Indicadores da Pecuária crescem em relação ao trimestre anterior e ao 3º trimestre de 2018
12/12/2019 09h00 | Atualizado em 12/12/2019 09h00
No 3º trimestre de 2019, quase todas as principais atividades da pecuária cresceram em relação ao mesmo período de 2018: houve altas no abate de bovinos (2,1%), de suínos (0,9%) e o de frangos (3,1%), bem como na aquisição de leite (0,6%) e na produção de ovos de galinha (4,3%). Esta última continua batendo recordes de alta na série histórica, iniciada em 1987, tendo superado em 0,7% o marco atingido no trimestre anterior. Já a aquisição de couro teve queda de 5,7%.
Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru e Produção de Ovos de Galinha | 2018 | 2019 | 2019 | Variação (%) | |
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3º Trimestre | 2º Trimestre | 3º Trimestre | 3 / 1 | 3 / 2 | |
1 | 2 | 3 | |||
Número de animais abatidos (mil cabeças) | |||||
BOVINOS | 8 317 | 7 937 | 8 494 | 2,1 | 7,0 |
Bois | 4 678 | 4 095 | 4 893 | 4,6 | 19,5 |
Vacas | 2 401 | 2 513 | 2 292 | -4,5 | -8,8 |
Novilhos | 414 | 339 | 437 | 5,7 | 29,0 |
Novilhas | 825 | 990 | 871 | 5,7 | -12,0 |
SUÍNOS | 11 587 | 11 387 | 11 697 | 0,9 | 2,7 |
FRANGOS | 1 426 424 | 1 423 934 | 1 470 683 | 3,1 | 3,3 |
Peso das carcaças (toneladas) | |||||
BOVINOS | 2 115 654 | 1 977 259 | 2 195 934 | 3,8 | 11,1 |
Bois | 1 353 816 | 1 175 636 | 1 431 970 | 5,8 | 21,8 |
Vacas | 495 210 | 522 554 | 479 904 | -3,1 | -8,2 |
Novilhos | 102 552 | 81 955 | 108 623 | 5,9 | 32,5 |
Novilhas | 164 076 | 197 113 | 175 438 | 6,9 | -11,0 |
SUÍNOS | 1 039 667 | 1 016 849 | 1 052 646 | 1,2 | 3,5 |
FRANGOS | 3 378 889 | 3 343 449 | 3 452 065 | 2,2 | 3,2 |
Leite (mil litros) | |||||
Adquirido | 6 256 214 | 5 854 924 | 6 293 943 | 0,6 | 7,5 |
Industrializado | 6 245 730 | 5 846 880 | 6 281 172 | 0,6 | 7,4 |
Couro (mil unidades) | |||||
Adquirido (cru) | 9 117 | 8 393 | 8 594 | -5,7 | 2,4 |
Curtido | 9 155 | 8 135 | 8 437 | -7,8 | 3,7 |
Ovos (mil dúzias) | |||||
Produção | 924 730 | 958 111 | 964 887 | 4,3 | 0,7 |
Abate de bovinos cresce 7% em relação ao trimestre anterior
No 3º trimestre de 2019, foram abatidas 8,49 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 2,1% superior à obtida no 3°trimestre de 2018 e 7,0% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior.
O abate de 177,10 mil cabeças de bovinos a mais no 3º trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 16 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram variações positivas em: Mato Grosso do Sul (+147,07 mil cabeças), Mato Grosso (+103,55 mil cabeças), São Paulo (+82,52 mil cabeças), Minas Gerais (+33,37 mil cabeças), Santa Catarina (+17,79 mil cabeças) e Maranhão (+8,4 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores reduções ocorreram em: Goiás (-89,00 mil cabeças), Pará (-65,14 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-39,54 mil cabeças), Tocantins (-20,20 mil cabeças), Rondônia (-16,20 mil cabeças) e Bahia (-13,30 mil cabeças).
No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 18,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,2%).
Abate de suínos cresce 5,2% em relação ao trimestre anterior
No 3º trimestre de 2019, foram abatidas 11,70 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 0,9% em relação ao mesmo período de 2018, e de 2,7% na comparação com o 2° trimestre de 2019. Resultado recorde considerando a série histórica iniciada em 1997, fortalecido por desempenho recorde do abate para os meses de julho e setembro.
O abate de 109,75 mil cabeças de suínos a mais no 3º trimestre de 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 18 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os Estados com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+58,25 mil cabeças), Minas Gerais (+47,01 mil cabeças), Mato Grosso (+46,76 mil cabeças), São Paulo (+34,32 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+16,13 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreu redução em: Paraná (-78,47 mil cabeças), Goiás (-17,21 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-7,62 mil cabeças).
No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 27,2% da participação nacional, seguido por Paraná (20,0%) e Rio Grande do Sul (18,0%).
Abate de frangos cresce 3,0% em relação ao trimestre anterior
No 3º trimestre de 2019, foram abatidas 1,47 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou aumentos de 3,1% em relação ao mesmo período de 2018 e de 3,3% na comparação com o 2° trimestre de 2019. A pesquisa registrou o segundo melhor resultado de volume de cabeças abatidas para meses de julho, sendo superado apenas pelo de 2015.
O abate de 44,26 milhões de cabeças de frangos a mais no 3º trimestre de 2019, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por aumentos no abate em 17 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+25,37 milhões de cabeças), Paraná (+25,36 milhões de cabeças), Mato Grosso (+3,12 milhões de cabeças), Bahia (+2,38 milhões de cabeças), Minas Gerais (+2,27 milhões de cabeças), Pará (+1,02 milhões de cabeças) e Mato Grosso do Sul (+277,64 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-8,64 milhões de cabeças), São Paulo (-3,06 milhões de cabeças) e Goiás (-865,83 mil cabeças).
No ranking das UFs, Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 32,5% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,3%) e Rio Grande Sul (14,0%).
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,8% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,5%) e São Paulo (12,4%).
Aquisição de Leite cresce 7,5% em relação ao trimestre anterior
No 3º trimestre de 2019, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,29 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 0,6% em relação ao 3° trimestre de 2018, e a um incremento de 7,5% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 3° trimestres apresentam recuperação na captação em relação ao trimestre anterior, impulsionada pelo início da safra em algumas das principais bacias leiteiras do país. O resultado representa um recorde da série histórica, iniciada em 1997, para a captação de leite em um terceiro trimestre.
No comparativo do 3º trimestre de 2019 com o mesmo período em 2018, o acréscimo de 37,73 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente do aumento registrado em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os aumentos mais relevantes, em valores absolutos, ocorreram em Minas Gerais (+64,67 milhões de litros), Paraná (+43,76 milhões de litros), Bahia (+11,93 milhões de litros) e Ceará (+10,79 milhões de litros). As reduções mais significativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-26,41 milhões de litros), Goiás (-20,43 milhões de litros) e Santa Catarina (-17,09 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,5% da captação nacional, seguida por Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (13,7%).
Aquisição de Couro tem queda de 5,7% em relação a 2018
No 3º trimestre de 2019, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,59 milhões de peças de couro. Esse total, representa uma redução de 5,7% em relação ao adquirido no 3° trimestre de 2018 e acréscimo de 2,4% frente ao 2°trimestre de 2019.
O comparativo entre os 3os trimestres de 2018 e 2019 indica uma variação negativa de 523,25 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos, proveniente da redução em 12 das 19 Unidades da Federação que possuem curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações negativas mais expressivas ocorreram no Pará (-178,86 mil peças), Mato Grosso (-140,90 mil peças), Paraná (-113,17 mil peças), Maranhão (-110,56 mil peças), Rio Grande do Sul (-70,61 mil peças) e Goiás (-43,83 mil peças). Os aumentos mais significativos ocorreram em Rondônia (+78,25 mil peças), Minas Gerais (+42,98 mil peças), Acre (+34,44 mil peças) e São Paulo (+22,31 mil peças).
Produção de ovos bate novo recorde
Foram produzidas 964,89 milhões de dúzias de ovos de galinha no 3º trimestre de 2019. Isso correspondeu a um aumento de 4,3% acima do apurado no 3º trimestre de 2018 e um acréscimo de 0,7% em relação à produção do trimestre imediatamente anterior. Considerando a série histórica da pesquisa, iniciada em 1987, a produção foi recorde, superando o pico anterior obtido no 2° trimestre de 2019, quando foram produzidas 958,11 milhões de dúzias.
A produção de 40,16 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo com o 3o trimestre de 2018, foi impulsionada por aumentos em 21 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Se comparadas as produções nesses trimestres, os aumentos mais significativos ocorreram em Paraná (+9,45 milhões de dúzias), Ceará (+8,95 milhões de dúzias), Minas Gerais (+7,04 milhões de dúzias), Mato Grosso (+5,40 milhões de dúzias) e Goiás (+3,95 milhões de dúzias). As reduções mais impactantes ocorreram em Rio Grande do Sul (-1,94 milhões de dúzias) e Alagoas (-1,19 milhões de dúzias).
O Estado de São Paulo seguiu como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, com 28,4% da produção nacional, seguido por Paraná (9,3%), Minas Gerais (9,3%) e Espírito Santo (9,2%).
O cruzamento de informações cadastrais das granjas, com os dados apurados no 3º trimestre, possibilitou contabilizar a quantidade de granjas e de ovos produzidos segundo a finalidade da produção (consumo e incubação). Verificou-se que 1 076, mais da metade do total de granjas (56,3%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 81,1% do total de ovos produzidos, enquanto 836 granjas (43,7%) produziram ovos para incubação, respondendo por 18,9% do total de ovos produzidos.