 0,6 | -2,1 | 2,3 | 3,4 | -2,9 | -2,5 | 3,4 | -2,9 | -2,5 | -2,0 |
5. Outros serviços | 2,2 | 3,3 | 1,2 | 6,6 | 11,5 | 10,0 | 5,3 | 5,9 | 10,0 | 5,0 | 5,9 | 6,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em janeiro de 2020, em relação ao mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (0,6%) observado no Brasil na série ajustada sazonalmente. Os destaques positivos foram Distrito Federal (7,4%), Mato Grosso (14,1%), Minas Gerais (2,2%) e Pernambuco (6,7%). Já os principais resultados negativos vieram de São Paulo (-0,3%), do Rio Grande do Sul (-1,6%) e do Rio de Janeiro (-0,4%).
Na comparação com janeiro de 2019, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,8%) foi acompanhado por apenas 11 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (3,3%), Distrito Federal (5,0%) e Amazonas (10,5%). Já as influências negativas mais importantes vieram do Rio Grande do Sul (-3,5%), da Bahia (-3,6%) e do Mato Grosso (-5,8%).
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas apontou variação negativa de 0,3% na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, após avançar 1,9% em dezembro de 2019. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de retração observado no Brasil, com destaque para o recuo vindo de São Paulo (-2,6%), seguido por Minas Gerais (-2,1%) e Espírito Santo (-3,8%).
Em sentido contrário, os principais resultados positivos vieram do Rio de Janeiro (2,9%), do Paraná (6,8%) e de Pernambuco (3,6%).
Na comparação janeiro de 2020 frente a janeiro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 3,4%, quinta taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros e de locação de automóveis. Em sentido oposto, o segmento de restaurantes apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística.
Em termos regionais, ainda na comparação com janeiro do ano anterior, 10 das 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para o Rio de Janeiro (9,8%), seguido por São Paulo (0,9%) e Paraná (5,5%).
Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram do Espírito Santo (-5,3%) e do Distrito Federal (-2,1%).