Setor de serviços varia -0,4% em dezembro, mas fecha 2019 em 1,0%
13/02/2020 09h00 | Atualizado em 13/02/2020 15h42
Em dezembro de 2019, o volume do setor de serviços variou -0,4% frente ao mês anterior, segundo decréscimo seguido neste tipo de indicador, com uma perda de 0,5% verificada entre novembro e dezembro, o que reduz parte do ganho acumulado entre setembro e outubro (2,2%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume de serviços avançou 1,6% em dezembro de 2019, alcançando, portanto, a quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o volume de serviços expandiu 1,0%, interrompendo sequência de 4 anos sem crescimento: 2015 (-3,6%), 2016 (-5,0%), 2017 (-2,8%) e 2018 (0,0%).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Dezembro 19 / Novembro 19* | -0,4 | 0,3 |
Dezembro 19 / Dezembro 18 | 1,6 | 4,5 |
Acumulado no ano | 1,0 | 4,5 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 1,0 | 4,5 |
*série com ajuste sazonal |
Na passagem de novembro para dezembro de 2019, o decréscimo de 0,4% no volume de serviços foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação investigadas. O destaque negativo foi o setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,5%), pressionado principalmente pelo segmento de Transporte terrestre (-3,7%).
Os demais recuos vieram dos setores de Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%), que devolveu parte do ganho de 3,1% acumulado entre agosto e novembro, e de Serviços prestados às famílias (-1,3%), que emplacou perda de 3,4% nos dois últimos meses do ano.
Em sentido oposto, os Outros serviços (3,4%) assinalaram o resultado positivo mais expressivo, alcançando um crescimento acumulado de 5,6% nos últimos 2 meses; ao passo que os Serviços de informação e comunicação (0,4%), recuperaram quase toda a queda observada no mês anterior (-0,6%).
O índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços, ainda na série com ajuste sazonal, apontou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em dezembro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após 3 meses de avanços de igual magnitude (0,7%).
Entre os setores, o ramo de Outros serviços (1,8%) assinalou o resultado positivo mais intenso no trimestre móvel, duplicando o avanço que havia sido verificado em novembro (0,9%), seguido por Serviços de informação e comunicação (0,4%), que mostrou comportamento positivo desde maio de 2019.
Em contrapartida, três atividades recuaram, interrompendo sequências de taxas positivas: os serviços prestados às famílias (-0,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%).
Na comparação com dezembro de 2018, o avanço de 1,6% no volume de serviços foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação e em 44% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, o ramo de Serviços de informação e comunicação (3,2%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de Portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; de Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis; de Suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; e de Edição integrada à impressão de livros. Os demais avanços vieram de Outros serviços (11,3%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%).
Por outro lado, os setores de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,4%) e de Serviços prestados às famílias (-3,2%) assinalaram os resultados negativos, pressionados, principalmente, pela menor receita das Empresas de transporte rodoviário e ferroviário (de cargas); de Transporte dutoviário; de Rodoviário coletivo de passageiros; de Gestão de portos e terminais; de Operação de aeroportos e de Restaurantes e hotéis.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, o avanço de 1,0% foi composto por taxas positivas em quatro das cinco atividades de divulgação e em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os Serviços de informação e comunicação (3,3%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, de Consultoria em tecnologia da informação e Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.
Os demais avanços vieram de Outros serviços (5,8%), de Serviços prestados às famílias (2,6%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%), explicados, principalmente, pelas maiores receitas auferidas por empresas dos ramos de Corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; de Administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e de Corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.
Em contrapartida, a única influência negativa no acumulado do ano ficou com o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%), pressionado, sobretudo, pelo recuo no volume de receitas de Transporte rodoviário e ferroviário de cargas, de Operação de aeroportos e de Transporte rodoviário coletivo e aéreo (de passageiros).
Pesquisa Mensal de Serviços - Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Dezembro 2019 - Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) |
Mensal (2) | Acumulado no ano (3) |
Últimos 12 meses (4) |
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OUT | NOV | DEZ | OUT | NOV | DEZ | JAN-OUT | JAN-NOV | JAN-DEZ | Até OUT | Até NOV | Até DEZ | |
Volume de Serviços - Brasil | 0,7 | -0,1 | -0,4 | 2,8 | 1,9 | 1,6 | 0,8 | 0,9 | 1,0 | 0,8 | 0,9 | 1,0 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,7 | -2,1 | -1,3 | 2,6 | 0,8 | -3,2 | 3,5 | 3,2 | 2,6 | 3,4 | 3,2 | 2,6 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 2,6 | -2,6 | -0,8 | 3,4 | 1,2 | -2,8 | 3,6 | 3,4 | 2,8 | 3,7 | 3,5 | 2,8 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -1,4 | -0,7 | -4,9 | -2,2 | -1,4 | -5,9 | 2,7 | 2,3 | 1,5 | 2,1 | 1,8 | 1,5 |
2. Serviços de informação e comunicação | 1,7 | -0,6 | 0,4 | 5,1 | 3,9 | 3,2 | 3,2 | 3,3 | 3,3 | 3,0 | 3,2 | 3,3 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | 0,5 | 0,2 | 0,6 | 2,7 | 3,2 | 3,3 | 3,7 | 3,7 | 3,7 | 3,7 | 3,7 | 3,7 |
2.1.1 Telecomunicações | -0,3 | 0,1 | -0,8 | -0,9 | -1,2 | -1,6 | -0,7 | -0,8 | -0,8 | -0,8 | -0,9 | -0,8 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 2,4 | 0,4 | 3,4 | 10,1 | 12,1 | 11,2 | 13,3 | 13,2 | 13,0 | 13,4 | 13,6 | 13,0 |
2.2 Serviços audiovisuais | 6,3 | -2,1 | -0,7 | 22,7 | 8,3 | 2,6 | -0,6 | 0,3 | 0,5 | -2,0 | -0,3 | 0,5 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 0,1 | 0,0 | -1,3 | 2,6 | 3,1 | 2,3 | 0,2 | 0,5 | 0,7 | -0,3 | 0,1 | 0,7 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | 2,6 | -0,1 | -1,7 | 8,7 | 14,2 | 9,3 | 1,2 | 2,4 | 3,1 | -0,3 | 1,2 | 3,1 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,2 | -0,5 | -1,0 | 0,6 | -0,7 | -0,5 | -0,1 | -0,2 | -0,2 | -0,2 | -0,3 | -0,2 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,6 | -0,9 | -1,5 | 0,5 | -1,8 | -1,4 | -2,7 | -2,6 | -2,5 | -2,2 | -2,4 | -2,5 |
4.1 Transporte terrestre | 1,6 | -2,3 | -3,7 | -0,4 | -2,4 | -6,1 | -2,4 | -2,4 | -2,7 | -1,9 | -2,1 | -2,7 |
4.2 Transporte aquaviário | 2,6 | 1,4 | -1,8 | 2,5 | 5,1 | 3,1 | 2,4 | 2,6 | 2,7 | 2,1 | 2,4 | 2,7 |
4.3 Transporte aéreo | 1,6 | -3,2 | 9,1 | -1,2 | -2,1 | 12,6 | -7,2 | -6,8 | -5,3 | -5,6 | -6,2 | -5,3 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,2 | -1,3 | 0,2 | 2,0 | -2,1 | 2,2 | -3,0 | -2,9 | -2,5 | -2,7 | -2,9 | -2,5 |
5. Outros serviços | -0,2 | 2,2 | 3,4 | 4,2 | 6,6 | 11,3 | 5,2 | 5,3 | 5,8 | 4,8 | 5,0 | 5,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores |
SP e RJ crescem, mas maioria dos locais recua em dezembro
Na passagem de novembro para dezembro de 2019, dezesseis das 27 unidades da federação assinalaram retração no volume de serviços, lideradas por Minas Gerais (-2,1%), Distrito Federal (-2,7%), Mato Grosso (-5,6%), Paraná (-1,3%) e Bahia (-2,3%). E no campo positivo, destaque para São Paulo (0,4%) e Rio de Janeiro (0,7%), que acumularam, entre setembro e dezembro de 2019, um ganho de 2,9% e de 4,5%, respectivamente.
Em relação a dezembro de 2018, apenas 12 das 27 unidades da federação tiveram avanço. As principais contribuições positivas ficaram com São Paulo (3,8%) e Rio de Janeiro (6,5%), que apontaram crescimento na maior parte dos setores investigados. Por outro lado, as influências negativas mais importantes para a formação do índice vieram do Mato Grosso (-14,9%), Distrito Federal (-5,9%), Paraná (-3,7%), Minas Gerais (-2,2%) e Bahia (-5,2%).
No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, apenas 13 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (3,3%), seguido por Amazonas (3,9%), Santa Catarina (1,2%) e Mato Grosso do Sul (3,2%). Por outro lado, Paraná (-2,3%) e Mato Grosso (-7,1%) registraram as influências negativas mais relevantes sobre o índice nacional.
Atividades Turísticas crescem 1,5% no mês e acumulam alta de 2,6% no ano
Em dezembro de 2019, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 2,3% em novembro. Regionalmente, a metade (seis) das doze unidades da federação pesquisadas acompanhou este movimento de crescimento observado no Brasil, com destaque para os avanços vindos de São Paulo (0,5%) e Paraná (2,6%), seguidos por Minas Gerais (1,3%) e Pernambuco (2,3%). Em sentido contrário, os principais resultados negativos vieram do Rio Grande do Sul (-2,0%) e da Bahia (-1,4%).
Na comparação com dezembro de 2018, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,4%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das Empresas de locação de automóveis e de Transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, o segmento de Restaurantes apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística. Sete das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,9%), seguido por Minas Gerais (6,0%) e Rio de Janeiro (3,1%). Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram de Pernambuco (-3,9%) e da Bahia (-2,1%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou crescimento de 2,6% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de Locação de automóveis, de hotéis e de Serviços de catering, bufê e Outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, nove dos doze locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,1%), Rio de Janeiro (2,4%), Minas Gerais (2,8%) e Ceará (4,8%). Já o Distrito Federal (-6,2%), o Paraná (-3,1%) e Santa Catarina (-2,3%) assinalaram as principais influências negativas.