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Em novembro, IPCA foi de 0,51%

06/12/2019 09h00 | Atualizado em 06/12/2019 13h21

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro teve variação de 0,51%, enquanto, em outubro, havia registrado 0,10%. Este foi o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 1,01%. O acumulado do ano foi para 3,12% e o dos últimos doze meses, para 3,27%, acima dos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2018, a taxa fora de -0,21%.

Período TAXA
Novembro de 2019 0,51%
Outubro de 2019 0,10%
Novembro de 2018 -0,21%
Acumulado no ano 3,12%
Acumulado nos 12 meses 3,27%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro, com destaque para Despesas pessoais (1,24%), que apresentou a maior variação no índice do mês, e Alimentação e bebidas (0,72%), cuja contribuição de 0,18 ponto percentual (p.p.) foi a maior entre os grupos do IPCA.

Também merece destaque o grupo Habitação, que passou de uma deflação de 0,61% em outubro para alta de 0,71% em novembro, com impacto de 0,11 p.p. Juntos, os três grupos corresponderam a cerca de 82% do IPCA de novembro.

No lado das quedas, destacam-se os Artigos de residência, com variação de -0,36% e contribuição de -0,01 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,02% em Comunicação e a alta de 0,35% em Vestuário, conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,10 0,51 0,10 0,51
 
Alimentação e Bebidas 0,05 0,72 0,01 0,18
Habitação -0,61 0,71 -0,10 0,11
Artigos de Residência -0,09 -0,36 0,00 -0,01
Vestuário 0,63 0,35 0,04 0,02
Transportes 0,45 0,30 0,08 0,05
Saúde e Cuidados Pessoais 0,40 0,21 0,05 0,03
Despesas Pessoais 0,20 1,24 0,02 0,13
Educação 0,03 0,08 0,00 0,00
Comunicação -0,01 -0,02 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A aceleração no grupo Alimentação e bebidas (0,72%) deveu-se, principalmente, à alta das carnes (8,09%), que exerceu o maior impacto individual (0,22 p.p) no IPCA de novembro. Com isso, a alimentação no domicílio, que havia registrado deflação (-0,03%) em outubro, subiu 1,01% em novembro. No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,27%) e o tomate (-12,71%), ambos com contribuição de -0,03 p.p. no índice do mês. A cebola (-12,48%) também recuou, embora menos intensamente do que em outubro (-20,84%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,21% (frente à alta de 0,19% no mês anterior), influenciada pelo item lanche, que passou de 0,32% em outubro para 0,56% em novembro e contribuiu com 0,01 p.p. no índice do mês.

O resultado do grupo Habitação (0,71%) é explicado pela alta da energia elétrica (2,15%), decorrente, em grande medida, da mudança de bandeira tarifária de outubro para novembro. Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em novembro, passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1, cujo valor foi reajustado de R$ 4,00 para R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora.

Ainda assim, ocorreram reduções tarifárias em quatro das dezesseis regiões pesquisadas. Em Porto Alegre (1,55%), houve redução de 6,00% em uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 22 de novembro. Em São Paulo (3,34%), a redução média foi de 5,30% nas tarifas residenciais de uma das concessionárias pesquisadas, com vigência a partir de 23 de outubro. Em Brasília (-0,34%) e Goiânia (0,62%), houve reduções de 6,91% e 5,08%, respectivamente, ambas a partir de 22 de outubro.

Ainda em Habitação, o resultado do item taxa de água e esgoto (0,24%) é decorrente dos reajustes de 3,43% em Curitiba (1,95%), vigente desde 11 de novembro, e de 4,87% no Rio de Janeiro (0,45%), em vigor desde 1º de outubro. Já a deflação observada no item gás encanado (-0,26%) é consequência da redução de 0,60% nas tarifas praticadas no Rio de Janeiro (-0,53%), válidas desde o dia 1º de novembro. No que diz respeito ao gás de botijão (0,87%), vale ressaltar que a Petrobras anunciou um reajuste de 4,00% no preço do botijão de 13 kg, nas refinarias, a partir do dia 27 de novembro.

Em Transportes (0,30%), os preços dos combustíveis (0,78%) desaceleraram em relação ao mês anterior (1,38%), especialmente por conta da gasolina, que variou 0,42% em novembro (frente à alta de 1,28% registrada em outubro). As regiões pesquisadas apresentaram variações que foram desde a queda de 5,00% em Fortaleza até a alta de 5,91% em São Luís. Por outro lado, os preços do etanol subiram 2,46%, contribuindo com 0,02 p.p. no índice do mês.

Ainda em Transportes, destaca-se a alta nos preços das passagens aéreas (4,35%) pelo segundo mês consecutivo (a alta em outubro foi de 1,93%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,21%), a desaceleração em relação ao resultado de outubro (0,40%) deu-se em função da variação negativa observada nos itens de higiene pessoal (-0,12%), que haviam apresentado alta de 0,94% no mês anterior. Os preços dos produtos farmacêuticos, por sua vez, ficaram estáveis (0,00%) e o plano de saúde (0,59%) apresentou a mesma variação do mês de outubro, contribuindo com 0,03 p.p. no índice do mês.

O grupo Despesas pessoais (1,24%) apresentou a maior variação e o segundo maior impacto (0,13 p.p.) no IPCA de novembro, influenciado pela alta no item jogos de azar (24,35%), dados os reajustes nos preços das apostas, com vigência a partir de 10 de novembro.

A maior variação regional ficou com o município de São Luís (1,05%), por conta das altas da gasolina (5,91%) e das carnes (6,82%). A região metropolitana do Recife e o município de Aracaju registraram o menor índice (0,14%): no primeiro caso, em função da queda nos preços de alguns itens alimentícios, como a cebola (-21,50%), a batata-inglesa (-19,89%) e as frutas (-3,02%); no segundo, além da queda da cebola (-20,41%), houve também redução nos preços do gás de botijão (-3,31%), com impacto de -0,05 p.p. no resultado da área.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
São Luís 1,87 -0,37 1,05 2,76 3,02
Belém 4,23 0,22 0,93 3,67 4,17
Rio Branco 0,42 -0,14 0,72 3,20 3,86
São Paulo 30,67 0,14 0,70 3,63 3,66
Goiânia 3,59 0,07 0,70 2,92 2,89
Campo Grande 1,51 0,31 0,65 3,29 3,35
Curitiba 7,79 -0,12 0,61 2,61 2,43
Porto Alegre 8,40 -0,01 0,47 2,90 3,17
Belo Horizonte 10,86 0,17 0,46 3,13 3,13
Vitória 1,78 0,29 0,39 2,42 2,41
Brasília 2,80 -0,08 0,38 2,10 2,43
Salvador 6,12 0,08 0,23 2,64 3,22
Fortaleza 2,91 0,04 0,22 3,68 3,75
Rio de Janeiro 12,06 0,27 0,17 2,82 3,23
Recife 4,20 -0,07 0,14 2,72 2,91
Aracaju 0,79 0,04 0,14 2,99 3,69
 
Brasil 100,00 0,10 0,51 3,12 3,27

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (base).

INPC de novembro foi de 0,54%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro foi de 0,54%, enquanto, em outubro, havia registrado 0,04%. Este resultado é o maior para um mês de novembro desde 2015. A variação acumulada no ano ficou em 3,22% e, no acumulado dos últimos doze meses, o índice acelerou para 3,37%, acima dos 2,55% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2018, a taxa foi de -0,25%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,78% em novembro enquanto, no mês anterior, registraram 0,02%. O agrupamento dos não alimentícios, por sua vez, apresentou variação de 0,44%, enquanto, em outubro, havia registrado 0,05%.

No que diz respeito aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, o município de São Luís (1,05%) apresentou a maior variação, principalmente em função da alta observada nos preços das carnes (6,66%).

Já o menor índice (0,09%) foi registrado em duas regiões metropolitanas, em ambos os casos por conta de itens alimentícios: no Rio de Janeiro, houve quedas expressivas nos preços da batata-inglesa (-23,36%) e do tomate (-30,50%); no Recife, o destaque ficou com a queda nos preços da batata-inglesa (-19,89%), da cebola (-21,50%) e das frutas (-2,82%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
São Luís 3,11 -0,40 1,05 2,59 2,94
Belém 6,44 0,30 0,96 3,79 4,25
Goiânia 4,15 -0,02 0,84 3,22 3,12
São Paulo 24,24 0,12 0,83 3,83 3,84
Rio Branco 0,59 -0,18 0,78 3,11 3,68
Campo Grande 1,64 0,27 0,72 3,33 3,43
Curitiba 7,29 -0,21 0,64 2,77 2,44
Belo Horizonte 10,60 0,07 0,42 3,33 3,36
Brasília 1,88 -0,28 0,41 2,13 2,17
Porto Alegre 7,38 -0,11 0,41 2,94 3,15
Vitória 1,83 0,31 0,37 2,95 2,67
Fortaleza 5,42 -0,03 0,34 3,63 3,77
Salvador 8,75 0,10 0,21 2,58 3,23
Aracaju 1,29 -0,03 0,17 3,02 3,88
Recife 5,88 -0,11 0,09 2,59 2,88
Rio de Janeiro 9,51 0,20 0,09 2,89 3,02
 
Brasil 100,00 0,04 0,54 3,22 3,37

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.